Vivendo o presenteestá situada no começo doterceiro livro.

Essa é uma fanfic slash, portanto, em alguns capítulos terá lemon.

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Vivendo o presente

Escrita por Nevilla F.

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Capítulo I – Pouca coisa mudou

O relógio em cima da mesa marcava dez horas da noite em ponto. Em uma cadeira próxima a mesa, sentado de um jeito relaxado estava Remus Lupin. Seu corpo cansado só confirmava o que era possível ver em seu rosto. Sua pele envelhecida por preocupações demais lhe dava mais idade do que possuía. Em seu rosto ainda era possível ver, embaixo de seus olhos amarelados, profundas olheiras arroxeadas. E, olhando mais de perto podia observar algumas cicatrizes. Emoldurando sua face cansada tinha algumas mexas de cabelo âmbar com alguns fios brancos.

Toc, toc, toc.

Alguém batia a sua porta. Remus olhou para o relógio, estava tarde demais para ser algum aluno. Quem seria? Se endireitou na cadeira e disse:

"Entre."

Severus abriu a porta, entrou e a fechou em seguida.

Lupin identificou seu visitante. Isso realmente era uma surpresa. Era sua primeira semana como professor de Hogwarts. Será que Snape veio lhe dar as boas vindas?, pensou Remus, mas riu de seu pensamento. Não era típico de Severus dar boas vindas para alguém, ainda mais para Lupin, que sempre o considerou como um inimigo.

Snape caminhou até o lobisomem, em seguida depositou um cálice em sua mesa. Essa aproximação permitiu Remus observar melhor o outro professor. Ele tinha a mesma aparência de quando ainda eram jovens. A pela macilenta, os cabelos pretos e oleosos pareciam ter o mesmo comprimento de quando Severus era adolescente. Continuava magro e parecia ter crescido um pouco desde que saíram do colégio, o suficiente para ficar mais alto que Remus. Mas uma coisa havia mudado. Snape não parecia mais inseguro de si. Seu andar era duro e imponente.

Severus também observava Lupin com sua expressão de sempre.. Impassível.

"Trouxe a poção Wolfsbane para você." Remus ia dizer alguma coisa, provavelmente iria agradecer, mas Severus não permitiu que falasse. "Saiba que o diretor me pediu pessoalmente para fazê-la. Quero que fique claro que não faço isso por você, Lupin."

Remus estava um pouco confuso. Fora agredido por Snape e nem havia dito nada para isso.

"Entendo, mas obrigado, Severus. Sei que é muito ocupado, agradeço que tenha gasto seu tempo preparando a minha poção. São poucos os que conseguem produzi-la", disse Lupin com um sorriso cansado.

Snape percebeu o sorriso de Remus, aparentemente não gostou, pois falou, em tom ácido:

"Quero que saiba que não sou seu elfo doméstico. Posso fazer a poção, mas não pretendo vir até aqui trazer para você. Essa é a primeira e última vez."

O sorriso desapareceu do rosto de Lupin. Por que diabos esse homem continuava tão amargo?

"Era só isso que tinha para te dizer, Lupin. Venha ao meu escritório amanhã para pegar mais da poção", disse seco e, em seguida, seguiu para a porta.

"Severus, espere...", pediu Lupin se levantando. "Podemos conversar um pouco?"

Snape endureceu suas feições, como se não quisesse nem um pouco conversar, mas se virou e aguardou até que o outro continuasse.

Remus parecia aliviado.

"Sente-se", sugeriu, indicando com a mão uma cadeira desocupada em frente a ele.

Severus ergueu a sobrancelha esquerda e sentou-se em silêncio. Snape agora olhava diretamente nos olhos de Lupin.

Remus percebeu que os olhos do colega foram outra coisa que haviam se modificado. Estavam sem luz alguma, pareciam sem vida. Um pouco constrangido pelo olhar direto de Severus, Lupin falou:

"Esse clima entre nós... Esse clima de rivalidade... Isso não é mais necessário, é? Não somos mais estudantes. Você não acha que poderíamos tentar ter uma relação... Hum... Amistosa?"

Os finos lábios de Snape se torceram num sorriso de deboche.

"Pensa mesmo isso, Lupin? Acha que me esqueci como você e seus queridos amiguinhos me tratavam?" Novamente Severus não permitiu que Remus respondesse, pois cuspiu o resto das palavras. "Saiba que não esqueci e não pretendo esquecer. Quase fui morto por causa de uma das brincadeiras deles e advinha só? Foi você quem quase me matou. Agora...", disse se levantando. "Se era apenas isso que queria me dizer, então a conversa já acabou."

E pela segunda vez na noite Snape se encaminhou em direção a porta. Estava com a mão da maçaneta quando falou:

"Beba logo a sua poção." E saiu pela porta, para em seguida batê-la com força.

Lupin estava um pouco confuso com a reação de Severus. Por que ele não deixa o passado no passado e segue em frente? Remus deu um longo suspiro e disse:

"Pois saiba que lamento muito pela aquela brincadeira, Severus. Eu não sabia que James e Black iriam fazer aquilo. Se eu soubesse jamais teria permitido."

O Gryffindor esticou o braço e pegou o cálice. Experimentou um gole da poção.

"Argh! É tão amargo...", comentou fazendo uma careta.

Olhou para a janela. Avistou o céu bem límpido, sem nuvens, com poucas estrelas e com uma brilhante lua crescente.

"A lua cheia se aproxima...", falou e voltou a olhar para o cálice. Com uma mão apertou o nariz para evitar sentir o cheiro e com a outra virou todo o conteúdo do cálice na boca.

"Horrível", disse e fez outra careta. Remus se levantou, juntou os trabalhos corrigidos dos alunos do primeiro ano e colocou-os em uma pasta para no dia seguinte entregar para eles. Depois, seguiu para seu quarto, onde pretendia dormir um pouco.

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Severus bateu a porta do escritório de Lupin com força ao sair. Na verdade, queria bater em Remus. Como aquele maldito lobo oferecia uma relação amigável? Era muita cara de pau. Ele pensou o quê? Que Snape havia esquecido todo sofrimento, toda humilhação que Lupin e seus amigos o haviam feito passar?

"Não, eu não esqueci e não vou esquecer", comentou sozinho e se encaminhou para o próprio escritório.

Continua?

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