Disclaimer: Harry Potter, personagens e lugares, são propriedade de J.K. Rowling, Warner Bros., Scholastic, Bloomsbury e Rocco. Esta história não tem fins lucrativos. Plágio é crime. Não copie sem autorização do autor.

Autor: Innis Winter
Título:
Just it.
Sinopse:
e aquela risada era tudo o que ele precisava naquele momento.
Ship:
Draco/Hermione (na verdade é meio gen...)
Gênero:
Geral / uma espécie de Friendship
Classificação: K
Spoilers:
7
Observação: talvez pudesse acontecer alguns anos depois da guerra...

N/A: essa fic saiu enquanto eu estava pensando no que escrever para o II Challenge DHr da sessão Draco/Hermione do seisvê. Foi inspirada em uma das figuras que serviam de itens para o chall (obrigada, Deh!^^), nas sugestões da Camiss (obrigada, flor!^^), e na lindíssima 3055 (obrigada, Ólafur Arnalds!!!^^).


Just it


Não era, definitivamente, um dia importante. A vida de Draco estava mesmo muito monótona naquele ano. Naqueles anos, na verdade. Ir para o ministério, ficar atrás de uma mesa todo o dia, tomar mais copos de café do que o permitido pelos médicos, voltar para casa, dormir, e então acordar, ir para o ministério, e repetir toda essa ladinha de novo e de novo e de novo. Todo dia. Todo dia.

Mas pelo menos chovia, o que já era alguma mudança de cenário no meio de toda aquela cansativa primavera-quase-verão.

Draco passou em uma cafeteria trouxa e comprou um copo de café expresso puro duplo, bem quente, e pensou que aquilo talvez o matasse um dia, mas não conseguiu dirigir mais muitos pensamentos para sua futura morte precoce. Tinha muitos relatórios em que pensar, e precisava equilibrar um copo de café duplo, uma valise pesada e um guarda-chuva enquanto buscava nos bolsos do paletó o pedaço de pergaminho em que havia anotado a senha da cabine telefônica que dava acesso ao Ministério da Magia – e isso talvez explicasse porque todas essas coisas foram ao chão em questão de segundos.

A mulher em que esbarrara (uma moça elegante, de sobretudo marrom, saia até os joelhos e sapatos de salto alto) caiu na calçada com um estrondo doloroso, e a sua bolsa rolou por meio metro antes de parar, deixando exposta uma variedade de objetos interessantes. Mas não foram os objetos que lhe chamaram a atenção, não: a mulher ria, e esta é uma sentença que precisa ser repetida. A mulher ria, ria de gargalhar, ria por estar toda ensopada, ria por ter derrubado todos os seus pertences, ria por ter caído, ria... E aquela risada era tudo o que Draco precisava naquele momento.

O som de sua voz misturada a dela, suas risadas em harmonia, fizeram a mulher erguer os olhos do chão e encará-lo. Draco reconheceu-a imediatamente, e este reconhecimento o assustou a ponto de calar seu riso.

-Granger?

Hermione Jane Granger, a auror renomada, possuidora de uma reluzente Ordem de Merlin, Primeira Classe, estava ali, aos seus pés, estatelada no chão, rindo tanto que começava a perder o ar.

-Bom dia, Malfoy!

E assim, com toda essa simplicidade, com toda essa alegria que nunca, nunca, estivera ali, Granger se ajoelhou na calçada e recolheu seus pertences. E era como se eles nunca tivessem se conhecido no colégio, se odiado, quase se matado, como se nunca tivessem estado em lados diferentes da mesma escola, da mesma guerra, do mesmo planeta. Como se não estivessem em lados diferentes agora, ela em seu belíssimo escritório de luxo, e ele em uma repartição suja no canto mais escuro do andar.

E talvez, mas só talvez, ela tivesse razão, e isso não importasse.

-Bom dia, Granger.

Isso não importava mesmo.


N/A: simples assim.