Avisos:

- Para melhor entendimento dessa fanfic, é necessário ler Just Good Friends.

-Caso alguém não tenha visto o trailer dessa fanfic, o mesmo se encontra no meu perfil.

-Essa fanfic, provavelmente, só será atualizada em março. Não me matem!

N/A : YAY! Antes que queiram me matar pelo aviso acima, eu vou logo me explicando: Algumas pessoas me pediram para postar uma amostra da fic, e é isso que estou fazendo. Eu até posso postar antes de março, mas é que eu quero adiantar bastante ela antes de começar a postar, sem contar que ele não é minha única fic, então eu não prometo nada. Agora vou calar minha boca, ou melhor, calar meus dedos e deixar vocês lerem o capítulo.

Capítulo 1- Bella, sempre adormecida.

[BPOV]

Eu podia sentir todo o meu corpo sendo violentamente sacudido, enquanto eu dormia. O que será que estava acontecendo? Seria um terremoto?

Abri os olhos, e vi que não se tratava de um terremoto. Melhor dizendo, não se tratava de um terremoto comum, já que esse tinha nome e sobrenome. Matthew Anthony Cullen. Meu lindo sobrinho de quase quatro anos, que no momento achava que minha cama era algum tipo de cama elástica que ele podia ficar pulando.

Olhei para o relógio, e este marcava sete da manhã. Como uma criança podia estar acordada e em pleno vapor, enquanto eu mal conseguia formar uma sílaba coerente para falar?

-Tia Bella!- Ele gritou quando me viu acordada. Matt parou de pular e veio se jogando em cima de mim, me abraçando.

Eu não sabia se era a genética ou a convivência, no meu caso apenas a última se encaixava, mas às vezes parecia que ele era uma mistura de nós seis em um único ser.

-O que você está fazendo aqui, pimpolho?- Perguntei, quando ele finalmente me soltou.

-Eu acho que vou ficar aqui. – Ele respondeu, meio confuso.

Escovei meus dentes, lavei o rosto e dei um jeito naquilo que eu chamava de cabelo, antes de ir para a cozinha.

-Bom dia, Bella adormecida.- Edward me cumprimentou, assim que entrei na cozinha.

-Bom dia.- Respondi ainda sonolenta. Ultimamente eu estava com mais sono do que de costume.- Para quê tudo isso?- Perguntei, apontando para o banquete em forma de café-da-manhã que estava em cima da mesa.

-É apenas uma das maneiras que eu encontrei para te agradecer por você ter me tornado o homem mais feliz do mundo há quatro anos atrás.- Ele se aproximou lentamente de mim, até que envolveu seus braços em volta da minha cintura.

-Eu não sabia que eu tinha feito você ganhar na loteria.-Provoquei.

-É, e eu conquistei o maior prêmio.- Ele respondeu, com seu tão famoso sorriso torto. Eu me perguntava todos os dias como eu podia ser tão sortuda. Claro que eu desisti de achar a resposta quando senti seus lábios moldando-se perfeitamente aos meus.

Não importava quantos anos haviam se passado desde a primeira vez que eu o beijei, tudo ainda era igual. As sensações que ele me provocava, as emoções que eu sentia, era como se fosse a primeira vez que eu o beijava.

Eu acho que eu nunca me cansaria de beijá-lo. Ele era uma droga, da qual eu nunca iria me desintoxicar.

O abraço dele se apertou na minha cintura, e minhas mãos foram para seus cabelos, quando nossas línguas se juntavam em uma dança envolvente e sensual, há tanto conhecida.

Se ele continuasse assim, eu não deixaria ele ir trabalhar hoje.

-Alôoou! Eu ainda estou aqui.- Rosalie gritou do outro lado da cozinha. Agora eu entendia o que o Matt está fazendo aqui.

Edward e eu nos separamos, e eu já podia sentir meu rosto ficando vermelho. Se eu soubesse que tinha uma audiência, eu teria maneirado um pouco.

-Você e o Emmett já fizeram coisas piores. – Edward disse, e Rosalie ficou olhando para suas unhas, ignorando-o.

-Que seja!- Ela respondeu dando de ombros.- Apenas controlem-se perto do meu filho.

Eu tive vontade de perguntar se ela e o Emmett se controlavam quando estavam perto do Matt, mas achei melhor ficar calada antes que sobrasse para mim.

-Agora eu tenho que ir trabalhar, afinal nem todos estão de folga por aqui. – Edward anunciou. Hoje era o meu dia de bancar o Ferris, e eu não estava nem um pouco afim disso.

Talvez porque tirar o dia de folga seja mais emocionante quando não se tem nenhum tipo de responsabilidades.

-Vê se não demora. - Disse com um biquinho parecido com o da Alice.

-Eu prometo.- Ele respondeu, antes de me beijar rapidamente nos lábios.- Eu te amo.

-Também.- Respondi, me perdendo rapidamente em seus olhos verdes.

Edward se despediu da Rosalie e do Matt, antes de pegar sua pasta que estava na sala e ir ao trabalho.

-Eu também tenho que ir.-Rosalie disse, levantando-se de onde ela estava sentada.- Pego ele às cinco, ok?

-O que vocês estão aprontando?- Arqueei uma das minhas sobrancelhas. Quando as mulheres Cullens se juntavam, com certeza não podia sair boa coisa disso. É claro que eu era a única exceção à regra.

-Nada de grave, eu prometo. – Ela respondeu, antes de me dar um beijo no rosto.

-Tchau Rose.- Me despedi.

-Tchau Bella. Tchau Matt.- Ela correu até a sala e deu um beijo no filho.

-Tchau mamãe.- Ele respondeu, com seu sorriso infantil, que fazia suas covinhas aparecerem.

-Comportem-se! – Rose avisou, antes de sair pela porta.

Me virei e encarei o pequeno que estava na sala.

-O que a gente vai fazer, tia?- Ele perguntou, com seus olhinhos azuis, cintilando de excitação.

Minha vida, como dá para notar, havia mudado drasticamente nos últimos quatro anos.

Eu não era mais a editora chefe da ItGirl. Esse posto passou a ser muito bem ocupado pela Leah.

Eu nem precisava comentar que o Jacob estava odiando ter a namorada como chefe. É, desde o meu casamento eles meio que começaram a se acertar, e semanas depois começaram a namorar. E eu não cansava de jogar na cara dele, sempre que podia, o quanto eu estava certa.

Mas eu não havia abandonado a revista por completo, eu ainda fazia algumas entrevistas e escrevia alguns artigos periodicamente.

Eu ainda trabalhava na Breaking Dawn Editoras, mas agora há alguns quarteirões da sede, editorando livros.

Quando o Frank me ofereceu a vaga eu não pensei duas vezes. E sinceramente eu não me arrependia. Ser paga para ler livros? Eu poderia chamar isso de emprego dos sonhos.

Bem, e o que isso tem a ver com o garotinho parado no meio da sala?

É simples!

O meu querido chefe resolveu me dar uma folga, já que aparentemente, eu estava cansada demais nas últimas semanas. Eu relutei, mas acabei aceitando. Não se pode discutir com o Frank.

Coincidentemente, minha folga caiu na mesma data do meu aniversário de casamento. O que me leva ao jantar que Alice estava organizando. Eu tentei dizer a ela que isso era uma comemoração minha e do Edward somente, mas ninguém faz aquela baixinha teimosa desistir de suas idéias.

E para me deixarem de fora de toda a preparação, eu fiquei responsável em cuidar do Matt. Nada sutil, né?

-Depois que eu tomar um café eu te respondo.- Matt assentiu, e me seguiu até a cozinha.

Coloquei o café na xícara e logo o aroma invadiu minhas narinas fazendo meu estômago embrulhar. O que estava acontecendo? Eu tinha que ficar doente justamente hoje?

Saí correndo em direção ao banheiro, e vi o Matt me olhar assustado. Felizmente, consegui chegar ao banheiro antes que meu corpo expelisse seja lá o que estivesse no meu estômago.

Eu devia ter comido alguma coisa estragada no dia anterior, não teria outra explicação.

-Tia Bella, tá tudo bem?- Matt perguntou quando saí do banheiro.

-Tá tudo bem, pimpolho. – Passei a mão nos seus cabelos, numa tentativa de tranquilizá-lo. - O que você quer fazer hoje?

-Ve desenho, bincar de pique-esconde, ir ao paque e toma sovete.- Ele falava, enquanto enumerava suas atividades com os dedos.

-Então vá vendo o seu desenho enquanto eu procuro alguma coisa para comer que não vá me fazer vomitar.- Ele fez uma careta ao ouvir a última palavra, e se sentou no sofá, ligando a TV logo em seguida.

Fiquei encarando tudo o que estava na mesa.

Era incrível o fato de eu ainda sentir fome depois do que aconteceu. Comi as torradas, as panquecas e tomei o suco. Isso era mais do que eu comia diariamente nas manhãs.

Voltei para a sala, Matt estava assistindo um desenho louco de um garoto que usava um relógio que parecia ser grande demais para o pulso dele.

-O que é isso?- Perguntei, me juntando a ele no sofá.

-Ben 10.- Ele respondeu como se fosse a coisa mais óbvia do universo.

-E o que ele faz?- Perguntei, curiosa.

-Ele apeta o relógio e vila um dos dez supelelóis que vem dento dele.- Ele respondeu sem tirar os olhos da televisão. Dez super-heróis em um único garoto? O que aconteceu com o trabalho em equipe? Até os desenhos de hoje incentivavam ao individualismo. Ótimo, agora eu estava analisando um desenho. Eu sabia que ajudar a Betty na editoração daquele livro de psicologia não seria boa coisa.

-Agora eu entendi porque o relógio é tão grande. – Matt olhou para mim e revirou os olhinhos diante do meu comentário idiota. Eu também teria feito isso, caso não tivesse sido eu a ter feito o comentário.

Fiquei assistindo aos desenhos com ele, embora assistir não era a palavra mais adequada para isso, já que eu estava praticamente dormindo ali no sofá.

Eu precisava tomar café, mas só de pensar nisso já sentia meu estômago revirando.

Como ficar acordada sem cafeína?

A única coisa que me despertou foi o barulho irritante do telefone.

-Alô.- Atendi ao telefone.

-Tsunami, meu baixinho já está aí?- Desde o meu casamento, Emmett insistia em me chamar desse jeito. Algo sobre eu derrubar tudo o que eu vejo pela frente, ou alguma coisa desse tipo. Era isso o que eu ganhava por ter me casado com o irmão dele.

-Já sim- Respondi.- Matt, seu pai no telefone.- Ele voou e pegou o telefone da minha mão.

Enquanto Matt falava com o pai, fui até a cozinha ver se tinha alguma coisa que poderia ser transformada em almoço.

Nada!Como eu também não estava com a mínima vontade de cozinhar, nem me importei.

Amanhã eu me preocuparia com isso. Hoje eu estava de folga.

-Quer ir ao parque agora?- Perguntei ao Matt, que já tinha desligado o telefone.

-Anham!- Ele respondeu animado

Coloquei o Matt na cadeirinha, que já tinha lugar cativo no meu carro, e dei partida no mesmo. Sim agora eu tinha um carro. Depois do casamento, e do nascimento do Matt eu tinha finalmente comprado meu carro.

Só que aquele não era o carro que eu estava dirigindo no momento.

No nosso primeiro aniversário de casamento, Edward me deu um Ashton Martin preto. Ele dizia que o carro que eu tinha comprado não era bom o suficiente, e acabamos discutindo. Começando com a incapacidade automotiva da minha Chevy baby, que descanse em paz, passando pelo carro que eu tinha comprado, e acabando com o fato dele ter gastado dinheiro demais em um presente para mim.

Ele sabia que eu odiava presentes caros, mas parece que ele nunca me ouvia.

Levei o Matt até o parque que ficava próximo ao apartamento, e ele saiu correndo em direção ao playground que tinha ali.

Eu me sentei no banco, e fiquei ali, apenas observando-o.

Ele havia crescido tão rápido. Parecia ter sido ontem que tivemos que sair correndo para o hospital porque a Rose estava dando a luz.

Ele havia transformado todos nós.

Principalmente Emmett, que parecia ter ficado um pouco mais responsável com a chegada do filho.

Mas, só um pouco.

Depois de um tempo, Matt parou de brincar e veio correndo até mim.

-Tia, eu tô com fome. – Ele reclamou.

-E o que você quer comer?

-Eu queria hambúrguer, mas minha mãe não deixar eu comer na hora do almoço.- Ele respondeu com um biquinho. Eu disse que ele tinha características parecidas com a dos tios.

-Então que tal se fizermos disso o nosso segredo?- Trocamos um olhar cúmplice, e ele sorriu.

-Tia Bella, você é a melhor.- Ele me abraçou.

-Só não deixe sua tia Alice descobrir. –Comentei, rindo.

Fomos até uma lanchonete que ficava próximo ao parque. Eu pedi hambúrguer, batatas-fritas e refrigerante, tanto para mim quanto para o Matt.

Rosalie me mataria se descobrisse isso.

Nós saímos dali, e fomos para onde o carro estava estacionado. No caminho acabamos passando em frente a uma cafeteria e o cheiro de café logo me atingiu.

Pronto, lá se foi o meu almoço. Dessa vez nem consegui chegar ao banheiro. Por sorte, não tinha muita gente na rua naquele momento.

-Tia, acho melhor você i no médico.- Ele me aconselhou.

-Nós vamos lá agora.- Garanti-o.

Eu só podia ter comido alguma coisa que me fez mal. Eu nunca tive um estômago sensível.

Só que pensando bem, eu não tinha comido nada de diferente ontem.

Nem nada que parecesse estar estragado.

Engraçado, a última vez que eu vi alguém passar mal assim foi quando a Rose estava...

Ah. Meu. Deus.

Será que eu tô... grávida?

Isso não era possível.

Eu nunca deixei de tomar o meu remédio, a não ser...

Então? Gostaram? *_*