Ela estava parada. Usava uma saia longa, parecida com as dos hippies, sandálias e uma blusa branca e de alça. Perfeita em sua simplicidade. O cabelo longo e loiro caía sobre os ombros como uma cascata. Ele poderia descobrir o nome dela na hora em que quisesse, mas preferiu observar por uns instantes.

A mortal passava o dedo pelo cardápio, até que deu de ombros e foi até o balcão da lanchonete. Viu que ela havia escolhido apenas uns biscoitos.

— Olá — ele disse, chegando perto. Ela levantou os olhos para ele e então franziu a testa.

—... Olá.

Ele franziu o cenho. Tinha assumido uma forma até bem bonita. Por que aquele receio dela? Ficaram em silêncio e, quando a mulher recebeu seus biscoitos, encaminhou-se para a mesa, sem dizer mais nada. Ele viu quando ela sentou e não resistiu, indo atrás.

— Qual o seu nome? — perguntou, curioso. Ela arqueou as sobrancelhas.

— May Castellan. Achei que soubesse. Você é um... você é alguma coisa, não é? Nem me olhe como se eu fosse louca.

— Não vou — ele sorriu, de leve, ainda que preocupado. — Sou Hermes.

Ela pareceu aliviada, relaxada: — Quer um biscoito?

— É claro — Hermes respondeu. May sorriu.

May Castellan, Hermes pensou. Ela parecia uma boa garota, comendo tantos biscoitos. Ele gostou dela.

(depois de um tempo, soube do que ia acontecer. Mas não podia parar. Não podia impedir)


N/A: Querida Mandie,
Eu fiz uma promessa. É sua. (L)

(por sinal, eu nem sei como funciona essa coisa de ele saber o que ia acontecer e etc. Resolvi fingir que foi só depois de conhecê-la e coisa e tal. Processem-me.)