Disclaimer: Harry Potter não me pertence, e sim a J.K. Rowling, Warner Bros e qualquer outro que tenha direito sobre os amáveis - ou não - bruxinhos. Não há qualquer intenção em obter lucros por parte da autora, é apenas diversão.

Fanfic feita para o projeto Mural de Fotos do fórum 6v.


Era como se fosse um ritual sagrado.

Ele elevava o braço, em um momento brusco e sem avisos, e pousava as mãos sobre os cabelos. Seus dedos, finos e compridos, moviam-se rapidamente sobre seus cabelos negros, mas não tão rapidamente que não pudesse ser apreciado.

E, no fim das contas, era isso o que ele queria: que se apreciasse seus cabelos impecavelmente desalinhados. Chegou a ponto de ele, parado no ar com sua vassoura, balançar seus cabelos como se o vento não fosse bom o suficiente para fazer isso por ele.

Quando ele descia da vassoura e pousava seus pés no chão, seus cabelos estavam como estavam em todos os outros dias. E, no meio da multidão de garotas alucinadas que buscavam por ele, os olhos dele se encontravam com os dela e sorriam seus lábios e seus olhos.

Ela, que não gostava de alturas, sentia sumir o chão sob seus pés e seu coração disparava tão rápido que, se o perseguisse, James jamais o alcançaria montado em sua vassoura. O sangue corria rapidamente para suas bochechas, deixando-as vermelhas como as bandeiras que se erguiam graças a mais um jogo que Gryffindor havia ganhado.

E se ela e a multidão que o cercavam estavam vermelhos, era graças a ele.

Lily desviava os olhos e o ignorava, porque ele era James e era um idiota. Porém o aperto em seu peito dizia que ele era James e era tudo o que ela queria ter ao seu lado naquele momento e por todos os outros que viriam.

Então eles se esbarravam em qualquer lugar de castelo, e ele repetia seu ritual capilar, olhando para ela, tentando chamar sua atenção. Ela nunca olhava, não quando sabia que ele estava olhando, por isso ele nunca soube a tanta atenção que ela dava a cada pequeno movimento que seus dedos faziam dançando sobre seus cabelos.

(Tempos depois, ela riria sozinha ao executar ela mesma o ritual que agora havia se tornado dela, que com seus pequenos dedos bagunçava os cabelos e o coração de seu namorado.)