DISCLAIMER: Eu não sou proprietária ou dona da saga TWILIGHT, todos os personagens e algumas características são de autoria e obra de Stephenie Meyer. Mas a temática, o enredo, e tudo mais que contém na fanfiction LA SYMPHONIE D'AMOUR, é de minha autoria. Dessa maneira ela é propriedade minha, e qualquer cópia, adaptação, tradução, postagem ou afins sem a minha autorização será denunciado sem piedade. Obrigada pela atenção.
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LA SYMPHONIE D'AMOUR
"Que passem os minutos, dias e anos... Todas as estações do tempo!
Que eu viva, qual tolo, todas as ilusões pueris de sentimento...
Amar-te-ei, em todas as épocas, em todo momento.
Que passem as águas por muitas pontes e que debruce a saudade por muitas
serras e montes, amar-te-ei, como se fosse a primeira vez e única,
apesar das tantas aventuras! Ainda além deste céu, nas alturas.
Eternamente...
Ainda que outro alguém o tenha entre lençóis confidentes, mesmo que os beijos sejam molhados e quentes, à parte, nossa alma vaga enamorada,
sobre qualquer prazer da carne ou qualquer entrega fugaz.
Eternas, apaixonadas.
Amar-te-ei, sobre qualquer dor que me pese o orgulho ferido, o despeito revolvido!
Sobre qualquer punhalada em meu coração, sobre qualquer distância a nós imputada...
Porque sei, amor de mim, que ainda assim...
Não é pequeno o nosso comprometimento.
Ah! Soubessem todos o tamanho! Pobre carne, pequeno tempo!"
- Mozart -
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X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.X
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CONTINUANDO...
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- Parece que finalmente temos a nossa sinfonia. – explicou.
- Essa... esta... essa? – Isabella não conseguiu completar seus pensamentos, era óbvio que havia sido a última música que Edward tocou que ele estava falando, pensou.
- Sim, essa que você me inspirou, que eu compus sem nem perceber. – disse com seu sorriso avassalador e a beijando urgentemente.
Longos minutos se passaram e eles mantinham-se conectados por seus lábios, seja fazendo com que suas línguas dançassem e explorassem juntas, seja dando pequenos e morosos selinhos contra os lábios um do outro. Edward se levantou e colocou Bella sentada no piano. Enquanto ele se afastava ela o inquiriu com um olhar, mas ele não deu importância, e colocando a partitura em seu suporte, começou a tocar a sinfonia sua e de seu amor.
Isabella observava como os dedos longos e firmes de Edward corriam sobre o marfim, executando com a mesma perfeição que antes aquela mesma melodia que explicava os sentimentos e o relacionamento dos dois.
Não era necessário para Edward acompanhar a partitura, a canção estava gravada em seu próprio íntimo, por isso ele mantinha seu olhar em Isabella. Seu corpo sexy e sua pele branca contrastavam com o ébano do piano o deixando ainda mais seduzido por aquela mulher.
Assim que executou o acorde final, ele puxou a morena para seu colo, e durante o beijo urgente e sôfrego que compartilhavam, Edward penetrou-a novamente.
Desde que Edward alcançou sua maturidade, sua fantasia sexual era fazer amor com a mulher de sua vida sobre o seu piano; e naquela ocasião ele estava realizando o seu mais íntimo desejo. Isabella, todavia, desde que viu um filme em que os personagens principais transavam sobre um piano, quis fazer o mesmo, mas até aquele momento não havia lhe surgido à oportunidade.
O jovem casal se amou diversas vezes naquele dia, seja mais uma vez no estúdio, ou na sala ou no quarto de Edward, era sempre intenso, cheio de paixão, amor, e quando finalmente adormeceram abraçados na cama do rapaz, o sol já nascia no horizonte.
Naquele domingo, os dois passaram boa parte na cama, só saíram dela quando a fome os tomou, e depois de irem a um café próximo a casa de Edward, eles voltaram ao apartamento, mais especificamente ao estúdio, onde ensaiaram horas a fio, mas novamente o desejo que sentiam um pelo outro falou mais alto e se entregaram a paixão que descobriram no dia anterior.
As semanas que antecipavam a apresentação final da Juilliard School foram marcadas pelos ensaios exaustivos de todas as equipes, e fora uma surpresa para Bella quando viu o ensaio da equipe de Alice e Jacob que todos os seis integrantes estavam romanticamente envolvidos entre si.
Alice com o rapaz de cabelos loiros que tocava violino, Jasper. Emmett o grandão percussionista com a loira dramaturga que lembrava uma Barbie, Rosalie. Mas o mais surpreendente era o relacionamento entre Jacob e a outra dramaturga Leah. Era o típico romance "entre tapas e beijos".
Foi um pouco constrangedor tanto para Bella quanto para Jacob, quando ele veio lhe pedir desculpas pelo ocorrido no dia da divisão dos grupos. A jovem aceitou as desculpas de Jacob, mas esquivou-se quando perguntou se ela estava envolvida romanticamente com seu parceiro, Edward.
A não ser quando tinham que mostrar para seus mentores, Esme e Carlisle, a música e a coreografia, eles preferiam ensaiar na casa de Edward, onde além do espaço ser maior eles se sentiam mais a vontade, pois poderiam parar quando quisessem e se amar sem ninguém os incomodar.
O mês de maio passou num piscar de olhos, e a véspera da apresentação na Juilliard School estava atemorizando a todos. Edward havia programado um jantar especial para ele e Bella, o jovem queria dizer a ela o que estava sentindo, e viu aquela data como a ideal para dizer, uma vez que era bem provável que ambos seguiriam caminhos diferentes, ela na Rússia e ele na Áustria.
Enquanto Bella se arrumava para o jantar especial com Edward, ela se sentia mais e mais nervosa. Ela temia que ele houvesse notado os sentimentos que ela estava sentindo por ele, e, portanto, queria terminar tudo com ela. Mas mesmo considerando o pior a morena se vestiu divinamente.
Um vestido negro de alças finas e decote generoso, abaixo de seus seios o tecido caía evasê, indo até o meio de suas coxas. Nos pés, Isabella usava belas e altas sandálias negras, apesar de não gostar muito de saltos ela se sentia confortável com eles, era como se tivesse na ponta com suas sapatilhas.
Seus cabelos castanhos avermelhados estavam soltos, revelando seus cachos perfeitos. Seus olhos estavam marcados por uma maquiagem escura, as bochechas tinham o rotineiro tom de pêssego e os lábios um brilho natural. Bella se sentia demasiadamente sexy, e esperava que Edward achasse o mesmo.
Edward enquanto guiava seu Volvo prateado até os dormitórios da Juilliard onde buscaria Bella, estava aterrorizadamente nervoso. Ele temia que ela não correspondesse seus sentimentos e tirasse sarro de sua declaração. Mas ele mantinha o pensamento de que ele era um homem e não um rato, por isso agiria como um e confessaria o sentia pela morena.
Desta maneira enquanto esperava por Isabella no estacionamento da faculdade, o ruivo tentava tranquilizar sua respiração, mas quando seus olhos bateram na morena, ele soube que seria impossível se controlar, e a certeza de que deveria confessar a ela os seus sentimentos.
Bella teve que segurar uma respiração quando viu Edward. A roupa toda negra que ele usava, chamavam à atenção para seus cabelos bronzes desordenados e seus impetuosos, arrebatadores e incríveis olhos verdes.
Ela sorriu timidamente para ele, que retribuiu a ela com seu famoso sorriso torto. Bella corou ferozmente. Edward sempre ficava fascinado pelo vermelho sedutor que a pele da morena alcançava, ele achava aquilo tão erótico, que teve que segurar o desejo de tomá-la dentro de seu carro.
Quando a distância entre eles eram só alguns passos, Edward a encerrou tomando Bella em seus braços em um beijo avassalador, que passava todo o sentimento que ele sentia por ela. Isabella retribuiu o beijo de Edward com fervor, ela queria que ele notasse que ela estava apaixonada por ele.
Envolvidos na sua bolha de paixão, Edward e Bella, nem imaginavam que na janela da diretoria da Juilliard School os diretores e também seus mentores, Carlisle e Esme, observavam a interação entre seus alunos.
Esme foi a primeira a quebrar o silêncio da sala.
- Carlisle, querido, será que agimos certo colocando os dois juntos no recital? Digo e se eles cometerem o mesmo erro que nós? – perguntou tentando controlar o pânico em sua voz.
- Espero que eles não tenham que passar pelo que passamos, mas parece que estão caminhando pelo mesmo caminho. – Carlisle ponderou. Esme segurou um grito abafado se jogando nos braços do marido, que a apertou contra ele.
Longe da interação sofrida de seus mentores, no calor do carro de Edward, o silêncio reinava. O jovem casal mantinha suas mãos enlaçadas, mas nenhuma palavra era dita. Ambos aproveitavam aquele momento como se fosse o último que passariam juntos.
Edward finalmente parou seu carro frente ao 'Casa La Femme'*, Bella olhou assustada para Edward, ela não podia acreditar que ele estava a levando em um dos restaurantes mais românticos e exóticos da cidade.
"Mas que raios ele estava querendo dizer a ela?" Bella se perguntava. Se ele iria terminar tudo o que nem sequer ela sabia se tinham, com ela, por que a traria àquele restaurante?
Enlaçando seus dedos nos de Bella, Edward entrou orgulhoso com ela no restaurante, por mais que temesse a reação da morena quando contasse seus sentimentos, ele faria tudo o que fosse possível para que ela o aceitasse, nem que fosse por um tempo curto.
O recepcionista os levaram para uma mesa afastada que Edward havia reservado. Era composta por um único sofá de dois lugares, uma pequena mesinha bem caracteristicamente egípcia e com desenhos do mesmo gênero. E para completar o ar romântico do lugar mosqueteiro com ares da Alexandria.
Depois que Edward ordenou o vinho a recepcionista, Bella não conseguiu se segurar e mantendo suas mãos entre as de Edward, virou-se para ele e o questionou:
- Por que estamos aqui Edward? – ele engoliu em seco, visivelmente constrangido. Ele desejava que o vinho que havia escolhido já estivesse nas taças e eles pudessem estar saboreando.
- Precisa ter um motivo especial? – questionou Edward, tentando desviar-se do assunto, o que felizmente só deu certo porque o garçom chegou com o vinho.
Os dois saborearam a bebida em silêncio, apenas trocando alguns olhares e algumas carícias esporádicas. Edward procurava o momento certo para se declarar a Isabella. Enquanto a pergunta do por que estarem ali martelava em sua mente desde que chegaram ao restaurante.
Na metade da segunda taça de vinho, Bella empurrou para longe a cautela, e questionou mais claramente o ruivo.
- Edward, por que você escolheu esse restaurante para essa noite? Há tantos outros que poderíamos ter ido menos... – ela fez uma pausa, procurando a palavra certa para definir o local em que eles estavam.
- Romântico? – completou Edward, Bella só meneou timidamente com a cabeça, enquanto ele voltava seu corpo em direção ao dela, para que assim seus olhos ficassem conectados, e após uma respiração profunda Edward declamou, - Bella, eu estou perdidamente apaixonado por você.
- O quê? – Isabella questionou de maneira reflexiva. Ela ainda absorvia o que Edward havia dito a ela, era inesperado, inacreditável que ele sentia o mesmo por ela. – Você gosta de mim? – perguntou tolamente, ele riu torto antes de responder.
- Não só gosto, eu te amo Bella. – declarou, fazendo pequenos círculos em sua mão feminina, Isabella abriu um sorriso enorme, antes de se jogar nos braços de Edward, e dar inúmeros beijos em seu rosto. Ele estava confuso com a reação da morena, mas antes que ele pudesse questioná-la, Bella explicou.
- Eu também te amo. – declarou emocionada, Edward sorriu admirado e a puxou para seu colo a beijando sofregamente. Ambos concordaram em deixar o jantar de lado, e irem o mais rápido que era possível para seu ninho de amor, para o conforto quente e reconfortador do apartamento do ruivo.
Naquela noite, elas se amaram não só com seus corpos, mas também com suas almas. Ambos sentiram a emoção, o prazer, o amor de se completarem. Juras de amor, promessas apaixonadas foram trocadas. A emoção do momento fez com que eles esquecessem os acontecimentos e o que o destino preparava para eles, mas ninguém se incomodou, naquele momento era o encontro de almas gêmeas.
O grande dia dos jovens amantes apaixonados nasceu com o sol brilhante que penetrava pelas cortinas do quarto onde estavam e iluminava a cama em que haviam se amado e depois adormecido, bem como seus corpos nus. E quando abriram seus olhos e fitaram diretamente os de seus amados, as lembranças arrebatadoras da noite anterior inundaram-nos.
Passaram alguns minutos se beijando na cama, antes de irem tomar um banho juntos, aonde se viram impossibilitados de não se amarem mais uma vez. Depois do banho luxurioso e apaixonado, Edward e Isabella, foram até o café próximo a casa do ruivo tomar seu desjejum, para em seguida irem até os dormitórios da Juilliard, buscar as coisas dela, uma vez que passariam a tarde fazendo seus últimos ensaios na casa de Edward, e depois no final da tarde seguiriam juntos para o local onde seria a apresentação.
A ansiedade que os tomavam pela apresentação era palpável, Isabella errou seguidas vezes sequências simples de sua coreografia, Edward ficava nervoso por ela e também acabava errando algumas notas. Ambos sabiam que precisavam se acalmar. Por mais impossível que fosse.
Quando Edward viu Bella à beira de lágrimas afirmando que ela era uma péssima bailarina e que nunca chegaria a lugar algum, o ruivo saiu de seu lugar atrás do piano e foi até onde a morena estava sentada chorando a puxando para seus braços.
Com sua calma e principalmente por conta do seu amor por Isabella, Edward conseguiu com que ela se acalmasse, e dizendo que já haviam ensaiado demais, a ajudando a despir suas sapatilhas e depois o seu collant. E com Bella em seus braços a levou para que juntos tomassem um banho de banheira que os tranquilizariam.
O banho não tinha nenhuma conotação sexual, muito pelo contrário, nenhum dos dois se tocara intimamente enquanto estavam ali, o máximo que fizeram foram trocar alguns beijos ou carícias inocentes.
Lentamente a tensão que Isabella sentia foi se esvaindo enquanto Edward massageava suas costas morosamente, dando vez ou outra, beijos abertos e cheios de paixão. Notando que Isabella estava relaxando o ruivo inconscientemente também relaxara, ainda mais com as mãos suaves de Bella massageando suavemente suas coxas, ele estava se sentindo em paz, como nunca sentira antes.
Infelizmente o som do telefone de Edward os despertou daquela bolha de paixão e tranqüilidade, estava na hora deles mostrarem a todos por que tinham sido escolhidos para ser a apresentação final deste ano da Juilliard.
Os movimentos que Bella fez ao sair da banheira e se secar era tão sensual que Edward se viu fascinado pelo corpo de sua agora namorada, por mais que já o tivesse admirado muitas e muitas vezes, sempre sua pele clara, e seus músculos torneados por causa do ballet o fascinava. Isabella notou que o olhar de Edward estava sobre ela, por isso virou para ficar frente a frente a ele, o pegando de surpresa.
- Algo interessante Edward? – perguntou levando suas mãos a cintura, fazendo com que a toalha branca que se secava, escorregasse por seu corpo e se acumulasse em seus pés, revelando todo seu corpo nu cheios de curvas ao ruivo.
- Definitivamente algo muito interessante. – disse o rapaz, com seu sorriso torto sacana. Isabella encerrou a distância entre eles, moldando seus corpos e puxando-o para um beijo voraz, que rapidamente Edward a acompanhou, enterrando seus dedos entre o emaranhado de cabelos castanhos avermelhados.
Novamente o som do telefone de Edward os tirara daquela bolha que não queriam sair. O ruivo quebrou beijo lentamente, o que causou Isabella gemer em protesto contra os lábios de seu namorado.
- Eu não quero ir. – murmurou, com um biquinho. Edward sorriu divertido com a expressão de sua amada, mas dera um suave selinho em seus lábios e murmurou:
- Você sairá perfeita. – disse afagando o rosto da morena. – Na verdade, nós seremos perfeitos, todos ficarão impressionados conosco. – encerrou sua sentença com um suave beijo em Isabella, e se ajoelhando para buscar a toalha que ela havia deixado cair e a secando com amor.
O caminho para o Metropolitan Opera* foi feito em silêncio pelos dois jovens, o único som no Volvo prateado de Edward era a de A Flauta Mágica* de Mozart, que ressoava tranquilamente, deixando os jovens perdidos em seus pensamentos.
Apesar do calor outonal que fazia em maio, Edward estava belamente vestido com seu smoking negro, com uma camisa branca e gravata borboleta vermelha. Já Isabella, usava um Tutu Romântico* branco bordado em seu corselete com algumas rosas vermelhas, a única peça que faltava para completar seu figurino para a apresentação eram suas sapatilhas rubras.
Seus cabelos estavam parcialmente presos, deixando seus cachos castanhos avermelhados caídos sobre seus ombros. Seus olhos estavam marcados por uma maquiagem leve, o que deixava Edward praticamente sonhando acordado imaginando Isabella em um vestido todo branco caminhando por um corredor adornado de flores e pessoas que vieram prestigiar o amor que sentiam.
Sim, Edward estava tão apaixonado, tão encantado, que mesmo sabendo que haviam se tornado "namorados oficiais" em menos de vinte e quatro horas, ela já se via casando com ela em um futuro não muito distante.
A morena assustou-se quando o ruivo tocou sua mão, que estava enlaçada a dele, com os lábios, ela estava sonhando acordada, imaginando como seria uma vida junto a de Edward, mesmo sabendo que isso seria impossível para os dois.
Quando finalmente chegaram ao "MET", o ruivo após ter estacionado seu carro na vaga que era destinada aos alunos, puxou sua Isabella para seu colo, não importando que pudesse vir a amassar sua roupa a beijando sofregamente. Era tão desesperador e tão apaixonado aquele beijo que ambos podiam sentir a necessidade de expressar sabe-se lá o que, Edward queria gritar em meio a todos que amava sua Bella e que passaria o resto da sua vida ao lado dela. Isabella, por sua vez, só queria que aquele momento durasse para sempre, e toda e qualquer dor presente ou futura nunca os atingisse.
Como todos os momentos que estavam juntos aquele dia, o telefone de Edward tocou os tirando novamente daquele envolvimento amoroso. Infelizmente, desta vez não era só um aviso de que tinham que ir para o local de sua apresentação, era Carlisle – quase o pai de Edward neste universo das artes, dizendo que ele e Isabella deveriam começar a se concentrar, pois se apresentariam em quarenta e cinco minutos.
O ruivo ajudou a morena a descer do carro, e mesmo sob seus protestos, levou sua pequena mala até o camarim onde os dois esperariam por sua hora de brilhar.
No pequeno camarim, branco, com luzes florescentes, sofás dourados com almofadas vermelhas como o carpete, Edward se sentou desleixadamente em um deles, enquanto observava Isabella colocar suas sapatilhas.
Ele sempre achou Isabella perfeita de sapatilhas, aquele pequeno instrumento de tortura – como ele pensava, já que deixava os pés de sua amada destruídos -, a deixava tão feminina, tão sexy que era quase que impossível para o jovem controlar seus instintos masculinos, era como se ele tivesse voltado a ser um adolescente hormonal que não consegue tirar suas mãos de um corpo feminino.
Isabella sabia que Edward a admirava, e por mais que ela achasse um pouco estranho ele se ver fascinado por sapatilhas em seus pés, ela aproveitou o momento de descontração para se exibir a ele.
Ela se esticava, ficara na ponta dos pés, fingindo se aquecer e se alongar, algo sem fundamento uma vez que ela já havia feito isso durante toda à tarde. Na quinta vez que ela se apoiou no braço do sofá onde ele estava, elevando sua perna para que assim pudesse fazer uma abertura em pé, deixando seus lábios a poucos centímetros do membro de Edward, ele grunhiu e questionou a morena com a voz rouca e abarrotada de tesão:
- Você está querendo que eu suba naquele palco duro e morrendo de tesão por você? Porque eu juro, quando eu vê-la dançando a nossa sinfonia para toda uma platéia, eu estarei me lembrando que vi você dançando-a primeiro para mim. Totalmente nua, onde eu podia ver cada curva sua sem nenhum empecilho, podia ver seus seios perfeitos se movimentando sincronizadamente com você, e principalmente ver sua boceta toda molhada implorando por meu pau entrar em você novamente. É isso o que você quer, Bella?
O tom da voz de Edward fez o corpo de Isabella tremer de desejo, ele nunca falara sujo com ela antes, e como ela queria que ele novamente a amasse loucamente, e sem se importar que dentro de alguns minutos eles se apresentariam a uma multidão, a morena, se sentou sem nenhum pudor no colo de seu namorado, deixando suas pernas entre as suas, fazendo assim que suas intimidades necessitadas se tocassem.
Um gemido gutural rompeu pelos lábios dos dois amantes, Isabella estava molhada, necessitando de Edward mais do que nunca. Já ele estava tão duro que chegava a ser dolorido, seu membro parecia se contorcer querendo estar mergulhado no calor já conhecido.
- Bella. – Edward gemeu, não convencendo muito se era de protesto ou de desejo.
- Por favor, Edward. – Bella implorou. Edward fechou seus olhos, pois ele sabia que não poderia resistir a um pedido de sua namorada, por mais que quisesse, ainda mais se ele queria isso também.
Ele sabia que se eles transassem ali, naquele momento, faltando apenas alguns minutos para a sua apresentação não tirariam a sua concentração, na verdade se eles se amassem ali naquele segundo talvez o deixassem relaxados para fazerem tudo perfeito. Edward lançou um olhar rápido ao relógio que ficava na parede, eles teriam trinta minutos, contou, voltando rapidamente o olhar a sua Bella que sorria sedutoramente a ele, enquanto suas mãos tentavam desafivelar seu cinto.
- Tudo por você, meu amor. – ele murmurou, enquanto a puxava para um beijo sôfrego, enquanto as mãos de Isabella trabalhavam com uma agilidade impressionante, retirando seu membro extremamente ereto da prisão que era as calças negras. Sem trocar nenhuma palavra, Edward puxou a lateral do collant de Bella, beliscando seu clitóris inchado, e quando ela gemeu, retirando suas mãos do membro do rapaz e levando-as aos seus ombros Edward a penetrou profundamente.
Sentir Edward dentro de si era o paraíso para Bella, ela se sentia completa e amada toda vez que Edward estava com ela. Nunca sentira isso com Jacob, por mais que se satisfizesse durante o sexo, não existia essa urgência doentia de não conseguir ficar longe, de não se tocar, de não se beijar, de não se sentir. E mantendo seus olhos conectados aos de Edward, ela começou a se movimentar para cima e para baixo no colo dele.
Edward, nunca considerou durante toda sua vida sexual que uma só mulher pudesse o consumir tanto assim. Estar dentro de Isabella era como estar no paraíso. O calor que emanava de seu sexo, envolta ao seu era viciante, e quando ela o apertava a um ponto sufocante, era perfeito, era como a ebulição do prazer.
Fazer amor com Isabella não tinha comparações, podia ser em qualquer lugar, escondido ou não; com roupas ou não; sentados ou deitados, era sempre bom, pois os movimentos e sons que ela fazia quando estocava mais e mais nela, eram simplesmente arrebatadores, mas o que era mais incrível ainda era como seus olhares ficavam conectados de forma única enquanto se amavam.
A cada estocada, um filete de suor escorria pelas nucas dos dois amantes, mas eles não estavam preocupados com isso. Eles só queriam sentir um ao outro mais e mais. E quando o orgasmo veio aos dois, foi praticamente como andar nas nuvens.
Edward beijou apaixonadamente Isabella, que fora repetido da mesma maneira por ela, e sabendo que o tempo dos dois antes da apresentação era de apenas alguns minutos, o ruivo retirou seu membro do calor acolhedor que o corpo da morena proporcionava, e quando esta gemeu em protesto, o jovem prometeu que logo estaria ali, junto dela novamente em algumas horas.
Assim que Edward terminou de se arrumar após as atividades inesperadas com Bella, e a morena estava em frente ao espelho acertando alguns fios de seus cabelos e sua maquiagem, uma suave batida na porta soou.
Era um dos professores de Edward – que estava ajudando na apresentação de hoje -, dizendo que o casal se apresentaria em cinco minutos. E ambos sorrindo animados, concentrados e principalmente apaixonados, eles saíram do camarim rumo à escadaria que os levaria ao palco do Metropolitan Opera.
- Agora a Juilliard School traz a última apresentação dessa noite. – a voz do apresentador ressoou no grande teatro. – Isabella Marie Swan, estudante de dança, com ênfase em ballet clássico, e Edward Anthony Masen, estudante de música. – os jovens amantes apaixonados, trocaram um breve olhar, e entraram no palco de mãos dadas, sendo recebidos por uma salva de palmas. – Eles apresentarão uma sinfonia que foi composta pelo próprio senhor Masen, tendo como coreógrafa, a senhorita Swan. – continuou o homem. – Com vocês Passion*.
Isabella não sabia que Edward havia batizado a sinfonia de ambos, pelo menos não até aquele momento, e quando ela ouviu o homem dizer "paixão", lançou um olhar emocionado a Edward, que retribuiu com seu sorriso torto, enquanto posicionava seus longos dedos sobre as teclas de marfim, observando Isabella se preparando para iniciar a apresentação.
As sequências dos acordes que o ruivo executava eram extensões dos movimentos que a morena fazia. Era uma sincronia tão perfeita que deixava todos emocionados.
Carlisle e Esme que estavam na primeira fileira junto com diretores das companhias que estavam ali para dar vagas aos seus alunos, observavam os jovens Edward e Isabella com um fascínio inigualável. Por mais que os tivessem visto ensaiar ao longo do mês, nada os preparou para aquilo, era como se Bella estivesse dançando sobre o piano, e ela que pressionava as teclas.
Edward, por sua vez, não olhava as partituras ou as teclas do piano, ele mantinha seu olhar fixo em Isabella, como que seus passos o guiassem as devidas notas.
Por mais que Edward já tivesse visto Isabella realizar aquela sequência coreográfica milhões de vezes, nenhuma vez ele se sentiu como naquele segundo, era como se ele estivesse vendo Bella pela primeira vez em sua vida, seus movimentos suaves e ritmados, seus passos de ballet perfeitos, ele estava entorpecido.
Isabella, em contrapartida, só conseguia perceber o olhar de Edward sobre ela, era como se somente ele a observava dançar, por isso ela tentava somente para ele fazer seu melhor. Seus melhores giros, seus melhores saltos, seus melhores passos, ela queria ser a melhor para ele.
Os últimos acordes da sinfonia eram tocados, enquanto Bella 'caminhava' na ponta de seus pés até onde Edward estava sentado tocando divinamente, para assim juntos, lado a lado, olhando-se como um casal apaixonado que eram terminassem sua apresentação.
O casal só foi desperto da sua bolha pessoal de amor pelas palmas dos telespectadores, que os aplaudiam de pé. Edward rapidamente se levantou de seu banco e de mãos dadas com Isabella caminhou até o centro do palco, onde os dois agradeceram de sua maneira. Com sorrisos de felicidade inigualável o jovem casal saiu do palco, e quando já não estavam mais as vistas da platéia se beijaram com fervor.
Caminharam tropegamente até seu camarim, parando vez ou outra para se beijarem avassaladoramente, mas os jovens não estavam esperando encontrar seus pais ali.
Edward e Elizabeth Masen esperavam com expectativa o filho, segurando firmemente em suas mãos um vaso de cravos brancos. Todavia, Charlie e Renée Swan, estavam ansiosos para abraçar sua garotinha que não viam desde o Natal, Charlie segurava firmemente três dúzias de rosas vermelhas para sua princesa.
Mas quando entraram na pequena sala, aos beijos, os jovens olharam assustados aos seus pais, que os olhavam do mesmo jeito. O ruivo engoliu em seco, nunca imaginou que encontraria os pais de sua namorada daquela forma - quase arrancando a roupa de sua única filha e a beijando voluptuosamente.
A morena tremeu ligeiramente com o olhar curioso que a belíssima mulher de cabelos cor de bronze e profundos olhos verdes como os de seu namorado dava a ela. Isabella sabia que Edward era filho único e com toda certeza sempre fora superprotegido por sua mãe.
O silêncio reinou entre os três casais presentes na pequena sala, Isabella olhava temerosa de seus pais, aos pais de Edward, e depois ao ruivo, que por acaso fazia o mesmo. A morena havia deixado de comunicar a sua mãe que ela e seu parceiro de apresentação – como ela havia contado a Renée -, estavam juntos. Edward por sua vez, esqueceu-se de mencionar que a garota com quem estava saindo, por acaso estudava na mesma escola que ele. Mas enquanto os jovens procuravam desculpas para dar as perguntas de seus pais, a loira de olhos chocolates mais claros que o de sua filha os questionou.
- Vocês estão juntos, juntos? Tipo namorados, e não só parceiros de apresentação? – sua pergunta fora confusa, mas todos entenderam, principalmente Edward e Bella.
- Mãe... – Isabella implorou, mas foi interrompida pelos braços de Edward a apertando e sua voz masculina e rouca, como soar de sinos em uma manhã de inverno, respondendo.
- Sim, eu e Isabella somos namorados. – disse dando um ligeiro sorriso a morena. – Senhor e senhora Swan, eu sou Edward Masen. Pai, mãe, essa é minha namorada Isabella Swan.
Após os primeiros minutos de tensão, e depois de apresentações, tanto a família Swan quanto a Masen concordaram de juntas irem com seus filhos a um restaurante jantar. Elizabeth e Renée pareciam amigas de infância, conversando sobre tudo e sobre nada, por sua vez Edward pai e Charlie combinavam uma pescaria, antes de entrar em um debate fervoroso sobre o Super Bowl* daquele ano. Apesar de acharem estranha a interação de seus pais no início, logo Edward e Isabella relaxaram ao redor deles, e ficaram juntos observando como eles estavam se dando bem.
Mas, o que nenhum dos jovens imaginava era que suas mães estavam demasiadamente preocupadas com a futura ruptura entre eles. Tanto Renée quanto Elizabeth sabiam que seus filhos eram orgulhosos, e batalharam muito para chegar onde chegaram, e o fato de que ambos haviam se apresentado divinamente só fazia que crescesse com toda certeza que em alguns meses o romance dos dois seria desfeito e cada um seguiria sua vida onde foi destinada, e ambas sabiam no fundo que isso iria causar uma lástima imensa e sem precedentes em seus filhos, elas sabiam que essa ruptura seria talvez sofrível para os dois, uma vez que eles estavam demasiadamente apaixonados.
E assim quando Isabella e sua mãe foram ao banheiro, Renée a questionou sobre seus sentimentos por Edward, da mesma maneira que sorrateiramente Elizabeth perguntava ao filho, e quando ambos os jovens responderam sem nenhuma hesitação que se amavam as suas progenitoras caíram em um choro silencioso, tentando mesmo que minimamente passar todo o sofrimento de seus filhos a elas.
A presença de seus pais na Big Apple foi somente de quatro dias, mas tanto Edward quanto Isabella se sentiam sufocados com a presença de seus familiares, e mesmo fazendo tudo o que podiam com ambas as famílias, os jovens sentiam falta de ficar um com o outro a sós. Foi com muitos sorrisos e beijos que eles saíram do aeroporto John F. Kennedy, rumo ao apartamento do ruivo, onde depois de um jantar, e um filme se viram sedentos de desejo pelo corpo um do outro.
Conforme o mês de junho passava, com o verão tomando as rédeas da temperatura absurdamente quente de Nova Iorque, Edward e Bella, que aguardavam as respostas das companhias pela apresentação da Juilliard, faziam turismo pela cidade, algo que ambos durante o tempo que ali viveram deixaram para um dia, e esse era o melhor momento.
Galerias de arte, museus, musicais da Broadway, recitais de música, ballets, shows de jazz, toda a variedade de entretenimento que somente a ilha de Manhattan pode oferecer. Foi em meio a um passeio na Staten Island Ferry*, que o telefone celular de ambos tocou indicando Carlisle e Esme Cullen respectivamente.
A conversa com seus professores foi para informar que as cartas de aceitação das companhias haviam chego, e que queriam conversar com cada e ver o que decidiam para seu futuro. Apesar da felicidade que partilhavam por saber que o destino deles estava a sua escolha, uma tristeza sem tamanho tomou conta dos dois: a de que teriam que se separar.
Edward puxou Isabella para um abraço apertado enterrando seu rosto em meio ao emaranhado de cabelos castanhos avermelhados, sentindo o perfume único e viciante de sua namorada. A morena aproveitou o abraço de ferro que seu namorado lhe dava para abafar o grito de desespero que estava prestes a tomar seu peito, aspirando o cheiro almiscarado e único que somente o ruivo tinha.
Como estavam no fim do seu passeio onde no Ferry podiam visualizar a Ilha de Manhattan, a Estátua da Liberdade, conjuntamente decidiram ir até a Juilliard School para ver quais companhias os haviam aceitado, e agendar um horário para falar com seus mentores. O caminho até a escola que durante os últimos anos foi quase como a segunda casa para os dois, foi feito em silencio, ambos estavam submersos nos seus próprios pensamentos de tristeza e dor.
Eles estavam tão apáticos de reações, com os pensamentos em todas as direções, que foi com susto que notaram que já estavam na escola, Bella rapidamente retirou o cinto de segurança para sair do carro de seu namorado, ela estava pressentindo que as coisas ficariam terríveis em breve. Edward queria ter impedido a saída abrupta de Isabella de seu automóvel, mas ele mesmo estava sem esperanças para o amor dos dois, era cristalino para o ruivo o fim inevitável de seu romance.
Cabisbaixo e sem nenhuma emoção o ruivo seguiu o caminho que há segundos atrás foi feito por Isabella para a entrada do conservatório. Além dos seus passos que pareciam ecoar nas paredes, Edward podia ouvir ao longe algumas turmas ensaiando dança, fazendo suas contagens ao longe, o ressoar de alguns instrumentos sendo tocados enquanto jovens ensaiavam. Pela primeira vez ele se perguntou por que não conheceu Isabella antes, assim eles poderiam ter aproveitado muito mais tempo juntos.
Bella caminhava a passos vacilantes até a sala de Esme, por mais que quisesse segurar as lágrimas, era impossível, a cada passo que ela dava pelos corredores da Juilliard ela sentia o peso da separação. Foi com um medo estarrecedor que bateu na porta de sua mentora. Esme Cullen quando viu a sua aluna, se segurou para não cair em lágrimas junto com ela.
Esme tentou conversar com ela, mas Isabella disse que preferia analisar as suas opções antes de conversar com sua mestre. A ex-bailarina do Bolshoi não discutiu com a jovem, por mais que seu coração quisesse ajudar Isabella a achar uma solução.
Há algumas salas de distância, Edward também recebia sua lista de opções, e assim como sua namorada – mesmo que inconscientemente – pediu para que se pudessem analisar suas opções no dia seguinte.
O jovem casal andava cabisbaixo e desolado pelos corredores da Juilliard toda a alegria, vontade de viver até o último minuto aproveitando os momentos juntos se esvaiu, ambos não faziam a mínima idéia do que o futuro reservava para eles, somente que este seria duro e terrível.
Edward e Isabella se encontraram minutos depois e sem qualquer palavra caíram nos braços um do outro, em um abraço apertado. Não eram necessárias palavras, somente estar ali abraçados por tanto tempo que quando viram o crepúsculo despendia no horizonte. O ruivo guiou sua namorada até seu carro, ele sentia uma necessidade de passar a noite com ela, era como se necessitasse de ar. Bella por sua vez, estava confusa ela não sabia o que pensar, por conta disso deixou que Edward a guiasse onde fosse, e não foi surpresa nenhuma para a morena que ele os levou ao seu apartamento.
Apesar de tentarem iniciar uma conversa leve, como o que pediriam para jantar, o peso das escolhas que deveriam fazer se tornou presente, e foi usando toda a dissimulação – mesmo que isso fizesse doer seus corações -, eles trocaram de listas dando falsos parabéns animados quando viram que a primeira opções nas suas listas eram aqueles que mais desejavam: Bolshoi e a Orquestra de Viena.
Foi com um desespero alucinado, com uma paixão fervorosa, um medo incontrolável que se amaram naquela noite. A cada toque, a cada carícia, a cada movimento, a cada beijo, eram como se estivessem se despedindo, como se nunca mais seus corpos e suas almas se conectariam. Isabella tentou segurar suas lágrimas durante todo o tempo, mas quando Edward caiu exausto, dormindo em segundos, ela caiu em um choro silencioso.
A morena estava desolada, e foi com um aperto no coração que saiu da cama junto com seu amor, se vestindo com pressa, mas antes de sair do apartamento do ruivo deixou um pequeno bilhete ao lado de sua lista de opções. Isabella agradecia pelos momentos incríveis que ele havia lhe proporcionado nos últimos dois meses, mas que agora havia chegado o momento que eles torceram para nunca chegar, a despedida para sempre.
Um grito de desespero rompeu os lábios de Edward quando leu as palavras de Bella. Ele estava tentando de toda a forma procurar alternativas para ficar ao lado de Isabella, mas ele não fora aceito na Orquestra de Moscou, e nem ela no Ballet de Viena. Eles não tinham opções, pois nenhum dos dois gostaria de continuar em Nova Iorque, por mais que tivessem sido aceitos em ambas as companhias da cidade.
Isabella não conseguiu dormir a noite, a falta de Edward a abraçando e principalmente a separação iminente, todo o corpo da morena parecia estar perdendo o calor, e foi com um desanimo palpável e olhos inchados que foi procurar sua mentora Esme.
A linda mulher aguardava sua aluna que era como sua própria filha com o coração na mão, mas nada superou seu desespero quando viu Isabella, ela viu o próprio reflexo na jovem, ela estava vendo que um outro casal que fora feito um para o outro teria que ser forçado a se separar, e jogando seu profissionalismo de lado no momento abraçou firmemente Isabella, a convidando para um passeio no Central Park, para conversarem em um lugar menos "carregado". A morena concordou sem hesitar, acompanhando sua mentora e exemplo de mulher no mundo das artes pelos corredores abafados da Juilliard e sendo banhadas pelo sol escaldante do verão nova iorquino.
Longe do coração de Manhattan, em uma sala escura, estava Edward, distraidamente tocando a sinfonia dele e Isabella. Carlisle só de vê-lo naquela posição soube o que estava acontecendo, e assim como a sua esposa ele estava se vendo no lugar do ruivo, ele tinha que ajudar aquele jovem casal, assim como sabia que sua esposa estaria ajudando, ele faria qualquer coisa para que aqueles jovens não sofressem o que ele e Esme sofreram quando fizeram aquela equivocada escolha.
Esme puxou um papo leve com Isabella, como fazia dias que não conversava com sua aluna, a questionou sobre sua rotina de treinamentos, sua ansiedade, até que o assunto inevitável apareceu entre elas. A experiente mulher ouviu sem dizer nada a história dos dois alunos que ela e seu marido uniram, e viu o drama de Bella a olhos nus. Esme estava sentindo a mesma dor da jovem, pois estava se lembrando de sua própria história.
Na pequena sala na Juilliard School, Carlisle foi sem rodeios conversar com Edward, perguntou se ele já havia escolhido o seu futuro, dando ao jovem uma brecha para dizer o que estava acontecendo, e enquanto o ruivo narrava à infelicidade dele e Isabella, o loiro relembrava o mesmo drama que viveu.
Mesmo estando distantes um do outro, Carlisle e Esme começaram a contar sua história a Edward e Isabella respectivamente no mesmo momento. Os jovens ficaram surpresos com a semelhança das histórias entre eles e seus mentores, nunca imaginaram que as pessoas que eles se inspiraram passaram por algo tão similar. Isabella e Esme choravam juntas enquanto a incrível mulher de cabelos caramelo lhe contava o sofrimento que fora se separar de Carlisle. Por sua vez Edward tocava uma sinfonia melancólica enquanto ouvia sobre a separação dele e de sua esposa, que durou alguns longos anos.
A coincidência entre as situações deixaram os jovens surpresos, e mesmo sabendo que seria antiético perguntar a seu professores o que fariam se estivessem na situação deles, ambos questionaram.
Esme sorriu animada que sua aluna estava lhe perguntando justamente o que mais gostaria de responder, e segurando na mão de Isabella enquanto observavam os cisnes a mulher lhe respondeu,
- Eu sei Isabella que seu sonho sempre foi ir ao Bolshoi, mas algo que eu aprendi é que nem sempre nossa felicidade está onde nossos sonhos queriam estar, às vezes nossa felicidade está onde você menos espera.
Carlisle por sua vez, parou um segundo reunindo seus pensamentos antes de questionar Edward,
- Quantos lugares iguais vocês foram aceitos? – perguntou sem rodeios.
- Dois, eu acho. – respondeu o jovem sem hesitar, Carlisle sorriu dando um leve sorriso a Edward, que entendeu a mensagem, e dizendo um obrigado animado a seu mestre saiu correndo pelos corredores da Juilliard até a sala de Esme onde esperava encontrar Isabella.
No Central Park Isabella acabava de ouvir a mesma sugestão de sua professora, e sorrindo brilhantemente a Esme, a agradeceu; e junto com a mulher começou a caminhar a passos rápidos para a saída do parque indo em direção à escola.
Mas antes de ver que solução os jovens tomariam, o destino quis brincar com eles, pois os dois se desencontraram. Enquanto Edward aguardava Isabella – que nunca chegava – primeiramente na sala de Esme e depois em seu dormitório, a morena o procurou no setor de música e depois no apartamento do ruivo.
Foram horas que eles esperaram um ao outro, mas vendo que não iam aparecer que talvez fosse tarde demais para uma solução seguiram para um café que tinham descoberto recentemente que ficava situado exatamente entre o apartamento de Edward e os dormitórios da Juilliard, e foi com uma surpresa magnânima que ambos se encontraram na entrada deste café.
Edward abriu seus braços, e sem qualquer palavra Isabella se jogou em seus braços, sentindo o perfume viciante de seu namorado, enquanto o ruivo se entorpecia com o aroma de morangos que emanava de sua Bella, e quando o abraço não passava tudo o que desejam ambos se olharam nos olhos recrutando um beijo avassalador, que não fora negado por nenhum dos dois.
Só quando o ar estava escasso e eles estavam confortavelmente sentados abraçados dentro do café que ambos em uníssono pediram a mesma coisa: a lista um do outro. E tanto Edward, quanto Isabella sorrindo brilhantemente entregaram ao parceiro.
Bella, que já havia decorado sua lista, olhava seguidas vezes o nome dos lugares que Edward havia sido aceito. O ruivo observava a lista de sua amada e vez ou outra lançando olhares a sua para ver se combinava os resultados.
Ambos notaram que realmente somente dois lugares que eles podiam ir juntos: Nova Iorque – ela no ballet e ele na orquestra, ou em Paris, mais especificamente na Ópera de Paris*, foi com um sorriso divertido que Edward questionou Isabella:
- O que você acha de irmos para a Cidade Luz*? – Isabella, levantou de onde estava e com seus incríveis olhos castanho como chocolate, olhou nos profundos olhos verdes esmeraldinos de Edward antes de lhe responder,
- Eu adoraria ir para a Ópera de Paris com você. – e sem qualquer outra sentença o ruivo puxou a morena para um beijo sôfrego.
Apesar da idéia de despedida que seus corpos tinham no dia anterior, foi com fervor que eles se amaram aquela noite, juras de amor e promessas de amor eterno.
No dia seguinte mandaram suas respostas a Paris, e começaram a se preparar para a nova vida, porque depois de conversarem com seus pais, ouvirem a história de seus mentores, e ver o quanto se amavam, não tinha outra opção para os jovens amantes se não morarem juntos.
Com a ajuda de Esme e Carlisle, Edward e Isabella encontraram um apartamento para alugar parecido com o que o ruivo vivia em Nova Iorque, e da mesma maneira possuindo um estúdio para que ambos pudessem juntos ensaiar. Desta maneira na primeira semana de agosto os dois jovens amantes seguiram rumo a sua nova morada para a cidade do amor, onde mostrariam seu talento.
Apesar de terem escolhido a Ópera de Paris, as demais companhias que tinham oferecido vagas a ambos os chamavam esporadicamente para participarem de recitais e apresentações, e foi após um ano e meio que estavam em Paris, que com uma emoção incrível Bella fez seu solo no Bolshoi sob os olhares apaixonados de Edward, que estava na primeira fila olhando fascinado sua namorada, e depois da parada em Moscou seguiram para Viena, onde Edward apresentou a sua sinfonia e de Bella acompanhada da melhor orquestra do mundo.
Apesar de ser apenas uma apresentação nos lugares que eles sempre sonharam nenhum se sentiu mal, na verdade eles estavam mais que realizados, e o sorriso não saía de seus rostos na volta à Paris. Mas Isabella nem imaginava que Edward tinha outros planos antes de irem para casa.
Assim quando o avião pousou no começo da noite em Paris. Edward guiou Isabella até seu Volvo negro, com Isabella no banco do passageiro os levando até a Pont Saint Michael*, a morena ficou intrigada do por que Edward estaria a levando ali, mas quando o seu namorado lhe abriu sua porta a convidando para acompanhá-lo em um passeio ela o fez sem questionar.
Quando estavam no meio da ponte, Edward se ajoelhou em frente a sua Bella, tirando uma pequena caixinha de cetim negro de seu bolso, perguntou com seus olhos verdes brilhando olhando Isabella como que ela fosse à única mulher da face da terra.
E ela era, pelo menos para ele.
- Bella... você quer se casar comigo? – abrindo a pequena caixinha com o belíssimo anel de outro branco, com uma única – mas imensa – pedra de diamante em seu centro contrastando com o cetim.
Isabella olhava do anel a Edward, ela não tinha palavras por isso murmurou um pequeno "sim" que fez seu agora noivo sorrir apaixonado enquanto deslizava o anel em seu dedo anelar, e em seguida puxando-a para um beijo apaixonado.
Foi assim que um ano e meio depois, em meio ao inverno de dezembro na Cidade Luz, sob uma fina neve e as luzes fascinantes que tomavam Paris, que Isabella Swan se tornou a senhora Swan-Masen, mostrando a todos como uma simples sinfonia, se tornou não só sua vida, mas a de seu marido.
Eles provaram a todos que juntos fizeram a melhor sinfonia que o amor pode ter. A Sinfonia do Amor.
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FIM
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Notas:
*Casa La Femme: restaurante nova-iorquino localizado na Charles Street, um lugar romântico e exótico, onde a culinária egípcia e do norte de Alexandrina. http://casalafemmeny(ponto)com/gallery/
*Metropolitan Opera: o Metropolitan Opera House é um dos principais palcos de ópera no mundo. O Met, como é conhecido, é uma das doze organizações residentes do Lincoln Center for the Performing Arts. http://benchlandblog(ponto)com/wp-content/uploads/2008/10/ny-metropolitan-opera(ponto)jpg
*A Flauta Mágica: opera de dois atos, que foi composta por Mozart e pelo alemão Emanuel Schikaneder. Esta opera mostra a filosofia do Iluminismo, trazendo os conceitos de liberdade, igualdade e fraternidade da Revolução Francesa. http://pt(ponto)wikipedia(ponto)org/wiki/Die_Zauberflöte
*Tutu Romântico: http://www(ponto)polyvore(ponto)com/cgi/img-thing? (ponto)out=jpg&size=l&tid=1016549
*Passion:paixão em francês.
*Super Bowl: como é conhecido o jogo final da liga de Futebol Americano (NFL) nos Estados Unidos, é o maior evento desportivo e a maior audiência televisiva do país, assistido anualmente por milhões de pessoas nos Estados Unidos e em todo o mundo.
*Staten Island Ferry: http://alxnd(ponto)files(ponto)wordpress(ponto)com/2010/03/statenislandferry(ponto)jpg
*Ópera de Paris: é uma instituição musical, sucessora da fundada em Paris por Luís XIV em 1669 com o nome de "Academia Real de Música" (Académie Royale de Musique). É uma das mais antigas instituições do gênero do mundo. Académie Royale de la Danse foi antecesora da criação da Académie Royale de Musique, que foi fundada em 1669. Em 1672, o rei Luís XIV concedeu a Jean-Baptiste Lully, um renomado compositor, bailarino e mestre de dança, a direção da Académie Royale de Musique, que era dotada de uma Escola Oficial de dança, que originou o que hoje conhecemos como Ópera de Paris. http://pt(ponto)wikipedia(ponto)org/wiki/%C3%93pera_de_Paris
*Cidade Luz: era o centro cultural da Europa, cuja efervescência durante o Iluminismo lhe permite ainda hoje carregar o título de Cidade Luz.
*Pont Saint Micheal: ponto sob o rio Sena, próximo a Catedral de Notredame e a praça do anjo em Paris, lugar conhecido por seu altamente turístico e romântico. http://media(ponto)kickstatic(ponto)com/kickapps/images/21864/photos/PHOTO_6797703_21864_14053821_main(ponto)jpg
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N/A: Acreditem, eu sei que esse final foi super clichê! *HUAHUAHUAHUA*
Olá meus amores, então é eu demorei mais do que prometi para postar essa continuação, mas se eu contar como meu mês foi uma loucura vocês não iriam acreditar. Bem... eu tardo mais não falho... sim, sim, sim... eu posso demorar dias, semanas, meses que sempre faço.
Bem... como vocês puderam ver foi uma história de amor, BEM açucarada, e quem já está acostumado com o que eu escrevo sabe que eu ADORO dar uma dramatizada em tudo, afinal porque eu me denominaria Drama Queen se não gostasse de um drama?! *KKKKKKK*
Chega de narcisismo Carol!
Como eu disse na primeira parte essa fanfic foi escrita em comemoração ao meu um ano de ficwriter, que como eu já disse também só se tornou possível por causa de vocês, sem vocês eu nunca teria escrito essa fanfic, nunca sequer teria completado um ano de ficwriter, escrever essa história para vocês foi o mínimo que pude fazer para agradecê-los pelo carinho.
Agradeço a todos que leram e comentaram, fiquei apaixonada por cada comentário... sei que demorei para atualizar, por isso agradeço a paciência de vocês também! Obrigada as minhas betas incríveis lou5858 e Mayh Cardoso, elas fizeram essa história sair redondinha também, acredite.
Obrigada mais uma vez a todos, e espero que apesar dessa duo-shot acabar que vocês deixam reviews e comentários, ok?!
Amo muito todos vocês!
Beijos,
Carol.
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N/B¹: Unf! Odeio, odeio, odeio não ter a razão em algum assunto! Quando Carol me falou do final que ela havia planejado eu não hesitei em expor as minhas preocupações quando a real felicidade deles; que o fato de ambos abdicarem de sonhos que possuíam desde criança para entregarem-se a um amor, seria um erro. Um erro que fatalmente geraria ressentimento, arrependimentos e tristeza. Mas cara... caaaara, foi tão lindo e encaixou tão perfeitamente com a história de ambos!
Acho que Edward e Bella aprenderam juntos a importância de ceder. Incrível que eles tiveram que aprender para conseguir conquistar seus sonhos, mas a realidade originada das escolhas foi uma totalmente impensável! Orgulhosos demais para enxergar as possibilidades não perceberam, até o último momento, que talvez o que eles sempre quiseram não fosse exatamente o lugar em que se dedicariam às artes, mas como o fariam. *suspira*
Eu odeio você, lôra, por me mostrar o quão errada eu estive.
Mostrem pra essa cabeça de bagre, que alguns chamam de Carol Venancio, o quanto vocês gostaram dessa 2shot! :)
Beijocas,
~lou5858
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N/B²: Queridas, que liiindo. Vocês devem ter gostado do final tanto quanto eu. Definitivamente eu JAMAIS imaginaria a Carol escrevendo algo assim. Ela nem colocou muito drama.
Quando li que os dois seguiriam seu caminho eu já pensei que fosse demorar HORRORES para que eles ficassem juntos, mas não, dessa vez ela foi super boazinha e não nos torturou muito.
Muito lindo o final, na verdade a história toda foi muito linda. Super coerente. No começo eu imaginei como a Lou, não sei se deixarem seus sonhos de lado seria uma boa para a relação deles, mas ainda bem que não afetou em nada, tanto que se casaram.
Eu confesso que chorei *novidade* lendo, como sempre faço nas histórias da Carol, ainda mais quando me encontro nesse estado lastimável.
Carol, parabéns pela linda história. Totalmente doce, mas claro que picante também. Jamais imaginaria que você fosse escrever algo assim, confesso que me surpreendeu e para melhor.
Com toda a certeza nós é que ganhamos o presente por seu um ano de ficwriter. Parabéns mais uma vez e parabéns a Lou por betar a história junto comigo.
Beijos,
Mayarah.