Capítulo 25 – Esfinge

- Pontas, me passa o suco de abóbora? - Remus perguntou -

- Você poderá saciar sua sede, caro Aluado, assim que responder a uma pequena charada! - James respondeu em sua melhor imitação de apresentador de programa de auditório -

Os alunos da Grifinória sentados a um raio de 5 metros na mesa do Salão Principal soltaram gemidos de angustia, eu revirei os olhos e Lene parecia com vontade de se afundar na tigela do purê de batata.

Lá vamos nós novamente.

- Um dos trigêmeos deixou pegadas de terra na cozinha. - James continuou - Uma vez que os três usam o mesmo número de sapato, os pais não sabem quem deve limpar o chão.

"Não fui eu" - Diz Sarah.

"Foi o Hugo" - Diz Marta.

"Marta está a mentir"- Diz Hugo.

- Apenas um dos irmãos diz a verdade. De quem são as pegadas?

- Ninguém se importa James. - Disse Sirius com o queixo apoiado em uma das mãos - Dê Veritaserum aos moleques, o suco ao Aluado e fim do problema.

- As pegadas são de Sarah. - Remus responde num tom cansado - Hugo diz a verdade e as duas irmãs mentem.

- E seu prêmio é... Essa deliciosa jarra de suco! - James estava todo sorridente -

Fazia exatamente uma semana que ele estava daquele jeito.

Se houvesse uma ocasião para algum tipo de enigma, nada o impedia.

Sirius havia me contado que, naquele dia de manhã, James lhe barrou a entrada do banheiro e perguntou como se chama um parente que é cunhado do irmão de sua mãe.

Além de ter a insensibilidade de fazer uma coisa dessas quando se acaba de acordar, não aceitou a resposta "Um Black idiota como os outros".

Então Remus foi forçado a dizer a senha do Banheiro dos Monitores para Sirius poder tomar banho.

Os professores não escaparam.

Slughorn não deve ter boas recordações de quando James disse que era incapacitado a dar aulas porque não conseguiu responder quantos montes de feno haviam sobrado no final.

Após uma semana, decidimos que havia passado dos limites.

Quando James voltou de uma visita à biblioteca, encontrou Lene, eu e o resto dos Marotos esperando por ele no Salão Comunal.

Todos nós estávamos sentados nas poltronas comportadamente, o que o assustou imediatamente.

- O que aconteceu? - ele falava lentamente como estivesse preparado para fugir qualquer momento -

- James, queremos conversar. - Remus falou calmamente -

Ele sentou em uma poltrona a frente de todos, olhando cada um demoradamente no rosto.

- Sim?

- Tem que parar com isso, cara. - Sirius disse -

- Isso o que? - ele parecia sinceramente confuso -

- Os desafios! - Lene disse exasperada -

Ficamos todos em silêncio enquanto James pensava.

- Eu paro com os desafios...

Todos suspiraram aliviados e comemoram.

- Se responderem á minha última charada.

O alívio foi substituído pelos gemidos e eu podia jurar que Peter estava à beira das lágrimas.

- Em um novo mundo, as cores que conhecemos são diferentes. - James começou - Nele, a NEVE é vermelha, a RELVA é preta, o CÉU é castanho, o SANGUE é branco e a FULIGEM é verde. Assim, qual a cor da LAMA?

- E como é que deveríamos adivinhar a cor da lama em um mundo que você acabou de inventar! - Lene falou por entre os dedos das mãos que tampavam seu rosto -

- Se eu contar não vai ser mais um desafio.

Por um segundo, meu corpo já estava todo preparado para saltar do meu lugar e apertar as mãos ao redor do pescoço de James.

E apesar de não ter o enforcado, eu salvei o dia.

- Se o céu é castanho, então a lama se torna azul.

James balançou a cabeça afirmativamente com um sorriso orgulhoso.

Ele me abraçou e disse "Essa é a minha ruiva".

Mas a alegria na sala parecia tanta que, depois de James, nem sei mais quem eu abraçei.

-/-

Harry foi obrigado a responder ao enigma de uma Esfinge durante o Cálice de Fogo, na última tarefa do Torneio Tribruxo.

Todos os desafios vieram diretamente do Google e o cunhado do irmão de sua mãe é o seu pai.

Nem adianta mais eu tentar me desculpar né?

Mas por outro lado, acho que vou postar umas fics que eu prometi há muito tempo...

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