Dez Coisas Que Eu Odeio Em Você

Odeio o modo como fala comigo

E quando bagunça o cabelo

Odeio como você voa numa vassoura

E odeio seu desmazelo

Odeio sua enorme arrogância e idiotice

E como consegue ler minha mente

Eu odeio tanto isso em você

Que até me sinto doente

Odeio como sempre está certo

E odeio quando você mente

Odeio quando me faz rir muito

Pior ainda quando me faz chorar...

Odeio quando você está por perto

Odeio ouvir você me cantar

Mas eu odeio, principalmente

O modo como eu não te odeio

Nem mesmo um pouco

Nem mesmo por um segundo

Nem mesmo só por te odiar

- Bom dia, ruivinha linda, meu Lírio, minha flor – cumprimentou um animado Tiago Potter, puxando a mão da ruiva e dando um beijo.

Ela rapidamente puxou a mão de volta, e disse friamente:

- Eu te odeio, Potter.

- Também te amo, Lírio – e a puxou para um beijo, quando a soltou, ele começou a correr pelos corredores, mas não sem antes gritar por cima do ombro – Tchau, ruivinha.

Ela ficou vermelha de raiva, e de vergonha, mas voltou a fazer seu caminho para o banheiro. Chegando lá, encostou-se na parede e escorregou até o chão.

- Ah, Tiago – disse num suspiro.

Qual era seu problema, afinal?

- Lílian! – gritou a voz de Marlene.

- Já vou, Lene! – respondeu ela as pressas, pegando a mochila e saindo do banheiro.

Ela só sabia de uma coisa: não conseguia odiá-lo.

E odiava amá-lo.