Desde criança, escuto dizerem por aí que tudo tem seus dois lados. Se você escolhe comprar a bonequinha loira, é porque você deixou de lado a morena e segue, inconscientemente, o padrão de beleza que é imposto desde Marylin. Se você prefere ir ao parquinho, isso significa perder o filme da tarde. Se você favorece o picolé de chocolate em relação ao de brigadeiro, quer dizer que você vai passar mais vinte e quatro horas sem esse último. Se você quiser ser a garota estudiosa da escola, você ganha um pouco de exclusão pelas boas notas, e se você desejar ser a garota líder de torcida que pega o cara de futebol, isso significa ser burra como uma porta.

E, se você escolhe namorar a merda do cara londrino mais cafajeste da história, você, irremediavelmente, vai ser chutada em troca de dois meses de sexo à noite em dias úteis e, tipo assim, 48 horas por fim de semana.

Faz parte. Sempre fez parte.

Assim como a escolha da vida das garotas que foram chutadas. Duas opções são apresentadas: renovar o estoque de chocolate, fechar a janela para ouvir a chuva bater no vidro – e, claro, não deixar seu tapete persa que custou um ano de trabalho duro estragar – se enrolar no cobertor e variar entre o ouvir uma música de amor ou ver um filme de drama, de preferência aqueles em que um dos principais tem câncer e morre quando os dois descobrem a beleza da vida.

Ou, claro, você pode respirar fundo, dizer a si mesma que aquele 'Cara, desculpa, mas eu preciso de mais' não era algo pessoal e pensar que não, ele não é o único cara da face da Terra. Aí, você toma um banho, seca o cabelo e faz algumas ondinhas bonitinhas, realça os olhos com lápis preto e coloca sua roupa e sua lingerie mais sexy e sai para a balada.

Essa seria minha rotina de sextas e sábados à noite até que eu conhecesse um cara um pouco menos cafajeste e tão bom na cama quanto meu ex.

OoOoOoOoOoOoOoOoOoOoO

Novo projeto, nova fic. Espero que gostem da minha primeira experiência fora do universo de Hogwarts *-*

PS: Não sei se vocês gostam dele, se já leram um livro dele. Saramago não estava na lista dos meus autores favoritos, mas eu queria poder fazer mais por ele que uma ou duas linhas de homenagem pelo grande feito que ele fez à Literatura.