Emboscada.
Resumo: Harry estava cansado de toda a fama e das pessoas o seguindo por ser o "menino-que-sobreviveu", mas o que acontece quando uma pessoa resolve o emboscar de uma maneira diferente e lhe mostra que a vida é muito mais do que ele imaginava?
Capitulo I - O que foi isso?
Harry Potter não era um bruxo feliz.
Ele caminhava pelos corredores escurecidos da escola de magias e bruxarias de Hogwarts em um temperamento sujo.
Desde o começo do ano ele percebeu uma mudança sutil em seus amigos, ele sabia que depois da derrota de Voldemort que todo o mundo que ele viveu mudaria, mas ele não pensava que seria tão drastico.
Ele estava vivendo com Sírius e Remo em uma casa isolada, coisa que Harry tinha implorado depois da derrota de Voldemort.
No ano anterior, Harry cansou de esperar a Ordem fazer algo e entrou de cabeça na guerra contra o monstro e com esforço e a ajuda dos amigos ele tinha conseguido derrotar o lorde das trevas que o caçava desde que ele tinha um ano de idade, mas depois da guerra, parecia que a sua fama tinha se multiplicado de forma incrivel e logo ele não poderia sair para visitar o beco diagonal sem ter pessoas gritando seu nome, mulheres se atirando nele ou pedidos infinitos de autografos.
Muitas vezes ele teve que sair disfarçado para ter um tempo em paz, mas ele se sentia como Sírius tinha se sentido nos confins da nobre Mansão dos Blacks.
Um prisioneiro.
Quando ele recebeu a carta de Hogwarts, ele estava aliviado em achar pelo menos um rastro de normalidade em sua vida.
Mas então aquele broche caiu de sua carta fazendo Remo sorrir orgulhoso e Sírius lhe mandar um olhar de falsa traição.
Monitor-chefe.
Onde Dumbledore estava com a cabeça em nomeá-lo monitor-chefe? Justo o menino que tinha quebrado quase todas as regras da escola? O mesmo menino que ensinou secretamente alunos a lutar para a guerra? O mesmo menino que na batalha final apareceu no meio do salão principal e levou cem alunos para um campo de batalha?
Ele ainda se perguntava se o diretor sempre foi louco ou se ele tinha o admirado tempo demais para não perceber que o diretor era completamente senil.
Mas não era isso que irritava Harry nessa noite.
O que estava o irritando era sua amiga e quase irmã Hermione Granger.
Hermione tinha mudado muito depois da guerra, ela ainda era a senhorita cumpridora das regras e dos estudos acima de tudo, mas depois de meses lutando contra as trevas e o ajudando a caçar os Hocruxes, ela parecia perceber que a vida deveria ser aproveitada mais.
Ela deveria estar o ajudando na ronda naquela noite, mas ao inves ela tinha se trancado no quarto da monitora-chefe com Rony e o moreno nem queria imaginar o que eles estariam fazendo lá, quando ele foi repreende-la sobre não o ajudar na ronda, ela lhe lançou um olhar um tanto incredulo e falou em um tom quase depreciativo.
-Você é um dos bruxos mais poderosos do mundo Harry... Por que você precisa da minha ajuda para vigiar a escola? Sei que se você encontrar um problema vai saber resolver... -Antes mesmo que ele pudesse dizer algo ela tinha fechado a porta na cara dele.
E se isso não fosse ruim o bastante, ela tinha levado o mapa do maroto com ela.
-Provavelmente com medo que eu veja as pegadas dela e do Rony se misturando no mapa... -De repente ele fica com um olhar enojado e quase esmurra a parede -Otimo... Simplesmente maravilhoso... Agora vou ter que pedir para alguém apagar a minha mente... Por que eu me torturo assim? -Ele caminha mais rapido pelos corredores, uma parte dele parecia não querer aceitar o fato que talvez ele estivesse com ciumes, não por querer Hermione, mas o fato de ter alguém.
Depois de ter vencido o Lorde das trevas muitas meninas começaram a dar em cima de Harry descaradamente, ele ainda usava a desculpa que ainda existiam comensais o caçando por ter derrotado Voldemort, mas então o ministerio lançou um artigo declarando que com a ajuda de Gringotes e com uma investigação da marca negra nos comensais, eles foram capazes de prender e condenar todos os comensais facilmente.
Depois desse anuncio, parecia que as meninas dobraram os esforçoas em tentar seduzir o heroi que muitas vezes teve que ir para as aulas com a capa de invisibilidade de seu pai.
Ele estava cansado de tudo isso.
Ele estava cansado dos amigos o ignorando.
Ele estava cansado das pessoas atrás do heroi que derrotou Voldemort.
Ele estava cansado de ser o menino-que-sobreviveu.
Por que ninguém poderia ver ele como ele era? Um garoto simples, um tanto magro, que gostava de quadribol e de se divertir nos fins de semana rindo com os amigos? Por que as pessoas tinham que se aproximar dele por ser "o Harry Potter", "o menino-que-sobreviveu", "o Escolhido" ou o que ele mais odiava "O salvador"?
Ele chega em uma sala de aula vazia e abre a porta com tudo, isso assustou um casal que parecia estar em uma sessão de amassos bem quente, o semblante do moreno parecia escurecer ainda mais e ele fala com uma voz fria.
-Volte para os dormitorios agora mesmo... -Vendo que o menino parecia querer contradizer, Harry apenas o encara fazendo o menino engolir em seco e sair quase correndo da sala enquanto arrastava a menina com ele.
Ele se aproxima da mesa onde o casal tinha acabado de sair e torce o nariz, por que ele não poderia ter isso? Apenas uma menina para se divertir sem se sentir um cafajeste? Por que ele não poderia sair com uma menina simplesmente?
Ele sabia a resposta.
Quando ele enfrentou Voldemort pela ultima vez, ele entrou na mente do monstro e poderia ver como o homem tinha vivido a maioria da sua vida, uma das coisas que deixou Harry mais irritado era a facilidade que Voldemort tinha em encantar as pessoas para confiar nele, antes de completar quinze anos ele tinha dormido com pelo menos metade das meninas da escola e ele só não tinha descido o mais baixo porque ele não gostava de meninas abaixo do terceiro ano.
Harry tinha jurado na mesma noite que tentava colocar sua mente no lugar que jamais seria como Voldemort ou Tom Riddle, ele jamais usaria uma pessoa daquela forma, ele não usaria ninguém apenas para se satisfazer, ele não seria como aquele monstro.
Mas ao que parecia o mundo tinha outros planos para ele e assim que voltou para Hogwarts, ele percebeu que sua popularidade tinha crescido de tal forma que ele agradecia algumas vezes por ter seu proprio quarto para poder se isolar do mundo.
As pessoas não conseguiam ver ele sem ser o maldito menino-que-sobreviveu, eles não conseguiam aceitar o fato que ele não queria ser idolatrado, que ele queria ser normal e ter alguém o amando como uma pessoa normal.
Ele se senta na sala e fecha os olhos, ele não conseguia falar disso com ninguém, Sírius e Remo eram sua familia, mas ele não conseguia colocar o que ele sentia em palavras, como dizer que ele sentia que faltava algo em sua vida? Como dizer que ele se sentia incompleto sendo que ele tinha passado pelo inferno e estava ganhando enfim a sua vida tranquila?
Ele solta um riso sem humor ao imaginar que alguém diria que ele sentia falta de Voldemort, ele nunca sentiria falta dos anos de dor e sofrimento que passou nas mãos do monstro, mas ele também não poderia explicar o que estava faltando em sua vida.
Ele suspira novamente e se levanta, ele não poderia ficar se esponjando novamente em piedade, ele já tinha passado por isso no verão, ele tinha que seguir em frente.
Ele só não tinha mais certeza que caminho tomar.
Ele estava para sair da sala quando sentiu dois braços o puxando de forma um tanto violenta, ele já estava para pegar a sua varinha quando sentiu algo que fez o seu peito rugir.
No começo ele se sentiu chocado, ele não conseguia ver quem estava o segurando, ele não sabia como reagir, em um momento ele estava em um estado deploravel questionando o sentido da sua vida, quando alguém, com certeza uma menina ao que o corpo delicado parecia pressionar completamente contra seu proprio corpo e ele poderia definitivamente dizer que era uma garota, o agarrou de forma quase surreal e o beijou.
Não era um beijo normal.
Ele poderia sentir como se cada pedacinho do seu corpo estivesse em vida, como se um sentimento que a muito tempo estivesse dormindo dentro dele despertasse de forma incrivel e ele não sabia como reagir.
Quando o seu cerebro parecia começar a funcionar como deveria, ele percebe que a menina tinha desaparecido.
Ele encarou a sala vazia com um olhar incredulo.
Várias carteiras e cadeiras estavam jogadas no chão, uma estante de livros parecia balançar de forma assustadora e livros pareciam ter sido pisados por hipogrifos selvagens.
E a menina tinha desaparecido completamente.
Ele toca suavemente os lábios e percebe que o beijo tinha sido real, mas ele não tinha pego nem mesmo o pequeno vislumbre da sua atacante.
Ele se senta novamente no chão, ele estava em choque do que tinha acontecido, aquele beijo não tinha sido algo como ele tinha compartilhado com Cho ou até mesmo aquele beijo que Luna tinha roubado de brincadeira dele uma noite, aquele beijo tinha feito algo com ele que ele não sabia o que pensar ou sentir.
Ele começa a revirar os bolsos em procura do espelho que Sírius tinha lhe dado, ele tinha deixado de usar o espelho algumas semanas atrás quando Sírius sugestionou que ele deveria aproveitar a vida e sair com as garotas que faziam fila para ele.
Ele sabia que seu padrinho era um playboy incorrigivel e se perguntou muitas vezes naquela semana o que tinha o possuido para perguntar para o Almofadinhas sobre o que deveria fazer com as garotas que o perseguiam.
Mas então ele percebe que o espelho não estava lá.
Ele encarou o chão e até mesmo tentou chamar o espelho, mas nada aconteceu, com um suspiro ele se levanta e começa a caminhar para o seu quarto, mas a sensação daquele beijo não saia da sua mente, até mesmo quando uma Hermione envergonhada veio lhe entregar o mapa do maroto no meio da madrugada, ele não se importou e fechou a porta na cara da amiga antes que ela pudesse dizer algo.
Ele encara o mapa em sua mão e treme a cabeça, ele teria que mandar uma carta para Sírius pedindo um espelho novo e um conselho para "Remo" sobre o que tinha acontecido com ele.
Ele ainda não estava certo se um beijo normal deixava uma pessoa daquela maneira.
Com um ultimo suspiro ele apaga as luzes e deita na cama, mas o sono não viria facilmente e quando enfim ele dormiu, seus sonhos pareciam se centralizar no sentimento daquele beijo poderoso que tinha de alguma forma mudado algo dentro dele.
Homenagem:
Especial de natal... deixe comentários ganha um capitulo... deixe dez.. ganha dois.. deixa vinte... quatro capitulos de uma vez..rsrs
Espero que vocês aproveitem esta nova fics... vai especialmente para todos os leitores que me apoiaram muito este ano...
Tem que apoiar mesmo.. se não ele não posta mais...
Jewel? O que você faz aqui?
Achou que eu tinha sumido né? Mas eu sou poderosa e não sumo facilmente...
Certo.. volta para o asilo e me deixa dar o meu presente em paz...
"asilo"? vejamos se vc ainda me chama de velha...
NÃO.. O DRAKE NÃÃÃÃÃÃOOOO...
Bem povo.. feliz natal..rs