Minna!

Os personagens pertencem á Masashi Kishimoto, história de minha autoria

Esta fic contém: palavreado chulo, cenas de sexo (lemon), yaoi, e o casal principal é Sai e Itachi: abordando prostituição e corrupção. Caso o tema lhe ofenda de alguma maneira, não leia. Rated M


When you came in the air went out.
(Quando você entrou o ar foi embora)
And every shadow filled up with the doubt.
(E toda sombra se encheu de dúvida)
I don't know who you think you are,
(Eu não sei quem você pensa que é)
But before the night is through,
(Mas antes que a noite acabe,)
I wanna do bad things with you.
(Eu quero fazer coisas ruins com você.)
Bad Things - Jace Everett

- Mas isso é um absurdo! – Itachi vociferou enquanto batia um punho fortemente sobre a mesa. – As Indústrias Uchiha não podem ter tido um lucro tão baixo esse mês. – Ele disse enquanto seu olhar se dirigia a todos as pessoas presentes na sala. Todos o olhavam, temerosos, pois, todos ali tinham medo de Itachi. – Nunca tivemos números tão baixos. Somos o Grupo mais importante desse país! – Itachi vociferava. – Você! – Ele apontou para um homem qualquer sentado na enorme mesa de mármore.

O homem suava frio. Afrouxou a gravata, estava tão apavorado. Ele não tinha culpa, certo? Mas Itachi estava tão nervoso que, de certo, iria descontar sua frustração nele. Ele tinha certeza disso. Apesar do medo, pronunciou um sim bem baixinho, na esperança de que Itachi relevasse, ou então que sua atenção fosse tomada por outra coisa.

- Não me venha com "sim, senhor"! – Itachi estava nada menos que furioso. – Eu estou falando com você. Vamos, olhe para mim. – O homem olhara, mas não conseguia olhar para Itachi por muito tempo. Muito menos para os seus furiosos olhos negros. – Você sabia que somos o maior grupo do país, certo? - O homem assentiu. – Então como explica isso? – Itachi mostrou os papéis para o homem.

- Bom, senhor... – O homem juntou as mãos, tentando saber o que dizia. Suava frio, então, afrouxou mais um pouco a gravata. – Como o senhor deve saber... Vários países estão também fazendo contratos com os americanos. Então... – O homem olhou para todos, e depois olhou para Itachi que o olhava com uma sobrancelha arqueada. – Talvez... Os lucros tenham sido menores... Pelo aumento da procura pelos produtos dos americanos.

- Ótimo. Nem a minha equipe sabe o problema. Então imagino que vocês também não sabem a solução... – Itachi soltou um sorriso de escárnio. – Podem sair. Só me voltem com soluções. E voltem rápido. – Ele disse, tentando conter a raiva.

Itachi estava simplesmente exausto. Ele era Presidente daquela empresa, todos os problemas iam para ele, porque as pessoas em sua maioria não sabiam muito bem resolvê-los. Itachi tinha que cuidar de tudo e estava ficando acabado. Seu humor a cada dia ia para o ralo, sua disposição de fazer qualquer outra coisa também. Sua vida pessoal, não existia. Sua família o irritava, não possuía esposa ou filhos. Os amigos não eram amigos de verdade com exceção de um ou outro. Deus, ele estava realmente precisando de férias ou algo assim. Estava tão cansado.

Acendeu um cigarro enquanto pensava, olhando para a enorme janela de vidro atrás de si. De lá, ele podia ver Tóquio inteira. Ele gostaria de poder simplesmente viajar pra algum lugar e ficar sozinho. Tantos malditos problemas em si, tantas coisas e pra quê?

Fora disperso de seus pensamentos com as batidas na porta. Ele autorizou que entrassem e uma mulher linda entrou. Ela possuía um cabelo azul repicado na altura do queixo. As unhas impecavelmente longas e pintadas de vermelho. Uma blusa preta e uma saia justa de cintura alta azul que ia até os joelhos, o sapato alto Chanel preto... ela era linda e elegante. Sua expressão era fechada. Os olhos verde água, o nariz pequeno e os lábios salientes rosados lhe davam uma expressão angelical, porém, mesmo assim, a mulher parecia de certo modo inatingível. O que era peculiar em sua aparência era o piercing no queixo que, mesmo totalmente fora de equilíbrio com o resto da aparência, ainda sim lhe deixava bonita.

- É incrível como é difícil falar com você, Uchiha. – A mulher disse enquanto se aproximava dele. – Eu liguei pra sua casa ontem, mas a única coisa que eu ouvi foi a sua maldita caixa postal.

A mulher sentou-se em cima da mesa, bem na quina. Itachi se aproximou e ela acendeu o próprio cigarro usando o filtro dele.

- Eu tenho andado ocupado.

- Essa empresa vai te matar, sabia? – A mulher disse enquanto tragava o cigarro.

- Konan, você veio aqui apenas pra dizer essas coisas triviais? – Itachi já estava bravo, não precisava ficar ouvindo essas inutilidades. – Eu estou ocupado.

Konan e Itachi eram amigos de vários anos. Na verdade, ela era uma de seus verdadeiros amigos. Sua relação nunca passou de amizade, então Konan, na verdade, conhecia Itachi muito bem e ele não mantinha aquela distancia dela como ele fazia com a maioria das pessoas. É claro que sua amizade muitas vezes podia ser confundida tanto com rivalidade ou como se eles estivessem juntos, talvez por serem muito próximos, mas seus limites – um com o outro – já estavam estabelecidos há muito tempo.

- Pelo amor de Deus, como você é mau humorado. – Ela suspirou e deu uma risadinha. – Eu vim ver se você está bem, já que você desapareceu. Achei que tivesse morrido de tanto trabalhar. Um infarto ou coisa assim. – Ela cruzou os braços e sorriu quando ele a olhou, furioso. – Tudo bem, tudo bem. Não vou falar mais nada do fato de você ser um workaholic. – Logo depois, Konan assumiu a expressão apática. – De qualquer forma, eu não vim aqui só pra dizer... – Ela fez aspas com as mãos – "coisas triviais".

- Então pra que? – Ele a olhou, já interessado pela conversa.

- Não aja como se não estivesse feliz pela minha visita. – Ela disse séria. – Quando eu cheguei você estava quase explodindo de raiva pela reunião que teve. Enfim, não importa. – Ela abriu a bolsa e tirou uns papéis de dentro. – Trouxe isso, parece que a Rolling Stone quer uma entrevista com você e dessa vez quer também um ensaio fotográfico.

Ela notou o sorriso de canto que se formou na boca dele. O típico sorriso de escárnio, a típica expressão de quem apenas está achando tudo muito engraçado, mas não está levando a sério.

- Itachi. – Konan disse seu nome, o advertindo. – Eu estou falando sério. Além do mais, essa é a Rolling Stone americana e pode ser bom pra você. – Ele já iria contestar. – Eu sou sua assessora de imprensa, eu sei o que é melhor nesse assunto. Não se esqueça, você não é só um homem poderoso, Presidente e blá blá blá... Você também é uma celebridade. Além do mais, a sessão não vai ser fashion, eu vou cuidar pra que seja tolerável pra você. – Ela rodeou os olhos.

Era óbvio que Itachi não queria fazer. Achava todas essas propostas ridículas, mas no final das contas, acabava fazendo uma ou outra por ser bom para sua imagem e porque Konan, por ser sua amiga, conseguia lhe convencer. Itachi era um homem reservado, não gostava de conceder entrevistas porque sempre os repórteres passavam da conta e perguntavam idiotices ou então acabam perguntando o que não deviam e toda vez, Itachi perdia a calma. Na verdade, tudo que tinha relacionado a sua empresa e, naturalmente, a sua família lhe tirava do sério. Tantas coisas em suas costas e, mesmo que, nem por um segundo, ele demonstrasse alguma fraqueza, ele sentia muitas vezes vontade de desistir.

- Enfim, já vi que você está bem e como já aceitou a entrevista vou providenciar tudo. – Ela disse enquanto caminhava até ele, depositando um beijo em seu rosto. - E Itachi... – Ele a olhou. – Não se mate de trabalhar. Não precisa carregar o mundo nas costas.

- Às vezes eu não sei se você se preocupa ou só diz isso pra eu aceitar suas propostas. – Konan sorriu.

- Eu me preocupo, não seja idiota. Agora, você realmente precisa ir lá em casa. Você sabe o quanto Satoshi gosta de você. Não desapareça, Uchiha. Aliás, me ligue pra sairmos pra beber também. – Konan disse enquanto abria a porta e saía.

OoOoOoOoOoOoOoOoOoO

A casa estava cheia. Os garotos conversavam enquanto os clientes chegavam. A música lenta tocava no ambiente. Várias mesas se enchiam. Algumas mesas possuíam vários homens, outras, alguns homens sozinhos.

Quando Sai chegou, olhou para todo o ambiente. Nossa, aquele lugar estava mesmo lotado. Era engraçado como algumas pessoas mantém as aparências. Vários caras ali tinham filhos, netos. Uma família. Esposas... E eles não podiam admitir o que eram. E isso para Sai era uma coisa horrível, porque viver a vida inteira negando a si mesmo, usando apenas garotos com a desculpa de querer algo diferente quando, sejamos francos, todos sabiam que não era isso.

Assim que Kimimaro colocou os olhos em Sai, ele o chamou. Kimimaro era um homem bonito, alto, com a pele bem alva e o cabelo extremamente branco apesar dele ser novo. Seus olhos eram verdes e ele estava sempre de calça social, sapato mocassim, uma camisa e um paletó. Sua expressão era calma. Sendo o gerente daquele lugar, ele tinha que administrar tudo, ou seja, cada novo membro, cada cliente. Ele era aquele que sempre adivinhava os gostos dos clientes e nunca errava.

- Sai. – Kimimaro disse enquanto colocava uma mão nas costas de Sai, conduzindo-o para algum lugar.

Logo Kimimaro mostrou a Sai um garoto. Era um pouco baixo, pele bronzeada, olhos azuis, loiro. Uma expressão sorridente. Na opinião de Sai, muito bonito.

- Esse é Naruto. – O garoto sorriu e disse oi a ele. – Naruto é novo, você sabe. E você terá que orientá-lo essa noite. – Nessa hora a expressão de Sai se fechou.

A coisa que Sai mais odiava fazer era orientar os mais novos. Por mais bonitos que fossem ou que fossem inteligentes... Não importava! Ele odiava fazer aquilo. Porque sempre era cheio de perguntas não sobre como fazer as coisas e sim como SAI fazia as coisas. Perguntas do tipo "qual foi a sua experiência mais estranha?" ou então " você já fez sexo com mais de um cara?" ou então a clássica "qual foi a ultima vez que você fez sexo com uma mulher?". E essas perguntas enchiam tanto o saco, porque primeiro, toda a coisa não interessava a ninguém a não ser o próprio Sai e o seu respectivo parceiro sexual. E segundo que os novatos estavam com ele para aprender sobre como trabalhar ali e não sobre como Sai trabalhava ali.

Rapidamente, Kimimaro lançou um olhar a Sai como se estivesse dizendo que Naruto não seria inconveniente e logo em seguida, seu olhar foi substituído por outro de ameaça. Kimimaro podia ser uma pessoa muito calma e serena, mas todos sabiam que ele podia ser horrível, porque ele cuidava pessoalmente das punições ou dos trabalhos sujos para Orochimaro. Todo mundo sabia disso.

- Naruto-kun, será um prazer trabalhar com você. – Sai sorria falsamente.

- Sim! – Naruto disse, sorrindo alegremente.

O resto da noite não foi um pesadelo como Sai achou que seria, na verdade, Naruto se comportou bem. Ele era meio idiota, ria praticamente de tudo, mas era bem engraçado, na opinião de Sai.

- Agora, preste bem atenção no que eu vou dizer. – Sai falou, sério enquanto acendia um cigarro. Ofereceu para Naruto, mas este disse que não fumava. – Primeiro, faça o que eles disserem que faça. Se você gosta de ser passivo, mas pedirem para ser ativo, seja. Se pedirem para agir como um colegial aja, mas também isso não deve ser difícil, com essas roupas... – Sai o olhou da cabeça aos pés.

- Como assim? – Naruto perguntou, indignado. Cruzou os braços e fechou a cara.

Naruto se vestia mesmo como um garoto do colegial. Ele tinha 20 anos. Usava uma camiseta laranja com uma frase engraçadinha em inglês, um moletom preto Adidas, calças jeans escuras e bem velhas, e um Nike preto e branco. Só faltou um boné e Naruto poderia se passar por um adolescente. Apesar de que, até sua expressão era infantil. Sem dúvidas ele era belo, mas sua beleza era infantil. Ele realmente parecia uma criança.

- Esqueça. – Sai sorriu. – Como eu dizia, essas coisas a pessoa decide. Se o cliente quiser conversar você conversa, senão, não precisa ficar puxando assunto. Não pergunte absolutamente nada da vida pessoal do cara. Se ele é casado, se tem filhos ou se tem um cachorro. Não pergunte. – Naruto já ia contestar, mas Saiu disse primeiro. – É claro que muitos vão tirar a aliança, mas não fique horrorizado se ver algum velhote com ela.

Naruto olhava sem piscar para Sai. Ele parecia entender muito da coisa. Mesmo que estivesse realmente louco pra perguntar coisas da experiência de Sai, ele sentiu que o moreno iria ficar realmente muito puto caso ele perguntasse, então ele guardou essas perguntas para si. Naruto estava um pouco assustado, quer dizer, tantas regras. Não era só chegar, dormir com o cara e receber depois? Pra quê tanta coisa?

- Aliás, com esse rostinho infantil, você vai ser requisitado mais para os homens mais velhos, mas é claro que sempre se pode preferir clientes caso esteja sendo requisitado por mais de um cara. Às vezes isso acontece. – Sai deu um trago e olhou para cima. – Agora, outra coisa, se o que pedirem pra você for muito estranho, faça um esforço para fazer, mas se não der, não precisa. Quer dizer, alguns caras gostam de bizarrices e nem todo mundo é obrigado a fazer.

- Você faz? – Naruto perguntou com o olhar curioso.

- Na maioria das vezes não. Aí eu tento fazer com que o cara goste do modo como eu faço as coisas e tento distraí-lo de alguma outra forma. Mas não estamos falando de mim. Naruto, agora o mais importante: não se apaixone por cliente nenhum. – Dessa vez Sai olhava nos olhos do loiro. – Alguns caras são lindos mesmo e te tratam bem e todo o mesmo blá blá blá. Alguns são encantadores mesmo, mas eles só querem uma coisa de você. Então não se deixe envolver.

Naruto ficou piscando alguns instantes antes de dizer qualquer coisa. Estava um pouco chocado. Então havia tantas regras... Quem poderia dizer isso?

Os dois haviam ido para uma parte mais afastada da Atomic para conversarem melhor já que Sai não iria dizer todas aquelas regras e sugestões gritando por causa da música alta. E dizer tudo aquilo do lado de clientes não seria agradável. Agora Sai trazia Naruto de volta a parte principal onde ficavam as mesas e os clientes. Agora teriam que arranjar um cliente para Naruto o que não seria difícil, os homens cairiam matando.

Os dois chegaram no salão principal e Sai olhou ao redor. Muitas mesas já estavam ocupadas. Algumas estavam vazias ou outras os clientes conversavam entre si, rindo e mexendo com um ou outro garoto bonito que passava. O clima era descontraído, ninguém julgava ninguém. Alguns meninos flertavam com seu cliente e outros se beijavam. Naruto ficou maravilhado com o lugar. Sorriu e olhou para Sai, que deu um sorriso minúsculo entendendo exatamente como o garoto se sentia.

Sai não deixou que Kimimaro escolhesse o cliente para Naruto, porque ele sabia muito bem como seria a escolha do gerente já que ele procurava agradar, obviamente, os clientes, não os garotos dali. Ele procurava alguém bonito para Naruto e havia vários homens bonitos ali, mas todos estavam ocupados, alguns já saiam com a escolha da noite. De qualquer forma, eles não pareciam estar disponíveis e a pior coisa que tinha era tirar o cliente bonito de alguém. Eles olharam em vários lugares. Sai já estava começando a ficar impaciente porque era costume lá arranjar alguém bonito pra você na sua primeira noite.

Foi quando Naruto viu o homem entrar. Ele era alto, ruivo e possuía os olhos mais verdes que Naruto tinha visto. Usava uma blusa preta, jaqueta preta e calça caqui clara, com um corturno de cano um bem curto por cima. Sua expressão era fechada, séria. O que mais chamou a atenção do loiro foi a tatuagem. Um kanji escrito "amor" na testa. Rapidamente, Naruto cutucou Sai e mostrou o ruivo que acabara de entrar e sentara numa mesa bem escondida do lugar.

- É esse. – Sai falou enquanto olhava para Naruto com um sorriso malicioso. – Bem, Naruto-kun... Vai lá, pergunte se pode pagar um drink pra ele ou sente de uma vez e ele vai gostar de você. – Sai deu-lhe um empurrão.

Naruto caminhou em direção ao ruivo. Ele possuía enormes olheiras no rosto, mas não ficava menos bonito por isso. Na verdade, talvez aquele homem fosse a pessoa mais bonita que Naruto tivesse visto. Que jeito bom de começar um trabalho, hein? Ele sorriu enquanto caminhava até o ruivo e pensava naquilo. Andou em meio as mesas enquanto homens pegavam em suas mãos ou passavam a mão nele. Naruto sutilmente se desviava porque não queria aborrecer ninguém, então ele chegou até perto da mesa do ruivo.

- Oi. – O loiro sorriu e coçou a nuca. Então os olhos verdes o fitaram. – Eu estava pensando se eu podia me sentar.

O ruivo apenas com a mão indicou o assento do lado dele. O homem estava na parte da Atomic onde ficavam os estofados. O lugar era mais escuro, e poucas pessoas ficavam lá. Naruto então se sentou. Na verdade, o loiro estava meio sem jeito. Apesar de ter se lembrado das palavras de Sai, para não puxar assunto a menos que não falassem com você, ele sentiu que o silêncio entre os dois ficou meio desconfortável.

- Você... – Naruto olhou para o ruivo. – Você não fala?

- Bom, só quando eu realmente acho necessário. – Ele disse e achou divertido quando o loiro a sua frente fechou a cara. Provavelmente tentando descobrir o que aquilo significava. O homem sorriu de canto. – Sou Gaara.

- Gaara, hum? – O loiro sorriu. – Naruto.

Gaara.

Gaara então se levantou. Esse era um dos caras que não gostam muito de falar, o que frustrava um pouco Naruto. Ele realmente gostava de conversar e tudo mais, mas Sai havia lhe advertido: você precisa ficar de boca fechada se o cliente preferir assim.

Gaara, hum?

OoOoOoOoOoOoOoOoOoO

Sai olhava Naruto e o tal ruivo irem embora. Então o Naruto tinha se dado bem, hein? Sai sorria enquanto tomava uma batida no bar. Ele olhava a toda hora alguém para atender, mas não aparecia ninguém. Kimimaro naquela noite havia deixado ele escolher para compensar-lhe de ter ajudado o novato. Mas, droga! Não havia ninguém que lhe interessasse. Enquanto estava ali, vários homens haviam ido até lá, mas Sai havia os recusado, já que, naquele dia, possuía aquela regalia, então ou iria dormir com alguém que lhe interessasse ou não dormiria com ninguém.

Estava olhando para a porta do lugar quando ele entrou. Sai quase cuspiu o liquido da batida fora. Que porra Pein estava fazendo ali? Naquele momento, Sai ficara preocupado, provavelmente alguma coisa havia acontecido. Certeza.

Sai deixou o a bebida no balcão e andou rapidamente até Pein.

- Aconteceu alguma coisa? O que você está fazendo aqui? – Sai perguntou surpreso e preocupado.

Pein o fitou.

- Achei que seria legal fazer uma surpresa... – Ele sorriu.

Nesse momento Sai ficara furioso. Como Pein poderia fazer isso? Sai pegou Pein na mão e o puxou para fora do estabelecimento. Foram para a viela do lado, onde ninguém prestaria atenção neles. De novo Sai se perguntava "o que Pein tinha na cabeça?" ele odiava que fizessem isso. Seu trabalho não deveria possuir uma faísca da sua vida pessoal, nem visse versa.

- Que porra você está fazendo, Pein? – Sai falou, mas sua voz estava um pouco alterada tamanha sua raiva.

- Eu vim te alugar como meu cliente. – Pein achou que Sai estava brincando, que ele havia gostado da surpresa. – Pensei que você iria gostar...

- Eu não gostei, porra! Não gostei. Você sabe que eu odeio que você venha aqui.

Nesse instante, Pein se aproximou de Sai, tentando lhe beijar. Sai se afastara, estava tão bravo, tão irritado. Por que era tão difícil entender que as pessoas têm limites? Porque Pein tinha tanto que forçar a barra? As coisas entre eles não estavam boas? Sai apenas não entendia o que Pein queria, o motivo dele exigir coisas que Sai não poderia dar e ele não poderia invadir tudo em sua vida com a desculpa de que ele o amava.

- Você não respeita os meus limites, Pein! Por que você sempre faz isso?

- Me desculpa... Eu... – Pein procurava as palavras certas. No fundo, ele não sentia exatamente vontade de se desculpar porque não sabia o que ele tinha feito de errado. – Eu vou pra casa.

Antes de ir embora, Pein até tentou beijar Sai, mas ele não deixou. Claro que Sai sabia que o ruivo estava sofrendo, ele não era cego e não era um idiota e até tentara terminar várias vezes, mas na concepção de Pein, se eles ficassem juntos, talvez Sai aprendesse a gostar dele. A questão é que ninguém nunca aprende a gostar de ninguém Isso apenas acontece. Às vezes pessoas vivem uma vida juntos e apenas possuem um carinho familiar ou um sentimento fraternal, nada mais. Ou então pessoas se conhecem e em um dia, uma semana ou um mês no máximo, mal podem se ver separados. A questão é que pra essas coisas não tem fórmula. Não é um problema matemático, não têm lógica. E Sai dificilmente gostaria de alguém.

Enquanto o carro de Pein ia embora, Sai acendeu um cigarro e olhou para o céu. Nevava fraquinho em Tóquio e a vista era linda quando se olhava para cima. Enfiou uma mão no bolso e suspirou. Essa história com Pein tinha que acabar. Sai não notou quando a Mercedez preta se aproximou da onde ele estava.

A pessoa saiu do carro e andou em passos lentos até ele. Sai estava divagando sobre várias coisas e quando Itachi chamou seu nome, ele se conteve para não gritar de susto e perder a sua postura.

- Veio me ver, Itachi-san? – Rapidamente Sai sorriu maliciosamente. Perfeito, Itachi. Ele realmente precisava ver Itachi agora.

Na verdade, Sai e Itachi já haviam se encontrado algumas vezes. Itachi pagava para Sai porque aquilo não era uma relação, apesar de que nunca Sai havia dormido mais de duas vezes com o mesmo cliente. Itachi era bom. Muito bom por sinal e fazer sexo com ele, não era nenhum sacrifício, sejamos todos francos.

- Pensei em te ligar, mas seu celular não funciona. – Itachi disse, ironicamente. – Me pergunto o motivo de ter celular.

- Obviamente para as pessoas me procurarem... – Dessa vez, Sai se aproximou de Itachi e eles se beijaram. Sai entrelaçou os dedos no cabelo macio de Itachi e este enlaçou os braços na cintura de Sai. O beijo foi rápido, mas intenso de modo que uma descarga elétrica percorreu por todo o corpo de Sai e uma ansiedade tomou conta de si. Logo Sai olhou para Itachi. - ...E também para elas não me acharem. – Nesse momento Itachi sorriu de canto.

- Vamos, entre no carro.

Eles entraram no carro e foram, como de costume, para casa de Itachi já que ele realmente não suportava motéis. Não diziam muita coisa, pois, Sai aprendera que Itachi não era de falar muito quando realmente não tinha nada para dizer porque odiava conversas sem sentido. Sai também não achava o silêncio entre eles constrangedor. Era algo natural.

Subiram o elevador, entraram no apartamento, e assim que Itachi fechou a porta, Sai se aproximou e se beijaram. As línguas se entrelaçaram enquanto as mãos de Sai procuravam tirar o paletó Hugo Boss de Itachi. Eles andavam em direção ao quarto, de vez em quando esbarrando em coisas, derrubando coisas. Pararam perto da escada porque a gravata do Uchiha era difícil de tirar. Um olhou para o outro enquanto Itachi tirava a própria gravata e Sai ajudava. A excitação aumentava e os dois estavam tão ansiosos pra chegar no quarto. Se livraram da gravata, mas dessa vez subiram rápido a escada.

Entraram no quarto aos beijos. Sai mal podia esperar. Na verdade, fazia alguns dias que não se viam, e ele queria que Itachi tivesse aparecido antes, mas coisas assim ele não se atrevia a pensar. Ou melhor, até pensava, porque Itachi era bom no que fazia e o fazia se sentir bem e esquecer das coisas. Não havia nada de mal nisso, certo?

Quando Sai se jogou na cama, esperando que Itachi fosse também, surpreendeu-se quando ele o mandou esperar. Esperar pra quê? Sai sabia que Itachi passara a guardar a camisinha e o lubrificante perto da cama pra ficar mais fácil... Logo depois Itachi aparecera com uma espécie de venda na mão.

- Fique onde está. – Ordenou Itachi enquanto tirava a camisa.

Os dois se olhavam nos olhos. Era algo realmente muito engraçado o modo como eles conseguiam quase que se comunicar com o olhar. Parecia que ainda estavam no beijando ou se acariciando só que não estavam. Era como usar alguma droga e curtir o efeito alucinógeno.

- O que vai fazer com isso ai? – Sai perguntou, divertido, apontando pra venda na mão de Itachi.

Itachi não disse nada, caminhou até ficar do lado de Sai que estava mais ou menos deitado na cama. Sutilmente Itachi colocou a venda, certificando-se que Sai não conseguisse enxergar nada. Sai sorria, divertindo-se com a situação. Enquanto isso, Itachi o olhou por uns instantes. Esse menino era realmente bonito. Itachi então sentou-se do lado de Sai e mandou que se levantasse.

Sai ficou de pé e lentamente, Itachi foi tirando a roupa dele. Primeiro a jaqueta, depois a camisa. Sempre se certificando de que sua mão roçasse na pele de Sai, e quando isso acontecia, Sai sorria, cada vez mais excitado. Quando seu dorso ficou nu, Itachi o admirou por alguns instantes. Andou em volta dele, para poder ver a tatuagem que Sai tinha nas costas, depois se aproximou, beijando o pescoço de Sai, mordendo e chupando. Deixando marcas vermelhas. Itachi mordia seu pescoço com força, e Sai até sentiria dor, se não estivesse sentindo tanto prazer naquele pequeno jogo. Depois Itachi ficou atrás de Sai mais uma vez, dessa vez ele realmente queria beijar aquela tatuagem. Beijou a nuca de Sai, dessa vez gentilmente e desceu a boca até a altura dos ombros, e mais um pouco, onde a tatuagem começava. A mão de Itachi passeou pelas costas dele e vez ou outra, fazendo com que suas unhas arranhassem sua pele alva e então ele ouvia suspiros saindo da boca do moreno.

Depois de beijar por alguns minutos as costas de Sai, Itachi ficou-se de frente para o rapaz mais uma vez. Beijou primeiro seu ombro, e desceu a boca para o mamilo de Sai, apertando com os dedos, enquanto ele gemia dessa vez um pouco mais alto. No outro mamilo, Itachi brincava com a língua: ora lambia, ora chupava ou então mordia. Ele arranhava com o dente e Sai não podia fazer nada, porque toda vez que ele tentava acariciar Itachi, este mandava para que ele ficasse com as mãos paradas. Enquanto a atenção da boca de Itachi estava voltada para os mamilos, as mãos abriram o zíper da calça de Sai e fora para dentro dela. Sai estava claramente excitado, então Itachi começou fazer um movimento vai-e-vem no membro de Sai.

- Oh! Itachi-san... Isso... – Sai tentava falar, mas ofegava de tal forma, que dizer qualquer coisa estava difícil. Seus pensamentos estavam desconexos e ele mal conseguia formar qualquer frase. – Isso... Isso... E...Está muito... Oh!

Então bruscamente, Itachi parou. Não queria que Sai gozasse antes da hora. Não ali, de pé. Mesmo vendado, Itachi percebeu a sua expressão mal humorada porque Itachi havia interrompido justamente numa hora tão boa... Sai já iria contestar, mas resolveu não fazê-lo porque ele aprendera que objeções não eram levadas em contas com Itachi.

De repente, Sai sentiu que sua calça estava sendo retirada. E que Itachi o estava conduzindo para algum lugar, era a cama, finalmente.

- Deite-se, mas fique de barriga pra cima. – Itachi mandou enquanto tirava o resto de suas roupas.

Enquanto Sai ficava deitado, apenas esperando o que vinha a seguir, Itachi terminou de tirar sua própria cueca. Pegou a camisinha e colocou em si mesmo. Depois, o lubrificante e logo mais, beijou a barriga de Sai, desceu a boca até a virilha de Sai e quando este pensou que Itachi iria chupá-lo, suas pernas foram estendidas. Ele sentiu Itachi conduzindo suas pernas até o ombro dele, então o ele se aproximou de Sai e ele sentiu o membro de Itachi roçando em sua cavidade.

- Faça isso logo! – Sai disse, com a voz alterada.

Nas vezes que transaram, Itachi sempre fazia isso: o torturava até o ultimo minuto. Fazendo com que implorasse para que ele o penetrasse. Logo Sai o ouviu dizendo para que ele pedisse por favor, então Sai pediu e Itachi penetrou rápido, não de forma brusca, mas de forma intensa.

Sai gemia alto. Seu prazer tão grande. Como era bom fazer aqui com aquele homem, ele se preocupava não só em se satisfazer, mas em satisfazê-lo também. Os movimentos de Itachi eram alternados, mas naquele dia seus movimentos eram um pouco mais vagarosos e intensos. O que provocava em Sai uma tortura maravilhosa.

Deus, como aquilo era bom.

Cada estocada de Itachi era bem funda, como se dessa vez ele realmente quisesse sentir Sai. Ambos suavam, e o cheiro um do outro se misturava. Itachi tirou as pernas de Sai de seu ombro para que ele pudesse abaixar seu tronco. Logo, o peitoral dos dois se encontravam, estavam colados e Itachi tirou a venda de Sai. Um olhava para o outro. Agora as estocadas aumentaram o ritmo enquanto os dois se beijavam intensamente. Até que chamando por Itachi, Sai gozou e num rosnado baixo, Itachi também.

Itachi deitou exausto na cama e depois de olhar para o teto e ofegar algumas vezes, olhou para Sai e viu que este dormia. Pegou o coberto, o cobriu e se cobriu também. Não demorou a adormecer.

OoOoOoOoOoOoOoOoOoO

Ao abrir os olhos, olhou em volta. Lembrou-se da noite passada, e sorriu. Embora por uns instantes, a memória de Pein tenha lhe invadido a mente e a sensação ruim no seu estomago tenha se formado. Sai tentou não pensar naquilo. Aliás, era hora que ele iria se resolver com Pein. Desceria, tomaria o café que Itachi com certeza exigiria que ele tomasse, pegaria seu dinheiro, faria o que tinha que fazer e depois, resolveria aquilo com Pein. Porque viver machucando-o não era algo bom e se ele não gostava do cara... Sai interrompeu os pensamentos que ele mesmo estava tendo porque não queria pensar em Pein ou em nada aquilo.

Levantou-se da cama e encontrou suas roupas dobradas em cima da poltrona. Itachi era extremamente organizado. Odiava bagunça. Sai tomou um banho e se vestiu rapidamente, enquanto descia para tomar café. Quando chegou ao final da escada, viu que Itachi falava ao telefone.

- Eu não me importo! Não... – Ele parecia nervoso. – Escute aqui, Sasuke, eu não me importo se você tem um encontro com mais uma de suas milhares de namoradas. – Itachi tomou um gole de café. – Porque você vai nessa maldita reunião. Eu não vou ficar com o Fugaku e a okaa-san sozinho. – Ele pareceu ouvir alguma coisa horrível do telefone. – E todo mundo vai estar lá, Sasuke. Eu não dou a mínima, apareça nessa reunião de família.

Logo após de desligar o telefone, provavelmente na cara do tal Sasuke, Itachi massageou as têmporas. Instantes depois, antes mesmo de Sai pronunciar sua presença, o telefone tocou.

- Sim? Ah sim. E então vocês já têm a solução? Não? – Itachi respirou bem fundo. – Qual é a merda do problema de vocês? Vocês trabalham pra isso e nem sabe como os malditos... – Ele respirou de novo. –... Os lucros da empresa caíram tanto. Será que eu vou ter que me reunir com o maldito Primeiro-Ministro de novo? – ele ouviu algo então que pareceu acalmá-lo. – Sim. Então marque pra essa semana essa reunião. Pois então peça pra ela arranjar espaço. Se ninguém pode resolver o problema, resolvo eu.

Assim que Itachi desligou, Sai fez um barulho qualquer na escada para anunciar sua presença. Itachi olhou para trás e viu que Sai o olhava, intrigado. Ele levantou de onde estava sentado. Como sempre, usava roupas casuais elegantes. Seu cabelo já estava quase seco o que indicava que ele havia acordado há um tempo. Caminhou até Sai e mandou que ele fosse para cozinha, tomar café, enquanto ele tinha que resolver algumas coisas.

Enquanto Sai se dirigia para cozinha, ele ficou intrigado. Então Itachi era realmente alguém importante, um homem muito ocupado. Ele pareceu bem preocupado enquanto falava com ele. Sai encontrou na cozinha torradas, pães, biscoitos, frutas, suco e café. Ele se perguntava se Itachi esquecia que ele era um só e nunca que comeria tudo aquilo. Mas Itachi não era alguém que só fazia sexo com você e dane-se o que você vai fazer depois. Ele se preocupava se você estava com frio, se estava com fome. E mesmo em baixo daquela carranca séria dele, talvez ele fosse a pessoa mais gentil com que Sai tivesse transado. Não que agora Sai possuísse algum carinho por Itachi ou nada assim, claro que não, aquele era só um fato. Só isso.

- Sai. Não vai tomar o café? – Itachi perguntou, despertando Sai de seus devaneios.

Há um bom tempo Sai estava com a xícara de café na mão, mas não a levava a boca. Ele sentia-se exausto só de pensar em como aquele dia seria cheio. Teria que resolver todas as coisas com Pein, talvez Danzou também fosse lá cobrar o dinheiro que, por mais que Sai juntasse, os juros aumentavam e ele nunca conseguia juntar a quantia certa. Suspirou.

- Hã? – Então Sai olhou para a xícara em sua mão. – Ah sim, o café. – Enquanto Itachi servia-se uma xícara de café também, Sai o observou. – Itachi-san? – Nesse momento, os olhos de Itachi o fitaram.

- Sim?

- Você é um homem muito ocupado, né? – Sai procurou as palavras certas, quer dizer, ele não queria se meter na vida de ninguém, mas estava muito curioso. – Quer dizer, seja lá o que você faz, você é quem tem que cuidar de tudo, certo?

- Correto. – Itachi suspirou

- Não sei como você agüenta. Eu nunca trabalharia em algo tão chato assim. – Sai sorriu.

- Isso depende do ponto de vista. – Itachi o olhou, com um sorriso minúsculo nos lábios. – O trabalho não é chato, é apenas complicado. – Logo ele fechou a cara de novo, concentrou-se na xícara de café em suas mãos e levou-a aos lábios.

- É chato. Eu, por exemplo, trabalho em algo divertido. – Itachi o olhou com uma cara de desaprovação. – Só estou brincando. Mas Itachi-san, se ficar estressado desse jeito vai criar rugas... – Sai foi até o outro lado da mesa, onde estava Itachi. Colocou a xícara de café na mesa e entrelaçou os braços no pescoço de Itachi. –... E seu rosto é muito bonito para ficar marcado por causa de estresse. – Sai então o beijou

Nesse momento, Itachi também largou a xícara de suas mãos, colocando-a na mesa e encostou Sai na quina da mesa. Com os braços envoltos na cintura dele, Itachi o beijou mais uma vez. Vez ou outra mordiscando-lhe os lábios.

- Acho melhor você ir. – Disse Itachi quando os dois se separaram.

- O que foi, Itachi-san? Está tão sério... – Disse Sai enquanto o olhava nos olhos e sorria. – Eu aqui seria uma distração pra você, é? – Itachi permanecia sério. – Tudo bem, já estou indo.

Itachi acompanhou Sai até a porta. Sai pegou o dinheiro e calçou o costumeiro all star. Antes de ir embora, Sai roubou um selinho de Itachi. Era engraçado como ele ficava nervoso quando era surpreendido com essas coisas.

OoOoOoOoOoOoOoOoOoO

Quando ele acordou, os raios de Sol já entravam pela janela. Abriu os olhos lentamente, apenas se lembrando da noite anterior. Enxugou os olhos e bocejou enquanto sentava-se na cama. Olhou em volta e nenhum rastro do ruivo de ontem. É claro, o que ele estava pensando? Que o cara iria fazer panquecas pra ele e levar o café na cama? Claro que não.

Naruto rapidamente lembrou-se da noite anterior, como fora boa. No início achou que Gaara fosse um daqueles caras que pedem coisas bizarras, e já estava se preparando para se surpreender e ter que fazer algo que não queria, mas acabou se surpreendendo pelo modo como o ruivo fora até carinhoso e ao mesmo tempo bom. Talvez a constante cara fria, não quisesse dizer nada. Naruto não era um inexperiente no sexo, mas uma vez que você escolhe os seus parceiros, você pode escolher o que fazer, o que é totalmente diferente quando se está sendo pago para isso, porque a pessoa conduz e então você realmente não sabe o que esperar.

Eles foram para um motel perto da Atomic, não era exatamente um motel de luxo, mas o loiro não se importou. Quando olhou para o lado, o dinheiro estava lá e mais nada. Nenhum bilhete ou número de telefone nem nada. É, realmente, como Sai havia dito, eles só querem uma coisa. Nós oferecemos o que eles querem, mas não espere mais nada do que dinheiro. De repente um sentimento estranho invadiu o loiro e ele tentou ignorar.

Levantou-se, tomou banho. Provavelmente o tal Gaara deveria ter pagado o quarto já. Naruto não se apressou, se vestiu e logo desceu pra recepção. Teria que passar na Atomic, e metade do dinheiro era da casa, metade era sua. Nada mais justo, mas incrível o quanto se podia lucrar ali. Todos os garotos eram muito bonitos e pelo que Naruto ouvira, todo dia a casa estava cheia. Alguns meninos tinham um ou até mais de dois clientes na mesma noite. Mas isso dependia do que o cara queria.

Rapidamente Naruto chegou ao lugar. A rua que antes ficava cheia de carros luxuosos, pessoas entrando e saindo o tempo todo, era agora vazia. Não havia ninguém ali, especialmente porque fazia bastante frio e ninguém saia na rua no inverno se não tivesse algo pra fazer.

Logo, o loiro colocou as mãos no bolso e entrou. Ficou impressionado como aquela casa realmente ficava enorme quando tinha poucas pessoas ali. Alguns dos meninos estavam lá, mas a maioria provavelmente já tinha ido pra casa ou então estava pra chegar. Alguns batiam papo, o barman arrumava o bar, os garçons limpavam o lugar, Kimimaro como sempre ficava de um lado para outro inspecionando as coisas. Orochimaro estava flertando com Kabuto, enquanto cuidava do caixa e dos lucros da noite passada.

- Naruto-kun. – Orochimaro o chamou enquanto se separava de Kabuto por um tempo. – Quer tomar alguma coisa?

- Não, não... – Naruto sorriu e tirou o dinheiro que conseguiu na noite passada. – Isso é o que eu consegui. Metade é meu?

- Claro. – Orochimaro sorriu. – Nós não exploramos ninguém... – Nesse momento ele olhou para o homem de cabelos prateados e óculos de grua ao seu lado. – Agora, metade é da casa.

- Ah, sim. – Naruto deu o dinheiro para Orochimaro e, quando se dirigia para a porta, Sai chegou.

Sai estava com uma expressão calma, apesar do típico sorriso no rosto. As pessoas que viviam com ele, aprendiam a ler sua expressão exceto o sorriso porque este não contava, apenas quando Sai sorria verdadeiramente e naquela vez ele sorria, e estava bem tranqüilo. Todos sabiam que nos últimos dias, ele tinha dormido com o mesmo cliente e até o próprio Orochimaro estava com inveja do cliente de Sai.

- SAI! – Naruto disse, empolgado com a voz um pouco alterada.

Sai disse um oi rápido pra todo mundo, e para Naruto, depois caminhou até o caixa, pagou a metade da casa e se dirigiu até a porta.

- Não vai ficar pra tomar alguma coisa, Sai-kun? – Orochimaro falou, com a voz insinuante. O que fez o homem de óculos ao seu lado lançar um olhar desaprovador.

- Não dá, tenho um monte de coisa importante pra fazer hoje. – Sai olhou para Orochimaro, sorriu e continuou andando, dando tchau pra todo mundo.

Nesse momento Naruto o seguiu. Era bom ter alguém familiar naquele lugar. Não que Naruto não gostasse dali, ele até gostava, mas todo mundo parecia meio superficial. E Sai, mesmo tendo um sorriso assim, não era desse jeito, ele parecia ser bem ele. E era legal conversar e estar perto de pessoas verdadeiras.

OoOoOoOoOoOoOoOoOoO

Sai conversou com Naruto por um bom tempo, aparentemente, Naruto morava na mesma direção que Sai, então foram juntos. Ele realmente era incrível, esse garoto. Era alegre e tinha coisas pra falar, embora algumas fossem estúpidas, eram sinceras. A maioria das pessoas só sabe falar de sexo, principalmente o pessoal da onde Sai trabalhava. Não que ele não gostasse de lá, muito pelo contrário, mas às vezes é bom ouvir algum assunto divertido. Era bom que ele tivesse algum amigo que o fizesse rir não de situações embaraçosas que aconteceram com um ou outro cara, mas de coisas do dia-a-dia.

Quando Sai chegou ao seu destino, porém, todo seu bom humor e otimismo acumulado naquele dia foram para o ralo. A casa de Pein não era muito longe da sua, um pouco apenas. Pein era cantor de uma banda de rock e membro de uma gangue, era bem respeitado no bairro onde moravam e era conhecido nos bairros vizinhos.

Conheceram-se numa casa de show e Sai realmente se sentiu atraído por ele assim que ele botou os olhos em Pein. Com o Pein aconteceu o mesmo, o problema era que o sentimento que Sai nutria por Pein era de gratidão, carinho e atração. Apenas. Amor não estava incluído nessa lista. Agora, o sentimento de Pein por Sai era realmente amor e quando, numa relação, os níveis de sentimentos estão desiguais a coisa toda só tende a afundar. Pessoas acabam se machucando, se machucando de forma que se pode evitar. Sai no final das contas, estava apenas resolvendo tudo aquilo.

Tocou a campainha e não demorou muito para o ruivo aparecer, sorrindo pela visita de Sai. Um sentimento de remorso e culpa se formou em seu estomago, mas uma vez que ele decidira aquilo, não podia voltar atrás e nem queria. Quando ele entrou, apenas disse a Pein que queria conversar antes mesmo que este tentasse lhe beijar e acabar descobrindo de forma abrupta o que aquela visita se tratava. Sentaram-se no sofá, Pein acendeu um cigarro, mas Sai preferiu ao fazer o mesmo. Aliás, ele realmente queria ser rápido.

- Nós não podemos mais fazer isso... – Sai disse, sério, olhando nos olhos acinzentados do ruivo.

- Como assim? Isso o que?

- Isso, Pein. Você sabe que não. Você nutre sentimentos por mim que eu não posso corresponder. Eu tenho carinho por você e só. E você me ama. E tem que me esquecer.

- Sai... – Pein sorriu. – Vamos ser razoáveis... Do que você está falando?

- Vamos terminar isso que temos. Vamos terminar e assim você pode me esquecer. Você não merece isso. Eu não sinto o mesmo que você e não vejo sentido nisso.

Então Sai notou a expressão triste que o rosto do ruivo esboçou. Ele havia entendido e Pein era um homem orgulhoso, poucas vezes havia se humilhado em sua vida e todas elas havia sido por causa de Sai. Mas então ele entendera, não podia forçar alguém ficar com ele, não podia se humilhar. Ele apenas murmurou para que Sai fosse embora. E mesmo que sentisse um sentimento de culpa, Sai sabia que havia feito a coisa certa. A coisa não fazia sentido, não iria melhorar e agora ele havia posto naquilo tudo um ponto final.

Sai colocou as mãos no bolso e, em vez de pegar ônibus foi pra casa andando. Precisava pensar um pouco e depois de algum tempo, sentiu-se aliviado. Sorriu e olhou para o céu de novo. Sai adorava olhar para o céu, quem sabe pintasse algum quadro com a neve caindo dó céu aquela tarde. Sorriu enquanto chegava em seu apartamento. Subiu as escadas, mas algo estava estranho, a porta estava aberta.

Quando Sai entrou, teve uma surpresa, tudo estava revirado. Os quadros que ele pintava, todos rasgados, suas tintas jogadas no chão. Seus CDs riscados, suas roupas, a maioria rasgada. A casa inteira estava uma bagunça, desde a cozinha até seu quarto. Ele pensou apenas em seu caderno que ele guardava desde a infância e em sua gata. Procurou-a por todo o apartamento, mas não a achou, provavelmente deveria ter fugido. Que bom, se Danzou tivesse a achado, ele teria matado-a. Sai procurou o dinheiro que ele guardava, mas por sorte, eles não haviam achado o fundo falso na cabeceira. Eles com certeza voltariam.

Merda!

Ele não poderia ficar ali, resolveu ligar pra alguém. Já havia excluído Pein da lista, seria horrível ter terminado com ele e simplesmente aparecer em sua porta pedindo por um lugar para ficar. Ligou pra vários amigos e conhecidos, mas todo mundo não poderia arranjar-lhe um lugar pra ficar. Até pediria para Naruto, seu mais novo amigo, mas primeiro ele não tinha seu telefone, segundo que Naruto não era tão intimo assim. Sai então ligou para sua amiga, Ino. Uma loira linda que era estilista. Ino era amiga de Sai desde que ele chegara em Tóquio.

- Ino? Oi. – Sai sorriu enquanto ouvia alguma coisa na outra linha. – Eu to bem também, eu sei que a gente nunca mais saiu. Uhum. Então... eu liguei porque preciso de um favor seu. Ah! Está morando com o Shikamaru? – Na hora a cara de Sai se fechou. Aquela era uma ótima noticia, mas isso significava que Sai não iria poder pedir aquele favor a ela. Merda! – Mas isso é ótimo. Enfim ele parou de ser um bunda mole e te chamou para morarem juntos. Só não vá se casar ainda, Ino. – Ele deu risada com algo que ela falou. – O que eu iria pedir? Ah, só perguntar se você pode me emprestar aquela jaqueta que você fez. Pode? Então depois eu passo aí e busco. Também te amo, beijo.

E agora? Que ótimo, parece que ninguém podia abrigá-lo por um tempo. Não podia gastar seu dinheiro porque quanto mais demorasse pra juntar, mais Danzou iria atormentá-lo e ele não podia ficar mais naquele apartamento porque agora o que faltava apenas era acordar com eles arrombando a porta no meio da noite e o matando. Perfeito, agora ele iria ser um sem teto. Sai ficara sem opções, precisava pensar em mais alguém. Até cogitou ficar na Atomic por um tempo, mas Orochimaro tentaria lhe assediar e Kabuto tentaria lhe matar pelo assédio de Orochimaro e no final das contas seu destino seria o mesmo.

Lembrou-se apenas de uma pessoa.

OoOoOoOoOoOoOoOoOoO

Quando ele desceu do ônibus, já estava na área nobre da cidade. Carregava uma mala e uma mochila com tudo que dera pra salvar de sua casa, conseguiu também trocar a fechadura com um amigo que seu (que não pôde lhe ceder um espaço pra morar) e depois de trancar tudo e rezar para que não invadissem seu apartamento de novo, ele saiu.

Estava anoitecendo quando ele chegou ao prédio de luxo. As pessoas não olhavam para ele, porque Sai se vestia bem e não estava desesperado apesar de estar muito bravo. Realmente não queria ter que fazer isso, mas era isso ou morar na rua, e a segunda opção não era exatamente muito agradável. Caminhou até a portaria e o porteiro o deixou subir porque já conhecia seu rosto. É claro que o porteiro não imaginava o que Sai sempre fazia ali, provavelmente pensava que era algum parente distante ou então um amigo.

Assim que tocou a campainha, demorou um pouco para ser atendido. Começou a pensar que ele não estaria em casa e se isso acontecesse, Sai realmente teria que dormir na rua ou então na Atomic. Logo viu que a porta foi aberta e Itachi atendeu. Ainda estava com o terno e gravata o que significava que havia chegado do trabalho há pouco tempo.

- Bom, Itachi-san... – Sai sorriu enquanto Itachi o olhava sério e intrigado pelas malas. – Precisamos conversar.

continua...


Nota da autora: Hey, pessoal. Tudo bem com vocês? Gente, eu sumi, eu sei. Mas agora eu vou me dedicar as fics, de verdade. em duas semanas vou atualizar todas as minhas fics, já estou escrevendo o capítulo de outra fic e até amanhã, atualizarei mais duas fics minhas. Eu sei que eu já prometi antes, mas desse vez é verdade. '-' Não me matem. UHAUHHUAHUAHUA

Vamos comentar: primeiro que essa fic é a minha favorita, de verdade. Como é legal escrever ela. Eu a escrevi rápido porque eu estava com tantas ideias. Passei uma noite inteira escrevendo. EU AMO MUITO O SAI! Ele é demais, fala sério. O jeito dele com o Itachi é um charme. E o Itachi? Eu pegava muito, esse lemon que eu fiz dessa vez ficou muito demais. Eu o fiz na base dessa música: Bad Things do Jace. Alguém aí assiste True Blood? o/ Agora, fiquei com dó do Pein, mas ele não vai ser tão bonzinho nessa fic e eu sei que ele não combina com o Sai, é por isso mesmo que o Sai terminou com ele. Sai e Itachi rules. Deus, que casal mais foda. Eu estou apaixonada. De verdade. Tanto que na minha saga para atualizar as fics, essa fic foi a primeira, porque eu só pensava nela. Outra coisa: e Konan? Quero ideias sobre ela, porque eu quero fazê-la bem presente nessa história.

Agora outro ponto: NARUTO PELA PRIMEIRA VEZ APARECEU NUMA FIC MINHA. AEAEAE Sim, ele e o Gaara vão ser o segundo casal principal. Claro que mais para frente vou abordá-los com mais participação, mas é que se eu fosse me focar neles também, esse capítulo seria imenso, então eu tive que manter calma e deixar para a próxima. Deixa eu parar de falar porque eu já estou falando demais. Mas eu também amei o Naruto, beijos. Até a próxima, pessoal. Será que o Itachi aceitará o Sai em sua casa? Será que o Naruto irá rever o Gaara? Como será a história da Konan? E Pein, aceitará o chute que Sai lhe deu? Tudo isso no próximo capítulo. Obrigada a todos pelos reviews. +_+

Resposta aos reviews

Manolasis: Ai, amo seus reviews. Você sempre é a primeira a ler mesmo. Essa fic virou meu xodó, só isso, mano. eu tenho tantas ideias que eu não consegui parar de escrever esse capítulo até que ficasse pronto, sinceramente. O Itachi é demais, eu queria um desse pra mim. E o Saiu é o meu amor, que lindo ele no final desse capítulo. E A CENA DE SEXO DELES? Quando eu lí, eu morri, cara. Muito lindo. O Itachi é tão foda, ele bravinho com a Empresa e tal. E adorei ele ser amigo da Konan. EStou amando muito.

Não reclame. u_u Semana que vem atualizarei Poison, cê vai ver. Eu estou muito inspirada então sai de baixo que postarei muito nas práximas semanas até que o cursinho comece. '-' Enfim, sis, amo você e eu amo suas reviews, sempre comente e leia.

Otter Bat: Fico muito feliz que tenha gostado. O Itachi com o Sai simplesmente tem química, não tem como explicar. Eles dão muito certo e eu amo a personalidade de cada um. Aqui está a continuação, espero que goste e continue lendo e comentando, obrigada pela review. +_+

Afuri: Oh my fuckin' God! A internacional reader. I'm so happy for your review. HUAUHAUHAUHA If you like this fic I liked your review, when I read I stayed so happy. I love this shipper, really. They have, I don'y know, chemistry so is so easy, you know?
Yes, this is my first yaoi fic and i never write a hentai before, and this fic was the first. I don't know if I'm doing it right, but I'm enjoyng. Yes, Pain with Sai it's not good, but now they are not together and Pain will start acting like the real Pain. You'll see. +_+
I hope you don't stop reading, i loved your review and i hope to see more. UHAHUAHUA Thank you, and i'm glad that you enjoyed.

HUAUHAUHAUH That second one was my mistake. The real second is this one. +_+

Grinjill: Calma, aqui está a atualização. o.o UHAHUAUHUHAHUAHUA enfim, fico feliz que tenha gostado. Espero que goste do segundo capítulo e que continue a comentar. Beijos.

Lana231: Sim, foi o meu primeiro lemon e eu adorei. Que bom que você tenha gostado, mas na verdade, Itachi e Sai é fácil de se escrever, realmente. Eles combinam demais. +_+ Obrigada pela review, espero que continue lendo, beijos.


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