Draco saiu para os jardins, seu passo acelerado. Estava indo para o salão principal quando viu Harry e Diggory andando para uma parte mais afastada do jardim, não lhe passou despercebido que os dois estavam de mãos dadas e aquilo o fez apertar os punhos.

Com a visão alerta, conseguiu ver Harry mais a frente, sentado em um balanço preso em um galho da arvore, seu rosto estava baixo e suas mãos seguravam fracamente a corda grossa, mas podia se ver o ar derrotado.

Draco observou de longe o setimanista se aproximar do moreno e se agachar na frente dele, colocando a mãos em seus joelhos. Eles conversaram por um tempo, e o coração de Draco parou quando ele viu Cedric esticar a mão e acariciar o rosto de Harry, o fazendo encará-lo, eles pareciam sérios e momento estava carregado de emoção. Então Cedric se sentou sobre os calcanhares e falou algo com uma expressão serena, então para a surpresa de Draco, Harry se jogou contra o castanho, fazendo com que caíssem sobre o gramado fofo.

De alguma forma aquilo não agradou nem um pouco Draco, ver Harry ali, com o corpo em cima do outro, o rosto enterrado em seu pescoço, o outro abraçando sua cintura. Achando que não podia ficar pior, Draco viu Harry afastar a cabeça para encarar Cedrice, e então, eles se beijaram.

O ar não entrou mais nos pulmões de Draco, seu cérebro ainda não processando corretamente o acontecimento. O aperto em seu peito chegou a doer, e o ar entrou com dificuldade em seus pulmões, por um momento pensou em interromper, dois alunos se beijando daquele jeito no jardim não era apropriado, mas não saberia o que faria se visse mais um pouco daquela cena, por isso apenas virou as costas e entrou no castelo.

Era para ele estar feliz não era? Harry estava na idade de se apaixonar, mas Harry ele não estava paixonado por Draco? Ele era jovem estava confuso.

"Eu sou apaixonado por você desde que eu tenho doze anos"

Droga! Droga! Droga! Droga!

Draco bufou, caminhando para seus aposentos, suas atividades anteriores esquecidas.

Como um beijo, entre jovens que deveriam estar fazendo exatamento isso o incomodou? Ele sabia que chegaria o dia que Harry iria se apaixonar e se casar, Draco tinha certeza de se certificar que fosse uma boa pessoa, estaria sempre lá quando Harry sofresse pelas ilusões típicas do amor.

Mas agora, Draco não tinha tanta certeza se conseguiria consolar Harry caso se magoasse com Diggory, o nó em seu estomago se apertou.

Por que ver Harry envolvido com outro homem o incomodava tanto?

O.O.O

Harry se sentou no balanço preso a árvore, segurando as cordas frouxamente.

- Você já se confessou para essa pessoa? – Credic perguntou, jogando sua mochila na grama e se agachando na frente do moreno.

- Sim – murmurou o mais novo, ele não tinha coragem de encarar Cedric.

As mãos deles pousaram em seus joelhos e Harry o encarou.

- É o Sr. Malfoy não é?- Cedric tinha um sorriso gentil e seus olhos brilhavam.

Harry fungou e acenou com a cabeça.

- Desculpe Ced, eu não quero iludir você nem nada, eu só...eu... – ele tentou segurar as lagrimas.

- Shh querido – Cedric se aproximou e acariciou o rosto do moreno, percebendo o quão macia a pele era. – Está tudo bem, eu entendo você. Ei! Olhe pra mim - ele puxou delicadamente o queixo de Harry.

Os dois se encaram por um tempo.

- Eu...- Harry sussurrou - Eu estou com vontade de beijar você, eu estou confuso e magoado, quero estar com você mas não quero te machucar.

A sinceridade de Harry fez o coração de Cedric saltar, então ele sorriu.

- Seria uma honra ser beijado por você Harry.

O moreno sorriu, afastando as lagrimas em seus olhos. Para a total surpresa de Cedric, o menor pegou impulso e se jogou sobre ele, os fazendo cair sobre o gramado fofo.

Os lábios macios exploravam os seus timidamente, Cedric abraço Harry e o beijou lentamente, segurou nos cabelos macios e aprofundou o beijo. Pouco tempo depois eles se afastaram, arfantes e sorridentes.

- Harry, eu aceito qualquer coisa que você queira livremente me dar.

- Eu sei, obrigado.

o.o.o

Sirius nunca se sentiu tão apavorado em toda sua vida, nem quando seu pai brigava com ele, nem na guerra, nunca.

Dumbledore tomava seu chá calmamente, eles estavam em um silencio desconfortável a mais de cinco minutos. Cinco minutos desde que ele havia contato sobre seu relacionamento com Lucas.

Dumbledore finalmente terminou seu chá.

- Entenda Sirius, eu não posso permitir nenhum relacionamento amoroso entre professor e aluno dentro desta escola – ele o olhou sobre seus óculos de meia lua.

Sirius sentiu seu coração afundar. – Eu vou fazer minhas malas – ele bufou e se levantou, mil pensamentos correndo pela sua cabeça, nenhum deles envolvia desistir de Lucas.

- Mas...- Albus continuou, chamando sua atenção – Como eu não sei sobre nenhum relacionamento que o senhor esta tendo a mais de um mês com um estudante da Grifinoria, que passa seus finais de semana em seus aposentos e que ambos vão redobrar a descrição sobre o relacionamento de vocês, não sei com o que você tem que se preocupar. - Dumbledore sorriu e fez um movimento com a mão, abrindo sua porta, revelando um Lucas aflito.

- Diretor eu...eu..

O diretor se levantou e caminhou ate Sirius, colocando a mão em seu ombro.

- Creio que você saberá ser mais discreto . Não posso fazer mais do que isso por vocês, tenham um bom dia. – e então voltou para sua mesa.

– Venha Fawkes, vamos comer alguns doces e comemorar o amor.

A fênix piou alto e voou até seu dono.

- Acho que vou desmaiar de alivio – Sirius disse, se jogando na cama quando chegaram em seus aposentos

- Dumbledore é realmente surpreendente – Lucas subiu na cama e montou os quadris do moreno.

- Ele já sabia da gente – Sirius disse distraído, acariciando os quadris de seu amante.

Lucas sorriu se inclinado pra rosar os lábios nos do mais velho. Seus cabelos criando uma cortina em volta de seus rostos.

Sirius o olhou com adoração e então lentamente um sorriso malicioso surgiu em seus lábios.

- Meu pequeno diabinho, você me salvou da minha própria escuridão.

Ele puxou o menor para perto de seu corpo e o beijou profundamente.

Lentamente eles se desfizeram das incomodas roupas.

- Sirius...- Lucas gemeu quando o mais velho o preparava com seus dedos ageias.

Ele gritou quando Sirius provocou seus mamilos com dentes e língua.

- Por favor...mais...Sirius...

O.O.O

Harry se sentou na mesa do Salão Principal, estava um pouco atrasado com seus deveres e seu pai havia passador um dever complicado de Poções no qual ele tinha que se dedicar. Harry sempre foi um bom aluno em Poções, pois sempre ajudava seu pai quando era pequeno e por tal razão ele acreditava que era mais do que sua obrigação ser um ótimo aluno nesta matéria.

Uma movimentação do seu lado chamou sua atenção.

- Oi Ron

Harry sorriu para seu amigo, Ronald Weasley era um de seus melhores amigos e atualmente goleiro e capitão do time de quadribol. O ruivo era a pessoa mais alta da escola, obviamente não ultrapassava Hadrig, mas com seus dois metros de altura, Ronald era surpreendentemente alto pra sua idade.

Harry o chamava de gigante gentil, levava seu dever como monitor a serio, mas fingia que não via alguns deslizes dos alunos mais novos.

- O que há de errado? – Perguntou ao ver a cara emburrada do amigo.

- Só consegui marcar nossos treinos para o mês que vem e em dois meses temos o torneio começando e nosso primeiro jogo é contra a Sonserina. – o Ruivo bufou.

o.o.o

Harry e Cedric andavam pelo corredor rindo. Três meses haviam se passadas desde o beijo nos jardins, o fato havia se repetido mais algumas vezes, mas nada muito além disso. Cedric sempre se mostrava respeitoso e paciente, nunca exigindo de mais do moreno.

Ron vinha logo atrás do casal, sendo seguido de perto por ninguém menos do que Mathew Parkinson, quintanista da Grifinoria, dizer que o moreno era uma das maiores contradições da historia era um eufemismo. Vindo de uma das famílias bruxas mais tradicionais e todos da Sonserina era de se espantar ver o pequeno na casa dos Leões. Harry tinha uma profunda simpatia pelo rapaz, seu irmão gêmeo Philip fora vitima de um sacrifício parecido com que a irmã de Draco sofreu.

Draco.

Não, ele não queria pensar nisso agora.

O grupo chegou ao salão, faltavam duas horas para o almoço. Lucas estava sentado bem no meio, abarrotado de livros. O grupo se acomodou na mesa e começaram a estudar.

- Eu realmente não gosto de Poções – Ron gemeu meia hora depois, lançando então um olhar de desculpa para o amigo.

- Está tudo bem – Harry riu – Você não gosta de poções, tem gente que não gosta do meu pai.

O pequeno grupo era um dos poucos que não sofria com terror de Severus, talvez por serem amigos do moreno ou porque o mesmo se empenhava ao máximo para ajuda-los ou, mais provavelmente, porque o moreno pediu para o pai.

- Eles formam um belo casal, não acha? – Cedric sussurrou discretamente em seu ouvido.

- Acho que sim, mas não sei se Ron vai fazer algo em relação a isso – Harry sorriu, olhando a forma como Mathew pedia ajuda para o ruivo, que prontamente o atendeu – Ron é um pouco inseguro, desde de que aquela garota da Corvinal o traiu no inicio do ano ele tem estado meio amuado.

- Bem, acho que não vai demorar muito – Cedric riu.

O almoço começou, o salão ficou cheio rapidamente.

o.o.o

Amy Stark era uma mulher esperta, tão esperta que, apesar de lhe doer o coração profundamente, era inegável ver o que seu namorado estava sentindo, sem saber. Ela esta há meia hora assistindo um Draco inquieto, em um longo e furioso monologo sobre o namoro de Harry Potter.

Draco divaga, alheio a observação atenta da namorada, sobre o quão novo Harry era para este tipo de relacionamento, como Remus e Severus eram irresponsáveis ao deixar o garoto por ai aos beijos com um rapaz mais velho.

- Harry é tão ingênuo, uma criança e...

- Porque o fato de Harry estar namorando te incomoda tanto?. – Ela perguntou bruscamente, jogando seu longo cabelo preto para tras.

- O que? – Draco se virou chocado – Como eu não posso me incomodar quando...

- Quando um garoto de dissésseis anos está fazendo exatamente o que era suposto fazer nesta idade? – ela fez uma expressão de obviedade - Ele está se descobrindo, ele é um bom garoto, esta namorando alguém que seus pais aprovam e tudo mais.

Ela se levantou e se aproximou do loiro.

- Então, porque tanto incomodo?

- Ora, eu... – Draco bufou – Eu me sinto culpado, eu o afastei e principalmente eu o magoei profundamente. Ele declarou ter sentimentos por mim e agora está namorando este Cedric. Vejo como ele está confuso e tudo, so estou com medo que ele se machuque ainda mais.

Amy analisou o loiro atentamente, sabendo que a verdade estava longe de ser esta. Com um suspiro pesado, ela sorriu e abraçou o namorado.

- Vamos jantar?

- Sim claro – Draco sorriu e eles entraram na lareira.

o.o.o

- Estou nervoso – Remus disse rindo.

Severus olhou para seu amante, sentados em seus aposentos, Remus havia chegado contente com o resultado sobre o sexo do bebe. O castanho sentou no colo do marido, que agora afagava carinhosamente sua barriga, havia um pequeno inchaço no estomago plano de Remus, que ostentava feliz sua gravidez de quatro meses.

O mestre de poções estava cansado, apensar o trabalho incrível da Dra. Granger, a gravidez afetava muito seu belo marido, as poções que o impediam de se transformar tomavam muito da sua energia, o deixando cansado e fraco. Severus entrou fundo em uma pesquisa para descobrir novos ingredientes e poções fortalecedores para que seu amado pudesses, durante os dez meses de gestação masculina, tivesse o maior conforto possível

. Não haveria nada que Severus Snape não faria por seu lobo.

- Certo, quais foram as apostas? – Remus perguntou ainda risonho, se aconchegando mais no colo do marido.

- Bem – Severus tirou um pedaço de pergaminho do bolso, eles analisaram as apostas, cada lance custava três sicles.

Severus achava uma bobagem, mas Remus e Harry estavam animados com a aposta.

- Oh por Merlin, Dumbledore apostou em gêmeos. Gêmeos Seveurus! – Remus ria, enquanto lia a lista e voz alta.

- Então no que apostou ? – o castanho deixou a lista de lado e abraçou o marido, lhe beijando os lábios docemente.

- Abra logo esse envelope Remus, não sei por que fez tanto mistério sobre o assunto. – Severus jamais admitiria isso, mas ele estava tão malditamente curioso sobre o sexo do seu filho, não se importaria qual fosse, mas quem podia culpa-lo por estar curioso.

- Hum vejamos

Remus abriu o envelope no qual Dra. Granger havia escrito o sexo do bebe.

- Severus! – o castanho gritou. Olhando atônito o pergaminho. Então ele abraçou o marido e começou a chorar.

Cuidadosamente o moreno pegou o pergaminho e o leu. Então emudeceu. Leu de novo e de novo.

- Oh Sev – Remus riu emocionado – Você esta chorando.

Levando a mão ao rosto, Severus percebeu que estava de fato chorando. Ele abraçou o marido e o beijou profundamente.

Severus riu, riu alto, sendo preenchido por uma onde de felicidade e amor.

- Eu amo você Remus, - ele olhou para o marido – Você me trouxe de volta a vida, me deu uma família, amor, carinho, um lar para eu voltar. Mesmo depois de todas as coisas erradas eu eu fiz na vida, você me aceitou de volta, me deu Harry e agora...e agora...isso...eu

Severus chorou no ombro de Remus.

- Você, nós, merecemos isso e muito mais – ele tocou a face do outro – Agora me leve pro quarto, vamos comemorar e depois dar a Dumbledore seu dinheiro.

Severus carregou o marido para o quarto.

No chão, o pergaminho dava a boa noticia, gêmeos, duas meninas. Dumbledore nunca apostava para perder.

N/A

NÃO ME ODEIEM, PERDÃO MAS ESTOU DE VOLTA PARA AS FICS COM FORÇA TOTAL.

A VIDA, FACULDADE, TRABALHO, ENFIM, MUITA COISA PRA FAZER, MAS FALTA POUCO PARA TERMINAR AS FICS, BOA PARTE ESTA ESCRITA, ENTÃO VOU COLOCAR A MÃO NA MASSA E VAO QUE VAMO.