Capítulo 14 – 150% Melhores.

Fomos sem parar até chegar ao andar da Torre da Grifinória. De vez em quando nos escondíamos atrás de tapeçarias e estátuas até que finalmente o caminho estava livre.

Olhei para Sirius e sorrimos enquanto corríamos em direção a nossa salvação.

- A-há! Peguei vocês, seus pestes! – freamos na mesma hora e meu coração disparou.

Parado em frente ao quadro da Mulher Gorda, estava Filch. Um Filch todo estrupiado, sangrando, com uma perna machucada, metade do cabelo faltando e a outra metade parecendo chamuscada, suas roupas todas rasgadas e o queixo tremendo mais do que nunca.

Engolimos em seco. Estava tudo perdido. Tínhamos sido pegos.

Filch sorria com enorme satisfação.

- Desisti de correr atrás de vocês depois que seu dragão assassino tentou me matar! Sabia que uma hora ou outra teriam que voltar e resolvi esperar aqui. Foi melhor, não? Deu certo. Agora vou levá-los ao diretor Dumbledore e ahhhh...ele vai me dar razão e total apoio para torturá-los da forma que eu bem entender!

Nunca o vi tão contente em todos esses anos.

Antes, porém, que pudesse agir com seu plano uma voz ainda mais aterradora veio da escadaria que dava para o andar de baixo.

- Filch? Por que está gritando?

Assim que Filch virou o rosto para a sua interlocutora, puxei a capa do meu bolso interno e joguei sobre mim e Sirius.

- Professora Minerva McGonagall! – senti a alegria naquela exclamação e pensei a fúria que viria assim que se virasse. – Peguei dois alunos que... – ele se virou e viu um corredor vazio. – Mas o que...? Cadê eles? Onde estão?

McGonagall revirou os olhos e seus lábios se encresparam.

- Olha, eu não tenho tempo para suas perseguições eternas com os alunos. Lá em baixo sim, temos um problema. Remus Lupin parece que fugiu da enfermaria e azarou o aluno Severus Snape. Remus disse que Snape tinha fugido do colégio e ele o pegou. Foi um ótimo trabalho...ele realmente estava dando desculpas desde cedo para fugir das aulas e da prova. Mas Lupin deverá pegar uma detenção também, afinal estava fora de sua cama na enfermaria. Ele disse que estava com fome e não queria incomodar Madame Pomfrey.

Durante todo o discurso de Minerva, Filch parecia não ter dado atenção alguma. Rodava em volta de si mesmo procurando a gente.

- Aconteceu tanta coisa hoje...parentes morrendo, alunos adoecendo..Filch! Será que pode parar de rodar? Está parecendo sua gata quando persegue o rabo!

- Desculpe professora, mas aqueles dois alunos, Black e Potter, estavam bem aqui! Fingiam estar doentes e saíram do castelo!

- Isso é impossível! – Minerva parecia surpresa e incrédula. – A senhorita Iasmin Noel disse que conferiu várias vezes no dormitório e que estavam acamados.

- Bem, eles saíram e tenho como provar. Ouviram? – ele gritou para o corredor – O quadro não abriu, então mesmo invisíveis eu sei que não estão no quarto. Vamos?

- Tudo bem. Mas se for uma de suas perseguições infundadas, terei que relatar a Albus.

Filch não sabia a senha, mas a professora a deu para a Mulher Gorda que abriu o buraco.

Eu e Sirius novamente nos entreolhamos em pânico. Tínhamos pouco tempo.

Esperamos que eles passassem pela entrada, e depois rapidamente, passamos a frente subindo as escadas com cuidado, para que nossos pés não aparecessem de baixo da capa.

Eles andavam calmamente, o que foi nossa sorte. Abrimos correndo a porta e invadimos o dormitório como um tufão. Jogamos a capa para longe e gritamos para os elfos que estavam estranhamente etéreos e com marcas de beijos pelo rosto, para que voltassem para a cozinha.

Imediatamente eles sumiram e nós nos jogamos em nossas camas, cobrindo o corpo com os cobertores.

Mal fechamos os olhos, Minerva entrou falando com Filch. Parou assim que nos viu dormindo.

- Viu? Eles estão ali! – ela falou zangada por entre os dentes.

- Mas...mas...isso é impossível! – abri os olhos e tive o prazer de ver a cara de desolação do nosso amado zelador.

- Professora? O que está fazendo aqui?

- Oi Potter. Filch disse uns absurdos, mas está tudo bem. Volte a dormir como o senhor Black.

- Veja como estão suados! – ele gritou e Sirius fingiu um sobressalto.

- O que está acontecendo?

- Viu o que fez, Argus? – Minerva o censurou. – Acordou ele! – pôs a mão na testa de Sirius, que ficava mais próximo dela e ele sorriu amigavelmente.

- Viu? Estão quentes. Esse suor deve ser da febre que está cedendo.

- Suas mãos são tão cheirosas, Minervinha...

- Não abuse, Black. – ela resmungou.

- Sabe, estou me sentindo 150% melhor. – sorri.

Ela empurrou Filch para fora do quarto.

- Vamos deixá-los dormir. E Snape mais tarde vai vir servir sopa para vocês já que não podem descer para jantar. Não se preocupem – ela completou. – Remus vai vigiá-lo. Sei da inimizade de vocês.

- Mas, professora...! – Filch tentou uma última vez.

- E vamos dar uma palavrinha com o diretor.

A porta se trancou e eu olhei para Sirius sorrindo.

Apoiei a cabeça nos meus braços, cruzados em cima do travesseiro.

Pois é, eu já disse isso antes e vou dizer outra vez: a vida passa rápido demais. E se você não parar de vez em quando para viver a vida, acaba perdendo seu tempo.


Pois é, gente. Chagamos ao fim de mais uma fic. Agora vou me dedicar à do Tom. Espero que gostem ^^

Se quiserem ler mais Marotos, tem a fic que eu e minha amiga estamos escrevendo e hoje tem capítulo novo. A página está no meu perfil.

Bem...muitíssimo obrigada por me acompanharem até aqui, nesses poucos capítulos dessa curta fic \o/

Comentário (só tem um . que triste, mas mesmo assim...obrigada Juulia \o. Se vier mais algum comentário depois, eu respondo individualmente por e-mail ^^)

Juulia - É isso aí...mas parece que o ff não aprende ¬¬ tá dando erro o tempo todo. Que coisa irritante.
E o James e a Lily SÃO fofos ^^ adoro os dois \o.
Espero que tenha gostado!

Beijos. Até a próxima, pessoal.