Relatos de alguém que perdeu Draco Malfoy
Oh! Merlin sabe como tentámos. Mas não foi o suficiente. Ele poderia ter tido qualquer uma de nós: damas da alta sociedade bruxa, vindas das melhores famílias. Mas não. A escolhida foi uma filha de muggles que nem sequer berço de ouro tinha.
Quem somos? Essa é fácil:
Daphne Greengrass
Astoria Greengrass
Pansy Parkinson
Três representantes de uma vária colecção de raparigas que poderiam ter sido a Mrs. Malfoy. Pois… poderiam. Esse é o aspecto fulcral: não somos.
E pensar que tudo começou quando ele fraquejou.
E pensar que tudo começou quando Narcissa fraquejou.
E pensar que tudo começou quando os Slytherin começaram a render-se aos encantos da leoa.
O que aconteceu? Humm…
Bom, todas nós sabemos que Draco se apaixonou por ela quando ela lhe fez frente. 3º ano, o gatilho de tudo. Por mero acaso, estávamos as três na Sala Comum quando ele entrou com o nariz partido. Azar dos azares (ou talvez não!): Narcissa também estava. E quando o loiro contou à mãe que fora a Granger que lhe fizera aquilo, sabem o que ela fez? Riu. Aliás, gargalhou! Tanto que até as lágrimas lhe vieram aos olhos. Sabem porquê? Porque o Lucius apenas passou a olhar para a mulher com outros olhos quando ela lhe deu um belo soco por ele lhe ter levantado a saia no terceiro ano.
Foi aí que ambos fraquejaram. Querem saber quando cederam?
5º ano. Narcissa, salvando a sobrinha Nymphadora e a irmã Andromeda fora atingida por um feitiço que lhe provocara uma hemorragia num confronto nos arredores de Hogsmeade. Draco, pela primeira vez em muito tempo, chorara ao ver a mãe entrar no Salão Principal naquele estado. O pior é que, mesmo se quiséssemos, não poderíamos criticar Hermione. Ao ver Mrs. Malfoy naquele estado, não hesitara em correr para a ajudar. Passando por cima de qualquer ódio ou preconceito, a morena salvara Narcissa, descobrindo o feitiço de cura, as poções de recuperação e ainda doando o seu sangue para repor aquele que a mãe de Draco perdera.
Mesmo que eu tivesse cabelo liso e loiro, fosse alta e magra e os meus olhos fossem azuis.
Mesmo que eu tivesse cabelo encaracolado e loiro, fosse alta e esbelta e os meus olhos fossem azuis.
Mesmo que eu tivesse cabelo liso e negro, fosse alta e magra e os meus olhos fossem negros.
Ele preferia raparigas de ondas cor-de-chocolate e olhos de um dourado-caramelo. Baixas, com coxas grossas e firmes, assim como o seu bumbum e seios fartos.
Preferia o corpo quente de uma Gryffindor aos lábios frios de uma Slytherin.
Mesmo com o francês delicado e elegante, o francês do champanhe e das baladas românticas, o francês das primaveras e invernos amenos, o francês que nós falávamos, ele preferiu o russo e espanhol que ela falava. O russo da vodka. O espanhol das paixões e seduções. O russo e o espanhol das batidas, do ritmo. O espanhol de verões de calor exigente. O russo de invernos gelados e brancos, rigorosos. O russo das mulheres corajosas e guerreiras. O espanhol das mulheres quentes e sedutoras. Como poderiam três damas da alta sociedade bruxa competir com uma mulher como ela?
Não poderíamos. E Hermione Jean Granger tornou-se Hermione Malfoy.
Até aqui, tudo bem. A Hermione tornou-se uma grande amiga nossa. Mas é desgastante ver que a história se repete…
Apenas a filha da minha irmã mais velha nasceu loira. Rya Parkinson Zabini e Ashley Greengrass Nott nasceram bem morenas e a Ashley até tem o cabelo encaracolado. Por incrível que pareça, as três gostam de russo. Mas já vão tarde.
Lílian Luna Potter, uma ruiva de olhos verdes que ama de paixão o italiano, já partiu o nariz a Scorpius Ryan Malfoy.
Bolas!