What Hurts The Most

I can take the rain on the roof of this empty house,

(Eu posso tirar toda a água da chuva do teto dessa casa vazia,)

That don't bother me

(isso não me incomoda)

Eu nunca fora daquelas pessoas que me apaixonava facilmente, costumava dizer que seria impossível que alguém pudesse "fisgar-me" por assim dizer, mal sabia que eu que tu tinhas esse poder. Mas, quando descobri-me apaixonado por ti, ah como me recusei a aceitar... Inventei diversas desculpas, diversas mentiras.

I can take a few tears now and then and just let them out

(Eu posso tirar algumas lágrimas agora e então depois deixá-las rolar)

I'm not afraid to cry

(Eu não tenho medo de chorar)

Éramos apenas estudantes, desentendidos, nada sabíamos sobre a vida, ou sobre o que estava por vir. Se eu pudesse prever o que te aconteceria, diria tudo o que não disse, superaria meu orgulho. Sim, eu não lhe disse nada sobre meu amor porque era orgulhoso, e tu não sabes como me arrependi... Oh, o arrependimento, sentimento cruel e avassalador, faz-nos sofrer, faz-nos imaginar como teria sido se tivéssemos feito diferente.

Every once in a while even though going on with you gone still upsets me

(E toda vez por um tempo mesmo pensando em que você se foi você ainda me chateia)

There are days

(E há dias)

Every now and again I pretend I'm okay but that's not what gets me

(Agora mesmo e novamente eu finjo que estou bem, mas isso não é o que acontece comigo)

Se eu não tivesse sido tão idiota, suponho que teríamos ficado juntos, talvez até, para sempre. Mas, eu e meu maldito orgulho ficamos em silêncio, um silêncio inquebrável e insuportável.

What hurts the most, was being so close

(O que machuca mais era estar tão perto)

And having so much to say

(E ter tanto pra dizer)

And watching you walk away

(E ver você partindo)

Aproximamos-nos, já que nossos melhores amigos estavam – finalmente – namorando. Começamos uma amizade, e assim meu amor por ti só aumentou, dilacerando-me aos poucos, fazendo-me apenas admirar-te mais, e mais. Oh, Marlene, porque tu faz isso comigo?

Never knowing, what could have been

(Nunca sabendo, o que poderia ter sido)

And not seeing that loving you

(E não vendo que amar você)

Is what I was trying to do

(Era o que eu tentava fazer)

Cada vez mais próximos, até que era inevitável, era impossível negar ou esconder, estávamos apaixonados, eu mais do que já estava e tu, suponho, amando-me pelo que finalmente soube o que eu realmente era. Não nos demoramos a assumir este amor, mas eu, sem realmente lhe dizer a verdade. Tu me dizias "Eu te amo" e eu apenas respondia "Idem", oh, tolice! Agora penso o quanto era tolo, por que não lhe disse a verdade? Agora, sim, agora é tarde demais.

It's hard to deal with the pain of losing you everywhere I go

(É difícil de lidar com a dor de perder você em todo lugar que eu vou)

But I'm doing it

(Mas eu estou fazendo isso)

It's hard to force that smile when I see our old friends and I'm alone

(É difícil forçar aquele sorriso quando eu vejo nossos velhos amigos e eu estou sozinho)

Logo, acabamos nossos estudos, ainda estávamos juntos, apesar das inúmeras brigas e desavenças, dos ataques de ciúmes de ambos, de cada coisa insignificante que fazia-nos discutir, magoar. E começamos a viver como adultos, descobrimos o quanto era difícil, a quantidade de coisas novas com que se lidar, a independência.

A guerra aumentava, o nosso mundo não era mais seguro. Tínhamos que fazer algo. Decidimos juntar-nos a Ordem da Fênix, para ajudar a combater as artes proibidas, e se eu soubesse o que iria te acontecer, eu nunca teria permitido isso, Lene, nunca.

Still harder getting up, getting dressed, living with this regret

(Continua difícil levantar, me vestir, viver com esse arrependimento)

But I know if I could do it over

(Mas eu sei, se eu pudesse fazer isto novamente)

I would trade, give away all the words that I saved in my heart that I left unspoken

(Eu negociaria, diria todas as palavras que eu guardei em meu coração que eu nunca disse)

Nossas vidas estavam corridas, não tínhamos mais tempo para nós, vivíamos para a guerra, para combatê-la. Até um dia, particularmente calmo - fazia tempo que não havia dias assim - nós não fomos chamados para nenhuma missão pela Ordem, não havia tumulto... Passamos à tarde juntos, como há tempos não fazíamos. Chegou à noite, e tu disseste que tinha de voltar para casa e eu concordei, tu aparatou e mal sabia eu que está seria a última vez que te veria fazendo isso.

What hurts the most, was being so close

(O que machuca mais era estar tão perto)

And having so much to say

(E ter tanto pra dizer)

And watching you walk away

(E ver você partindo)

Never knowing, what could have been

(Nunca sabendo, o que poderia ter sido)

And not seeing that loving you

(E não vendo que amar você)

Is what I was trying to do

(Era o que eu tentava fazer)

No dia seguinte, fui até a casa que tu moravas, junto de seus pais. Assim, que saíste da minha casa ontem, tomei uma decisão, iria pedi-la em casamento, estava na hora, iria finalmente declarar-te meu amor, dizer-lhe pela primeira vez o tão esperado "eu te amo". Quando cheguei, bati na porta e não escutei resposta, bati novamente e novamente e... Nada. Decidi entrar, a porta estava aberta. Um caos, era tudo o que eu podia ver, tudo jogado para alto, como se um furacão tivesse passado por lá, derramando sangue, muito sangue. Foi aí que te vi...

What hurts the most, was being so close

(O que machuca mais era estar tão perto)

And having so much to say

(E ter tanto pra dizer)

And watching you walk away

(E ver você partindo)

Oh amor, como estavas ferida, corri até tu. E cheguei perto de ti, não querendo acreditar no que meus olhos estavam me mostrando, tu não podias ter morrido, oh não.

- Si-rius – tu sussurraste, lenta e pausadamente, como se custasse muito a ti falar.

- Não fale nada, amor – eu lhe disse, colocando meu dedo sobre seus lábios, que antes tão vermelhos, agora estavam pálidos, secos. – Vou levar-te até o hospital, não se preocupe tu ficarás bem...

- Não – tu murmuraste.

- Vamos, Marlene, não complique.

- Não, Sirius... Apenas, fique... a-aqui comigo

- Mas...

- Não, não irá adiantar, chegou a minha hora.

Não pude conter as minhas lágrimas e tu suspiraste ao senti-las caindo em seu rosto, suspiro que eu nunca mais iria ouvir, pois aquele fora o último. Tu fechaste os teus lindos olhos devagarzinho, sorrindo levemente, e com um último ofego, tu me deixastes... Para sempre.

- Eu te amo, Lene – eu lhe disse, tarde demais.

Never knowing, what could have been

(Nunca sabendo, o que poderia ter sido)

And not seeing that loving you

(E não vendo que amar você)

Is what I was trying to do

(Era o que eu tentava fazer)

Quanto tempo perdi, podia ter aceitado te amar desde o começo, podia ter lhe dito "te amo" milhares de vezes, mas não. O arrependimento me sufoca, me mata aos poucos, estou dilacerando, Lene! Sem ti minha vida não tem sentido, não tem razão. Volte para mim, deixe-me dizer-lhe o quanto te amo, deixe-me te beijar mais uma vez, deixe-me viver contigo de novo, amor. Agora, tenho que fingir, fingir estar superando a tua perda, fingir que está tudo bem quando eu me sinto como se tivessem arrancado meu coração com uma faca lenta e dolorosamente. Presumo que sempre me sentirei assim, como se parte de mim não estivesse mais aqui, sempre estarei incompleto, amor, sem ti é assim que me sinto.

Marlene Mckinnon, saibas que jamais, aonde quer que esta vida cruel me leve, jamais irei esquecer-te, sempre estarei contigo, em pensamentos. E um dia... Um dia nós iremos nos encontrar novamente.


N/A: Primeira (e última, provavelmente) fic do Six e da Mckinnon. A pedido da Gin, com a música que ela me indicou há poucos dias atrás que é o meu atual vicio, escuto o tempo inteiro. Tomara que gostem *-* Beiijinhos, Lys.

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