Nota da autora: Agradeço a todos que acompanharam essa fic. Os comentários me deixaram muito feliz, alguns me divertiram demais ! Essa fic chega ao fim, mas ela vai ter uma continuação. Vai ser a primeira continuação de fics escrita por mim...

Título: Segredo em dose dupla

Autor: Fernanda

Capítulo 23

CUIDADO: NC-25

***

Resumo do capítulo anterior:

_ Devagar, doutora. - ele disse. - Não se atreva a fazer nenhuma besteira ou atiro na sua barriga. Afinal você quase me matou da mesma maneira, se lembra ?

Temperance não respondeu. Ela se perguntava onde estaria Booth. E os outros agentes que vigiavam a entrada do prédio. Ele pareceu ler seus pensamentos.

_ Seu namoradinho está morto. - ele disse. - Eu o acertei, bem na cabeça.

Ela estremeceu.

_ Ele não pode estar morto... - ela disse num sussurro.

_ Mas está ! Caído no chão da sua própria sala ! Foi o que ele mereceu por se meter no meu caminho.

Temperance sentiu lágrimas quentes escorrendo por seu rosto e um soluço escapou de sua garganta.

_ Não chore, doutora ! Eu vou satisfazê-la antes de matá-la. Não precisa mais dele.

Ela segurou com força a faca embaixo do travesseiro, um capricho que a fazia dormir melhor e agora poderia ser sua salvação. Temperance observou quando ele começou a andar pelo quarto, a arma não mais apontada para ela.

_ Bem modesto... - ele disse. - Sua casa é mais bonita, doutora. Deve ter bem mais dinheiro do que seu namoradinho...

Tinha que ser agora, era sua chance, ela pensou, vendo-o dar-lhe as costas. Temperance jogou a faca com precisão, atingindo-o na perna, fazendo-o gritar e perder o equilíbrio. Ela pulou da cama e correu, ouvindo os estilhaços quando um tiro atingiu o batente da porta. Ao ver Booth caído na sala ela sentiu uma dor profunda e quis abraçá-lo, mas não podia ficar ali, precisava fugir e salvar a vida dos filhos deles.

Ela se assustou ao ver outro tiro atingindo o abajur ao seu lado e correu novamente, mas antes que alcançasse a saída ela foi agarrada pela cintura por um braço forte e jogada atrás do sofá, junto de seu salvador, enquanto um tiroteio se iniciava no apartamento. Ela bateu a cabeça no chão ao cair e uma forte tontura a invadiu, fazendo-a perder os sentidos.

Continua...

Booth resmungou um palavrão. Era como tentar se mover em meio a um pântano, lutando contra a dor e a escuridão. Não podia desmaiar novamente, não até ter certeza de que Bones estaria a salvo. Ele respirou fundo, a visão toldada pelo sangue que escorria sobre seus olhos, a dor em sua cabeça a ponto de deixá-lo louco.

Travis o apanhara de surpresa, vindo por trás e atirando. Por sorte a bala tinha passado de raspão, mas abrira um enorme corte em seu couro cabeludo e o ferimento sangrava sem parar. Não tinha idéia de quanto tempo ficara desacordado mas, quando percebera Bones ao seu lado, ele tinha arranjado forças sabe-se lá de onde para agarrá-la e se jogar com ela atrás do sofá, protegendo-a com seu corpo. Só esperava não tê-la machucado e nem aos bebês.

Os tiros cessaram em poucos minutos e ele tentou se erguer, preocupado, pois ela não se mexia. Booth se lembrava vagamente de ver os agentes entrando pela porta da frente, atirando na direção do quarto. Percebeu alguém ao seu lado e piscou, tentando um foco melhor.

_ Booth ! Você está bem ? Pode me ouvir ?

_ Eu levei um tiro, Martin. - ele disse ainda tonto. - A Bones está bem ?

Martin notou que ela começava a recobrar os sentidos. Ela empurrou Booth pelos ombros, pois ele permanecia praticamente em cima dela.

_ Eu não consigo respirar... - ela reclamou.

Booth se sentou e a ajudou a se erguer. Ela só agora percebeu que era ele quem a segurava contra o chão, protegendo-a na hora dos tiros. Ela o abraçou pelo pescoço.

_ Você está vivo ! - ela gritou.

Ele retribuiu o abraço mas fez uma careta de dor. Ela se afastou ao notar o rosto dele coberto de sangue. Booth percebeu o pânico no olhar dela.

_ Eu estou bem, Bones ! Calma ! O tiro foi de raspão !

Ela começou a chorar e Booth a abraçou novamente. Ele olhou para Martin.

_ Onde está ele ? - perguntou.

_ Morto na escada de incêndio, Booth. Eu mesmo atirei. Dois tiros no peito, não aterrorizará mais ninguém nesta vida !

Booth soltou um suspiro de alívio e ela estremeceu.

_ Você salvou as nossas vidas, cara ! Como sabia que ele estava aqui ? – ele perguntou intrigado.

Martin sorriu.

_ Eu vi a luz da sala acesa e te liguei, achei que quisesse conversar, já que estava acordado. Como você não atendeu, achei melhor verificar. Quando subimos as escadas encontramos seu vizinho morto, Booth. Travis se escondeu no apartamento dele. Provavelmente entrou no prédio no carro dele, escondido.

_ Te devo minha vida. Obrigado ! – Booth disse apertando a mão do amigo, mas sem soltar Temperance.

A viagem até o hospital foi curta. Lá eles foram separados e Booth estava impaciente enquanto os médicos faziam uma série de exames neurológicos e radiografias. Só depois de terem certeza de que ele estava bem, resolveram costurar o corte.

Temperance estava em um quarto do hospital, em companhia da Ângela, aguardando o retorno do médico com seus exames. Ela tinha trocado a camisola por um pijama trazido pela amiga. Ela sentiu um alívio enorme ao se livrar da roupa toda ensangüentada. Estremeceu ao pensar em quão perto da morte Booth chegara desta vez.

Assim que a porta se abriu ela pensou que fosse ele, mas era Booth, deixando-a ainda mais aliviada.

_ Até que enfim, Booth ! Eu estava pensando que seu estado havia piorado !

Ele se aproximou e sentou-se com ela na cama, segurando sua mão.

_ Eu estou bem. Eles apenas não acreditavam em mim e eu precisei fazer um monte de exames. E quanto a você ?

_ O médico ainda não voltou.

Ângela se levantou.

_ Bom, eu vou deixá-los sozinhos...

_ Não ! - eles disseram juntos.

Temperance continuou.

_ Não precisa ir. Por favor, fique, Angie ! Eu preciso de uma amiga !

_ Ok, quem resistiria a um pedido desses... - ela brincou.

_ Eu não posso ficar aqui com ela. Tecnicamente eu também estou internado. Vou ficar num quarto no fim do corredor. Por favor, fique com ela.

_ Pode deixar, Booth. Eu tomo conta dela.

_ Obrigado, Ângela.

O médico entrou com a enfermeira, interrompendo-os. Booth se levantou mas não soltou a mão dela.

_ Boa noite. - o médico disse com um sorriso. - Ou seria melhor, boa madrugada ? - ele brincou. - Dra. Brennan, eu estou um pouco preocupado com sua pressão. Ela está um pouco alta e eu vou mantê-la em observação por um ou dois dias, se ela não baixar, precisaremos fazer o parto.

_ Mas ainda é muito cedo ! - ela disse em pânico.

_ Procure se acalmar. Não é definitivo e os bebês estão bem, mesmo que precisem nascer antes do tempo, tenho certeza de que ficarão bem, não se preocupe. Agora só o que pode fazer é descansar, está bem ? - ele olhou para Booth. - E o senhor trate de voltar para sua cama, agente Booth !

Temperance apertou a mão de Booth. Ele olhou para ela.

_ Vai dar tudo certo, Bones ! O que você precisa fazer é dormir ! Eu volto de manhã pra te ver, certo ?

Ela o puxou e o beijou. Ele acariciou sua barriga.

_ Certo. Eu vou tentar... - ela disse.

_ Eu te amo. - Booth sussurrou em seu ouvido antes de sair.

Temperance enxugou uma lágrima enquanto Ângela se sentava ao seu lado.

_ Amiga, você é muito forte ! Eu agarraria esse homem e não largaria mais...

_ Nós duas somos difíceis de entender, Ângela. Mas eu já me rendi. - ela provocou. - Onde está o Hodgins ?

_ Ok. Eu mereci isso. - ela admitiu sorrindo.

Seis meses depois...

_ Eu ainda não acredito que eles estão aqui ! - Booth disse baixinho, olhando encantado para Emily em seu colo.

Temperance sorriu.

_ Se mesmo com a gritaria que eles aprontam durante a noite você ainda não se convenceu, eu não posso fazer nada... - ela retrucou no mesmo tom, colocando o pequeno David no berço.

Booth colocou a filha para dormir e agarrou a mãe dela, antes que saísse do quarto.

_ Você está tirando uma com a minha cara, Bones ?

_ Você vai acordá-los, Booth ! - ela reclamou.

Ele fechou a porta do quarto e puxou Temperance para o quarto deles. Ela tentou escapar em direção ao banheiro, mas Booth foi mais rápido, barrando o caminho. Ele tinha a camisa toda aberta e ela sorriu maliciosa, correndo as unhas pelo peito largo dele, fazendo-o gemer quando uma unha esbarrou num mamilo.

Booth estendeu as mãos, segurando a cintura fina e a puxou para beijá-la na boca. Ele ficara pasmo em como o corpo dela tinha voltado à forma anterior a gravidez rapidamente. Temperance pegou as mãos dele e as afastou de sua cintura, fazendo-o emitir um protesto contra sua boca.

_ Hoje só eu vou te tocar, Booth. - ela sussurrou. - Você só vai ficar quietinho... Eu comando tudo.

Ele sorriu malicioso e aguardou obediente, enquanto ela tirava sua camisa. Ela o empurrou pelo peito, derrubando-o na cama. Depois se sentou sobre ele, tirou sua camisola e sorriu diante do olhar dele ao vê-la nua. Booth estendeu a mão para tocar um dos seios, mas ela o impediu. Ela acariciou seus braços e os fez erguê-los acima da cabeça. Depois pegou um grande lenço de seda na mesinha de cabeceira.

_ Feche os olhos, Booth. – ela pediu.

Ele obedeceu desconfiado. Quando percebeu o que ela fazia já era tarde demais, ela já terminava de amarrá-lo a cabeceira da cama.

_ Bones ! – ele exclamou, surpreso e chocado.

_ Não se preocupe, não vou machucá-lo... – ela disse num sussurro em seu ouvido, fazendo-o sorrir.

_ Você sabe que eu sou forte o suficiente para rasgá-lo, não sabe ? – ele perguntou zombeteiro.

_ Você não vai fazer isso... – ela disse antes de beijá-lo na boca.

Temperance lhe deu um longo beijo, erótico e quente. Quando ela se afastou Booth estava ofegante. Ela deslizou os lábios pelo peito dele, mordeu de leve os mamilos e depois deslizou a língua pelos músculos do abdômen definido.

_ Bones... Você está brincando com fogo... – ele disse sentindo um delicioso arrepio percorrer seu corpo.

Ela sorriu e puxou seu cinto com os dentes. Booth gemeu e fechou os olhos, os braços fortes esticando o lenço de seda. Temperance tirou o cinto com uma lentidão torturante. Depois abriu o zíper e enfiou a mão dentro da calça jeans que ele usava. Booth gemeu, seu pênis pulsando contra a mão dela. Temperance terminou de despi-lo e acariciou as coxas fortes com as unhas, subindo em círculos devagar até o quadril.

_ Já chega... – ele suplicou num sussurro rouco.

_ Eu ainda nem comecei, Booth... Não estrague a brincadeira. – ela reclamou, mordendo-o de leve na virilha.

_ Oh, Deus ! – ele deixou escapar entre os dentes.

Temperance deslizou a ponta da língua pelo corpo dele, fazendo-o se contorcer. Booth mantinha os olhos fechados e praticamente pulou na cama quando ela finalmente alcançou seu objetivo. Temperance colocou a ponta do membro ereto na boca, circundou-o com a língua e depois o sugou devagar.

Ele já não continha os gemidos. Ela manteve a doce tortura até que, com um forte puxão, Booth conseguiu se soltar e a agarrou. Ele a segurou afastada por alguns segundos, respirando fundo para se recuperar. Depois a puxou e a beijou, sua língua penetrando fundo na boca dela, enquanto a deitava no colchão.

Booth segurou seus pulsos acima da cabeça, com apenas uma das mãos, assim como ela tinha feito com ele e a penetrou de uma vez, fazendo Temperance gemer alto. Ele parou e eles se encararam, mas ela o abraçou pela cintura com as pernas, impaciente para que ele continuasse. Ele sorriu. Era hora de sua vingança. Booth se moveu devagar, penetrando-a mais fundo, mas depois saiu de dentro dela, fazendo com que ela emitisse um protesto.

_ Não pare ! – ela exigiu contra a boca dele.

_ Agora é a minha vez... – ele disse enquanto seus lábios deslizavam languidamente em direção aos seios.

Booth tomou um mamilo na boca enquanto sua mão livre descia acariciando cada parte do corpo dela, até parar em seu sexo. Temperance ergueu os quadris contra a mão dele e puxou seus pulsos, tentando desesperadamente se soltar. Ele a segurou com mais força e ela protestou.

_ Me solta, Booth !

_ Você só está provando uma pequena dose de seu próprio veneno, Bones... – ele sussurrou e mordiscou seu seio.

Ela fechou os olhos e gemeu quando ele introduziu um dedo dentro dela, movendo-o devagar, esfregando seu clitóris ritmadamente. Booth lambeu, mordeu e sugou seus mamilos até que ela perder o controle, gemendo e erguendo os quadris contra sua mão.

Quando a percebeu perto do orgasmo ele retirou os dedos e a penetrou novamente. Ela gritou e Booth se moveu mais rápido, as fortes estocadas rapidamente a levando ao clímax, junto com ele. Ele caiu exausto sobre ela e soltou seus pulsos.

Temperance sentia seu coração bater em sua garganta. Ela sorriu e acariciou os cabelos dele, que apoiava parte de seu peso sobre ela.

_ Eu te amo. – ele sussurrou em seu ouvido.

Temperance sorriu lânguida e respondeu.

_ Eu também te amo.

Booth a encarou, espantado, pois era a primeira vez que ela lhe dizia aquilo. Temperance ficou maravilhada ao notar o brilho de uma lágrima nos olhos dele e acariciou seu rosto.

_ Mesmo que eu não queria me casar ? Ainda sim, você me ama ? – ela perguntou, de repente sentindo-se insegura.

_ Eu não preciso de papéis, Bones. Só preciso disso. – ele apontou para os dois na cama. - E daquele segredo que está dormindo no outro quarto.

_ Segredo em dose dupla ! – ela retrucou rindo.

_ Não acredito que você me escondeu isso e não acredito que fiquei tão bravo quando me contou... Era só o que eu mais queria !

Ela sorriu e ele a beijou, certo de que ficariam juntos por mais, 30, 40 ou 50 anos.

FIM

Nota da autora: Sem reviews não posto a continuação, certo?