Para sempre com você
James POV
Eu estava sentado em uma das mesas do Cabeça de Javali junto com Aberforth (irmão mais novo de Dumbledore), esperando Lily ajudar Elle Messi, quando nós dois ouvimos uma explosão junto com uma claridade.
Subi correndo as escadas, mas vi meu caminho obstruído por causa do teto que desabara. Estava alucinado. Maluco. Tentando chegar de todas as maneiras até Lily, tentar ajudá-la. Fiz o caminho ser desobstruído com a varinha e vi três coisas:
1ª: Elle estava caída com muitos cortes nos braços e nas pernas, parecia morta
2ª: Dumbledore se levantando e indo ver uma coisa a sua esquerda... o que nos leva à terceira coisa que vi
3ª: Lily caída no chão com um corte na testa, onde saía, não, jorrava sangue:
-Lily! – eu dei um berro e corri até seu lado
-Se acalme, por favor, James – Dumbledore disse verificando o corte de Lily – Teremos que levar ela para o St. Mungus nesse minuto.
Peguei-a no colo e aparatei até o St. Mungus. Desaparatei e procurei desesperado a recepção. Sentia o corpo mole de Lily em meus braços e o sangue já começava a ensopar a manga de minha camisa. Li em uma porta "Emergência" e corri até lá. Uma moça me olhou interrogativa quando entrei e depois seus olhos se arregalaram quando viu Lily em meus braços:
-Ah meu Merlin – ela murmurou e depois apontou a varinha para sua garganta e sua voz saiu alta, como um alto falante – Por favor, paramédicos urgentes na parte de emergência!
Dois paramédicos vestidos com aqueles macacões verdes de hospitais apareceram e tiraram Lily de meu colo e a levaram para uma outra sala. Me senti deslocado no meio daquilo tudo, até que sinto uma mão sob meu ombro e me viro assustado. Dumbledore está em pé atrás de mim com os olhos pedindo desculpas e duas varinhas na mão, uma delas, reconheci, era de Lily.
Dumbledore me conduziu até a sala de espera e me entregou a varinha de Lily quando nos sentamos. Perguntei onde estava Elle, e ele me disse que ela havia morrido, e que o enterro seria amanhã. Fiquei imaginando se Lily resistiria ou iria acabar indo para o mesmo caminho que Elle. Dumbledore, só de ver em meu olhar, entendeu o que eu estava pensando e disse para eu parar:
-James – ele disse sério enquanto eu suspirava e olhava para o chão – Você conhece Lilian. Ela é forte, irá se recuperar
-Aí que você se engana professor – eu disse baixinho – ela consegue ser forte até certo ponto, mas quando não consegue mais aguentar...
Naquele momento um dos paramédicos que pegou Lily do meu colo me chamou. Olhei para ele e vi sua cara preocupada. Estremeci e caminhei devagar até ele:
-Como Lily está? – perguntei assustado
-Está sob observação – o paramédico respondeu – conseguimos fechar o corte, mas não estamos conseguindo fazê-la acordar, ela não corresponde a nenhuma de nossas tentativas.
-Mas... – eu disse fraco – ela está viva, certo? Ela vai conseguir sobreviver?
-É o que esperamos – ele me respondeu pesaroso
Ai meu Merlin. O que eu vou fazer? O que eu vou fazer sem Lily? O que vou dizer para seus pais? O que vai acontecer comigo? Respirei fundo e fechei os olhos. Eu não podia acreditar que eu tinha deixado ela subir sozinha! Tudo bem que tinha Dumbledore, mas nem Dumbledore conseguiu fazer alguma coisa! Eu teria feito! Talvez não impedido Elle, mas me jogado na frente de Lily e não deixado ela receber o feitiço, não tanto quanto recebeu. Ou talvez tivesse feito algum feitiço para fazer um escudo entre a gente como Dumbledore fez. Por que eu não estava lá:
-James – ouvi uma voz atrás de mim
Me virei e vi Sirius e meus pais parados na sala de espera ao lado de Dumbledore. Minha mãe correu até mim e me abraçou apertado:
-Está tudo bem querido – ela sussurrou em meu ouvido com uma voz reconfortante – Ela vai ficar bem.
Eu respirava com dificuldade. Me separei dela e caminhei até onde meu pai, Dumbledore e Sirius estavam. Meu amigo me abraçou e disse que Remus estava vindo com os pais dela. Os pais dela. Meu Merlin. O que eles vão achar de mim? Com toda a certeza eles vão começar a me odiar por não ter ficado junto com a filha dele e ter colocado em perigo.
Me sentei em uma das cadeiras verdes de plástico e apoiei meus cotovelos em meus joelhos e coloquei meu rosto entre as mãos. Não consigo acreditar que o jantar que era para ser romântico e engraçado (com Sirius por perto, só pode ser engraçado) virou nisso. Há duas horas eu nem imaginava que acabaria minha noite no St. Mungus com uma aflição para saber ser Lily vai ou não ficar bem.
Dois minutos depois, Remus apareceu com os pais de Lily. Eu não os vi chegar, ainda estava com o rosto enterrado entre as mãos. Só percebi quando a mãe de Lily colocou a mão em meu ombro. Levantei a cabeça e vi que ela tinha um meio sorriso e que lágrimas escorriam em seu rosto. Remus se sentou em meu lado e colocou a mão em minhas costas. Meu Merlin, espero não chorar.
Ficamos por horas ali. Sirius estava cochilando assim como meu pai e o pai de Lily. Mamãe e a Sra. Evans consolavam uma a outra contando suas tragédias. Remus olhava para frente sério. Dumbledore andava de um lado para o outro, enquanto eu... ficava apenas pensando em Lily... em como a amo e em como deveríamos nos casar logo. Até que o paramédico que antes falou comigo entrou na sala de espera e se direcionou até os pais de Lily. Olhei os três de olhos arregalados e esperando como se o mundo fosse acabar, mas ai a Sra. Evans arqueja e começa a chorar, quando ela se vira para mim, vejo que está sorrindo:
-Lily está viva! – ela exclamou feliz com lágrimas escorrendo desesperadamente por seu rosto
Oh meu Merlin! Ela está viva! Ah meu deus! Remus e Sirius deram tapas em minhas costas enquanto minha mãe me abraçava:
-Bem – o paramédico disse – agora vou levar os pais para vê-la e depois os amigos, certo?
-Vai ir só as crianças depois – meu pai disse sorrindo para o paramédico – Eu e Katherine temos que ir pois está tarde, só viemos para dar uma força aos Evans, ao nosso filho e também à Lilian.
-Também tenho que ir – Dumbledore disse indo se despedir de meus sogros e depois ele e meus pais desaparataram
Fiquei sentado com Remus e Sirius por mais uns 20 minutos, impaciente e muito feliz por ela estar viva, bem e pelo jeito acordada. Os pais dela voltaram, dizendo que estavam indo para casa e que Lily estava louca para me ver. Imagina só! Para me ver!
Eu praticamente corri até o quarto em que ela estava, com Sirius atrás (Remus foi levar os pais de Lily até em casa e depois nos encontraria no quarto desta). Quando entrei no pequeno quarto, vi Lily deitada em uma cama com lençóis verdes claros, os cabelos ruivos presos por uma faixa branca, pois ela tinha um grande curativo na testa. Tinha os olhos fechados e parecia pensativa:
-Lily? – eu sussurrei quando Sirius fechou devagar a porta
Ela abriu os olhos de um sobressalto e olhou em nossa direção com aquele verde folha de seus olhos. Quando me viu, abriu um enorme e aliviado sorriso:
-James – ela suspirou sorrindo
-E Sirius – ouvi Sirius atrás de mim completar com uma voz tipo: "Estou aqui também querida, não sou um saco de magia e sim um humano".
-Oi minha querida – eu disse ignorando Sirius e indo até a sua cama – Como você está?
-Um pouco tonta e com uma sensação meio esquisita – ela disse sorrindo cansada para mim – Mas agora estou melhor
-Lily! – nós três ouvimos alguém gritar atrás de nós
Eu e Sirius nos viramos e nos deparamos com Joana parada na soleira da porta com uma cara meio assustada e Remus parado atrás dela como se pedisse desculpas:
-Estamos em um hospital Joana – ele disse colocando uma mão em um dos ombros de Joana – Não se pode gritar.
-Não enche meu saco Remus! – Joana disse antes de correr até a cama da Lily, me empurrar para o lado e deixar Sirius se matando de rir. Ela olhou para Lily preocupada – Você está bem querida? Acabei de descobrir!
-Estou Joana só... – Lily disse meio assustada
-Ei! – eu exclamei irritado vendo Remus indo até o outro lado da cama e beijando a testa de Lily. Joana me olhou assustada – Eu estava falando com ela!
-E daí? Você é o namorado e eu a melhor amiga! Sou mais importante. Ah Remus, você babou a testa dela inteira! Cuidado com o curativo! – Joana disse limpando a testa de Lily, ela parecia uma mãe obcecada pela filha
-Eu não sou o namorado – eu disse sério
Todos os olhos voltaram para mim. Quatro pares de olhos me olharam assustados e sem entender o que eu estava dizendo:
-Só estou dizendo que se a Lily aceitar, serei mais que um namorado – eu disse caminhando devagar e me sentando na beirada da cama de Lily e pegando sua mão
-James – ela disse meio temerosa – não estou entendendo...
-Lilian Evans – eu falei sorrindo – você aceita se casar comigo?