Nome do autor: Honey G

Título: Take A Chance On Me

Ship: Seamus Finnigan/Daphne Greengrass

Gênero: Romance

Classificação: K+

Formato: Long-fic

Betas: Miih e Narcisa Le Fay. Muito obrigada pela ajuda, MESMO! 3

Nota da autora: Os POVs serão sempre Seamus depois Daphne, ok? Boa leitura!


Seis letras formam o seu nome. Depois de cinco meses. Quatro tons de cor se misturaram. Três palavras bastaram. Apenas duas pessoas. Uma única chance.

Prólogo – Combustão

HOGWARTS, JUNHO DE 1996

Ela não era como as outras: ele soube no momento em que ela riu dele. Seamus Finnigan não era exatamente uma pessoa concentrada ou atenta, prova disso era seu caderno pegando fogo, e ele em pânico, sentado à beira do lago.

Muitos sonserinos ao redor riram da cara dele, apontando, e sem demonstrar qualquer compaixão. "É, e daí, são só minhas anotações do mês inteiro, quem liga?...", resmungava enquanto tentava apagar a chama. De repente, um par de sapatilhas pretas fez Seamus notar a presença dela.

Era uma garota loira, de olhos azuis, muito bonita. Ela sorria gentilmente. "Você precisa de ajuda?", a garota perguntou apontando para o caderno chamuscado.

"Bom... já queimou tudo..."

"Reparo", ela disse, e no mesmo instante o caderno ficou intacto.

"Ah... bom obrigado...", ele estava sem jeito, olhando para o emblema verde e cinza das vestes dela.

"Não se preocupe com eles. Sonserinos têm um senso de humor peculiar... ahn...?"

"Seamus, Finnigan, Grifinória", e para sua surpresa ela apertou sua mão, respondendo altivamente:

"Daphne Greengrass"

Seamus não teve tempo de pensar em nada mais inteligente para dizer, porque a garota já estava de costas, caminhando até um pequeno grupo que a esperava, todos com umaa expressão desgostosa no rosto.

"Ah, o que foi?", ele a ouviu reclamando de longe, "Coitado". Afinal ela não estava lá, recuperando o caderno para depois pôr fogo de novo como um Sonserino faria, mas também não fora movida pela gentileza grifinória.

Era dó. Ele era um coitado, e ela a salvadora. Ele não esqueceria mais aquelas seis letras. D – A – P – H – N – E.


Daphne, como de costume, estava à beira do lago com as colegas, conversando no intervalo pós-almoço. Pansy estava muito empolgada contando à Astoria, sem poupar nenhum detalhe, as investidas em Malfoy, assunto esse que pouco interessava a Daphne. Tracey também parecia muito animada contando sobre os avanços no namoro com Nott, e somente Millicent, parecia compartilhar a sensação de deslocamento com Daphne.

Se aquela historinha de Pansy não fosse rotina, ela não se importaria, mas já estava incomodando ver a irmã agüentando quieta e sorrindo evasivamente, àquela que dizia amiga magoá-la o tempo todo, mas parar com aquilo era tarefa da própria Astoria. O que a irmã podia fazer?

Enquanto Daphne divagava, viu a pequena distância um grupo de sonserinos rindo sem dó de um garoto tentando apagar – sem muito sucesso – o caderno, que queimava completamente. No começo ela achou graça. Riu, porque a cena era ridícula. O garoto era um bruxo, um aceno de varinha, e tudo estava resolvido. Mas então Daphne entendeu. Numa hora dessas o mais fácil é a última coisa que pensamos. Levantou-se aborrecida daquele assunto de Draquinho e Theo e foi ver o que podia fazer pelo garoto.

Era o garoto de cabelos cor de palha da Grifinória, Simon, ou qualquer coisa do gênero. Ela se aproximou sem fazer alarde, pois tinha receio da reação dele, afinal, ela era tão Sonserina quanto os garotos que riam dele.

"Você precisa de ajuda?", ela disse reparando nas discretas sardas do rosto dele.

"Bom... já queimou tudo", ele parecia desolado, mas com um aceno simples Daphne disse, "Reparo". Ora, ele parecia muito surpreso com um feiticinho besta daqueles. "Ah, bom, obrigado", disse tímido.

Daphne percebeu o olhar dele recaindo no emblema sonserino que ela ostentava e comentou, "Não se preocupe com eles. Sonserinos têm um senso de humor peculiar... ahn...?"

"Seamus, Finnigan, Grifinória".

Então ela apertou sua mão, assustada com o rosto que se avermelhava, e tentando forçar uma segurança, se apresentou. "Daphne Greengrass".

Uma vergonha repentina a fez voltar ao grupo de amigas, desnorteada, e se deparou com Pansy olhando torto. "Ah, o que foi? Coitado...", murmurou para as amigas.

Não era culpa dele. Era só um garoto, e agora ela não erraria mais seu nome. S – E – A – M – U – S.