-Preciso me apresentar novamente? Então aqui vai. Sou Tom Riddle agora cale a boca e escute.

-Tom Riddle? O que ainda quer aqui? Já não bastou destruir minha vida em milhares de pedaços?

Riddle gargalhou. James o fuzilava com os olhos o quanto podia ou o quanto seu estado físico e mental permitia.

-Sabe, eu nunca esqueci aquela sua frase quando disseram que os seus pais tinha morrido: "Para onde eu vou agora?" Eu ainda me divirto tanto com isso.

-Desgraçado... –James tossiu.

-Você precisa aumentar seu vocabulário Senhor Potter. Os seus xingamentos não são nada originais. Já me chamaram de coisa bem pior.

Ele sorriu.

-Enfermeira! –James gritou. Ele se esticou para pegar o aparelho que chama as enfermeiras, mas Riddle o pegou primeiro.

-Ainda não terminamos de nos falar Senhor Potter.

-Saia daqui. –James falou rispidamente.

-Primeiro. –Riddle sentou-se novamente. –Preciso dar-lhe alguns avisos.

-Saia! –James gritou.

-Não se aproxime de Vih. Ela é como um vírus. Ela te infecta e depois espera que a doença evolua até que, finalmente, ela possa se apossar do seu corpo.

-Você... Você a conhece?

-Claro que sim! Ela viu potencial em mim e me deu um Geass que nem você e seus amigos. E além do mais, quando ela sair da garota que ela está possuindo e passar para mim, farei questão de prender essa garota para... prazeres pessoais. Não me leve a mal, mas essa garota é única e difícil de encontrar. Como uma esmeralda no fundo do mar e em um navio naufragado.

-Seu maníaco desprezível! Como pode ser tão sujo?

-Apenas sendo. –Ele levantou. –E a propósito, essa sua amiga Lily também é uma esmeralda no fundo do mar e em um navio naufragado. Espero que tenha se despedido dela quando ela passou por essas portas, porque foi a última vez que a viu. Eu garantirei que ela venha comigo. –Ele deu um sorriso e saiu pela porta.

-Não... Não! –James tentou se levantar e caiu no chão. Pelo o que tinha notado a bolsa que estava com ele tinha o que ele precisava. A roupa do arqueiro verde.

Uma enfermeira passava pelo quarto ao ouvir um barulho estranho. Abriu a porta e assustou-se. O quarto vazio e as cortinas balançando pelo vento que vinha das janelas abertas.

Lily olhou a rua onde andava. Estava realmente muito deserto e escuro. Diria até que é anormal.

"Eu me pergunto... Se eu me comparo ao uma Lily com raiva." Vih riu.

-Cala boca. –Lily sussurrou. –Eu só tinha te chamado porque era uma emergência. E até parece que você não tava louca pra sair e ajudá-lo.

Lily assustou-se com o som de um carro derrapando no começo da rua.

"Cuidado" Falou Vih.

O carro parou o lado dela. Homens saíram do carro e avançaram para cima dela.

-Droga. –Lily saiu correndo. E correu rápido. E eles atrás.

"Lily eu não posso sair agora. Eu já sai hoje e usei meus poderes e se eu sair de novo eu vou consumir o resto da sua força vital"

-Então estamos mortas. –Lily tropeçou e caiu no chão. Fechou os olhos esperando que a pegassem.

Sentiu algo pegar sua cintura e o chão sumir.

-Vai ficar de olhos fechados até quando?

Ela abriu os olhos.

-Arqueiro verde! –Eles estavam na arvore. Ele a abraçava. –O que faz aqui? Largue-me!

-Então você os prefere a mim? –Ele deu uma risada e se colocou na frente dela.

-Claro que sim! –Ela o abraçou pelas costas.

-Desçam daí! –Gritou um.

James pegou uma flecha pequena e jogou em um deles um pouco acima do coração fazendo que o mesmo desmaiasse.

-Oh, Meu Deus! Você o matou? –Inquiriu Lily.

-Claro que não. Eu não mato pessoas. Ele apenas ficou paralisado e daqui a alguns minutos voltará ao normal.

-Então faça isso com o outro, porque ele está subindo!

James largou Lily e pulou em cima do homem o jogando no chão. O nocauteou antes mesmo de Lily piscar.

Ele se colocou em pé e virou-se para cima

-Não vai descer?

-Claro que vou é só que… É alto demais. Não sei como você me puxou.

-Vamos lá. Nem é tão alto assim!

-Você é praticamente um macaco! Não conta.

-Quer ajuda ou não?

-Eu desço sozinha. –Ela parou avaliando a queda. Antes que ela percebesse ele se pendurou e parou ao lado dela.

-Vamos.

-Hã? –Ele a colocou no colo. –Não! Espera! Coloque-me no chão. Não preciso de sua ajuda, arqueiro.

Ele revirou os olhos.

-Sim, senhorita. Eu a colocarei no chão. –Ele deu um pulo em direção ao chão. Vacilou um pouco. Ele havia esquecido que ainda estava machucado e principalmente que ela não sabia quem ele era.

Mas tudo indicava que ela não havia notado nada. Nada mesmo.

Ele riu ao olhá-la. Parecia uma gata assustada. Encolheu-se toda e cravou suas unhas em seus ombros.

-Você está bem? Senhorita Evans?

-Eu estou… - Mas ela ainda não havia saído daquela posição.

Ele a movimentou e a colocou em suas costas. "Escalou" a parede e começou a andar por cima das casas.

-O que…? Como assim? Você não tem nenhum carro ou outra coisa que não envolva altura…? –Ela olhou para baixo e quase vomitou. Então afundou seu rosto na nuca dele. Isso lhe causou arrepios na nuca. Ele apenas sorriu e continuou a andar.

Em poucos minutos já estavam na varanda da casa dela.

-Já pode descer. Estamos a salvo.

-Não consigo… - A voz dela saiu abafada e chorosa.

Ele suspirou (Para não ter um ataque de risos, aliás, onde estava a menina "invencível" ?)

Ele abriu a porta de vidro e a colocou na cama. Estava prestes a siar antes que ela começasse a fazer perguntas, mas havia se esforçado demais. Dali ele não conseguiria sair sem desmaiar. A questão era: Seria melhor ela descobrir ou qualquer um descobrir?

-Droga… -Ele suspirou ainda tonto e sentou-se ao lado dela na cama.

Finalmente ela recobrou a consciência e percebeu algo… Estava sozinha com o Arqueiro Verde no quarto dela.

-Saia. –Ela se virou para ele ainda sem sair da cama.

-Importa-se se eu ficar? Tive um dia muito cheio hoje e um acidente. E depois de tudo tive que ir te salvar.

-Espera. Como sabia meu nome, meu endereço e que eu ia ser atacada?

-Eu… -A voz dele falhou. Estava quase desmaiando. –Eu sinto muito, Lils.

E caiu em seu colo.

-Lils…? –Então tudo veio com um estalo em sua mente.

Era por isso que Vih sempre ficava quieta e sem fazer enxame de perigo perto dele. Por isso que tentava, mas não conseguia ter raiva desse arqueiro.

Ele era James.

O colocou deitado na cama. Tirou a blusa de couro e viu os ferimentos causados hoje.

-Oh, James…

E finalmente tirou os óculos escuros. Era sim o James.

-Lily?

Ela ouviu sua mãe chamar da cozinha.

Correu para o quarto do pai e pegou uma calça de moletom dele e um casaco. Não se importavam de vê-lo ali com ela, mas não poderiam ver a roupa de arqueiro.

Ela teria fechado os olhos, mas não havia tempo. O trocou rápido e apenas olhando de relance seu corpo.

O deitou novamente na cama. E correu lá para a cozinha.

-Filha! Eu nem vi que tinha chegado. Voltamos hospital quase agora. Vocês tinham sido seqüestrados. Que história é essa?

-Você esta bem? –Seu pai o abraçou.

-Sim, eu estou. Mas meu amigo foi o qual se machucou mais. Eletrocutado. Não havia ninguém na casa dele então eu o trouxe para descansar aqui. Importam-se? Ele está no meu quarto.

-Claro que não. Mas tenham juízo. Estou a um passo do quarto de vocês.

-Sim, papai.

Ela correu de volta para o quarto. Ele dormia feito um anjo. Parecia até um.

Eu também gosto dele. Mais do que imagina, Lily.

Vih? –Perguntou Lily em voz alta.

Gosto tanto dele que… Dei-lhe um presente.

-Não. –Ela o virou e olhou em sua nuca. A marca do Geass.

-Por quê? Por que ele? Justamente ele?

Você sabe que o hospedeiro, ou seja, você tem que ter uma criança cada vez mais esplêndida. Você é minha hospedeira por ser filha de sua mãe. Ela não conseguia me ouvir ou ser controlada, mas com o gene especifico do seu pai você foi capaz disso. Então dessa vez eu escolherei o seu parceiro para que sua filha, minha próxima hospedeira seja completamente capaz de tudo que eu possa oferecer.

-Então é genético? E o que ele tem haver com isso?

Sim. Eu fui morta uma vez e para me salvar, meu marido transportou minha alma para a mulher mais próxima. Sua tataravó. E James será o escolhido para ter essa criança.

-E o que vai acontecer com essa garota?

Ser meu novo corpo.

Lily paralisou. Isso não aconteceria.

É inevitável. Você seria a escolhida, mas não provou muita coisa. Na hora que conseguir tirar o Geass de alguém sem estar na minha forma ai eu saberei que você é quem eu procuro.

Esquecendo-se de seus pais deitou-se no peito de James e chorou.

-Dane-se.

Ela ligou para Sirius e pediu o numero da casa do James e ligou para os tios dele e pediu que viessem buscá-lo.

James acordou às 6 da manhã confuso. Lembrava-se de estar na casa da Lily.

Chegou no colégio ainda confuso. Não encontrava a roupa do arqueiro.

-James?

Ele se virou encontrando Lily. Ficou calado.

Ela olhou para os lados e o empurrou para o depósito do colégio. Escuro demais… Ele pensou. Quando se virou novamente ela se jogou em seus braços.

-Por que não me contou? Você era o arqueiro esse tempo todo e ficou calado me ouvindo falar coisas horríveis dele… -Ela começou a chorar.

-E você não me odeia mais?

-Não, porque eu sei que o objetivo dele é bom que ele é a pessoa mais honesta e fofa que eu conheci em toda minha vida.

-Fofa?

Ela corou furiosamente.

-Me desculpa. –Ela roubou-lhe um beijo.

Eu tinha colocado esse capítulo junto com o resto. Não sei se haviam notado no outro capítulo ou se ficaram com raiva de mim e não mandaram reviews. Nem sei se ainda vão ler isso ou mandar review. Mas vou cumprir com o meu dever e postar.

Bjin, feliz Natal e Ano novo!