Demorou. Muito. Peço desculpas. Mas acho que ninguém se importa, porque acho muito que ninguém lê essa fic mesmo...
Enfim, eis o último capítulo!
Luna aguardava Rony na porta de seu quarto logo cedo. Antes mesmo de o sol nascer ela já estava no corredor. Demorou um pouco até que ele abrisse a porta e se espantasse com sua presença ali.
-Princesa Luna! Está tudo bem? Precisa de alguma coisa? – perguntou rapidamente.
-Está tudo bem, Ronald. Mas preciso sim de uma coisa. – disse enquanto caminhava na direção do ruivo, só parando a centímetros de sua face.
-Er...Do que precisa, princesa? – perguntou sem jeito, visivelmente desconfortável com a proximidade da loira.
-Preciso saber se você gosta de mim da mesma maneira como gosto de você. – como sempre ela foi muito direta.
-O que? – perguntou atordoado. Só podia ser um sonho. Ou estava delirando, não devia confiar na água do castelo.
-Quero saber se gosta de mim de uma maneira especial.
-Princesa eu...Não sei o que responder!
-Basta me dizer o que sente.
-Bom, eu...Gosto de você sim, princesa. É uma pessoa muito doce e gentil. – foi o mais cordial possível.
-Só isso? Não me acha bonita? Não quer me beijar? – estava visivelmente desapontada.
-Princesa Luna! Acho que a senhorita não está se sentindo muito bem, vou chamar sua dama...
-Quer ou não quer me beijar, Ronald Weasley? É uma resposta simples, sim ou não. E estou me sentindo muito bem, obrigada.
Ele só continuou olhando para ela sem saber o que fazer ou dizer. Não é todos os dias que uma princesa linda aparece no corredor perguntando se você quer beijá-la!
Luna, percebendo a situação do rapaz, novamente abusou de sua ousadia, se aproximou impossivelmente mais e colou seus lábios nos dele.
A princípio ele nada vez, tamanho o choque. Mas aos poucos ambos foram se sentindo mais confortáveis e intensificaram o beijo, Luna percorrendo suavemente a língua nos lábios do rapaz até que ele cedeu e foi de encontro com ela.
Depois de algum tempo e totalmente sem ar os dois se separaram.
-Princesa, me desculpe eu...
-Eu te beijei! Oras, Ronald, estou começando a duvidar de sua sagacidade.
Ele só se ajeitou, indignado.
-Gosto de você e quero saber se gosta de mim. E se quer se casar comigo. – ela falou atrevidamente.
-Princesa, não vê que sou apenas um cavaleiro? Adoraria me casar com você mas é impossível.
-Adoraria? Quer dizer então que aceita? – perguntou sonhadora.
-Teoricamente sim, mas... – não teve tempo de terminar pois ela já havia levitado corredor afora.
-Precisa mesmo ser assim? Talvez se nós conversássemos com eles antes... – Hermione tentou, preocupada.
-Não seja boba, querida. Serão pegos desprevenidos para não terem tempo de reagir. Quando entenderem tudo já estaremos todos casados e bem longe daqui. – Luna explicou.
-Longe? Para onde pretende ir? – Rony perguntou.
-Para a Espanha. Passaremos nossa Lua-de-mel lá. Quero que meu primeiro filho seja concebido em terras latinas. – respondeu sem nem mesmo corar.
-Espanhóis são latinos? – Rony quis saber.
-Os latinos ou lácios foram um povo de origem indo-européia que habitou sobretudo a zona centro-meridional da península Itálica. Faziam parte do grupo dos italiotas, juntamente com os úmbrios, saginos e volscos. Oriundos da Europa Central, espalharam-se por quase todo o território itálico, em ondas sucessivas. Neste movimento de ocupação, os latinos desempenharam o papel dominante, dinamizando suas ações a partir da aldeia que fundaram e que seria o núcleo inicial do maior império, erguido pelos seus descendentes romanos. – Hermione respondeu prontamente.
Todos ficaram algum tempo olhando embasbacados para ela, Harry com um enorme sorriso no rosto.
-Enfim, ainda acho que poderíamos tentar conversar com eles antes. – Rony retomou o assunto original.
-Harry, o que você acha disso? – Hermione perguntou segurando a mão do noivo.
-Acho que nós até poderíamos tentar o diálogo, mas o plano de Luna é mais fácil e garantido. Além de ser bem mais emocionante. – respondeu travesso.
-Então está decidido. Estejam todos prontos, em uma semana seremos os casais mais felizes do mundo. – Luna determinou e juntou a mão de Rony para levá-lo até a estufa contar a novidade para suas flores. Parou, antes de sair do salão e se virou para os dois que ficavam.
-E vocês, por favor, se controlem. Só mais uma semana, você não precisa casar grávida Hermione. – e se retirou, rindo da cara de espanto e vergonha da amiga enquanto Harry, que mal ouviu a mensagem se ocupada em mordiscar sua orelha.
-A culpa é sua, sabe disso! – Hermione tentou empurrá-lo para mais longe, sem muita força deve admitir.
-Não senhorita, a culpa é sua por ser deliciosamente irresistível. – respondeu aos poucos enquanto alternava as palavras com chupões no pescoço da morena.
-Vai deixar uma marca aí! – ela tentou protestar.
-Uhum. – ele nem ligou.
-Não acha que estamos indo rápido demais? – isso o parou. A soltou devagar e olhou-a calmamente.
-Está falando do casamento? – perguntou temeroso.
-Também.
-Hermione, entendo se não quiser continuar com esse plano da Luna, mas não acho que estejamos indo rápido demais. Eu te amo, você disse que me ama, qual o problema?
-Eu sei porque te amo, mas e se você se cansar de mim?
-Impossível. Eu amo tudo em você, Hermione. Sua paixão pelo conhecimento, sua teimosia, sua coragem... Amo quando nós passamos horas conversando, sobre coisas sérias e banais, como fizemos ontem no jardim...Amo como eu posso ser eu mesmo quando estou com você... Amo tudo em você, minha querida. – terminou, limpando uma pequena lágrima que escapou dos olhos dela.
-Também amo tudo em você, Harry. Só é difícil para mim, acreditar que alguém tão incrível e maravilhoso como você possa gostar de alguém como eu...
-Seria um tolo se não me apaixonasse por você. Sei porque está falando isso. São coisas desse povinho fofoqueiro, que adora falar que mulheres que lêem e sabem demais não são boas esposas. Não são mesmo, para maridos que querem dominar suas mulheres. Mas eu não quero uma esposa, quero uma companheira. E você é a companheira ideal para mim. Não vê? Você foi feita para mim. – completou sorrindo.
-E você para mim. – ela encerrou a discussão e o beijou fervorosamente.
-Achei ótima a idéia das crianças de se casarem todos no mesmo dia! Luna sempre foi tão amiga de Hermione, vai ser lindo ver as duas se casando no mesmo dia! – Maybel falou chorosa com Eleonor, mãe de Hermione, enquanto esperavam as duas noivas no pé da escada.
-Tem razão. Nunca imaginei esse dia, minha filha se casando junto com a princesa! É uma honra muito grande, serei eternamente grata ao rei por deixar que isso aconteça! E aos reis da Grifinória também, afinal eles nem ao menos conhecem minha filha e vão dividir a festa de seu filho com ela!
-Sim, foram muito gentis mesmo. Oh, olhe para elas! Parecem dois anjos...
Luna e Hermione desciam as escadas com o máximo de cuidado para não tropeçarem nas caudas dos vestidos. Luna usava um vestido branco lindo, de cetim. Era justo no busto e abria levemente até a cauda, deixando um rastro brilhante atrás dela. O cabelo estava solto, voando com o vento como uma aura loira em seu rosto. A coroa já estava posicionada em sua cabeça. Foi o vestido com que sua mãe se casou. Hermione usava um vestido de rendas cor de pérola, também herança de sua mãe. Era simples, sem armações e com uma causa pequena. O cabelo também estava solto, os cachos cuidadosamente tratados adornando seu rosto de boneca.
-Estão lindas! – Eleonor disse, beijando o rosto da filha e a mão da princesa.
-Obrigada! – responderam juntas.
-Vamos, vamos! Estão todos esperando! – Lily chamou as outras duas mulheres e logo o pai de Hermione e o de Luna apareceram no salão para escoltá-las até a igreja.
Foram em silêncio até a entrada, cada pai perdido em seus pensamentos sobre como sua filhinha cresceu e as meninas revisando o plano na cabeça e sorrindo sem parar.
A valsa nupcial começou e os dois pais, acompanhando suas respectivas filhas, entraram na igreja.
O coração de Harry estava disparado. Só conseguia ver Hermione andando sorridente em sua direção e desejando tê-la em seus braços o mais rápido possível. Rony estava com as mãos trêmulas e suadas. Estava nervoso com a situação, pois estava prestes a desobedecer dois reis ao mesmo tempo.
Quando as noivas finalmente pararam perto do altar os noivos foram tomá-las para si. Harry segurou a mão de Luna e apertou a mão do rei. Rony tomou os braços de Hermione e cumprimentou Robert, com quem havia conversado semanas atrás.
Quando o rei da Corvinal e o pai de Hermione assumiram seus postos, os casais trocaram as noivas. Harry enlaçou o braço de Hermione no seu e Rony tomou o de Luna. O murmurinho foi total, todos na igreja se entreolhavam sem entender nada. Os olhos dois reis quase saltaram das órbitas, a mãe e o pai de Hermione se olhavam confusos e Lily guardava um discreto sorriso no rosto.
Os casais se ajoelharam diante do padre, que estava mais perdido que todos.
-Ah, sim padre George! Na hora de fazer os votos pode, por favor, trocar os nomes? – Harry perguntou sorrindo, ao que o padre só fez que sim com a cabeça.
-Então pode começar o casamento, por favor. – Luna continuou mas foi abruptamente interrompida por seu pai.
-Mas que palhaçada está acontecendo aqui? – o rei esbravejou indo em direção ao altar.
-Palhaçada nenhuma, papai. Vou me casar com o homem que meu coração escolheu e Harry com a mulher que o coração dele escolheu. Simples.
-Não vai não! Este casamento está planejado há anos! Vocês não podem...
-Claro que podem, Theodor! Esse acordo foi feito antes mesmo que eles se conhecessem! Qual o problema de eles se apaixonarem por outras pessoas? Seria inevitável! – a rainha Lily interrompeu.
-Mas a aliança com a Grifinória!
-Meu caro amigo Theodor, Grifinória e Corvinal sempre serão aliadas. E se prestar bem atenção, uma corvinal está prestes a se tornar rainha da Grifinória e um grifinório está prestes a se tornar rei da Corvinal! Acho que o acordo continua o mesmo... – o rei James considerou, com um sorriso no rosto.
-Mas...Mas... –o rei Theodor não sabia o que dizer.
-Padre, pode por favor continuar o casamento? Estamos com um pouco de pressa, sabe... – Harry disse. Os reis voltaram a seus postos. Os pais de Hermione ainda estavam paralisados.
O padre então deu continuidade a cerimônia, que encerrou com um beijo apaixonado entre os casais.
-Desde que a vi sabia que seria minha nora. E vai ser uma ótima rainha para a Grifinória. Obrigada por fazer meu filho tão feliz! – a rainha Lilian disse abraçando fortemente Hermione, que chorava de alegria.
-Que nora linda você foi me arrumar, filho! Estou orgulhoso de você! – James comentou com Harry, o abraçando também.
-Eu sei, pai. Eu sei... – ele respondeu sorrindo.
-Cuide bem da minha filha. Ela é uma princesa, não esqueça disso. E vai ser rainha. E você rei, é bom começar a ter umas aulas comigo. – Theodor olhava para Rony, que ainda estava apavorado com a situação.
-Pode deixar, senhor.
-Devia saber que ia aprontar uma dessas. – o rei falou agora para Luna. Não sorriu mas também não brigou com a menina.
-Devia mesmo, papai! – ela brincou e ele finalmente sorriu.
-Minha filha, você vai ser rainha! Acha que consegue? – a mãe de Hermione perguntou preocupada.
-Claro que consegue, senhora Granger. Tenho certeza que ela será a melhor rainha que a Grifinória já teve. Que minha mãe não me escute! – Harry respondeu prontamente.
-Quero que saibam que entendo se quiserem continuar aqui mas serão muito bem vindos se quiserem se mudar para a Grifinória para ficar mais perto de sua filha. Temos quartos de sobra em nosso castelo. – o rei James ofereceu aos pais de sua nova nora.
-Será um imenso prazer servir ao seu reino, majestade! – Eleonor prontamente respondeu e Robert concordou.
-Vamos à festa? – Lily perguntou empolgada.
-Vocês podem ir. Nossa carruagem sai daqui a pouco dos portões. Vamos passar a lua de mel na Espanha. – Luna anunciou.
-E nós já estamos de partida para a Grifinória. –Harry completou.
-Mas então festejaremos sem os noivos? – Lily perguntou desapontada.
-Exatamente. Agora precisamos ir ou nos atrasaremos. Vocês vão aproveitar a carruagem até a Grifinória? – Rony perguntou para Harry.
-Sim. Já estamos prontos também, podemos ir.
Depois de despedidas intermináveis, os quatro entraram na carruagem que os levaria dali.
-Mal posso esperar para tirar esse vestido de você. – Harry sussurrou no ouvido de Hermione.
-Acho que você vai adorar o que tem por baixo. – ela respondeu no mesmo tom provocativo.
-Céus, Hermione! Assim não vou conseguir esperar!
-Foi idéia sua dividir a carruagem. Poderíamos ir em uma só nossa...
-É mais prático. Além do mais, você merece uma cama. Vai ser mais confortável para fazer tudo o que quero fazer com você.
-Harry...Quanto tempo falta para chegar na Grifinória?
-É quase um dia de viagem. Aconselho-a dormir. Vai precisar de suas energias quando chegarmos. – ele completou apertado levemente sua perna.
-O mesmo para você. – respondeu piscando.
-Ronald? – Luna chamou o marido que ainda estava saindo do estado de choque.
-Sim?
-Eu te amo. – ela falou olhando nos olhos dele.
-Também te amo, Luna. Não poderia estar mais feliz!
-Estava com medo do meu pai... – ela cantarolou.
-Você esquece que sou um exímio jogador de xadrez... – ele respondeu se gabando.
-E...? – ela não entendeu.
-Venci o rei e roubei a princesa, futura rainha. Xeque-mate!
Todos riram a continuaram a conversa, ansiosos pelo fim do que seria uma longa viagem.
FIM
Meus mais sinceros agradecimentos a Juru, P. Kitsune, KizyMalfoy e Lorena pelas reviews do capítulo anterior.
Acho que sei porque essa fic não foi muito popular, eu mesma não gostei muito dos rumos que ela tomou. Saiu um pouco diferente do que tinha em mente...
Isso só confirma o que eu já suspeitava, não sirvo para escrever em capítulos. Ou é one-shot ou é nada.
Portanto não esperem mais fics longas minhas mas já tenhos algumas one-shot na cabeça que pretendo botar no papel logo logo...
Ah, também agradeço por agüentarem meus erros...Sabem como é, não tenho beta. E quando termino de escrever fico louca querendo publicar, aí passam muitos erros. Nas próximas eu resolvo esse problema.
Obrigada por acompanharem mesmo assim!
Uma última review? Please? Pui favoi? =)