Chefes de equipa (Visão de Hermione)

As férias de Verão estavam a terminar. Apesar de Hermione adorar passar o Verão com os pais, as duas últimas semanas de Agosto, para ela, eram sempre recheadas de emoções. Sabia que iria estar com os amigos Harry, Ron e Ginny, pois esperavam-na ansiosamente na Toca. O Verão de Hermione tinha sido bastante simples, todos os anos ia para a França com os pais para casa de uma prima. Além disso, o Verão de Hermione resumia-se em enviar constantemente corujas aos amigos para saber de novidades.

Faltava um dia para Hermione ir a última semana de Agosto para a Toca. Como tal, estava ansiosa e levantou-se ainda de madrugada para preparar o seu malão. Calmamente, preparou as roupas que tinha renovado este ano, pois as outras ou lhe ficavam já muito curtas ou então já não achava que fossem roupas tão bonitas. Hermione tinha mudado um pouco durante o Verão. A prima francesa, Rosalie, fê-la ver que o seu guarda-roupa estava um pouco antiquado e que, portanto, deveria renovar. Assim passou os dias que esteve em França a fazer compras com Rosalie.

- Hermione, repara bem nesta camisa. É linda! – disse Rosalie, pegando numa camisa vermelha aos xadrez, demasiado 'decotada' para Hermione.

- Sabes, Rose, não faz bem o meu género… - disse Hermione, olhando atentamente para a camisa.

- Vá lá, vem experimentar! – insistiu Rosalie.

Depois de experimentar, Hermione soltou um 'Wow' ao ver-se ao espelho.

- Prima, assenta-te que nem uma luva.

Na verdade, a camisa deixava Hermione com um corpo ainda mais bonito. A prima Rosalie não se tinha ficado pela camisa, levando até aos provadores da loja mais roupa que achasse extremamente sexy para Hermione usar. Sem pensar duas vezes, Hermione pegou no cartão de crédito e pagou as peças todas. No seu interior, formou-se um sorriso, pois sabia que os amigos iriam ficar surpreendidos com a mudança.

Depois de preparar todas as malas, com as suas novas roupas e material da escola, Hermione desceu para ir tomar o pequeno-almoço com os pais.

- Bom dia, querida... - disse-lhe a mãe carinhosamente e o pai deu-lhe um beijo na testa e sentou-se.

- Bom dia! – respondeu alegremente. Hermione tinha vestida uma camisola de malha fina com um decote em 'V' e umas calças bem justas ao corpo.

- Hoje vais ter de voltar ao teu mundo, filha. - disse o pai com um ar aborrecido. – Estás linda, filha! – mudou rapidamente o entusiasmo ao avistar Hermione.

- Obrigada, pai. – disse com um sorriso envergonhado. - Pois é, pai, hoje vou voltar ao meu mundo. E, não faças essa cara. Eu gosto daquilo, pai. Faz parte de mim...

- Mas, eu não... quer dizer, não é que não goste, é por causa daquele feiticeiro que vocês falam... ser o mais temido de todos os tempos da magia, sabes?

- Claro que sei, não me poderia esquecer disso. Mas não te preocupes, pai, em Hogwarts estou segura. – disse firmemente.

- Tu sempre foste muito inteligente, Hermione, não me admira que tenhas sido nomeada para chefe de turma! – disse a mãe, mudando de assunto.

Hermione olhou repentinamente para a mãe, deixando cair o garfo com ovos mexidos.

- Eu não fui, quer dizer, não recebi nenhuma coruja durante o Verão… - disse Hermione confusa – Sabes de alguma coisa, mãe? – perguntou Hermione ainda mais confusa com a expressão que a mãe tinha na cara, alegre.

Mr. Granger estendeu a mão com um envelope selado por Hogwarts, com aquele selo já tão familiar de um vermelho acastanhado. Hermione quase pulou da cadeira e tirou o envelope da mão do pai. Nem se importou muito com o facto de ter aberto uma carta dirigida a ela.

" Miss Granger,

Como já devia esperar há algum tempo aqui está a carta que a vai informar que foi nomeada para ser chefe de equipa dos Gryffindor.

Através de todos os comportamentos exemplares que a Miss Granger mostrou durante os últimos cinco anos aqui em Hogwarts, a professora McGonnagall e eu decidimos que é a pessoa indicada para gerir este cargo.

Com o inteiro conhecimento de,

Albus Dumbledore"

- Eu nem sequer consigo acreditar! – disse Hermione com um tom de voz quase histérico.

- Eu compreendo que deva ser muito importante para ti, Hermione, minha filha querida. – disse a mãe igualmente feliz. – Penso que deve ser uma grande responsabilidade e fico contente pelo director da tua escola achar-te capaz de gerires tal cargo, meu amor.

- Obrigada mãe. Sabes, não é só pelas recompensas que traz ser chefe de equipa. É mesmo pelo valor que me deram, mãe. – disse Hermione sinceramente.

- Filha, desculpa-nos por termos aberto a carta. Mas estávamos receosos que estivesse relacionada com o tal feiticeiro… - desculpou-se a mãe, referindo-se a Voldemort.

- Não faz mal. – disse Hermione a sorrir.

Hermione acabou de comer os ovos mexidos. Apenas com um gole bebeu o sumo de laranja natural e apressou-se em ir lavar os dentes. Em cinco minutos, desceu e deparou-se com Mr. Granger com a sua mala na mão.

- Estás pronta, Hermione?

- Sim, pai. – disse, dando uma última espreitadela no seu lar e abraçou a mãe carinhosamente. – Eu estarei de volta num instante, mãe, vais ver… - disse, tentando reconfortar a mãe que começava a soluçar.

- Sim, Hermione, espero que passe rápido. Mal posso esperar para te ter em casa novamente.

A família de Hermione era muito unida. Sempre que chegava o final do Verão era um grande sacrifício, principalmente para Mrs. Granger ter de se separar da sua 'pequena' Hermione.

Hermione entrou no carro com o pai e passou a viagem de casa até ao parque de estacionamento, onde os Weasley iriam buscá-la, a olhar pela janela, vendo o sol brilhar através das poucas nuvens que pairavam no céu. Em apenas poucos minutos estaria a abraçar Harry, Ron e Ginny e todos os outros Weasley. Já tinham passado três meses desde que não os via.

- Pai, está ali o pai do Ron à minha espera. – disse Hermione apontando para o vulto ruivo que se encontrava de pé.

- Ah, sim filha. Chegou o momento de ires. Dá cá um beijinho… - disse Mr. Granger, despedindo-se com um abraço forte e dois beijos em cada bochecha de Hermione.

- Vai passar depressa. – disse Hermione, quase repetindo o que tinha dito à mãe.

Abriu a porta do carro e saiu para ir em direcção a Mr. Weasley que encontrava-se agora acompanhado pela sua mulher.

- Hermione, querida! – saudou a mãe do seu amigo Ron, apertando-a com um abraço. – Estamos todos ansiosos pela tua chegada.

- Obrigada, Mrs. Weasley.

- Sabes, Hermione, um dia tens de trazer os teus pais a jantarem à Toca… - disse Mr. Weasley, relembrando Hermione a sua obsessão por Muggles há muito evidente.

À medida que foram avançando para aquele lugar já tão conhecido por Hermione, iam falando sobre a sua mudança.

- Hermione, mudaste um pouco o teu visual – disse Mrs. Weasley, reparando particularmente no decote da rapariga. – Estás muito… elegante, minha querida.

Hermione sentiu-se um pouco embaraçada com o comentário. E só conseguiu murmurar um pequeno 'Obrigada', deixando à vista dos Weasley as suas bochechas rosadas de embaraço.

Mr. Weasley estendeu o botão de transporte para Mrs. Weasley e Hermione. Depois de fechar os olhos, Hermione só os abriu quando se sentiu realmente segura no chão. Realmente não era uma sensação que ela gostava ter de viajar por botão de transporte.

Assim que abriu os olhos, Hermione correu para os braços de seus amigos que estavam com sorrisos de boas-vindas nas faces.

- Hermione! – exclamou Harry, sendo o primeiro a ser abraçado por Hermione. Logo a seguir, Hermione quase sufocou Ginny com um abraço igualmente apertado.

- Estava a ver que não passavam estas férias, estava farta de aturar o Ron e o Harry… - disse Ginny com um tom de voz trocista.

Ron também abraçou a amiga com um abraço de uma mão que quase podia ter-lhe esmagado as costelas. Hermione quase se esquecia que tinha mudado o visual, quando Ginny lhe fez o favor de relembrar:

- Bem, mas o que é que tu fizeste, Hermione? Mudaste totalmente… estás mais…

- Sensual – terminou Harry. – Gosto de te ver assim…

Hermione sentiu novamente as suas bochechas a escaldarem com o vermelhão. E sentiu-se ficar ainda mais embaraçada quando apanhou Ron a olhar para o seu corpo, centímetro por centímetro.

- Uau, Hermione, o que te fez mudar tanto em… três meses? – perguntou Ron ainda embasbacado.

- Foi a minha prima Rosalie. É uma longa história… - disse Hermione, revirando os olhos.

Antes de almoçarem ainda estiveram todos a jogar quidditch no quintal da Toca, excepto Hermione que nunca tinha sido muito dada a modalidades desportivas. Então para se entreter, esteve a observar o jogo divertido que se desenrolava à sua volta. Os dois irmãos Weasley contra Harry. Hermione tinha que admitir que Harry era muito bom em quidditch. Contudo Ginny não lhe ficava nada a trás. Além do mais, Harry não tinha muito jeito para defesas ao contrário de Ron que era rara a quaffle que lhe passava. De vez em quando punha os olhos no livro que tinha em cima das suas pernas.

- Tenho uma novidade para vos dar – disse Hermione durante o almoço, mordendo o lábio inferior de excitação.

- O que é? – perguntou Ron, de uma forma quase incompreensível, pois tinha dois bocados de bife inteiros na boca. Hermione revirou os olhos.

- Adivinhem! – sugeriu entusiasmada.

- Vais ficar o Natal connosco? – perguntou Ginny, ansiando uma resposta positiva.

Hermione sorriu para Ginny e disse de seguida:

- Não é isso, Ginny. A novidade é que fui nomeada chefe de equipa. – contou, desiludida por nenhum dos três ter adivinhado. Às tantas não era assim tão óbvio.

Harry e Ron trocaram olhares divertidos, sem surpresa.

- Bem, Hermione, parabéns. Mas a verdade é que não é uma novidade para nós, sabes? – disse Harry, tentando fazer a amiga perceber que era algo muito previsível.

- Oh… mas para mim foi de grande surpresa, só soube hoje de manhã.

- Diz-me que melhor pessoa podia desempenhar esse cargo a não seres tu… bem, não vejo realmente mais ninguém, Hermione. – disse Ron divertido.

- Oh, obrigada. – disse Hermione, corando mais uma vez nessa manhã.

- Harry parece que já vamos poder andar mais tempo pelos corredores… - disse Ron mais uma vez num tom divertido.

Hermione levantou-se de repente.

- Tu nem penses, Ronald Weasley, que lá por ser tua amiga e chefe de equipa que vou permitir que vocês fujam às regras. É que nem penses!

Harry e Ginny riam-se da cena que tinham acabado de assistir. Não tardou muito até Hermione se juntar à risota ao ver a cara de amuado de Ron.

- Tu não mudas, Hermione… sempre a mesma mandona! – disse Ron, sem argumentos de defesa.

- Vais ter privilégios, Hermione. – disse Ginny entusiasmada. – Sabes, o Percy quando era chefe dos Gryffindor tinha um quarto enorme só para ele. Dividia era a casa de banho, que tinha uma banheira que parecia uma piscina, e a sala comum com um totó dos Slytherin.

Hermione ficou perplexa assim que Ginny acabou de falar. Era verdade, ela teria de dividir a sala comum e a casa de banho com um chefe dos Slytherin. As raparigas da equipa dos Slytherin eram todas umas tontinhas mal-educadas. E os rapazes não havia um que fosse sequer normal. Não havia contactos entre Gryffindor e Slytherin. Faltava precisamente uma semana para saber com quem teria de dividir os aposentos e os privilégios.

- Pois é, Hermione, vais ter que dividir com alguém dos Slytherin. – frisou Harry. – Só espero que não seja o Malfoy.

Hermione que até então tinha os olhos pregados no prato, olhou repentinamente para Harry.

- Tu nem me digas uma coisa dessas, Harry. Achas que ia ter assim tanto azar e ficar com aquela besta? – perguntou Hermione, engolindo logo de seguida em seco.

- Ninguém te deseja esse mal, nem mesmo o Dumbledore. – disse Ron.

- Mas quem escolhe são os professores chefes, neste caso é o Snape que escolhe o chefe de equipa e ele adora o Malfoy. – relembrou Hermione.

- Ah, pois! – disse Ron, arregalando os olhos.

- Mas vá lá, Hermione, não deixes que essa ansiedade te estrague o resto da semana de férias.

- Tens razão! – concordou Hermione com um sorriso.

Passaram o resto da semana na Toca e um dia antes de irem para Hogwarts foram fazer as compras habituais à Diagon-Al. Foram através da lareira com o pó de floo e quando chegaram ao destino, decidiram ir comprar primeiro os livros do sexto ano. Hermione entreteve-se a desfolhar as primeiras páginas dos livros todos. Assim que acabaram as compras todas, dirigiram-se novamente para a Toca.

Nessa noite, Hermione decidiu fazer uma brincadeira com os amigos e então foi buscar à sua mala um baralho de cartas Muggles. - Vamos jogar? - perguntou Hermione, fingindo se esquecer que Ron e Ginny não sabiam jogar.

- Jogar a quê? O que é isso? – perguntou Ron e Hermione sorriu para Harry com a admiração do amigo.

- Bem isto é um baralho de cartas, sabes… nós os Muggles também temos os nossos jogos, alguns são semelhantes aos da magia, como o xadrez.

- E como se joga ao baralho de cartas? – perguntou Ginny curiosa.

- Como se joga às cartas… - corrigiu Hermione, ainda a sorrir. – Bem eu e o Harry vamos explicar. – Harry consentiu e prosseguiram então com a explicação.

Ginny esteve praticamente o tempo todo a olhar de Harry para Hermione, completamente atenta à explicação. Contudo, Ron ia piscando os olhos e interrompendo com bocejos a explicação, recebendo logo um olhar de desaprovação de Hermione.

Após a explicação, começaram a tentar jogar, até serem vencidos pelo sono. Hermione dirigiu-se juntamente com Ginny para o quarto dela e foram-se deitar. Hermione, perdida de sono, nem conseguiu pensar novamente em quem seria então o chefe de equipa Slytherin.

-DHR-

Chefes de equipa (Visão de Draco)

Na Mansão Malfoy, Draco encontrava-se na sala de estar com os pés postos em cima da mesa de centro com o Profeta Diário na mão quando ouviu um pigarrear de uma coruja na janela.

- Dobby! Vai ver o que essa maldita coruja trouxe… - grunhiu exasperadamente Draco.

Dobby, o elfo doméstico, a tremelicar dirigiu-se à sala onde se encontrava o rapaz loiro e com um estalar de dedos fez com que a cortina de veludo se afastasse para permitir que a coruja lhe entregasse o envelope.

- Para quem é o correio? – perguntou Draco sem curiosidade alguma.

- Para si, meu Senhor. – disse muito educadamente Dobby.

Draco olhou para o elfo com desdém.

- Podes deixar aí em cima da mesa.

Dobby consentiu com a cabeça e pousou a carta em cima da mesa de centro. Retirou-se com todo o respeito e ainda a tremelicar e assim que o fez, Draco pegou no envelope, bufando de exaustão.

Mal pegou na carta viu que esta tinha o selo de Hogwarts. E abriu-a, calmamente. Draco já previa.

"Draco Malfoy,

Através desta carta pretendemos informá-lo que foi nomeado pelo seu professor chefe, Severus Snape, como chefe de equipa, uma vez que contém todas as qualidades para poder gerir o cargo.

Por escolha de Severus Snape e com todo o meu conhecimento,

Albus Dumbledore."

- Bah… como se já não soubesse que reúno todas as qualidades para ser um chefe de equipa. – comentou consigo mesmo.

- Foste nomeado chefe de turma, meu querido? – perguntou uma voz feminina entusiasmada, Narcisa, a mãe de Draco.

- Parece que sim. Acabei de receber uma carta de Hogwarts.

- Fico tão orgulhosa de ti! – disse Narcisa, sentando-se ao lado do filho e enchendo-o de beijos.

- Claro, mãe… - disse Draco, revirando os olhos.

- Tens de comprar um novo uniforme, Draco. – disse, deixando de abraçar Draco. – O teu pai tem de saber disso…

- Oh, sim. Vai interessar-lhe imenso.

Nesse preciso momento entrou Lucius Malfoy na sala de estar.

- O que é que me vai interessar imenso?

- Lucius, o nosso filho foi escolhido para chefe de equipa. – disse Narcisa, não disfarçando o orgulho na voz.

- Narcisa, querida, acho que isso era óbvio…

Draco sorriu perante a resposta do pai. Ele sabia que Lucius sabia do que ele era capaz. Draco tinha sido nomeado chefe de equipa por mérito, ou talvez por Snape ser 'amigo' de Lucius.

- Parece que não sabes das minhas qualidades, mãe. – disse Draco com um pouco de desilusão na voz. – Era óbvio que só poderia ser eu o escolhido!

- Eu sei que tu és melhor do que os outros, filho. Mas não posso deixar de dizer que estou contente com a novidade.

Face à resposta, Draco levantou-se, revirando os olhos, e dirigiu-se ao quarto com o Profeta Diário nas mãos que exibia na capa Harry Potter, o rapaz que sobreviveu.

- Que absurdo! Nem sei como o querem para capa do Profeta, apesar de já saber que este jornal não presta de todo.

Draco passou o resto da semana na Mansão dos Malfoy, irritando os elfos ou então a jogar xadrez com o seu novo melhor amigo, Zabini Blaise, pois Crabbe e Goyle agora estavam na lista dos rapazes mais estúpidos da equipa Slytherin. Já não tinham postura para, segundo Draco, serem os seus companheiros.

Zabini já era um rapaz mais parecido com Draco, com ambições mais semelhantes. O pai de Zabini era um velho amigo de Lucius e, por isso, Draco tinha plena confiança nele.

- Sabes quem vi na Diagon-Al ontem? – perguntou Zabini a Draco, enquanto jogavam xadrez.

- Quem? – perguntou sem interesse.

- O Potter e os amigos…

- E achas que isso é interessante para mim? – perguntou ironicamente Draco, soltando de seguida uma gargalhada sonora. – Essa gente a mim não me diz nada, Zabini, desilude-me saber que não tens conhecimento disso.

- Eu sei que o Potter não te interessa, nem o Weasley. Mas a Granger, este ano está diferente, sabes?

Draco tirou os olhos do jogo e confrontou Zabini.

- A Granger é uma sangue de lama, Zabini. Já devias saber disso…

- Eu sei que não passa disso, mas ela está… apetecível este ano! – concluiu, parecendo procurar o termo adequado para definir Hermione.

Draco soltou uma risada ainda mais sonora do que anterior. Não fazia sentido nenhum pensar que Hermione Granger, a menina sabe tudo, a rata de biblioteca, estava de algum modo apetecível.

- Zabini tu só podes estar a gozar comigo. A Granger é uma sangue de lama nojenta que nem se sabe vestir.

- Não fales do que não viste, meu amigo. Ela estava uma maravilha ontem, com uma camisa que lhe assentava que nem uma luva. De cair com o queixo. E olha que não fui só eu que fiquei impressionado. Muitos rapazes que a viam passar não lhe tiravam os olhos de cima.

- É difícil de acreditar, Zabini. – respondeu Draco incrédulo com o que ouvia do amigo.

- Logo verás. – disse Zabini, erguendo uma sobrancelha, algo que era muito comum Draco fazer.

Na manhã seguinte, Draco tomou o café da manhã com os pais. Já tinha o malão feito, pois os elfos já lhe tinham preparado tudo. Durante a tarde iria comprar o novo uniforme, porque as do ano anterior já não lhe serviam e, além disso, Narcisa fazia questão já que ele tinha sido escolhido para chefe de equipa.

Narcisa fez companhia a Draco, enquanto ele experimentava o novo uniforme.

- Estás a seguir exactamente as mesmas acções do teu pai. O teu pai também foi chefe de equipa, sabias?

- Não fazia a menor ideia. – disse Draco sem qualquer expressão na face. Realmente não lhe interessava muito.

Draco fazia transparecer aos outros que era parecido com o pai. Mas, na verdade, ele não ambicionava tal coisa. Ele nem sequer tinha uma admiração pelo pai, como muitos julgavam que tinha. Depois de experimentar o uniforme, Narcisa pagou e foram para a Mansão.

Jantaram tranquilamente os três, servidos gentilmente pelos elfos domésticos. Draco deu por si a pensar em como seria possível Zabini achar Granger, a cabelo de vassoura, de algum jeito apetecível. Do ponto de vista de Draco era claramente impossível. Voltou a rir-se sozinho da observação de Zabini. "Ele deve estar mesmo cego para ver a sangue de lama como algo de apetecível", pensou. Acabou por adormecer a pensar nisso.

N/A: Considera que o Dobby ainda serve a família Malfoy. Espero que gostem deste capitulo, já tenho mais 20 escritos. Reviews, please :D