N/A: Harry Potter não me pertence, mas o Lupin sim u.u –Q

Essa fic foi baseada na música The Hospital Wing, da banda de wrock (wizard rock) chamada Tonks And The Aurors. É muuito boa! Super recomendo ouvirem :D Porém, como essa música é engraçada, achei sem noção usar ela numa fic de drama, então usei a música Lupin's Tale, da banda Oliver Boyd And The Remembralls. (essas bandas de wrock tem uns nomes tão fodas! HUAHDOIAUEHDUAUSHD e os nomes das músicas também! Muito criativos ;D)


When all, / Quando tudo,
All that I want,
/ Tudo o que eu quero
Is something more.
/ É algo mais.
Oh something more. / Oh, algo mais.
And you, / E você,
Think of me so,
/ Pensando tanto em mim
But what can I do?
/ Mas o que posso fazer?
Where could this go? / Onde isso iria parar?

- Remus, eu tenho uma missão muito importante que só você dentre os presentes nessa sala pode realizar. Mas, como toda missão, ela tem riscos. E essa em especial tem mais riscos do que o normal. Não quero te forçar a ir, a decisão deve ser totalmente sua.

Todos os membros da Ordem da Fênix olharam atentos para Dumbledore, esperando para saber que missão seria essa. Tonks se arrumou melhor na cadeira, o coração pulando feito louco no peito. Pra onde Lupin seria mandado?

- O quer que eu faça?

- Nos últimos tempos, eu verifiquei que um grande grupo de lobisomens foi visitado por comensais da morte. Estou preocupado que Voldemort consiga juntá-los à causa dele. O estrago que eles poderiam causar... Seria devastador.

- Eu compreendo.

- Eu não queria te pedir isso, mas não vejo outra saída. – Dumbledore respirou fundo uma vez. – Você poderia se infiltrar no bando deles e nos passar informações?

Ninguém disse nada, o ar ficou pesado, e até mesmo Monstro, que havia entrado na cozinha, parou de resmungar seus insultos para ouvir.

- Sim, eu posso.

Tonks ficou pálida e sentiu o corpo paralisar. Olhou vidrada para Lupin, as mãos tremendo em cima do colo. A Sra. Weasley percebeu a reação da bruxa e colocou uma mão em seu ombro, tentado fazê-la se acalmar.

- Você... – ela disse muito baixo, mas com o silêncio que estava no cômodo, pôde ser ouvida como se tivesse falado normalmente.

Lupin estivera evitando olhar para ela, mas ao ouvir aquela voz exasperada, virou o rosto e levantou os olhos até o rosto em formato de coração de Tonks. Ao ver a expressão desesperada dela, teve uma vontade incontrolável de levantar e a abraçar fortemente, prometer que tudo ficaria bem, que ele não era mais um homem amaldiçoado. Mas não podia fazer isso.

Quando ele ouviu a proposta de Dumbledore, sabia que era uma oportunidade ótima para se afastar dela, talvez isso até a ajudaria a esquecê-lo. A chance de voltar vivo era mínima, porém não considerava isso um problema. Sua morte seria uma libertação de uma vida triste e repleta de sofrimento. Se Lupin realmente pensava desse jeito, então por que estava sentindo uma dor tão aguda no coração ao encarar Tonks? Ele não queria deixá-la, não queria continuar dando desculpas para mantê-la afastada.

If I come to you, / Se eu for até você
And you come to me,
/ E você vier até mim
Where are we going?
/ Pra onde estamos indo?
You're pretty bright hair,
/ Seu lindo cabelo brilhante
Is all that I see,
/ É tudo o que vejo
But where are we going?
/ Mas pra onde estamos indo?

Naquele momento, ele só sentia raiva de si mesmo por estar desistindo da única pessoa que havia amado na vida.

Os outros membros da Ordem foram embora depois da reunião. A Sra. Weasley queria ficar e conversar com Tonks, mas ela disse que não precisava. Por fim, achou que seria bom se os dois ficassem sozinhos e conversassem. Talvez Tonks o convencesse a mudar de idéia.

A noite avançava devagar, e a aurora parecia longe, pelo menos para Tonks e Lupin. Estavam sentados sozinhos na sala do Largo Grimmauld, 12, sem coragem de dizer uma única palavra. Ela amargava o pedido que Dumbledore havia feito a Lupin logo depois do jantar daquele mesmo dia. Ele se arrependia de ter aceitado a missão, mas mesmo assim achava que seria melhor pra todos.

- Então... Quando você vai? – Tonks perguntou, com a voz quebradiça, tentando não perder o controle sobre si mesma.

- O quanto antes melhor. Estou pensando em ir amanhã.

- O QUÊ? – ela se levantou de repente, olhando aterrorizada para o homem. – Remus, você não pode ir... Por favor! – se sentou ao lado dele e pegou uma de suas mãos.

- Tonks, eu preciso ir. Eu quero ir. Quero fazer algo bom com essa maldição.

- E você vai, mesmo sabendo que isso pode acabar me matando?

- Como assim? – ele se sentou mais perto dela sem perceber.

- Acha que vou conseguir ter um único dia de paz enquanto não tiver notícias suas?

Lupin não conseguiu responder. Estava começando a ter noção de quanta dor causaria, e isso só piorava a situação. Tonks segurou o rosto dele com uma mão.

- Fique. Fique por mim. Vamos viver juntos o máximo de tempo possível.

O bruxo fechou os olhos e disse devagar:

- Dora, eu já disse, sou muito velho pra você. Eu tenho quase o dobro da sua idade. Sofro preconceito em qualquer lugar que vou por causa da maldição, não posso arranjar um bom emprego por causa disso. Nunca poderia te dar a vida que você merece. E, pior do que tudo isso, eu poderia machucar você durante a lua cheia.

- Eu não ligo! Por acaso as pessoas são proibidas de amar outras só por elas serem alguns anos mais velhas? Eu sou proibida de amar você?

Lupin pegou a mão dela que estava em seu rosto e a baixou. Abriu os olhos e tentou continuar firme.

- Não é proibido, mas é desaconselhável. Existem milhares de outros homens que merecem toda sua afeição. Eu não sou digno de tanta atenção.

- De que me servem milhares de outros homens se meu coração só quer um?

Ele olhou pra ela de novo, e se assustou ao ver o cabelo da bruxa, antes espetado e rosa-chiclete, crescer até a altura dos ombros e mudar para um marrom sem vida. Levantou-se, mas continuou olhando para ela.

- Sei que é inútil pedir pra você não se preocupar, mas por favor, tente. Use o tempo que vamos ficar separados para entender minhas razões.

Caminhou até a saída do cômodo, parando na soleira da porta, incerto sobre sair ou voltar correndo para pedir perdão à Tonks.

- Sempre que eu puder, vou voltar para Londres. Comparecer em todas as reuniões possíveis. Nos vemos por aí, Dora.

- Não sei por quanto tempo. – ela se levantou também, vendo-o sair. O rosto riscado pelas lágrimas que começaram a cair.

Ela não sabia se agüentaria passar todos os dias ansiosa por saber como ele estava, nem se ele conseguiria se infiltrar no bando e sobreviver à isso. Tonks sabia, no entanto, que Lupin a amava. E mais cedo ou mais tarde os motivos dele se esgotariam. Era por esse dia que ela esperava. Quando ele não suportasse mais ficar longe dela, Tonks estaria esperando-o. Mesmo que levasse anos.

Though I cannot deny, / Mesmo que eu não possa negar,
When I look at you,
/ Quando olho pra você,
I see a future.
/ Eu vejo um futuro.
Maybe with a little time,
/ Talvez com um pouco de tempo,
We could make it,
/ Podemos fazer dar certo,
And be together.
/ E ficarmos juntos.
But all that I can say.
/ Mas isso é tudo que posso dizer.


N/A: essas músicas são malditamente viciantes HUSHOIUAEUDAHUS não consigo parar de ouvir :B Tonks And The Aurors tem umas bem engraçadas, mas as do Oliver Boyd são tão tristes T_T well... reviews, por favor! *-*

PS: a fic não passou por betagem, então desculpem os erros! jya :*