Autora: quothme (she owns all the merit)

Tradutora: Larissa (L.2303)

Todos os personagens pertencem à Stephanie Meyer, só estou treinando meu inglês :D

Capítulo 10

Edward me levou de volta para a civilização, para o lar, para casa.

Enquanto voltávamos, estávamos descaradamente encarando uns aos outros. Bem, eu estava descaradamente encarando Edward. Ele estava roubando constantes olhares em minha direção enquanto tentava o seu melhor para não nos bater nas árvores.

Ele olhou meu rosto, meu pescoço, meus pés.

Estava grata que ele não havia olhado meu peito.

Edward era um cavalheiro.

Em meu quarto, ele viu uma foto minha e de Mike. Se eu pudesse ter previsto que Edward iria parar pra uma visita, eu teria exorcizado o lugar. Havia fotos constrangedoras de mim de todos os tipos aqui. Sem mencionar a roupa íntima suja jogada.

Mas Edward estava focado na foto. "Pensei que ele fosse mais alto."

"Nah, ele é típico gordinho."

Edward deu um passo para mais perto e me mostrou uma foto dele e de Tanya que ele mantinha em sua carteira.

"Pensei que ela fosse loira."

"Ela é, na verdade. Uma loira morango. Mas eu a disse uma vez, há um longo tempo atrás quando nós dois nos conhecemos, que eu preferia morenas. Ela foi pro salão no dia seguinte."

Huh.

Nós nunca havíamos discutido as preferências físicas de Edward. Teria chegado muito perto de quebrar as regras. Olhei para baixo para a imagem de Edward, a única que eu já havia visto.

Eu preferia o ver na vida real.

"Acontece que, eu sou morena," falei,

"Acredite em mim, eu notei."

Edward meteu a foto de volta em sua carteira, mas ele continuou inclinado, como se ainda estivesse me mostrando a foto.

Ele disse, "Eu gostaria de fazer uma coisa."

Seu bafo quente fez cócegas em minha orelha.

Ele disse, "Uma coisa que quis fazer desde o primeiro momento em que falei com você. E certamente desde o primeiro momento em que te vi."

Seu bafo quente estava fazendo minha cabeça girar.

De um jeito bom.

Eu corei.

"Deus," ele sussurrou. "Você não sabe como é bom poder ser capaz de ver você fazer isso. Me perguntava se você era o tipo de pessoa que corava."

Ele traçou minha bochecha levemente com um dedo, o que me fez inflamar ainda mais.

"Sim, eu sou do tipo que cora." Não pude encontrar seus olhos. Seus lindos olhos verdes.

Se eu olhasse para eles agora, provavelmente explodiria.

De um jeito bom.

"Eu também, na verdade."

Agora que olhei para cima assustada, vi que ele estava certo – suas bochechas pareciam como duas maçãs brilhantes.

Eu sempre tinha me perguntado se ele era o tipo de pessoa que corava.

Estava tão feliz que ele era. O fazia parecer mais humano. Se ele não corasse, você poderia confundi-lo com uma estátua de porcelana de um deus.

Ele corando, tirava meu fôlego.

Eu me sentia como se pudesse afetá-lo, esse lindo, maravilhoso deus.

Ele estava olhando para mim como se soubesse exatamente como eu me sentia.

Mas se ele pensava que eu era uma deusa, nós teríamos que ter uma discussão muito séria sobre sua visão.

Por agora, me levantei nas pontas de dedos dope. Coloquei minha mão direita em seu amplo ombro esquerdo e minha mão esquerda no seu direito. Me inclinei para ele, muito perto, e pressionei o menor dos beijos contra seu rubor, primeiro em sua bochecha esquerda, depois na sua direita.

Me afastei, muito ligeiramente, até que nossos narizes estivessem se tocando. Gentilmente, cutuquei sua narina direita com a minha esquerda, e sua narina esquerda com a minha direita.

Seus olhos, aqueles lindos olhos verdes, estavam olhando diretamente nos meus, e eles querendo e necessitados e prestes a tomar.

Eu simultaneamente explodi e derreti.

De um jeito bom.

"Eu posso, por favor, te beijar agora?" ele disse, e eu nunca havia ouvido um tom tão áspero em sua voz antes. Provavelmente porque ele nunca esteve prestes a me beijar antes.

Edward estava prestes a me beijar.

E então Edward estava me beijando.

Ele estava me beijando, e entre os beijos, estava dizendo coisas para mim. Tomou-me um tempo antes que eu pudesse entender as palavras, qualquer palavra. Tomou-me um tempo porque cada nervo em meu corpo estava em chamas. Acho que eu estava prestes a desmaiar.

De um jeito bom.

"Acabei de fazer 30," ele estava dizendo.

Seus lábios descobriram a pele exposta de meu pescoço.

"Nasci em Chicago," ele disse.

Seus lábios sugaram o lóbulo de minha orelha.

"Eu sou bancário," ele disse.

Seus lábios se fundiram aos meus como se tivessem sido feitos para mim.

"E eu te amo," ele disse.

Seus lábios me mostraram o quanto.

Seus quentes, fortes braços eram as únicas coisas que estavam me segurando direito. Então ele separou seus lábios e inclinou sua testa para baixo até que estivesse tocando a minha.

"Sua vez," ele sussurrou em meus lábios partidos, e estava certo. Era a minha vez de quebrar todas as nossas regras. Eu comecei com vigor, me inclinando para frente e correndo minha língua ao longo de seus dentes superiores, que tinha o leve gosto de menta e canela. Minha língua encontrou uma leve protuberância em um de seus dentes, e eu explorei essa anomalia por um momento.

Senti seus joelhos se enfraquecerem, e era minha vez de segurá-lo firme.

"Farei 29 em setembro," falei.

Meus lábios sugaram seu dente errante.

"Nasci em Forks," falei.

Meus lábios exploraram sua mandíbula ridiculamente grande.

"Eu trabalho com marketing," falei.

Meus lábios saborearam a pele de seu pescoço.

"E eu te amo," falei.

Meus lábios, minhas mãos e meu corpo inteiro o mostraram quanto.

Por um longo, longo tempo.

Tudo muito bem até a hora em que ouvi a batida da porta do carro de Charlie. Edward ouviu também, e nós dois congelamos.

A esse ponto, nós havíamos migrado para a cama. Olhamos ao redor, confusos, e vimos que ele estava sem camisa, minha blusa e jeans estavam desabotoados pela metade, e ele estava sem um tênis e uma meia. No mesmo pé, felizmente. Olhei seu delicado peito do pé, que ele estava flexionando nervosamente.

Deveria me incomodar que seus pés eram mais bonitos que os meus?

"Bella?" Charlie chamou. "De quem é esse carro na garagem?"

Em nossa pressa para sairmos da cama, tropeçamos uns nos outros e caímos no chão.

Edward bateu sua mão contra sua testa em um gesto para aw, merda.

"Bella?" Charlie chamou de novo, e eu sei que ele estava parado no pé da escada, espreitando. Provavelmente estava se perguntando por que eu estava tendo um espasmo no chão de meu quarto.

"Aham, pai. É o carro de Edward."

Como se isso explicasse muita coisa.

"Edward quem?"

"Edward Cullen," eu disse, sorrindo orgulhosamente para Edward. Estava orgulhosa porque, se Charlie tivesse perguntado para mim ontem, eu não saberia.

Eu só o teria dito que o sobrenome de Edward era Cludel (que rima com noodle).

"Quem diabos é Edward Cullen?"

Edward e eu rimos um para o outro.

"Acho que você não disse sobre minha fama," ele sussurrou enquanto se arrastava ao redor do chão procurando sua meia perdida.

"Você disse sobre a minha fama?" revidei enquanto abotoava meus jeans.

"Touché." Ele disse, puxando sua meia errante debaixo da cama.

Enquanto eu olhava para a deliciosa bunda de Edward, gritei para Charlie, "Descerei em um segundo para introduzir Edward."

É claro que a traseira de Edward era excelente; quando criança ele aparentemente foi abençoado. Inferno, a benção provavelmente se espalhou para cada um de seus poros.

Era estranho que eu estivesse com inveja de tanta benção?

Charlie rosnou algo que não pude ouvir muito bem, e então ouvi suas botas se encaminhando para seu quarto. Esperançosamente ele vai ter tirado seu uniforme quando Edward fosse vê-lo pela primeira vez. Sei quão intimidante Charlie poderia ser em seu uniforme.

Antes que nos dirigíssemos escada a baixo, olhamos um para o outro muito cuidadosamente para garantir que todos os botões estavam fechados e todas as camisas estavam para fora e que nenhum tecido estivesse pegando no zíper. Notei que a meia de Edward estava no avesso, mas duvidava que Charlie notasse. Ao contrário de mim, a maioria das pessoas não olhava para os pés.

Nós levantamos nossos dedões um para o outro.

Dei uma última olhada no espelho de minha penteadeira, só para ter certeza.

E então chequei mais uma vez.

"Você levantou seus dedões para isso?" sibilei, freneticamente tentando alisar meu cabelo de onde Edward podia ter ficado um pouco superzeloso em correr suas mãos. Não havia muito que eu pudesse fazer sobre minhas bochechas vermelhas ou olhos brilhantes, embora.

"Desculpe, acho que fiquei distraído pelos seus seios e me esqueci de olhar para cima."

Ele não parecia arrependido.

Chequei mais uma vez seu cabelo e decidi que não parecia mais cabelo de sexo do que quando ele havia chegado aqui. Algo me dizia que seu cabelo só era meio que assim mesmo.

E eu meio que gostava daquele cabelo. Muito.

Agarrei uma das mãos de Edward e puxei-o para baixo.

Quando chegamos, soltei sua mão, e nós ficamos desconfortavelmente na sala de estar enquanto esperávamos por Charlie emergir de sua caverna.

Eu estava mais nervosa do que Edward, e isso era estranho porque Edward era o único prestes a conhecer o pai de sua namorada pela primeira vez. Talvez ele não estivesse nervoso porque ainda não havia visto a arma de Charlie.

Isso porque ela estava pendurada na parede atrás dele. Percebi que estava apontando diretamente para traseira de sua cabeça.

Quando Charlie finalmente entrou no aposento, vestido felizmente em um simples xadrez, Edward não perdeu tempo em dar um passo para frente e se introduzir.

"Eu sou Edward Cullen," ele disse, agarrando a mão de Charlie, "e eu gostaria de casar com a sua filha."

Meu coração parou, e só consegui olhar para Charlie.

"Oi, Edward," Charlie secamente reconheceu a primeira parte da sentença de Edward, e então olhou para mim.

"Você está sorrindo de novo," ele disse, e eu totalmente estava. Estava lá com um sorriso tão grande em meu rosto que tinha medo de que seu peso fosse se plantar em meu rosto.

Estava sendo um daqueles dias.

Você sabe, um daqueles dias em que o amor da sua vida que você pensava que havia perdido para sempre por causa da Santa Maria de namorada grávida dele, volta em sua vida e te diz que sua namorada na verdade é uma bruxa – e uma mentirosa e puta – e então te beija apaixonadamente e sem sentido enquanto pela primeira vez te diz simultaneamente quantos anos ele tem, o que faz para viver, e onde nasceu.

Sim.

Um daqueles dias.

"Você está sorrindo," Charlie me disse, "e você estava sorrindo hoje de manhã. Ambos os sorrisos tem algo a ver com esse Edward aqui?"

"Tem. Absolutamente tem."

Charlie se virou de volta para Edward. "Então você tem minha benção. Qualquer homem que pode fazer minha filha sorrir assim é um homem que quero na vida dela."

"Obrigado senhor," Edward disse, mas ele estava olhando para mim.

Seus olhos, eles estavam dizendo, Quer se casar comigo?

E meus olhos, eles estavam respondendo, Sim, sim, sim, pelo amor de Deus, sim.

Dentro de seis meses, estávamos casados. Aparentemente, ambos tínhamos convivência em longo prazo o suficiente. Ajudava o fato de que ambos sabíamos, sem uma sombra de dúvidas, que o outro é o "o único."

Passamos meses antes do casamento nos conhecendo melhor, combinando nossos respectivos trejeitos físicos aos nossos vocais. Memorizando nossas aparências quando estávamos rindo, quando estávamos franzindo, quando estávamos expressando as inúmeras expressões que havíamos somente ouvido os outros expressarem.

Edward me disse que, se ele tivesse me visto antes que nos falássemos, ele teria ficado intimidado demais para ir falar comigo.

Bufei, "Então foi uma boa coisa que você começou a aleatoriamente discar números de telefone numa terça-feira à noite."

"Só um número," ele disse. "O único número que importava."

Franzi. "Você só discou um número?"

"Sim." Edward mudou sua posição em minha cama para que ele pudesse olhar meu rosto. Estávamos abraçados. Fazíamos bom uso de minha cama quando Charlie não estava em casa.

"Você sabe quais são as possibilidade de achar sua alma gêmea discando um único número de telefone?"

"Eu sou bancário, não uma calculadora," ele disse.

"Mas, se eu tivesse que adivinhar," ele disse, "Diria que as possibilidades são aproximadamente de 3720 a um."

Estreitei meus olhos para ele.

"Essa citação é de Star Wars, não é?"

Ele assentiu e sorriu para mim, deliciado.

Edward era um geek por saber aquela citação palavra-por-palavra.

E eu também o era por reconhecê-la.

Mais tarde, soube a história real por trás de sua segunda personalidade, Andrew Cludel.

"Eu peguei o Andrew," falei. "Mas não entendi o Cludel."

Ele sorriu travessamente.

"É na verdade todas as letras do meu nome misturadas."

Pisquei.

Puta merda, Edward era Lorde Voldemort.

Bem, eu estava perto. Ele tinha puxado a Voldemort, pelo menos.

Reorganizando, as letras de Andrew Cludel formavam Edward Cullen.

Edward era um geek.

Mas ele era o meu geek.

Ao longo dos próximos seis meses, descobri tudo sobre Edward (e Andrew) que eu possivelmente poderia. Conheci seus dois irmãos (Alice e Emmett), seus pais (Carlisle e Esme), e seu melhor amigo (Jasper).

Quando fomos apresentados, Jasper beijou minha mão e deu uma piscadela. Assumi que foi porque Edward o disse que eu achava sua foto no Facebook quente.

Ao longo dos próximos seis meses, perguntei a Edward qualquer e todas as perguntas, e ele me perguntou as suas em retorno. Não havia regras, não mais, e isso era com o que se parecia a liberdade.

Isso era como se parecia o amor.

Um mês antes de nosso casamento, Edward disse, "O que você acha de eu comprar a casa Masen?"

Quase não pude pensar por ter gostado tanto da ideia.

"Sim, por favor."

Pensei sobre todos os dias que podíamos passar despejando nossa vida e amor naquela linda e velha casa. Pensei sobre todas as noites que podíamos passar a continuar nos conhecer – tanto mentalmente quanto fisicamente.

Casamos, e fizemos justamente isso.

Edward me deu muitas massagens nos pés.

E nós fazíamos... outras coisas.

Algumas vezes, eu acidentalmente gritava "Drew!" quando Edward me fazia chegar ao ápice.

E então eu ficava embaraçada, mas Edward sempre falava algo como, "Não fique assim. Eu acho sexy o fato de você estar apaixonada com meus dois eu. O Edward real e minha segunda personalidade Andrew. É como se eu fosse o Super-Homem, num triângulo amoroso comigo mesmo."

E sua mente se encanta com sua própria grandiosidade nerd e eu só rio e puxo-o para baixo para outro beijo acalorado.

Edward era meu herói mil vezes, então eu estava perfeitamente bem com ele pensando que era o Super-Homem. Estava perfeitamente feliz em ser sua audaciosa Lois Lane.

Eventualmente, acho que sei tudo sobre Edward, mas eu não o faço. Não ainda. Não podia ter possivelmente aprendido tudo que havia para se aprender sobre esse gloriosamente lindo, gentil, atencioso homem que eu tinha o privilégio de chamar de meu marido. Mas tinha o resto de nossas vidas para aprender tudo que havia para se aprender sobre Edward Cullen – um detalhe, um gesto, um sorriso de cada vez.

De algum jeito, achamos nossos felizes para sempre, e começou com uma simples ligação de telefone para um estranho.

Você pode pensar que nós havíamos sido muito, muito, muito sortudos, mas eu não acredito mais em sorte.

Eu acredito no amor.

Fim


Bom, meu trabalho acabou aqui. Espero que tenham gostado do final e da fic, principalmente. Obrigada pelas reviews e por terem me acompanhado até agora x3

Em breve (em torno de alguns dias) vou postar uma one-shot super massa que to traduzindo, então fiquem atentos (: