Todas as suas cores.

Sabe quando parece que você encontrou a pessoa certa, que tudo vai ficar bem e que todos os dias serão de sol? Era exatamente o que ele sentia toda vez que a via sorrir, ou balançar o cabelo, bocejar, falar, rir,...

Ele podia ser metamorfo e mudar sua aparência quando e o quanto quisesse, mas era ela que dava cor ao seu mundo. O dourado dos cabelos, o azul dos olhos, o vermelho dos lábios, eram suas cores preferidas.

Ela rolou para o lado, esparramando os cachos dourados pela grama verde, outra combinação que para ele era hipnotizante. Não cansava de olhar para ela. Victoire abriu os olhos devagar, os fixou nos castanho-claro dele e sorriu largamente. Ela era tão doce, tão perfeita, parecia mais com um anjo do que com uma garota de verdade. Ted não conseguia não sorrir ao olhar para ela. Ela perecia brilhar o tempo inteiro.

Eles tinham uns dois anos de diferença, mas por incrível que pareça ele lembrava da primeira vez que a vira.

Gina Potter veio em sua direção com um pequeno embrulho cor de rosa, que ele olhava curioso, querendo saber o que tinha ali.

- Senta aqui Teddy. – ela falou apontando para o lugar vago ao seu lado num sofá. Sem pestanejar, ele pulou ali, tendo um pouco de dificuldade para subir, mas rapidamente estava acomodado e se esticando para ver o que ela carregava. Com cuidado, ela tirou o pano de uma das pontas, revelando um bebê gorduchinho e rosado que dormia. Ted olhou com mais curiosidade ainda, e esticou a pequena mãozinha para encostar na bochecha do bebê. – Esta é Victoire, sua mais nova prima. – ele enrugou a testa, intrigado, e Gina riu da expressão dele.

Ele a olhava fixamente quando ela acordou e abriu os olhos incrivelmente azuis.

- Ela é minha? – ele perguntou, parecendo achar uma boa idéia ficar com ela. Gina riu novamente.

- Não querido, ela é sua prima, não um brinquedo.

- Hmm... – ele concordou, mas ainda assim não conseguia tirar os olhos daquele bebê tão claro e bonito.

Ele riu ao se lembrar disso. Não sabia como, mas ainda lembrava dessa cena. Depois fora descobrir que ela não era sua prima de verdade, e no primeiro momento ficara chateado com isso, mas após alguns anos ficou feliz por não serem parentes.

Ted a via pelos corredores de Hogwarts, sempre acompanhada de um grupo de amigas, mas era ela que se destacava entre as outras. E não era apenas ele quem reparava, ele via os outros garotos virarem a cabeça para o lado dela e não conseguia não se morder de ciúmes. Mas ela nunca dera bola para nenhum deles.

Até o dia em que ele finalmente criara coragem o suficiente para se declarar para ela. Ele nem havia terminado de falar quando ela passou os braços pelo pescoço dele, o beijando apaixonadamente. Essa era outra cena de sua vida que ele nunca esqueceria.

- Em que está pensando? – ela perguntou, ainda deitada na grama, seus cabelos brilhando no sol da manhã. Sua voz era aveludada e doce, combinando perfeitamente com ela.

- Em tudo. – ele falou quase em devaneio. Ela se levantou e sentou ao lado dele, com as pernas encostadas nas dele. Puxou seu rosto com a ponta dos dedos e o beijou delicadamente. Ele fechou os olhos, apenas a sentindo. – Me diga algo que você queira.

- Como assim? – ela perguntou sem entender, mas sem deixar de dar pequenos beijos pelo rosto dele.

- Diga algo que você queira. – falou olhando diretamente nos olhos dela.

- O que eu quero? – ela repetiu a pergunta dele, com os olhos apertados em diversão. – Qualquer coisa? - Ele confirmou com a cabeça, encantado com o azul puro dos olhos dela. – Eu quero o mundo. – eles riram.

- Considere feito. – ele afirmou sorrindo para ela, que caiu para trás na grama, rindo gostosamente. Por ela, ele pensou, por ela ele daria o mundo.


n/a: brega, brega, brega, eu sei, mas eu ando meio brega então não resisti e tive que postar isso *-*