Expectations and Other Moving Pieces

Título Traduzido: Expectativas e Outras Peças em Movimento

Autora: chrometurtle

Tradutora: Irene Maceió

Beta: Ju Martinhão

Sinopse: Tudo o que eu tinha feito na minha vida pareceu levar até este momento. O momento em que eu me encontrava ligada indissoluvelmente a um homem que eu não amava, presa em uma vida que eu não queria. E se eu o deixasse, eu estaria completamente sozinha.


Disclaimer: Essa história pertence à chrometurtle, que me autorizou a traduzir, e os personagens pertencem a Stephenie Meyer.

This story belong to chrometurtle, who allowed me to translate, and the characters belongs to Stephenie Meyer.


O Escritório

Eu estava fora da porta a um longo tempo.

Eu não andei, ou roí as unhas, ou levantei a minha mão para bater antes de entrar nessa indecisão dolorosa. Eu só olhei para as falhas deformadas na madeira da mesma forma que uma pessoa olharia para o seu próprio reflexo em um espelho. O sangue corria e batia através dos meus ouvidos muito mais alto do que deveria. Eu podia sentir o rubor no meu rosto, o suor nas palmas das minhas mãos. Mas eu estava muito quieta.

Ele não fará nada para você. Ele não pode.

Eu não tinha idéia de por que ele queria me ver. Eu tinha certeza que levaria um longo tempo antes que ele falasse comigo de novo. Eu estava ficando pronta, me preparando para longas semanas de silêncio, sozinha neste espaço gigante. Não muito diferente de como as coisas eram apenas há alguns meses. Eu não esperava despertar com um bilhete, especificando uma hora para encontrá-lo em seu escritório. Um horário, e nada mais.

Apreensão corria através de mim enquanto eu tentava prever o que ele diria, o que ele faria. Mas não havia nenhuma maneira que eu poderia imaginar. Eu sabia muito pouco sobre ele. Quatro anos de casamento e eu mal conhecia meu marido.

Não era assim que minha vida deveria ser.

Então eu ouvi: a sua voz por trás da porta. Uma única palavra pronunciada pretendia convidar-me a entrar.

Ele sabia que eu estava lá, sabia que eu estava esperando. Como era possível que ele pudesse me conhecer tão bem? Eu supunha que ele não conhecia - não podia - mas ele ainda via cada movimento que eu faria antes de eu o fazer. Ele provavelmente sabia o tempo todo que chegaríamos a isso.

Então, novamente, se ele soubesse, ele provavelmente teria feito a maioria das coisas de forma diferente.

Afinal, todo mundo queria ser feliz. E nós, certamente, nunca fomos felizes.

Meus dedos roçaram ao longo do metal da maçaneta arredondada levemente, mal sentindo o frio na minha pele. Então eu o agarrei na minha mão, forte e cheia da confiança que eu não sentia. Virei a maçaneta e abri a porta.

Quando eu entrei, meus olhos imediatamente procuraram os dele.

Ele estava sentado atrás da sua mesa, inclinando seus cotovelos sobre a madeira, os dedos em tenda sobre a sua boca. Ele estava me olhando com calma, sua expressão completamente ilegível. Como sempre.

"Feche a porta, por favor." Sua voz estava tranqüila, mas muito firme. Cheia de autoridade.

A porta se fechou atrás de mim com um clique, minha mão continuando sobre a madeira. Estávamos sozinhos, não havia ninguém por perto para ouvir a nossa conversa, mas ele ainda queria que eu a fechasse. Ele sempre gostava mais de mim quando me tinha presa.

O silêncio que se estendeu entre nós foi longo e tenso. Tirei meus olhos do seu rosto, olhando para o chão. Eu não me irritava. Não por ele. Mudei o meu peso sobre a minha perna esquerda e, sem olhar para ele, esperei.

Finalmente ouvi suas mãos suavemente baterem à mesa, longe da sua boca. Olhei para cima a tempo de vê-lo inclinar para trás na cadeira ligeiramente. Ele não tinha tirado seus olhos de mim ainda. Seu olhar era duro, fixo em mim, como se ele pudesse ver tudo o que eu estava tentando esconder. Coração acelerado, palmas das mãos suadas.

"Recebi um telefonema da minha irmã, do Colorado, na noite passada." Ele disse finalmente, sua voz afiada e amável fazendo um corte em meio ao silêncio. "Meu pai faleceu há dois dias".

Eu estava olhando diretamente para ele agora, inabalável. Eu podia sentir a minha boca cair aberta em estado de choque. De tudo o que eu estava esperando ele dizer, de tudo o que eu estava esperando que ele me dissesse, eu nunca esperava isso.

Senti a dor e a liberação dos nervos quando os meus olhos se encheram de lágrimas. Tentei desesperadamente pará-las, sentindo a dor das picadas das lágrimas. Eu não podia chorar pelo seu pai. Não na frente dele.

"Sinto muito." Eu sussurrei, apertando minhas mãos firmemente em frente a mim.

Seus olhos se estreitaram e ele acenou com a mão, evitando as minhas condolências. Eu não tinha nada para lhe oferecer, nem simpatia e nem conforto. Nada que ele aceitaria de mim.

"Eu só queria informar que eu estou indo para a casa em Hartsel." Ele encolheu os ombros. "Eu teria simplesmente deixado uma nota explicando a situação, mas eu queria lhe dar uma chance de se preparar. Eu também pensei que poderia ter sido... indelicado".

Ele zombou da palavra para mim. Encolhi-me sem querer.

"Quando você vai voltar?" Perguntei-lhe, incapaz de falar com qualquer volume. Acho que foi por causa de seus olhos. Seus olhos tornavam isso impossível quando estavam em mim.

Ele suspirou e esfregou os dedos pelos cabelos. Ele levantou-se lentamente da cadeira, seus braços pressionados duramente contra a madeira. Estendendo sua estrutura de 1,80 m de altura deveria tê-lo feito parecer mais dominador. Isso não aconteceu.

"Você não compreendeu." Ele disse e deu lentos passos ao redor da mesa. Quando chegou à frente, ele inclinou-se contra ela, cruzando os braços sobre o peito.

Eu dei um passo automático para trás, minhas omoplatas roçando a porta atrás de mim.

"Você virá comigo." Sua voz ainda completamente calma.

Um suspiro saiu dos meus lábios, minhas sobrancelhas esmagaram juntas em confusão. Procurei alguma indicação sobre o seu rosto, em sua expressão, de que ele estava brincando. Eu sabia que não encontraria nenhuma.

Ele nunca brincava.

"O quê?" Minha voz era mais alta que um sussurro agora.

"Você não me ouviu?" Ele exigiu, forçando sua boca em uma insensível careta. Seus olhos estavam mortos e recolhidos enquanto me observavam.

"Para o Colorado?" Resmunguei a pergunta estupidamente. "Na casa da fazenda?"

"Sim." Sua voz era firme. Era toda confiança e estabilidade. Eu odiava essa voz.

Dei um passo na direção dele, para longe da porta. Eu podia sentir toda a energia nervosa, o desespero correndo através de mim, vazando dos meus poros como suor e medo.

"Você não pode fazer isso." Eu assobiei.

Suas sobrancelhas subiram um pouco e vi os cantos da sua boca se contraírem no início de um sorriso divertido. Ele se endireitou, empurrando seu peso para fora da mesa, e deu um passo em minha direção em resposta.

"Eu acho que você sabe que eu realmente, realmente posso." Sua voz era quase divertida.

Eu não podia aceitar isso. Não era possível suportar isso, suportá-lo. Falando sobre a minha vida como se fosse uma piada. Como se eu fosse apenas uma espécie de peão para ele. Ele sempre me via como uma posse, não como uma pessoa.

Mas eu era uma pessoa.

"Você não pode me obrigar a ir com você." Eu respondi com mais confiança do que eu sentia.

Algo brilhou em seus olhos por um momento, interrompendo a calma. Ela tinha ido embora tão rapidamente, antes que eu pudesse identificá-la como raiva, ou ódio, ou violência, ou qualquer outra coisa que ele pudesse sentir ao ouvir uma sugestão de que eu não era sua propriedade.

"Você é minha mulher. Você fará o que eu disser." Sua voz nunca foi tão fria. Não em quatro anos.

Esmaguei de volta o medo que senti quando olhei para ele. Sua frieza, sua raiva. Nenhum vestígio do homem suave e gentil com quem eu tinha concordado em me casar. O tempo o tinha transformado em alguém que eu não conhecia.

Novamente, eu me lembrei que nunca realmente o conheci.

"Não por muito mais tempo." Eu disse, respirando profundamente quando empurrei as palavras para fora.

Ele deu outro passo em minha direção e meus olhos percorreram seu corpo involuntariamente. Ele estava magro e pálido, mas eu ainda podia ver seus nervos sob sua pele. Sua emoção o tornaria forte, sua ira o tornaria mortal. Eu nunca o tinha respeitado fisicamente. Nunca, nem uma vez, apreciei nada sobre o seu corpo. Sempre pareceu tão simples para mim, tão comum.

Ele era um leão agora.

"Você realmente acha que isso é sábio, Bella?" Sua pergunta era quase um insulto à sua suavidade.

Eu estava com raiva de novo, dissipando o breve momento de medo.

"Por que diabos não?" Eu rosnei asperamente. "Eu não te amo, você não me ama. Este casamento não é..."

Eu parei, não tendo certeza de como terminar a frase.

Eu sempre estive insegura de como terminar essa frase, desde que nós fizemos nossos votos. O que este casamento era, o que não era. Não havia nada para defini-lo, e nem nenhuma palavra que eu poderia usar para explicá-lo. O que o começou, o que o segurou, o que o fez funcionar, o que o fez desmoronar. E o que o tornou o que era agora.

Ele estava apenas a poucos passos de mim, mas eu não me afastei.

"E o que você vai fazer? Para onde você vai?" Ele me perguntou, exigindo respostas para as perguntas que ele sabia que não tinha nenhuma. "Você não tem ninguém".

"Eu..."

Eu não tinha ninguém.

Ele estava certo.

Eu tinha desistido de tudo para ficar com ele, desistido de todos. Eu tinha me desligado por motivos que eram meus. Motivos que até mesmo ele nunca entendeu.

Ele se aproveitou da minha hesitação.

"Você está certa, Bella. Eu não te amo." Ele fez uma pausa. Seus olhos estavam duros nos meus e eu achei que não podia desviar o olhar. "E nem ninguém".

Senti o calor das lágrimas salgadas em minhas bochechas. Tentei enxugá-las rapidamente, mas ele obviamente as tinha visto. Ele saberia agora que ele tinha ganhado.

Tudo o que eu tinha feito na minha vida pareceu levar até este momento. O momento em que eu me encontrava ligada indissoluvelmente a um homem que não amava, presa em uma vida que eu não queria, incapaz de ir embora por medo de não ter para onde ir. Se eu o deixasse, eu estaria completamente sozinha.

Apesar de tudo que ele era, tudo o que ele havia se tornado, ele ainda era tudo que eu tinha.

"Arrume suas coisas. Partiremos amanhã".

Edward bateu a porta atrás dele quando saiu.


Nota da Tradutora: Hohoho.. Por essa vocês não esperavam... O Ed é um esposo cruel?

Bem meninas, eu estava lesando na madrugada e encontrei essa fic. A engoli durante uma madrugada toda e quase morri de tanto chorar. Então... preparem os lencinhos. Queri avisar que essa fic é sim BELLA X EDWARD, não se preocupem.

Atenção: A fic é dramática e nem sempre segue os caminhos que pensamos... então quem não gostar de histórias assim, procure outra fic em nosso perfil. =)

Eu estou deixando a Ju louca... traduzi 7 capítulos em dois dias... então temos o cronograma garantido. Todas as quintas surgirá mais um, e claro, com sua review fica muito mais divertido. Bjusssss

O casamento está me deixando louca... então estou com insônia... o que me faz traduzir muito mais! Estou saltitando de alegria de saber que minhas amigas da net atravessarão o Brasil para assistir meu grande momento. Hoje está sendo um dia louco aqui!

Até amanhã em O Plano.