Hallo. o/
Yo, minha gente. :D
Eu estou querendo postar uma fic sobre meu peixinho querido há muito tempo, mas tava TENSO. Idéias, música, tempo e saco me impediam de fazer o que eu queria. Soma-se a isso a minha vontade de contribuir um pouco com o lado hétero da fics de SS, que parecem ter trocado de lugar com o yaoi, assumindo o lugar de coisa menor e meio 'indie'. Enfim, chega de papo.
Música: Close My Eyes Forever
Cantor: Lita Ford & Ozzy Osbourne (combinação ÈPICA! ºoº)
Disclamer: Saint Seiya pertence a Masami Kurumada e Santa Shiori nos deu a maravilha que é Lost Canvas.
Sumário: De todas as flores que ele criou, apenas aquela rosa vermelha realmente teve importância. Pensamentos e sentimentos de alguém para quem a distância não era só uma palavra, mas um modo de vida. Penoso, mas imprescindível.
Nota: Pesquisando na net, descobri que o nome da menina que o Albafica ajuda é Agasha, apelidada de Aza-chan como vemos nos OVAS. :D
Nota 2 : Sub Rosa é uma expressão latina que significa sob a rosa. É usada nos países de língua inglesa para denotar segredo ou confidencialidade.
Legendas:
- blá blá blá...- diálogo
- "bla bla bla.." -pensamento
- Flashback
- 'blá blá blá...'- citações ou entonações.
Baby
(Querida)
I get so scared inside, and I don't really understand
(Eu fico com tanto medo por dentro e realmente não entendo)
Is it love that's on my mind, or is it fantasy
(É o amor em minha cabeça ou é só fantasia?)
Heaven
(O Paraíso)
Is in the palm of my hand, and it's waiting here for you
(Está na palma da minha mão e está aqui esperando por você)
What am I supposed to do with a childhood tragedy
(O que eu deveria fazer com uma tragédia da infância)
Frio, antipático, indiferente, rude…Ele já havia sido rotulado com tantos adjetivos diferentes que todos reunidos formariam um livro. Como um daqueles que Dégel tanto gostava de ler e que entulhavam salas e mais salas. No entanto, nenhum desses "cumprimentos" o feria realmente. Já o acompanhavam há tanto tempo que muito rápido deixara de se incomodar.
O cavaleiro de ouro de Peixes aprendera bem cedo a lidar com a crueza de tratamento que, por vezes, lhe era direcionada. É bem verdade que sendo quem era, pouquíssimos tinham coragem (ou espírito suicida, entendam como quiserem) de dizer algo ofensivo a seu respeito.
No que tange a população da vila de Rodório e dos servos que perambulavam pelo Santuário, apenas respeito e reverência eram comportamentos aceitáveis. Só que Albafica bem sabia que por detrás daquela deferência reinava o medo, na maior parte das vezes. Em seu íntimo, guerreiro preferiria infinitamente que a sinceridade imperasse, até mesmo nas relações entre pessoas de estirpes sociais distintas.
Todavia, quando o convívio era entre os seus pares, a conversa era outra. Certos cavaleiros de Ouro não ocultavam seu desprazer em relação à postura do pisciano, tendo três deles se destacado por tal comportamento: Kárdia de Escorpião, Manigold de Câncer e Hasgard de Touro.
Para seus olhos, o primeiro não passava de um moleque exagerado e que conseguia ser mais infantil que Régulus de Leão que, de fato, era um menino. O italiano até poderia ser digno de alguma consideração se não fosse uma criatura desrespeitosa e caótica. Sobre o taurino, por mais valoroso que fosse, tinha o defeito inescusável de não tolerar qualquer coisa que divergisse daquilo que julgava como 'dentro dos conformes'.
E esse modo de vista do dito cavaleiro também era estendido a um dos pouco cavaleiros com quem Albafica tinha algum contato mais próximo do que se definiria por amizade: Asmita de Virgem. Homem que suscitava antipatia pelo simples fato de seguir uma religião diferente. Só que, se Atena não se incomodava, por que seus comandados eram incapazes disso?
Especulações à parte, seu único outro 'amigo' era El Cid de Capricórnio. Motivo: A introspecção profunda e comportamento arredio faziam do espanhol mais um alguém a ser mantido afastado. Era bem verdade que o contato do pisciano com seus amigos era restrito, mas isso não impedia de que o rótulo comum de 'persona non grata' gerasse uma camaradagem.
Sobre os outros cavaleiros de Ouro, bem, pouco há pra ser dito. Quanto à Atena e o Mestre, ambos eram gentis e solidários com sua situação, mas o cavaleiro de Peixes não fazia a menor questão de comiseração por parte de ninguém. Era realmente degradante.
Voltando a ponto de partida, adjetivos. Mesmo que Albafica falasse para si mesmo que palavras não tinham valor algum para ele, o cavaleiro sabia que seria mentira afirmar categoricamente sua completa imunidade às mesmas, pois uma pessoa o usou e seu coração doeu. Muito.
OoOoOoOoOoOoOo Flashback oOoOoOoOoOoOoO
If I close my eyes forever
(Se eu fechar meu olhos para sempre)
Will it all remain unchanged
(Ficará tudo inalterado?)
If I close my eyes forever
(Se eu fechar meus olhos para sempre)
Will it all remain the same...
(Ficará tudo igual?)
Não havia nenhum motivo racional para que ele estivesse ali. E onde era esse ali? Na vila de Rodório, mais especificamente em uma ruela indistinta e simples e se alguém quiser uma indicação mais precisa, escondido em meio às árvores que avizinhavam uma casa. Diante desta, uma pré-adolescente e seu pai se sentavam num banco e mexiam com flores.
- Eu só queria agradecer. – a voz da menina estava um pouco chorosa, como se algo a tivesse machucado. – Tratar-me daquele jeito foi horrível. Mesmo sendo lindo, Albafica-sama parece ser tão frio
Aquela foi a primeira pontada dentro de si que o cavaleiro sentia em muito tempo. Merecida a bem da verdade, pois ele fora de fato grosso com a mocinha. E isso o vinha remoendo desde o dia em que os dois se viram pela primeira vez, numa noite chuvosa em que o pisciano retornava para sua Casa e, no meio do caminho, viu uma figurinha trajada de lavanda a carregar algo em seus braços.
Os cabelos balançavam o vento e ele tinha certeza que a combinação de chuva e ar corrente eram pouco aconselháveis, especialmente para alguém frágil. Ele apenas apertou o passo enquanto ela continuava a correr.
- Que problemão. – reclamava a pequena consigo mesma. – Antes que eu entregue ao papai, o buquê vai ficar imundo.
Do nada, algo branco lhe caiu sobre o corpo e uma figura imponente trajando dourado passou diante de si. Imediatamente, a menina reconheceu seu 'salvador' como um cavaleiro de ouro.
- Ah, muito obrigada. – disse a jovem.
Ele não olhou para trás, mas esboçou um pseudo-sorriso com a gentileza e doçura naquela voz pueril.
- Com licença... – sua intenção era somente agradecer de forma apropriada.
- Não chegue perto de mim.
O jeito mordaz com que a frase foi emitida chocou até ao próprio Albafica, mas ele não demonstrou. Ao invés disso, virou-se e seguiu seu caminho, deixando a menina confusa e espantada para trás. Tal comportamento foi o motivador de sua presente visita, o cavaleiro queria realmente saber qual impressão tinha deixado. E isso ele estava a conhecer em meio àquela conversa.
- Não diga isso. – repreende o pai com a gentileza de quem sabia distinguir uma injustiça real e uma acidental. – Tem uma razão pela qual ele evita as pessoas.
Durante poucos instantes, Albafica considerou fazer algo que interrompesse a conversa para que sua condição não ficasse exposta, mas algo o impeliu a manter-se oculto. Curiosidade talvez. Ou alguma outra razão sem importância no momento.
- Ele tem medo de ferir com o próprio corpo.
- Por que? – aquilo atiça a menina e faz com que ela olhe para o seu pai, que agora tinha uma expressão solene nas faces marcadas pelo tempo.
Um sorriso gentil brota no rosto paterno e o coração do cavaleiro descompassa.
- Parece que o seu sangue se misturou com o veneno, por causa dos longos anos de treinamento. – o pai falava, a menina ouvia e o dourado esperava. – Temendo que esse sangue coloque alguém em perigo, ele desistiu de ter contato com as pessoas.
A jovem se entristece e sente o remorso causado por suas palavras, mesmo que ela não tivesse nenhuma culpa verdadeira pelas mesmas.
- "Por Atena, como eu fui cruel. Ele só estava preocupado com a minha segurança." – pensa a pequena dos olhos verdes. – Então é isso... -
A pequena segue em seu serviço com o pai até a hora do almoço, quando sua mãe a chama e permite ao cavaleiro saber o apelido dela, Aza-chan. Era bom dar um nome à figura. E quando o pai adentra à casa, o dourado toma seu rumo.
OoOoOoOoOoOoOo Fim do Flashback oOoOoOoOoOoOoO
Sometimes
(Às vezes)
It's hard to hold on
(É difícil persistir)
So hard to hold on to my dreams
(Tão difícil persistir em meus sonhos)
It isn't always what is seems
(Nem sempre é o que parece)
When you're face to face with me
(Quando você está cara a cara comigo)
Poucos dias depois, Albafica recebeu um pacote em sua casa. Dentro dele estavam sua capa, impecavelmente limpa e com aquele cheirinho de roupa lavada há pouco tempo, um ramalhete de variadas flores e um bilhete escrito em caligrafia simples: "Muitíssimo obrigada. Agasha". Em retribuição à candura da menina, surgiu no quarto da mesma, e no mesmo dia, uma flor vermelha belíssima.
Agasha pegou a flor e se jogou na cama, olhando pra mesma com um sorriso nos lábios e uma expressão sonhadora no rosto. O que ela definitivamente não sabia é que estava sendo observada por um par de olhos azuis, que poucas vezes se permitiam perder o quê de frieza que o caracterizavam.
Com o tempo, o cavaleiro de ouro foi descobrindo mais sobre Agasha e sua família. Sua mãe era uma dona de casa e o pai era o jardineiro que cuidava dos jardins do Santuário e também dos arranjos que decoravam os salões de algumas casas (se bem que o belo de olhos azuis sabia que naquilo estavam as mãos pequenas da filha).
No que concerne exclusivamente à pré-adolescente, ela tinha quase a mesma idade de Atena era uma mocinha bastante ativa. Tinha aulas com uma senhora do vilarejo, convivia bem com seus amigos e vizinhos e dançava esplendorosamente. Tendo essa descoberta vindo de um festival no qual todos os habitantes de Rodório e do Santuário estavam.
OoOoOoOoOoOoOo Flashback oOoOoOoOoOoOoO
You're like a dagger
(Você é como um punhal)
And stick me in the heart
(Que me fere o coração)
And taste the blood from my blade
(E prova o sangue da minha lâmina)
And when we sleep, would you shelter me
(E quando dormirmos, você me abrigará)
In your warm and darkened grave
(Em sua quente e escurecida sepultura)
Não é que ele tivesse algo contra festividades, longe disso. Só que ele não via motivo pra tomar parte em uma se seu sangue o impedia de aproveitar até coisas simples como dança, um cumprimento ou até o simples perambular em meio às pessoas. Por isso que Albafica caminhava para longe do centro da festa. Conforme caminhava, os sons e aromas foram se enfraquecendo a sua única companheira fiel se tornava mais distinta.
A solidão. Profunda, imperscrutável e sufocante. E que freqüentemente piorava nas horas da noite, cuja escuridão pareciam tornar o mundo mais deprimente até mesmo em meio à bela lua e às incontáveis estrelas presas ao firmamento. Nesses momentos, apenas consigo mesmo, Albafica amaldiçoava sua existência.
Infeliz destino! Cruel destino, que o condenara a viver sozinho por causa de seu sangue nocivo. O que ele não daria para poder, apenas por um dia, viver como as pessoas comuns? Nefasto peso que ele tinha que carregar, criar as mais belas flores e ser praticamente a personificação da morte. Alguém a ser temido e mantido longe.
Tal qual um leproso ou um monge, ele se isolava. Há muito que esse exílio existia, mas nem o tempo o tornou menos dolorido. Por vezes, ficava insuportável e o cavaleiro se obrigava a pensar se realmente valia a pena viver.
- Provavelmente não. – comenta o dourado, caminhando sem rumo específico em meio às matas.
Aquele ambiente sorumbático e meditativo em que se encontrava é rompido pelo som de palmas, vozes e música. Seguindo para o norte, o homem se vê diante das ruínas de uma velha construção, cujos poucos pilares que se mantinham em pé estavam cobertos por vinhas e os que tombaram serviam como bancos a um grupo de jovens.
Até aí, nada de relevante. Simplesmente amigos passando um tempo juntos. No entanto, bastou apenas uma observação mais minuciosa para que o "nada de relevante" se tornasse mais do que relevante, indispensável. Um corpo feminino dançava ao som de um pandeiro e de palmas. Pés descalços e ágeis se mexiam por baixo de um leve e rosado vestido, que permitia a visão de finas pernas brancas quando sua dona rodava.
Os cabelos castanhos da dançarina estavam completamente soltos e seu corpo estava desprovidos de jóias, mas um pequeno tom róseo lhe decorava os lábios sorridentes e a flor vermelha em meios aos fios escuros combinavam de uma forma perturbadora com aquelas duas esmeraldas que fitavam o céu. Albafica percebeu que Agasha sempre carregava sua flor consigo, o que concedia àquela flor miserável um adjetivo bom, pela primeira vez, linda.
- Aza...- sussurra o cavaleiro, inebriado e perplexo com aquela imagem feérica que seus olhos presenciavam. -'' Saia daqui!"
Infelizmente, a razão parecia tê-lo abandonado em função de sentimentos que o cavaleiro julgava ter deixado para trás ao longo de sua vida. A onda que se apossou de seu coração era quente e incontrolável, se estendendo por todo o corpo e turvando a mente. Por mais problemático que fosse, não haveria nada de errado se apenas o cavaleiro soubesse de sua presença ali.
Só que o Destino (novamente) se incumbiu de piorar sua situação ao fazer com que Agasha, ao final de sua dança, parasse com seus olhos exatamente sobre o cavaleiro que a observava. Pasmada, ela leva às mãos a boca e faz com que seus amigos se virem na direção daquilo que assustou a dançarina. Nada vêem. Pois assim que foi visto, Albafica sumiu. Como uma aparição incompreensível.
If I close my eyes forever
(Se eu fechar meu olhos para sempre)
Will it all remain unchanged
(Ficará tudo inalterado?)
If I close my eyes forever
(Se eu fechar meus olhos para sempre)
Will it all remain the same...
(Ficará tudo igual?)
OoOoOoOoOoOoOo Fim do Flashback oOoOoOoOoOoOoO
Will you ever take me
(Será que você vai me levar um dia?)
No, I just can't take the pain
(Não, eu simplesmente não posso suportar a dor)
But would you ever trust me
(Mas você algum dia confiaria em mim?)
No, I'll never feel the same…
(Não, eu nunca serei o mesmo)
Depois daquele dia, Agasha passou a ocupar mais e mais de seus pensamentos e aquilo que deveria ser um sentimento doce para qualquer um, se tornou algo penoso para o pisciano. Amar e, em hipótese alguma, ser amado em resposta. Além disso, o desenvolvimento da moça através dos anos mudou consideravelmente a natureza de seus pensamentos. O fato de ser um cavaleiro de ouro nem impedia tanto, visto que o antigo cavaleiro de Leão, Ilias, casou-se e teve um filho.
O problema era Albafica ser quem era. Aquela criatura venenosa cuja missão de vida era trazer a morte. Que Inferno! Por que o destino o detestava tanto? Que crime cometera num passado para passar por tantas provações em sua vida? Ele sabia que essas perguntas jamais seriam respondidas por ninguém e nem eram exclusividade dele (exceto pela parte do veneno).
Outros cavaleiros amavam e, se não eram correspondidos, o eram e não podiam se empenhar em um relacionamento, ou seu amor estava perdido. Em relação ao primeiro caso, o representante era Sísifo de Sagitário – a quem Albafica julgava estar numa situação quase tão infeliz quanto a sua própria.
O sagitariano amava profundamente a única mulher realmente inalcançável da face da Terra: Sasha. Reincarnação de Atena e alguém, no mínimo, 10 anos mais jovem do que Sísifo. Como se isso já não bastasse, o próprio fato de ser um cavaleiro era só mais um empecilho a já longa lista de 'nãos' que se interpelavam entre o guardião da 9ª casa e sua paixão.
O outro atormentado por problemas sentimentais era Shion de Áries,o sempre tranquilo e analítico lemuriano tinha um relacionamento tempestuoso e cheio de altos e baixos com Amazona de Grou, Yuzuriha. Pelo que Albafica entendera, as carreiras dos dois eram incompatíveis com qualquer plano de futuro que pudessem ter juntos.
O último caso era contemplado por Dégel de Aquário, cujo coração pertencia à uma jovem chamada Seraphina (N/A: Farei uma fic sobre eles também. ^-^). Essa informação só foi obtida devido à língua solta de Kárdia, quando entupido de álcool. Pelo que o pisciano soube, a dita moça adoeceu e morreu em Blue Graad; o que explicaria muito bem o porquê de o aquariano jamais mencionar sua terra natal.
I know I've been so hard to you
(Eu sei que fui duro demais com você)
I know I've told you lies
(Eu sei que te contei mentiras)
If I could have just one more wish
(Se eu pudesse ter mais um desejo)
I'd wipe the cobwebs from my eyes
(Eu tiraria as teias de aranha dos meus olhos)
Desgraças sentimentais eram um lugar-comum no santuário e sortudos eram os que se mantinham imunes a isso, dispensados de sofrer inutilmente. Por muito tempo, o pisciano ansiou por um cura para sua dor. Algo que afastasse aqueles sentimentos e pensamentos de sua cabeça, e isso veio.
A Guerra Santa finalmente se abateu e pouco tempo restava para os Cavaleiros de Atena elucubrarem sobre suas vidas pessoais, visto que o sangue e a destruição se provavam distrações poderosíssimas. Sua luta foi contra alguns espectros e aquela figura insuportável chamado Minos de Griffon, um psicopata autêntico e que reconhecia a beleza de Albafica apenas para aviltá-lo.
Era verdade que o guardião da 12ª Casa se preocupava com sua aparência, mas isso não era essencial em sua vida. Só que ver aquele lunático o denigrir por causa de sua aparência era mais do que suficiente para fazer seu sangue ferver. E tudo piorou quando o Juiz foi na direção de Rodório com toda intenção de destroçar a vila. Onde ela estava.
Aquilo por si só era um incentivo para homem de cabelos azuis seguir em combate, mesmo com os ferimentos infligidos. Quando ressurgiu diante de seu inimigo, o cavaleiro se sentiu mais aliviado em ver Aza protegida, mas sua atenção segui completamente para a luta.
O Crimson Thorn estava lhe minando a vida, mas isso tinha pouca importância se comparado ao dever, eliminar Minos era fundamental. Aos poucos, ele sentia a fraqueza se abater a a morte se avizinhar
- Albafica-sama!
Morrer ouvindo aquela doce voz não lhe parecia tão ruim. Especialmente sabendo que havia sido bem sucedido em sua missão. Apenas seus joelhos o sustentavam e, vagamente, ele tomou conhecimento de uma troca de palavras indistinguíveis entre Shion e Minos, cujo peito já portava a Bloody Rose. Ao fundo, Agasha chorava e ele sabia mesmo sem ver ou ouvir direito.
- "Eu sempre a machuco, não é?" - curiosa a agonia que esse pensamento causava.- "Mesmo quando tento protegê-la."
Um último lapso de cosmo foi emitido por Minos e interpelado por Shion, agora parado à sua frente.
- Acabou? - sua voz era tão fraca agora.
- Albafica-sama! - repete a moça.
Surpresos, Shion e Aza correm até o cavaleiro.
- Não venham para o meu lado! - o grito do pisciano cessa os movimentos.
- Mas...- começa o ariano.
Eis que se inicia uma chuva de pétalas de rosas, que seriam bem-vindas se não fosse pela situação mórbida em que se encontravam. As três pessoas fitam o céu para acompanhar o bailar dos pontos vermelhos carregados pelo vento.
- São as pétalas que Minos mandou para longe. - falar era estafante, pois tudo lhe doía. - Elas chegaram até aqui. Elas estão bem perfumadas.
O sorriso em seu lábios era o primeiro em muito tempo e Agasha não pôde deixar de ver quando aquilo adicionava aquela beleza, já estonteante.
- "Divino." - pensava a moça se despedindo de seu amor. Um amor que jamais confesso. - Não...- sussurra ela, baixinho, sentindo seu coração quebrar.
- Eu sempre vivi junto com estas rosas envenenadas, mas agora...- sua voz fraqueja. - Pela primeira vez, percebo que estas rosas são lindas.
O guerreiro tomba, mas não sem antes perceber que só na hora da morte, concedeu à todas às suas obras um lugar reservado à única beleza real que ele havia visto na vida. Pedestal ocupado por aquela menina dançarina, que fez a manifestação física do seu veneno se tornar algo não só belo, mas sublime.
If I close my eyes forever
(Se eu fechar meu olhos para sempre)
Will it all remain unchanged
(Ficará tudo inalterado?)
If I close my eyes forever
(Se eu fechar meus olhos para sempre)
Will it all remain the same...
(Ficará tudo igual?)
Close your eyes
(Feche os seus olhos)
Close your eyes
(Feche os seus olhos)
You gotta close you eyes for me
(Você tem que fechar seus olhos pra mim)
~ Das Ende. ~