Disclaimer:Naruto e todos os outros não me pertencem e sim ao Kishimoto-sensei.


N/A: Esse capítulo é todo em terceira pessoa. Tem uma parte, porém, em que tem ações/falas do passado e do presente narradas ao mesmo tempo – o passado está em itálico, o presente normal. Não é tão complicado como parece, juro.

N/A (2): Último capítulo, chorando pra sempre :'''') espero que aproveitem... Uma última vez em GGLBB:

Boa Leitura!

' UA


Notinha especial: Capítulo dedicado a Rashomon, que acertou quem era o Cavalo que Sasuke tinha na manga. Por isso e porque você reclama quando eu demoro (e eu mereço hahaha). Parabéns *-*


Good Girls Like Bad Boys

Capítulo 10, The Legacy's Checkmate.

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"No legacy is so rich as honesty." ― William Shakespeare

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- E ela confiou em vocês? Fácil assim? – Gaara estalou os dedos, de cenho franzido.

Seguiam para Clinton, onde Shikamaru e Temari os aguardavam, divididos nos carros de Neji – acompanhado por Sakura, Sasuke e Tenten – e Naruto, onde o ruivo estava com Ino, Hinata e, claro, o Uzumaki.

- Não tão fácil assim – Naruto explicou. – Shikamaru ajudou muito.

- E... antes disso... – a Yamanaka corou levemente. – Bem, eu meio que disse a ela que eu era... sua namorada, então...

O ruivo ergueu uma sobrancelha para Ino, um segundo antes de soltar uma discreta gargalhada.

- Bem, isso facilita as coisas – disse e então fechou a mão esquerda com força.

Ele se concentrou por alguns instantes e então sorriu minimamente.

- Eu... tenho guardado isso para... o momento certo, mas parece que estamos ficando sem tempo – Gaara abriu a mão e, em sua palma, brilhava uma pedra multicolorida em formato de coração. – E, já que você tocou no assunto...

- Gaara! O que é isso? – Ino perguntou, pegando a pedrinha com delicadeza. – Meu Deus, é linda!

- É uma Amolite. Eu tenho tentado construir pedras preciosas, e não é fácil. Mas também não é tão difícil, se você tiver os componentes certos – o ruivo sorriu, orgulhoso, e tirou uma correntinha dourada de um dos bolsos internos de sua carteira. – Amolites são raras – continuou, fazendo, sem esforço, um buraco na pedra e passando por ele o fio dourado – e... caras, iguais a você.

Ino riu, esticando o braço para receber o mais novo – e provavelmente, mais adorado – acessório.

- É perfeito, igual eu – brincou, com um sorriso radiante.

- Fico feliz que tenha gostado – o Sabaku sorriu, ao fechar a pulseira no braço da loira. – E... já que aceitou ela, me pergunto se aceitaria um pedregulho de brinde.

A loira estreitou os olhos.

- Isso quase soa como um compromisso – disse, lembrando-se de que haviam combinado que manteriam as coisas simples, só por curtição, quando saíram da primeira vez.

Não que ela não quisesse algo sério com ele – claro que queria. Só gostava de provoca-lo. E Gaara sabia. Mais do que sabia, esperava por uma resposta como aquela. Sorrindo de lado, revidou casualmente, dando de ombros:

- As pessoas tendem a fazer essas babaquices todas quando estão apaixonadas.

Satisfeita com a resposta, Ino se livrou do cinto de segurança e o abraçou.

- E eu só vou aceitar porque as pessoas tendem a aceitar essas babaquices todas quando estão apaixonadas – sorriu. – Mas saiba que você é uma pedra no meu scarpin – gargalhou suavemente, para logo depois puxar Gaara para um beijo.

- Finalmente – Naruto murmurou para Hinata, olhando pelo retrovisor.

A Hyuuga sorriu em resposta, enquanto o loiro dava um beijo nas costas de sua mão que permanecia entrelaçada a dele. Sua mente, porém, estava longe. Gaara havia dito que estavam ficando sem tempo, e visto que Orochimaru colocaria seu grande plano em prática em dois dias, talvez fosse verdade. Talvez fosse a hora de um jantar em família.

•••

Quarta-feira, 23h10min.
West 51st Street, Clinton.
Manhattan.

O silêncio absoluto já se arrastava por quase três minutos.

Haviam explicado a Shikamaru e Temari toda a situação, e se puseram a esperar pelo plano que o Nara – o genial cavalo escondido na manga de Sasuke – estava bolando. Ele estava sentado no sofá, ereto e imóvel ao lado da namorada, as mãos a frente do corpo, com as pontas dos dedos se tocando, formando uma espécie de círculo, e os olhos fechados numa concentração imperturbável.

Ino chegou a dizer que podia ouvir as engrenagens do cérebro de Shikamaru trabalhando, só para descontrair os amigos. No entanto, para quem podia, de fato, ouvir era um tanto quanto impressionante – Hinata contemplava, abobada, enquanto ele analisava os duzentos planos executáveis em que havia pensado, tentando escolher o mais à prova de falhas possível.

A Hyuuga sorriu de repente.

- O quê? – Naruto perguntou, atento a cada mínimo movimento dela.

Hinata apenas indicou o amigo, que recolhia as mãos e abria os olhos lentamente.

- Certo, eu tenho um plano.

•••

Quinta-feira, 20h17min.
Condomínio Konoha.
Mansão Hyuuga.

Toda aquela pressão que impregnava o ar em volta de Sakura, Ino, Tenten, Hinata, Naruto, Neji, Gaara e Sasuke servira de alguma coisa – a Hyuuga esteve mais cheia de coragem do que nunca. Tanto que havia comunicado ao pai, na manhã daquela quinta-feira, quase sem gaguejar, que Naruto apareceria para jantar, para oficializar as coisas sob os termos de Hiashi.

Durante a tarde, porém, o nervosismo e ansiedade surgiram na medida em que ela torcia nervosamente os dedos, e agora ela quase se sentia patética por estar usando um vestido que considerava de festa para aquele eminente desastre. O vestido preto de tecido levemente brilhante, curto e sem alças, com um faixa em tons de cinza e chumbo abaixo do busto, fora feito por Ino e a deixava um tanto desconfortável. Seus pontos de apoio eram o casaco de malha fina coral e a meia-calça escura que cobria-lhe as pernas.

O medo subia incomodamente por sua garganta, mas Naruto estava chegando – ela podia sentir – e isso lhe dava forças. Desceu as escadas correndo, rezando mentalmente para não cair do alto de suas ankle boots, chegando à porta segundos antes que Maria – que lhe sorriu confidente, com lágrimas escondidas no canto dos olhos – e a abriu, abraçando o loiro com força, antes que ele tocasse a campainha.

- Ei! O que foi? – perguntou, esforçando-se para abraça-la de forma que nada caísse de suas mãos. – Não precisa ter medo, nem ficar nervosa. Sou um Hyuuga expert – ele riu, fazendo um carinho desajeitado nas costas dela, e o som (somado ao perfume que ele exalava) a relaxou instantaneamente.

Hinata o soltou rapidamente, porém, assim que sentiu que o pai se aproximava da escada. A Mentalização era muito mais útil do que poderia imaginar. Respirando fundo, ela deu passagem a Naruto.

- Senhor Uzumaki! Bem na hora – Hiashi disse, consultando o relógio.

- Boa noite, senhor Hyuuga. Eu, ahn... Meu padrinho me disse que é educado levar algum presente quando se está pedindo a mão da moça – Naruto piscou para a Hyuuga, corada ao seu lado – então... espero que goste – e entregou à Hiashi uma garrafa de vinho tinto. – E isto é pra voc... ow!

Naruto havia virado o buquê de Begônias Carnevais na direção de Hinata, só então a observando com atenção. Ela estava radiante: o rosto, embora corado, parecia irradiar uma luz própria, e suas luas, tão visíveis naquela noite já que seu cabelo estava preso num rabo de cavalo alto e a franja partida de lado, brilhavam na direção do loiro.

Ele estava igualmente feliz, e parecia refletir a luz de Hinata. Usava uma calça jeans escura, e uma blusa de frio branca por baixo da jaqueta de couro marrom. A Hyuuga deu um sorriso pequeno quando olhou para seus pés, onde os velhos tênis de cano alto continuavam intactos.

- Cara, você tá muito, tipo muito absurdamente linda, Hi. Como eu sou sortudo, né? – sorriu, pegando sua mão livre.

- Excelente gosto para vinhos, devo admitir, senhor Uzumaki – Hiashi comentou, talvez no intuito de quebrar aquele contato visual. Nunca vira sua filha tão confortável e brilhante como agora.

- E para garotas – Naruto riu baixinho sem tirar os olhos de Hinata. – Mas, ahn, o mérito é do Jiraya. Não entendo muito de bebidas.

- Hn.

- Tá tentando comprar meu tio? – Neji perguntou, descendo a escada com Hanabi.

- Náh! Isso não funcionaria – Naruto balançou a mão com descaso, pouco antes de estendê-la para cumprimentar o Hyuuga mais novo. – Além do mais, a Hinata não tem preço – sorriu, beijando de leve as costas da mão dela, que ainda segurava.

Neji sorriu minimamente. Era a primeira aprovação que o Uzumaki precisava.

- Eeeeeeeca! – Hanabi provocou.

- Oi pra você também, pirralha – o loiro a cumprimentou animadamente, bagunçando lhe o cabelo.

- Sério que eu vou ter que aguentar esse troço na família? Neeem mana, você podia ter escolhido melhor, hein!

- Hanabi, você não tem que aguentar nada – a irmã mais velha respondeu, de cenho franzido, embora soasse ligeiramente divertida – o n-namorado não é seu – completou, dando um leve peteleco na testa da Hyuuga mais nova.

Neji e Naruto caíram na gargalhada e Hanabi sorriu, entretida com a ideia de um novo motivo para pegar no pé da irmã. Hiashi sorriu de leve – o que não passou despercebido. Vindo dele, já era muito.

Continuaram conversando e rindo das besteiras e disputas de Naruto e Hanabi, até que Maria avisou que o jantar estava servido.

- Vamos então? – Hiashi chamou, e olhou diretamente para Naruto e a filha, sentados, timidamente, lado a lado no sofá. – Há muito não temos um jantar em família.

O loiro sorriu.

Sabia que Hiashi e Neji não lhe dariam moleza, mas, por hora, havia sido aceito. Por hora, era parte da família – e não pretendia desfazer esse laço.

Quando o senhor Hyuuga deu as costas, seguindo para a cozinha, Naruto sentiu Hinata apertar de leve sua mão. Seu sorriso se alargou ainda mais ao entrelaçar seus dedos aos dela, beijando-lhe a testa rápida e ternamente. E então seguiram para a cozinha, com uma sensação de conforto crescendo dentro de si.

Finalmente, Naruto estava em casa.

•••

Sexta-feira, 01h02min.
Condomínio Konoha.
Mansão Uchiha.

- Então é... amanhã – Naruto comentou com um bocejo, sentado na grama da mansão Uchiha com Hinata entre suas pernas. Ainda usavam as mesmas roupas do jantar, mas a Hyuuga agora era quem vestia a jaqueta do loiro, que a abraçava carinhosamente.

Sakura, Tenten, Ino e Gaara já se encontravam na mansão quando eles chegaram com Neji, após Hiashi conceder-lhes sua discreta benção, mas Temari e Shikamaru já tinham ido embora – mesmo que já se sentisse mais confortável em chamar o grupo de adolescentes de "amigos", a Sabaku preferiu ir para casa e ficar com o namorado. Os outros haviam combinado de passar aquela noite juntos, antes do dia que, de qualquer forma, mudaria suas vidas.

- Na verdade, já é hoje seu lerdo – Sakura corrigiu. – Mesmo que o dia, pra você, só comece depois das dez – completou, sabendo que essa seria a resposta do loiro.

- Já pensaram que estamos a pouco mais de dezoito horas do momento mais importante da nossa vida? – Ino perguntou, retoricamente. – Nós vamos... salvar Nova York hoje.

- Ou talvez o mundo – Gaara completou, com um toque de pedantismo na voz. – Eu duvido que ele fosse parar por aqui.

- É uma pena que ninguém vá saber – Tenten comentou.

- Ou não. Seria perigoso demais se todo mundo soubesse – Neji contrapôs, pensativo – para nossos amigos, famílias e tal.

- Vocês sabem que se f-falharmos... – Hinata sussurrou, e o clima ficou instantaneamente tenso. – Nada disso vai importar, não é?

- Credo, não seja pessimista, Hi!

- Mas... Não é pessimismo, Tenten. É...

- É realismo – Sasuke, que até então estava deitado de costas na grama, em silêncio, se levantou ao concordar. Seus olhos negros observavam perdidamente as estrelas. – Hinata está certa. Temos que admitir que há essa possibilidade. Temos que encarar isso e pensar no que fazer se...

A frase se perdeu no ar e os oito amigos mergulharam num profundo e incômodo silêncio. É claro que todos já haviam pensado naquilo. Pensado na derrota. Mas trazer a hipótese à tona a tornava dezenas de vezes pior, e aumentava o medo em algumas centenas de vezes. E o temor se misturava à uma pergunta irrespondível: o que fariam se o Senhor do Crime vencesse?

- Não... não há o que fazer – Naruto respondeu, finalmente, abraçando Hinata com mais força. – Quero dizer, qual seria nossa única opção, se tudo desse errado?

- Fugir – Ino disse baixinho, e sua pergunta soou completamente afirmativa.

- E deixar todos aqui, nas mãos do Orochimaru? E viver sabendo que falhamos com todo mundo, que deixamos todos pra trás? Mesmo se ele se limitasse a Nova York e estivéssemos salvos... Eu jamais conseguiria viver assim.

- Naruto está certo – Sakura sorriu convicta. – E é por isso que não podemos pensar em perder. Nossa única opção é derrotar o Senhor do Crime. Não só por nós, mas por tudo. Por todos.

A concordância foi geral e os ecos das palavras de Sakura e Naruto que se seguiram trouxeram um novo estado de espírito que os inflamou.

Entre risos e planos de vitória, Sasuke sorriu repentinamente.

- É estranho, mas... Se me perguntassem... Eu não queria estar em nenhum outro lugar, que não aqui – declarou, com seu inabalável sorriso de canto.

- Nossa, mas esse Uchiha sempre foi bandido mesmo, só quer saber de porrada – Neji comentou sarcástico e todos riram. Riram, mas sabiam que sentiam-se da mesma forma.

- Mas, poxa, ele tá certo – Naruto disse, sorrindo abertamente. – Aqui, com vocês, prestes a enfrentar o apocalipse zumbi, é o melhor lugar do mundo.

- É, você só errou um pouquinho na parte do "apocalipse zumbi" – Ino comentou, irônica – mas a gente também te ama loiro.

- Ah, qual é! "Apocalipse zumbi" soa muito melhor que "o Farmacêutico Louco e a Líder de Torcida Psicótica" – o loiro fez uma careta.

- Naruto tem razão – Hinata sorriu, levantando-se e tirando as folhas que ficaram presas em seu vestido. – Então, se quisermos sair vivos da Madrugada dos Mortos de amanhã – e piscou para o Uzumaki – é melhor irmos dormir.

- Sim, capitã! – Tenten bateu continência e, rindo, eles seguiram para dentro da Mansão Uchiha, empolgados novamente.

Obviamente, a responsabilidade pesaria sobre seus ombros e uma onda de apavoramento ainda os assolaria antes de finalmente adormecerem. E, nesse ponto, apareceriam as despedidas disfarçadas de promessas banais. De um modo geral, no entanto, estavam todos bem. Confiantes, na medida do possível. Conscientes. Porque a única certeza que tinham era a de que aquilo tinha que ser feito.

E o melhor, então, era fazer junto.

•••

West 51st Street, Clinton.
Manhattan.
Dois dias antes.

- E aí, qual é o plano? – Sasuke perguntou, ansioso.

- Não vai ser nada fácil – Shikamaru confessou – mas é o mais seguro em que pude pensar.

- A gente faz qualquer coisa – Naruto garantiu e todos acenaram em concordância.

- Certo. Okay, eu, ahn, preciso que vocês confiem em mim e façam especificamente o que eu disser. Apenas o que eu disser.

- Você quem manda, chefe.

- Então diz logo Shikamaru... O que temos que fazer?

•••

Sexta-feira, 09h35min.
East 53rd Street, Midtown East.
Lyden House Suite Hotel.

- Primeiro, precisamos que duas pessoas façam check-in no Lyden House.

A sexta-feira amanhecera fria e cinzenta, e para alguns funcionários do Lyden House Suite Hotel – apenas aqueles que se mostraram leais e confiáveis o bastante para saber o que realmente acontecia no local – havia uma agitação diferente no ar.

Mas isso era absolutamente imperceptível quando o jovem casal entrou e se dirigiu para o balcão

- E quem vai fazer isso?

- Bem, acho que os mais indicados são Gaara e Ino.

- Bom dia senhor, posso ajuda-lo? – um dos recepcionistas, um homem baixo e careca, perguntou, desconfiado.

- Eu gostaria de reservar uma suíte – o ruivo sorriu. – Comemorar nossa juventude, sabe como é – e abraçou a namorada.

- Ahn, eu vou precisar de seus documentos – o recepcionista respondeu.

Era uma cena bem comum: adolescentes empolgados passavam frequentemente pelo hotel. Muitos deles iam embora imediatamente, contudo, pois a maioridade era necessária para fazer a reserva.

- Claro – Gaara tirou a licença de motorista da carteira. Junto com o documento, porém, dobrou discretamente duas notas de cem dólares. – Está tudo certo, não é? – e lançou ao recepcionista um olhar significativo.

- Sim, senhor. Suíte... 813 – informou, depois de fazer o cadastro.

- Gaara vai construir um túnel alternativo que nos leve ao subterrâneo – Shikamaru explicou. – E precisamos de Ino lá, para o caso de algum outro hóspede ou mesmo os empregados ouvirem algo.

- Olha, cara, minha namorada não gosta de lugares altos... Mulheres, eu sei – revirou os olhos. – Mas a noite seria muito mais agradável se você nos conseguisse uma suíte aqui no térreo – o Sabaku pegou sua carteira novamente, sorrindo amigavelmente. – É possível?

O recepcionista hesitou. Não deveria disponibilizar nenhum dos quartos ou suítes do térreo naquela noite. No entanto, o jovem ruivo tirava uma terceira nota da carteira.

Afinal de contas, que perigo dois adolescentes poderiam representar ao grande Senhor do Crime? Nenhum, certo?

- Tudo o que precisar, senhor.

•••

Sexta-feira, 14h21min.
East 53rd Street, Midtown East.
Lyden House Suite Hotel.

O dia seguia tranquilo e cinzento, e os funcionários do Lyden House mal podiam esperar pela noite – alguns apenas para verem-se livres do trabalho, outros no intuito de presenciar algo grandioso. A calma que havia se instaurado desde aquela amanha, porém, estava prestes a ser irrefreavelmente abalada.

- O segundo passo é mais trabalhoso. Precisaremos que uma espécie de blackout ocorra no Lyden House. Algo que afete as TVs e a internet... Eles têm que parar de funcionar.

- Eu cuido disso – Naruto declarou, satisfeito.

Há algumas quadras do hotel, na van que o Uzumaki novamente pegara emprestado de seu vizinho florista, o velho e amigável senhor Miyagi, o loiro se concentrava para manter a interferência elétrica no prédio, enquanto Hinata o observava em silêncio, e Neji e Tenten mexiam e verificavam incessantemente alguns notebooks. A parte traseira do furgão mais parecia um carro de espionagem ou uma ilha de tecnologia da Interpol.

- Está feito, todas as ligações serão redirecionadas pra cá – Neji informou à prima, quando Tenten terminou o trabalho.

- E porque precisamos disso, Shikamaru? – Sakura perguntou.

- Bem, eles obviamente chamarão um técnico, e, nesse ponto, um de nós vai entrar lá para "resolver" o problema. Mas, na verdade, preciso que o sistema de segurança do hotel seja hackeado e todas as imagens das câmeras do subterrâneo sejam redirecionadas para o quarto de Gaara.

- Eu posso fazer isso – Tenten garantiu. – Mas pra quê?

- Basicamente, o FBI precisará de provas para prender quem não estiver no dossiê.

Na recepção do Lyden House Suite Hotel, os telefones agora não paravam de tocar.

- Sim, senhora. Resolveremos o problema o mais brevemente possível. Desculpe o incômodo.

- Mas que... O que diabos está acontecendo aqui? – Jeremy Davis, o gerente do Lyden House, estava possesso.

- Os canais da tevê a cabo e a internet pararam de funcionar, senhor.

- Isso eu percebi. Ligue para a empresa e exija um técnico imediatamente. Quero isso tudo resolvido antes que algum hóspede resolva fazer check-out.

- Já estou ligando, senhor.

- Ótimo. Resolvam isso o mais rápido possível.

A recepcionista respirou fundo, tentando – sem sucesso – acalmar-se, quando o chefe deu-lhe as costas, irritado. E a sexta-feira tinha começado tão bem!

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- Service, em que posso ajudar? – a voz de Neji, desconhecida pela inocente jovem, soou solícita. – Entendo, senhora, sinto muito. Temos uma técnica disponível na região. Podemos enviá-la agora, se for possível.

Mais alguns instantes de trocas de informações – e agradecimentos por parte da aliviada recepcionista – e o Hyuuga desligou o telefone. Virou-se para a namorada, momentaneamente ruiva, que ajeitava o uniforme idêntico ao dos técnicos da Service, que Ino fizera na noite anterior.

- Você está bem? – perguntou.

- Nervosa, mas bem.

- Não se preocupe, você é uma gênia-tecnológica, vai ser moleza.

Tenten sorriu quando o Hyuuga beijou, carinhosamente, sua testa.

- Lembre-se de ativar o modulador de voz, e se precisar de ajuda, eu estarei com você o tempo todo, pelo comunicador.

- E eu estarei conectada a você, então, qualquer coisa é só pensar alto – Hinata sorriu.

- Tudo bem, obrigada. Hora de trabalhar.

A Mitsashi se dirigiu para a porta dos fundos do furgão, respirando fundo duas vezes durante o curto trajeto.

- Ei – Neji chamou, quando ela, finalmente, abriu a porta. – Aposto que você consegue fazer isso em menos de uma hora.

Tenten sorriu.

- Certo, se eu fizer em menos de trinta minutos você paga as contas dos encontros de todo o próximo mês.

- Fechado.

- Hyuuga, você vai falir.

Ao som da risada descrente de Neji, Tenten fechou a porta do carro e seguiu determinada para cumprir a sua parte do plano.

•••

Sexta-feira, 17h54min.
East 53rd Street, Midtown East.
Lyden House Suite Hotel.

O Hyuuga alisava o terno nervosamente. As lentes de contato eram incômodas e ele sabia que, se falasse, não seria sua voz que pronunciaria as palavras.

- Precisamos de alguém infiltrado no Lyden House.

- Mas Gaara e Ino...

- Não – Shikamaru balançou a cabeça – precisamos de alguém que tenha acesso à entrada e saída dos hóspedes. É importante que, antes da luta, saibamos quantos meta-humanos estarão lá ou quais armas os humanos têm.

- Nós sempre víamos seguranças na entrada do hotel, antes das reuniões – Gaara lembrou.

- Então esse é nosso disfarce.

- E quem vai?

- Precisamos de alguém que não diminua tanto nosso poder de ataque, estado de fora. Porque essa pessoa terá que esperar a polícia chegar e leva-la até o quarto de Gaara.

Tenten entregou-lhe o falso crachá que acabara de imprimir, exatamente igual ao de Samuel Grable – o rapaz que deveria trabalhar na segurança naquela noite e que, agora, estava desacordado no chão da van – com uma foto minuciosamente editada de Neji e os dizeres "Nick Miller – Security" em destaque.

- Nick Miller? – ele ergueu uma sobrancelha para a namorada.

- Na falta de criatividade, recorra a seriados de TV. Não julgue – Tenten fez um bico.

O Hyuuga riu e se aproximou. Já tinha dito "até logo" a Naruto e Hinata e sabia que não daria tempo de ver os outros antes do grande momento, mas se entranho ao se despedir da Mitsashi.

- Vai dar tudo certo, Nick – ela sorriu, tocando-lhe o rosto.

- Eu sei que vai – Neji a beijou, breve e ternamente. – Tenho que ir...

- Te vejo mais tarde? – o que Tenten pretendia dizer como afirmação, acabou soando mais como um questionamento inseguro.

- Claro – o Hyuuga garantiu. – E, até lá... Quebre alguns ossos por mim, amor.

Sorrindo, Neji saiu da van para completar a parte do plano que lhe fora dada.

•••

Sexta-feira, 18h17min.
East 53rd Street, Midtown East.
Lyden House Suite Hotel.

- E quando a hora chegar? Como entraremos no Lyden House sem sermos notados? – Naruto perguntou.

- Ah, nós seremos notados. Gaara fará um túnel alternativo, e nós faremos uma visitinha à Gaara e Ino. Ele já vai ter subornado o recepcionista e eles vão achar que somos apenas um bando de adolescentes querendo se divertir.

- Tipo uma orgia adolescente? – Sasuke brincou.

Shikamaru sorriu.

- Vistam-se apropriadamente, crianças.

O rapaz, elegante, e, ao mesmo tempo, descolado, em seu terno cinza sobre uma blusa de malha vermelha fina, se aproximou do balcão. Nos lábios um sorriso jocoso e nos braços uma jovem de cabelos róseos que sorria embriagada.

- Nós viemos fazer uma visita aos nossos amigos. Suíte 105.

O jovem atrás do balcão o olhou desconfiado – e talvez com um pouco de inveja. Atrás do moreno que lhe falava estava um loiro abraçado a uma joven de longos cabelos azulados – a única que não parecia totalmente confortável com a situação –, e, ao lado dele, um moreno de rabo de cavalo espetado que, surpreendentemente, tinha uma loira num dos braços e uma morena no outro.

Ryden odiava aqueles jovens inconsequentes que sempre apareciam por ali.

- Olha – a menina se debruçou sobre o balcão, e parecia fazer um esforço genuíno para ler seu nome no crachá – Ry-den, se você puder nos indicar o caminho, você será um amor. E – ela enfiou a mão no bolso interno do paletó do moreno que a acompanhava e tirou algumas notas de lá – se puder garantir que não seremos incomodados... talvez até te convidemos para nos fazer companhia mais tarde – e piscou, se afastando.

Ryden não pode evitar a coloração avermelhada que tomou conta de seu rosto claro. Guardou rapidamente as notas que lhe foram entregues, e tentou regular a respiração.

- P-por aqui, senhores.

•••

Sexta-feira, 19h39min.
East 53rd Street, Midtown East.
Lyden House Suite Hotel.
Suíte 105

Os vestidos elegantes e os saltos se juntavam aos ternos, numa pilha no chão da suíte. Nem Ino se preocupava com as roupas naquele momento. Estava chegando a hora.

- Por ultimo... Temos duas pessoas com poderes mentais aqui. Será que vocês conseguem manter todos nós conectados? Se for possível, será bem melhor e mais seguro que os comunicadores.

- Sim, é possível – Ino disse, orgulhosa. – E não se preocupe Hi, eu cuido disso.

Já devidamente arrumada para a ocasião, com a roupa preta e a máscara que um dia rendeu a ela e as amigas o nome de "Panteras", a Yamanaka encontrava-se no meio do círculo feito pelos amigos. As meninas, assim como ela, usavam as roupas de sempre que assumiam a identidade de HIT'S, e os meninos optaram pelo velho uniforme do Senhor do Crime. Temari e Shikamaru usavam moletons escuros também.

As máscaras já haviam sido colocadas e, eles sabiam, que quando Ino terminasse estaria na hora.

Depois de uma última tentativa de chegar até Neji – agindo como segurança no hall de entrada, naquele instante – a loira sorriu e desencostou os dois dedos que, antes, matinha pressionados na testa. Quando finalmente abriu os olhos azuis, todos a encaram com expectativa.

- "Deu certo" – pensou, e, para alegria geral, sua voz melodiosa ressoou em todas as mentes. – "Vamos chutar alguns traseiros!" – e então Ino riu até que se juntaram para um último abraço coletivo.

•••

Sexta-feira, 20h01min.
East 53rd Street, Midtown East.
Lyden House Suite Hotel.
Subterrâneo.

Sentado em seu trono improvisado, o Senhor do Crime não escondia seu contentamento. O subsolo estava cheio. Além de seus nove fiéis subordinados, diversas organizações criminosas e grupos do Mercado Negro se encontravam ali, a espera do leilão. Mas, indubitavelmente, sua maior alegria era ter recebido o líder de sua antiga organização, a Akatsuki, ali, o que, para Orochimaru, era equivalente a uma declaração pública de sua superioridade. A seu ver, nada poderia estragar sua noite de glória.

Levantou-se e o burburinho que enchia a câmara se dissipou de uma só vez. Orochimaru então sorriu. Um sorriso de satisfação maléfico. Começou a explicar seus feitos e as possibilidades que seu chip traria a quem o comprasse – que estaria subordinado, o Senhor do Crime fazia questão de deixar bem claro, a ele.

Os possíveis compradores ficaram abismados e, de imediato, começaram a fazer planos.

- Vamos, então, aos negócios, meus caros, e eu garanto ao vencedor que nada nos deterá – finalizou.

Orochimaru se dirigiu a seu trono, fazendo um sinal para que Kabuto tomasse seu lugar e começasse com os lances. Mas seu fiel subordinado não o fez. Seguindo o olhar do Yakushi, o Senhor do Crime observou uma movimentação estranha no fundo da câmara.

Subitamente, dezenas de pilares se ergueram do chão e, com exceção de seus subordinados, todos estavam presos em jaulas de terra.

Seu olhar colérico se voltou para a figura ruiva em seu flanco esquerdo.

- Que diabos é isso?

Karin só teve tempo de dar de ombros, confusa, antes de nove presenças serem reveladas de repente.

- Isso – Sasuke apontou – somos nós detendo vocês.

•••

Quinze minutos inteiros se passaram até que a primeira unidade policial tivesse chegado – e, depois disso, só mais trinta e sete segundos até que todo Lyden House estivesse cercado. SWAT, FBI e o NYPD estavam a postos, na luxuosa entrada do hotel e Neji estava chocado.

Como dizia o plano, ele havia contatado a polícia de Nova York, e esperava que eles chamassem o FBI, mas não esperava tanto. O que estava acontecendo, afinal de contas?

A resposta veio ao Hyuuga acompanhado por um sorriso torto familiar.

- Você? O que está fazendo aqui? Pensei que estivesse na Europa, ou em uma missão.

- Minha missão é aqui. Quantas chamadas de falsos ataques terroristas ou coisas assim você acha que recebemos diariamente? Não estaríamos aqui se eu não soubesse que era real.

- Você estava vigiando... Sasuke vai amar isso – Neji sorriu irônico.

- Do meu irmãozinho eu cuido depois – Itachi sorriu. – Vamos ver o que vocês têm pra nós.

Neji seguiu para a suíte 105, onde um dossiê e um computador os aguardavam, cheios de provas. Antes mesmo de alcançar o quarto, já havia se livrado do uniforme de segurança e das lentes de contato.

- Aqui temos tudo o que... – o Hyuuga deixou a frase morrer quando, olhando para a tela do notebook, viu Tenten ser atacada por um garoto que, estranhamente, usava pedaços de ossos como arma.

Itachi acompanhou o olhar de Neji e levou apenas meio segundo para processar o que estava acontecendo. As lutas continuavam no subterrâneo. Seu irmão, seus amigos... Sua única família estava em perigo. O Uchiha seguiu apressado atrás do Hyuuga, gritando ordens ao adentrar o túnel.

- Agente Coulson, na escuta?

- Agente Coulson falando, senhor.

- Estou indo para o subterrâneo. Leve as evidências para um local seguro e não deixe ninguém sair do prédio.

- Roger that!

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Na entrada da câmara, Neji estacou. Sua mente foi atraída para vários acontecimentos de uma só vez. A sua frente, Shikamaru lutava com um garoto estranho, que, apesar do corpo curvado e da má postura, movia-se rapidamente. Havia um dispositivo em seu braço direito, que ressoava numa frequência irritante. O Nara tentava atacar com suas sombras, mas o outro era rápido demais.

Pouco a frente, à esquerda, Sakura lutava contra uma garota de longos cabelos negros – que Neji sabia chamar-se Kin – mas não parecia ter muitos problemas. As agulhas venenosas que se espalhavam pelo corpo da amiga não surtiam o efeito alucinante e paralisante que deveria. O veneno mal entrava no corpo da Haruno e já começava a ser curado. Sakura sorria naquele momento.

- Minha vez – ela disse, retirando duas agulhas da coxa esquerda.

Ela ficaria perfeitamente bem.

A frente de Sakura, Temari e Gaara enfrentavam seus oponentes lado a lado. O Hyuuga achou curioso que os poderes dos irmãos parecessem opostos – ele tinha domínio sobre a terra, enquanto ela usava um leque para controlar o ar. O que lutava com Temari era extremamente forte, pelo que podia lembrar. Juugo. Ainda assim, a loira não parecia estar em grandes problemas. Principalmente porque Gaara, mesmo lutando com aquele cara da água – como eles costumavam chamar Suigetsu em segredo –, sempre dava um jeito de ajudar a irmã. Ela brigaria com ele por isso, mais tarde.

Já quase no palco que o Senhor do Crime montara Ino e Naruto lutavam.

A loira enfrentava Karin à direita de Neji – uma estranha e imóvel batalha mental – e o Uzumaki tinha grande dificuldade contra Kabuto, o que já era de se esperar, já que ninguém sabia, ao certo, sobre as habilidades do Yakushi.

Agora, Neji sabia, sem saber como, que os poderes médicos dele também serviam para atacar: ele era capaz de confundir o sistema nervoso de Naruto, fazendo com que fosse muito difícil para ele se mover corretamente.

Quando Kabuto se aproximou do loiro – caído no chão, arfando – o Hyuuga cogitou a hipótese de ajuda-lo, mas não foi preciso: Sakura acertou um soco no rosto do braço direito de Orochimaru, lançando-o para trás e partindo seus óculos ao meio, e começou a curar Naruto imediatamente.

Pela visão periférica, ele viu Kin caída, desacordada e com vários hematomas.

Antes que pudesse fazer qualquer comentário sobre a força monstruosa da rosada, os olhos perolados foram atraídos para uma pequena explosão na parte norte da câmara, onde Hinata e Sakura lutavam juntos contra Misumi – o cara com corpo elástico – e Zaku, que era capaz de moldar a densidade do ar. Misumi e Zaku eram os últimos "guardas" antes do Senhor do Crime. Ele parecia calmo, mas procurava desesperadamente uma saída, o que era impossível, uma vez que, para chegar a qualquer um dos túneis, ele teria que enfiar-se no meio das lutas.

Essa era chance que precisavam. O Hyuuga podia – mais do que isso, devia – agir.

Tudo acontecia rápido demais, no entanto, e antes de pensar em qualquer estratégia, Itachi o alcançou. Neji percebeu, então, que tinha levado menos de um minuto para absorver toda a atmosfera do subterrâneo. Tudo acontecia em câmera lenta enquanto a mente do gênio Hyuuga parecia expandir-se.

Quando, enfim, percebeu o que havia acontecido, seus olhos foram atraídos para o canto direito, onde Tenten não conseguiu refrear um grito ao ser arremessada contra a parede. Um pedaço de osso lascado estava enfiado em seu ombro esquerdo e um corte em sua barriga sangrava bastante. Kimimaro não estava em condições melhores – vários cortes pelo corpo e um pedaço de metal ensanguentado estava preso pouco acima de sua bacia – mas se lançava para o golpe final.

Assim que ele ergueu a lança branca sobre a Mitsashi, Neji correu como se sua vida dependesse – e talvez dependesse, de fato – daquilo. Pulou na frente de Tenten no exato momento em que Kimimaro golpeava. A morena gritou em desespero e o Hyuuga esperou pela dor, mas ela não veio.

Quando finalmente ergueu os olhos do braço que fora levantado instintivamente, percebeu que uma força invisível o protegia dos ataques de Kimimaro.

Olhou para Hinata, interrogativamente, mas ela continuava ocupada demais com Misumi. Levou dois segundos para entender que fora ele quem criou o escudo. E então um tiro foi disparado contra Kimimaro, acertando-o no braço. Neji acenou para Itachi.

- C-como vo-cê fes i-isso? – Tenten perguntou, fraca, quando ele a deitou no chão, segurando apenas sua cabeça.

- "Acho que ele nasceu com os poderes da linhagem errada." – a voz de Hinata ecoou em suas mentes, através do sistema de comunicação de Ino. Mesmo ocupada, ela estava parcialmente ciente do que acontecera.

Neji e Tenten olharam para a Hyuuga, que acabara de nocautear Misumi e ia em direção a Naruto. Ela assumiu o lugar da Haruno e Sakura correu em direção à Mitsashi.

- Sakura vai cuidar de você – o Hyuuga prometeu.

- E-eu sei que s-sim. Eu já... que-brei alguns o-ossos – Tenten sorriu, lembrando-se do que haviam combinado algumas horas antes. Neji se perguntou como ela podia fazer piadas naquele estado. – Agora é com v-você... Vá ajuda-los, s-senhor fodão. Vou ficar bem.

Neji sorriu e depositou um beijo na testa da namorada. Esperou até que Sakura chegasse e, então, com visível esforço, se afastou. Mas não havia muito mais o que fazer: Itachi havia imobilizado Kimimaro, Kin e Misumi estavam desacordados, Dosu estava preso nas sombras de Shikamaru, Juugo e Suigetsu tinham os braços e pernas firmemente presos a parede mais próxima, Karin estava ajoelhada em frente a Ino, a loira tocando os cabelos vermelhos – provavelmente para vigiar sua mente –, Naruto havia acertado, com a ajuda de Hinata, uma poderosa esfera de energia no abdômen de Kabuto, e ele agora se encontrava caído no chão, o terno e a camisa destruídos onde o golpe do loiro o atingira. Sasuke acabava de quebrar os dois braços de Zaku.

- Já era. Seus subordinados foram derrotados e você não tem pra onde fugir.

Todos se posicionaram, prontos para continuar a lutar, quando Orochimaru se levantou.

- Crianças tolas – ele sorriu friamente, e a calma em sua voz fez a ameaça aumentar. Um arrepio percorreu a espinha deles. – Não há como vocês vencerem essa batalha.

- Mestre! – Karin gritou, alarmada, no exato momento em que o Senhor do Crime puxava uma seringa de sua manga direita e a espetava na perna.

Imediatamente, seus músculos começaram a inchar e sua pele translúcida passou a emitir um brilho pálido azulado. O Senhor do Crime era puro poder.

- Que porra é essa? – Gaara perguntou, voltando-se para Karin.

- O soro que desenvolve habilidades mutantes. Nesse momento, ele possui todos os poderes de seus subordinados, e talvez mais.

- Cale-se, sua imprestável – Orochimaru chiou, e sua voz saiu distorcida.

- Mas, senhor... Isso é perig...

- Eu disse cale-se! – e disparou um raio contínuo de energia em direção à ruiva.

Ela se encolheu, com medo, mas não foi atingida porque uma parede de pedra se ergueu a sua frente. Gaara havia protegido Ino.

O Senhor do Crime sorriu e mirou um novo raio no teto, acima da cabeça de Karin.

- Você não tem sido uma ferramenta muito útil, querida – e atirou.

No susto, Gaara teve tempo de puxar Ino para longe, mas Karin acabou sendo atingida pela avalanche de escombros.

Sem nenhum sinal de remorso, Orochimaru seguiu para a pilha de destroços, e pisou nas pedras que cobriam sua mais fiel subordinada. Tomou impulso e emergiu para a superfície, antes que os outros tivessem qualquer reação.

Um minuto inteiro se passou, até saíssem do torpor. Karin estava soterrada e, talvez, morta.

- Gaara, Sakura, tirem ela dali – Hinata disse, sentindo a fraca presença da ruiva, com aquela sua voz de liderança. – Ino, você fica aqui. Nós vamos subir.

.

.

Apenas alguns segundos se passaram enquanto a Hyuuga erguia todos em uma bolha protetora até a superfície, na lateral do Lyden House. A visão que tiveram, no entanto, era perturbadora. Os agentes do FBI, SWAT e da polícia de Nova York atacavam Orochimaru com tudo o que tinham: submetralhadoras, escopetas, fuzis e granadas de mão, mas era tudo em inútil. Havia um escudo de poder repelindo qualquer ataque. O Senhor do Crime sorria sadicamente, flutuando a dez centímetros do chão.

- Vocês não podem me tocar. Hoje é o dia em que, de uma forma ou de outra, New York se ajoelhará diante de mim – e, com um leve aceno de mão, liberou uma onda de poder que lançou a primeira fila de policias a quinze metros de distância.

- Evacuem e isolem essa área – Itachi ordenou ao Tenente Edward, da NYPD.

A voz do Uchiha despertou os sete amigos que estavam na superfície. Eles se puseram à frente do cerco policial e começaram a atacar com tudo o que tinham, tudo o que lhes restara.

Saskue e Naruto foram os primeiros a atacar. O poderoso raio combinado furou a defesa de Orochimaru e o acertou em cheio no tórax. Surpreendentemente, porém, o Senhor do Crime não se moveu um milímetro sequer e absorveu toda a energia, mandando-a de volta, duas vezes mais poderosa. O Uchiha e o Uzumaki foram gravemente feridos no peito e arremessados para longe.

Shikamaru e Temari foram os próximos.

Sombras pontiagudas se ergueram do chão, prendendo todo o corpo de Orochimaru. Temari, então, o atacou com um vendo tão poderoso e afiado que grandes cortes apareceram no abdômen, agora nu, do Senhor do Crime. A Sabaku arfou, quase sem poderes, mas o sorriso que ameaçara surgir em sua face logo desapareceu, assim que as feridas dele desapareceram. Ele podia se curar.

Orochimaru sorriu e, sem esforço, libertou-se das sombras do Nara. Estava prestes a atacar, desativando sua barreira, mas foi impedido quando, súbita e simultaneamente, Neji e Hinata atacaram pelos flancos com rajadas psiônicas. Estendendo ambos os braços, ele foi capaz de defender-se sem dificuldades, mas então Tenten lançou uma barra de ferro – arrancada da estrutura do teto que ele mesmo destruíra – em sua frente desprotegida. A estaca atravessou sua barriga e o rosto surpreso de Orochimaru expeliu sangue. Num último esforço, Naruto correu e segurou o metal, conduzindo uma corrente elétrica diretamente para dentro do Senhor do Crime.

Hinata e Neji tocaram o chão, no exato momento em que Naruto e Orochimaru caíam no chão, de joelhos.

- Vencemos? – Tenten perguntou, arquejando. – Vencemos!

E quando os policiais começaram a comemorar, empolgados, uma risada baixa e entrecortada se fez ouvir.

- Não sejam tolas, crianças – o corpo dele brilhava em tons de verde, enquanto se curava – vocês não podem vencer. Vocês são peões...

Orochimaru se ergueu sobre os joelhos e tirou a barra de ferro de sua barriga, mirando-a em Naruto. O loiro, exausto, não conseguiria se mover. Hinata tentou gritar, mas nada saiu de sua boca. E então seus pés se moveram sozinhos quando o Uzumaki lhe sorriu triste, minimamente, como numa despedida.

-... e eu sou o rei – ele desceu o braço com violência.

Hinata se jogou na frente de Naruto no ultimo segundo, mas seu escudo, já enfraquecido pelo grande uso dos poderes, não foi suficiente para segurar a força do golpe e o ferro penetrou seu corpo – pouco abaixo da clavícula – incomodamente.

Orochimaru teria atacado de novo, mas o chão sob seus pés tremeu e a terra começou a puxá-lo para baixo. Gaara estava imobilizando-o. Ele lutava, mas não conseguia se livrar do ataque. Havia sido pego desprevenido, enfraquecido elo ataque anterior. E então, Sakura pulou sobre a Hyuuga e o Uzumaki e começou uma série de socos raivosos. O Senhor do Crime ia afundando no chão.

Hinata aproveitou a deixa para retirar a incômoda barra de seu corpo e para levar Naruto para perto de Sasuke, meio escondido atrás de uma linha feita por Shikamaru, Temari, Neji e Tenten. Assim como o loiro, Sasuke estava esgotado e ferido e os moletons rasgados mostravam em seus corpos o estrago feito pelo golpe de Orochimaru.

Shikamaru e Temari estavam visivelmente cansados, as feridas de Tenten – que, por falta de tempo, receberam apenas um cuidado superficial de Sakura – tinham se aberto novamente e, Hinata sabia, seus poderes e as novas habilidades de Neji não durariam muito mais.

- "Karin está consciente?" – Hinata perguntou, em pensamentos, para Ino.

- "Sim." – a loira respondeu.

- "Coloque ela na linha."

- "O que você quer, Hyuuga?" – o pensamento era fraco.

- "O que eu preciso fazer para derrota-lo?"

- "Não tem o que fazer."

- Não seja burra, Karin – Ino gritou, incapaz de se conter – Ele tentou te matar e te deixou assim. Não fique aí defendendo ele, sua mula. Ajuda a gente.

- Não é isso... Não há mesmo como pará-lo agora – a ruiva respondeu, e Hinata teve que se concentrar em Ino para entender o que ela dizia. – Vai absorver tudo vocês mandarem. Ele fica mais forte a cada segundo.

- "Como faço pra chegar perto dele?" – a Hyuuga perguntou e os olhares preocupados de Sasuke e Naruto se voltaram para ela. Neji, Tenten, Shikamaru e Temari agora ajudavam Gaara e Sakura, com alguns ataques combinados.

- "Isso é suicídio, se quer saber. Ele vai reagir e se defender de qualquer tipo de poder mutante que se aproximar, mas, talvez..."

- Entendi – Hinata viu a possibilidade na mente da ruiva. Já sabia o que fazer – "Gaara, preciso de você aqui. Sei que não está fácil, mas, o resto de vocês, continuem atacando, por favor."

- "Certo" – os amigos responderam, em uníssono.

A Hyuuga então desconectou a mente de Sasuke, Naruto, Gaara e a sua própria da ligação de Ino e as protegeu. Se Orochimaru fosse capaz de ler mentes, a deles ele não leria mais.

O Sabaku já estava do seu lado, arfando.

- Preciso que você chame a atenção dele para debaixo da terra, como se fosse ataca-lo por baixo. Eu vou pelo alto e quando estiver acima dele, vou "desligar" meus poderes e me jogar. Eu reativo tudo a tempo de ataca-lo.

- Tudo bem. Você tem certeza que consegue?

- Sim.

- Mas vai dar certo? – Naruto perguntou.

A Hyuuga sorriu.

- Não. Mas vai criar a abertura que vocês precisam.

Hinata se ajoelhou e, de dentro do cano da bota, retirou um tubo prateado.

- O que é isso? – Sasuke perguntou.

- Nossa única chance de vencer – Hinata abriu o tubo, e de lá, tirou a última coisa que os meninos esperavam e entregou à Naruto. – Sasuke, eu sei que você ainda consegue um último ataque... Quando eu der o sinal, ataque Orochimaru com tudo o que você tem, e, ao mesmo tempo, jogue isso em minha direção, Naruto. Não se preocupe – ela disse, sabendo exatamente o que se passava na cabeça dele –, não tem como errar. Uma vez que esteja no ar, eu farei chegar até mim.

- Eles não vão aguentar muito mais – Gaara avisou – precisamos agir agora.

Ele tocou o chão com as duas mãos e uma rachadura se iniciou ali, e seguiu em direção ao Senhor do Crime. A Hyuuga se ergueu no ar.

Quando o falso ataque do Sabaku chamou a atenção do Senhor do Crime, Hinata se lançou para uma queda livre de cerca de vinte metros. Estava bem próxima de ataca-lo quando reativou seus poderes, mas ele estava ciente de sua presença. Orochimaru a agarrou no ar, pelo pescoço, e a aproximou de seu rosto.

- Vocês não podem me deter – sibilou.

Hinata já estava vermelha e prestes a perder os sentidos.

- "Agora" – sua voz ecoou para Naruto e Sasuke.

O clarão de um ataque de fogo refletiu em seu rosto e, surpreso, o Senhor do Crime afrouxou o aperto em seu pescoço. Hinata podia respirar novamente. Seus olhos passaram a procurar pelo objeto lançado por Naruto no céu escuro de Manhattan. Por sorte, ele brilhou levemente ao passar pelo fogo. Um leve sorriso surgiu no rosto da Hyuuga quando, com seus poderes, o alcançou e o direcionou até onde estava.

Orochimaru usava uma das mãos para segurá-la e a outra para se defender do ataque contínuo de Sasuke. Ele estava ciente de cada poder que ia em sua direção, mas não percebeu a aproximação de algo tão inofensivo, nem quando Hinata ergueu a mão para agarrá-lo.

- Xeque-mate – Sasuke sorriu, fraco, parando seu ataque no momento em que a Hyuuga enfiava a agulha de uma seringa no braço que a segurava, pressionando o êmbolo de imediato.

- O que é isso? – o Senhor do Crime perguntou, de olhos arregalados.

- Isso... é você sendo derrotado por crianças. Estamos cumprindo nosso legado.

Orochimaru finalmente a soltou, e Hinata arfou violentamente.

O Senhor do Crime retirou a seringa de seu braço, mas já era tarde. Ele havia voltado ao chão e seu corpo ia se apagando gradualmente. E, então, ele estava de joelhos.

•••

- Você me roubou, é isso? – Temari ergueu uma sobrancelha.

Hinata havia acabado de explicar o que acontecera, enquanto Sakura cuidava de todos os ferimentos que eles sofreram.

A seringa tinha sido tirada do apartamento da Sabaku quando a visitaram da primeira vez, quando estavam se reagrupando, tanto tempo atrás. Antes, o interesse de Hinata era puramente acadêmico – ou, pelo menos, era o que ela dizia – mas, no fundo, ela sempre soube que poderia ser de grande ajuda.

Naquele dia, quando o Senhor do Crime – agora inconsciente dentro de um dos furgões da SWAT – se tornou tão poderoso, Hinata sabia que era sua única saída.

- E-eu não rou-bei – ela enrubesceu ainda mais. – E-eu só... Testei s-seu experimento.

A Sabaku riu.

- De onde venho, chamamos isso de roubo. Mas... obrigado. Eu estava sem cobaias e... Aliás, como sabia que daria certo?

- Eu não sabia – a Hyuuga admitiu, corando. – Mas você acertou em todo o resto eu só podia esperar que estivesse certa de novo.

- Nossa, a doida decide tentar as coisas no meio da guerra – Ino comentou, rindo. – Imagina se a coisa toda falha...

- Bom, deu certo né porquinha? – Sakura defendeu Hinata. – Não podemos reclamar.

- Esse soro... – Sasuke decidiu chamar a atenção para si, antes que a namorada e a Yamanaka começassem uma daquelas intermináveis briguinhas sem sentido. – Ele anulou todas as habilidades do Senhor do Crime? Mesmo com tudo que ele tinha agora?

- Em teoria, sim, o soro é um bloqueador total do gene mutante. Mas, a não ser que eu o examinasse, o que, tenho certeza, não me deixarão fazer, não há como saber, com certeza.

- Há sim – Gaara sorriu. – Eu vou apagar por alguns minutos, não se preocupem. Mas, Sakura, por favor certifique-se que eu estou vivo, okay?

A Haruno riu.

- Ino me mataria se eu não me certificasse.

- Sem dúvida – a Yamanaka concordou. – Faz sua mágica, baby.

O Sabaku tocou o chão e se concentrou em seu sentido sísmico. Cerca de três minutos depois ele esboçou um grande sorriso exausto.

- Completamente... humano – e caiu na inconsciência.

•••

Sexta-feira, 21h12min.
East 53rd Street, Midtown East.

O Senhor do Crime, Kabuto e grande parte dos mafiosos já haviam sido levados para a central do FBI e, pouco a pouco, as coisas voltavam ao normal na East 53rd Street: já não havia mais nenhum foco de incêndio, policiais feridos ou carros destruídos.

- Soube que o cara da Akatsuki escapou – Sasuke comentou, casualmente, se aproximando de Itachi. Ainda não tinha conversado com o irmão.

- Pois é. Mas vamos pegá-lo na próxima. Você está bem?

- Nenhum machucado é ruim o bastante quando sua namorada é uma futura médica que , por acaso, é uma mutante com poderes de cura – o Uchiha deu um beijo estalado na bochecha de Sakura.

Itachi apenas sorriu para o irmão, e o silêncio baixou sobre eles até que uma maca cruzou seu caminho.

- Pra onde vão levar Karin? – Sakura perguntou.

- Primeiramente ao hospital, precisamos ver se é possível... melhorar a situação dela.

Eles se viraram para a ruiva. Sua face estava completamente desfigurada. Sakura só teve tempo para os primeiros socorros, concertando superficialmente os ossos quebrados de seu rosto, já que tinham pouco tempo e coisas mais importantes a tratar. Consequentemente, alguns ossos ficaram deslocados e os remendos da pele se tornaram feias cicatrizes.

- Eu queria ter ajudado... Mas os outros... Eu não tive tanto tempo.

- Ei, não foi culpa sua. Você salvou a vida dela, não se esqueça – Sasuke a consolou. – E depois? – perguntou, voltando-se ao irmão, assim que a Haruno deu um aceno em concordância.

- Depois... Reformatório ou alguma clínica de reabilitação mental.

- E Sally? – Sakura perguntou, preocupada com a "mãe" da ruiva.

- Eu vou libertá-la – Karin respondeu. – Ela não vai mais se lembrar de mim, e sua vida vai seguir como se eu nunca tivesse existido. E... me desculpem.

Pegos completamente de surpresa, Sasuke e Sakura não souberam o que responder e a ruiva foi levada para uma das ambulâncias. Antes, porém, ela sussurrou um último pensamento para Sakura.

- "Sasuke tem razão. Não foi culpa sua, e você salvou minha vida. O-obrigada."

Comovida com a – inesperada – atitude de Karin, a Haruno seguiu até a ambulância, para conversar com os paramédicos, se dispor a ajudar. Ela também sabia que os irmãos precisavam de um momento a sós.

- Então você estava nos vigiando o tempo todo?

- Bem, não o tempo todo. Mas você hackeou meu notebook, eu precisava saber o porquê, aí...

- E porque não fez nada?

- Eu teria feito, mas se eu interferisse no que estavam fazendo, podia acabar estragando tudo e colocando vocês em risco. Além do mais, eu sabia que vocês fariam a coisa certa. Eu sabia que você faria a coisa certa.

- Estive bem perto de fazer a coisa errada.

- Mas não fez, não é? – Itachi sorriu.

- Não, mas, porra, Itachi porque não tentou me impedir?

O Uchiha mais velho suspirou. Adiantou-se até o irmão e tocou-lhe o ombro, apertando levemente, e então olhou Sasuke nos olhos para então continuar.

- Olha, Sasuke, você é um idiota, mas eu sabia que tomaria a decisão certa – Itachi deu um meio sorriso. – Você não é um cara mau, maninho. Eu sempre soube disso. Nossos pais estariam orgulhosos de você.

Sasuke o abraçou.

- De nós, mano, de nós.

- Eu amo você, irmãozinho bobão.

- Eu também, índio babaca – Sasuke sorriu.

Um pigarreio forçado fez os irmãos se separarem.

- Capitão – agente Coulson estendeu um celular a Itachi. – O diretor quer falar com você.

Sasuke observou o irmão se afastar, de repente sentindo ainda mais orgulho de ser um Uchiha.

- E então, como se sente? – Sakura o abraçou por trás, ficando na ponta dos pés para apoiar a cabeça em seu ombro.

- Bem – o Uchiha se virou e a abraçou pela cintura –, eu completei a missão da vida do meu pai e do meu irmão, tenho amigos sensacionais que me ajudaram com isso e a namorada mais linda do mundo – e deu um selinho rápido na Haruno. – Tô muito bem.

- Eles estariam orgulhosos.

- Eu sei que sim. E eu não estaria aqui se não fosse você.

- Eu não ia querer estar aqui se não fosse com você – Sakura sorriu. – Eu te amo, Uchiha.

- Eu te amo, Haruno – Sasuke a beijou e, apertando-a em seu abraço, a ergueu do chão.

- Preciso falar com vocês – Itachi reapareceu e parecia preocupado. – Com todos vocês.

O Uchiha se dirigiu aos outros e explicou-lhes a breve conversa que tivera com o diretor do FBI e a proposta que ele havia feito aos dez jovens.

- Agentes do FBI? – Naruto perguntou, retoricamente. – Caaaaara...

- Parece... muita responsabilidade, não acham? – Sakura ponderou.

- Com certeza é, cunhadinha – Itachi sorriu. – E é um grande passo – seu sorriso ficou mais distante e preocupado.

- O que você acha, capitão? – Hinata perguntou, sorrindo para ele.

Era óbvio que ela sabia a opinião dele, e ele sabia muito bem disso.

- Ahh, você sabe... Não é minha decisão.

- Qual é, mano. Nos agracie com sua vasta sabedoria e experiência – Sasuke falou, irônico.

Itachi revirou os olhos, mas desligou o pequeno comunicador em sua orelha.

- Se querem mesmo saber... Vocês não precisam apressar nada.

- O que quer dizer?

- Quero dizer, Neji, que perdi muita coisa me tornando agente tão cedo. Vocês são jovens e devem aproveitar isso. E o FBI sempre precisará de pessoas especiais, para missões especiais. Vocês sempre terão um lugar no FBI, desde que continuem a fazer o que é certo – Itachi piscou.

•••

- Como assim, "ele recusaram"? – o diretor do FBI perguntou, alarmado. – Como saberemos que estão do nosso lado?

- Eles estão, senhor.

- Como pode ter tanta certeza, capitão Uchiha?

- Eu os conheço muito bem, senhor, e sinto que sabem o que fazer. Eles virão até nós, quando chegar a hora... Até lá, deixe que eles aproveitem sua civilidade.

- E, se precisarmos deles de novo? O líder da Akatsuki foi o único que escapou dessa emboscada...

- Se precisarmos... Eles estarão prontos.

•••

Sexta-feira, 23h35min.
Condomínio Konoha.
Mansão Uchiha.

Depois de deixarem Shikamaru e Temari em Clinton e trocarem promessas de que não deixariam para se ver novamente só quando um louco estivesse tentando destruir a cidade, Sasuke, Naruto, Neji, Gaara, Tenten, Hinata, Ino e Sakura seguiram para o Konoha. O álibi daquela missão tinha sido passar a noite na Mansão Uchiha, então decidiram aproveitar. Itachi só chegaria na manhã seguinte.

Estavam sentados no chão da sala, ouvindo música e jogando Banco Imobiliário enquanto comiam os diversos lanches que as meninas haviam preparado.

- Cara, da pra acreditar que estamos aqui? Jogando Banco e tudo parecendo... normal? – Tenten comentou, lançando os dados. Seu sorriso durou pouco, já que caiu em uma das propriedades de Neji.

- Melhor festa do pijama de todos os tempos – Ino sorriu e piscou para Gaara.

- Ugh! – Naruto gemeu, escondendo o rosto no ombro de Hinata, sentada entre suas pernas. O loiro já tinha falido. – Não é "festa do pijama" quando a gente também participa, já te falei.

- Meio que afeta nossa masculinidade – Gaara concordou.

- Não importa o nome, o que importa é que estamos todos juntos – Hinata sorriu.

- E vivos – Sakura completou e todos riram.

- Acho que merecemos ser normais por um tempo, depois de tudo – Neji comentou.

- Awn, cabeludo – Sasuke fez uma cara afetada – você sabe que, mesmo sem poderes e toda essa loucura, nós não seríamos "normais" – indicou as aspas. – Olha pra gente, em que planeta seríamos considerados normais? A Sakura tem cabelo rosa, cara. R O S A.

Enquanto todos riam, sem conseguir se conter, a Haruno deu uma cotovelada na costela de Sasuke, emburrada.

- Ai! Superforça, lembra? – o Uchiha choramingou. – Acho que quebrei uma costela.

Preocupada, Sakura se virou para "curá-lo", mas percebeu que ele estava perfeitamente bem e só estava tentando irritá-la.

- Babaca.

- Ah, também amo você, bonitinha.

- Sai de perto, Uchiha, ou eu te quebro de verdade – Sakura cruzou os braços determinada. Sasuke começou a tentar beijá-la, mas era repelido o tempo todo, o que só fazia os espectadores se divertirem mais.

Continuaram rindo, brincando e aproveitando sua quase normalidade, e a paz que se instaurara. Não que Nova York estivesse livre de vilões encapuzados e líderes de torcida psicóticas. Claro que não. Muitos lunáticos poderosos ainda apareceriam, eles tinham certeza. Mas não importava. Eles estavam prontos. Prontos para encarar o que viesse – o que quer que fosse – desde que estivessem juntos.

•••

Capítulo 10: Fim.

Good Girls Like Bad Boys: Fim.

•••

Referências do Capítulo:

- "No legacy is so rich as honesty.": ("Nenhum legado é tão rico quanto a honestidade", em português) usei essa frase, do magnífico Shakespeare, porque, além de seu significado, brilhante por si só, eu poderia brincar com uma das palavras. No título, "legado" indica os meninos, terminando o que seus pais começaram tantos anos antes. Já na frase, "legado" refere-se àquilo que foi deixado a todos – no caso, honestidade, coragem, integridade e alguns poderes haha.

- Amolite: é uma pedra preciosa bastante rara. É uma gema orgânica, produto da fossilização das conchas dos amonites (aquele bicho marinho pré-histórico – do qual as lulas descendem – que eram basicamente uma caracol, com tentáculos saindo de sua única cavidade), daí o nome, composta principalmente pelo mesmo mineral da madrepérola. A Amolite brilha em todas as cores do espectro e foi chamada, nos anos 90, de "Pedra das Sete Cores da Prosperidade". Se ficaram curiosos, joguem no google para conhecer mais sobre.

- Begônias Carnevais: as Begônias são flores ornamentais lindíssimas, muito comuns aqui no Brasil, por terem preferência por um clima tropical (no entanto, ela se desenvolve bem em países mais frios – uma de suas espécies, por exemplo, é comum da Alemanha!), que tem um significado que combina perfeitamente com nossa Hinatinha. As Begônias referam-se a felicidade, delicadeza e cordialidade, e estão associadas à inocência e à lealdade do verdadeiro amor. Pra mim, as Carnevais são as mais bonitas, mas se quer conhecer mais google it. (Créditos à Pah Uchiha-chan que sabe tudo de flores e me deu a dica).

- Madrugada dos Mortos: (Dawn of the Dead, em português) é um filme lindo da vida! O original é 1978 (O Despertar dos Mortos), e o remake de 2004 é apenas muito bom de assistir. Dá pra rir um pouco do remake, sério. Mas, ainda assim, mucho bom. Recomendo.

- Interpol: (International Criminal Police Organization, em inglês, ou Organização Internacional de Polícia Criminal, em português) é a organização internacional que ajuda na cooperação de polícias de seus países membros (188, atualmente). Foi criada em Viena, na Áustria, em 1923, e durante a Segunda Guerra Mundial (quando a Áustria foi anexada ao Terceiro Reich) foi comandada por três oficiais nazistas da SS. Hoje é comandada pelo singapurense Khoo Boon Hui, e tem sua sede em Lyon, na França.

- Nick Miller: é um dos personagens principais (e meu favorito) da divertidíssima sitcom New Girl. É interpretado por Jake Johnson, e a série conta também com a linda Zooey Deschanel. Indico muito.

- Agente Coulson: Phil Coulson é um personagem da Marvel Cinematic Universe, sendo um dos mais fiéis agentes da S.H.I.E.L.D.. Coulson é interpretado por Clark Gregg, e aparece em Iron Man, Iron Man 2, Thor e The Avengers. Coulson morre, atingido por Loki em The Avengers [#crying], mas ele retornará em Agents of S.H.I.E.L.D., uma série de TV que será produzida pelos Estúdios Marvel. Fica aqui a homenagem ao Phil, linds haha.

- Mais uma vez, digo que as ruas, os bairros, estabelecimentos, e qualquer localidade citada na fic de fato pertencem à cidade de Nova York. Só o condomínio de Konoha, o colégio, e, no caso desse capítulo, o galpão, não são reais.

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ACABOOOÔ-Ô-Ô, ACABÔ! ACABOOOÔ-Ô-Ô, ACABÔ! (8)

MEU DEUS, NÃO SEI SE RIO, OU SE CHORO E MEIO QUE TÔ FAZENDO OS DOIS NESSE EXATO INSTANTE. AI, GOOD GIRLS LIKE BAD BOYS CHEGA OFICIALMENTE AO FIM :'''( e :'''')

Pera, vamos começar isso de forma correta: Eii meus amores, tudo bem com vocês?

Como de costume, quero pedir perdão pela demora, mas, porra, tá tudo muito corrido. É foda, sabe? Hahah mas eu prometo que é a última vez que eu atraso um capítulo em GGLBB #piadadefimdefic HEUHAUEHHEUAHEUUAHEU

Falando sério agora, quando as férias começaram eu me dei uma schedule pra postagem das fics, e estabeleci que postaria um capítulo de cada fic durante esse break (não sei se ainda será possível, mas me aguardem). Esse último capítulo de Good Girls deveria ter sido postado, de acordo com o cronograma, na primeira semana de julho. Aí... admito, eu protelei um pouco pra começar. Não é todo dia que se escreve o fim de sua fic-filha. Good Girls é meu bebê, gente, sério #crying :'(

Mas, é, mesmo que eu tenha demorado a começar, estava tudo indo bem e dentro do prazo que estipulei pra mim. Porém, contudo, todavia, no entanto, eu tive um início de mês bem... shit. Pra resumir, eu ralei o joelho – e isso é uma analogia pra uma ferida muito mais séria em outra parte (mais interna) do corpo, que só melhora um tiquinho com chocolate, música deprê e comédia romântica – e esse tipo de coisa demora pra sarar. E, como vocês sabem, minha escrita está inteiramente condicionada ao meu humor, então não pude escrever por alguns dias. Se eu tivesse escrito, provavelmente todo mundo teria morrido e o Orochimaru estaria sentado em seu trono de ouro assistindo à decadência dos humanos, só pra exemplificar como, sometimes, life sucks. (: Isso foi meio depressivo, mas... é. KKKKKKKKKKK

E, como a vida é uma linda que não fica feliz em fuder só uma parte do teu corpo, meu joelho (de verdade, dessa vez) que tem problema desde sempre, resolveu me atacar com a crise mais dolorosa e absurda que já tive. Sério. Minha perna chegou a ficar tão inchada que parecia uma linguiça gigante HAHAH mas isso foi só uma vez, porque na maior parte do tempo, só meu joelho inchava (e parecia uma bola de vôlei, iuhul!).

Enfim, ainda tô toda destruída, com joelho-bolota e tudo, mas tô bem o suficiente pra conseguir terminar o capítulo, então, yaaay *-*

A sorte foi que antes dos meus, ahn, probleminhas, metade do capítulo já tava pronto. O azar foi que a parte que tava pronta era a parte fácil (o plano, os romances e tal). E pra fazer a parte da luta? E todo o resto? Cara, todo o resto foi um inferno verbal (?). Claro, eu sabia o que iria acontecer, mas por isso no papel foi TEN-SO! Eu sou péssima em escrever luta dude, não gosto de violência e tals #mentira HEUAHEUHEUAHE

Mas, particular e honestamente, eu acho que valeu a pena. Gostei de como o capítulo ficou e bem... apesar do aperto no coração... acho que missão cumprida... Quero dizer, achei digno o que fiz com o Tio Orochi e com a Karin (porque tenho compaixão KKKKKKK) e sei lá... gostei :') mas, mais importante que isso é saber o que vocês acharam então, please talk to me! KKKKK então, eu quis dar destaque pro Neji porque ele morreu e tals (pensei até em matar ele também, but i couldn't :'[ ), e por isso ele ganhou a Mentalização. Yay!

AH! E o que acharam da aparição do Itachi-lindo da Tia Kaah? Sério, ele tinha que aparecer né, já que é o mais foda da vida e fim. HUHEUHUHEUHUA enfim.. sei lá... eu gostei de como ficou tudo :B me digam se concordam comigo, certo? o/

Mas, hein... agora chega parte que antecede o fim... O fim mesmo, sabe? Jesus, GGLBB vai acabar! Ai! ~palpitações~

-le eu pigarreando-

Quero agradecer muito, a todos e a cada um de vocês, que acompanharam a fic desde que ela era apenas o fruto recém-concebido de uma noite mal dormida. A quem não desistiu, mesmo com minha demora absurda, mesmo com erros e pseudo-mortes. A quem favoritou, colocou em alerta. E, claro, o maior de todos os "obrigada"s a quem comentou e interagiu comigo durante todo esse tempo. Um autor não é nada sem leitores, certo? Por isso, e por tudo mais, muito obrigada, de coração, de fígado, de rim, de joelho. Vocês são incríveis de mais da conta e fodas pra chuchu *-* Love you guys s2

E, bem, o que seria de mim sem minha maninha, Pah Uchiha-chan? Ela que foi muuuito além da betagem... me ajudando a escrever, aguentando meus surtos, me mandando escrever, me dando bronca, ficando até tarde no Skype comigo, e, mais do que tudo, chorando comigo quando eu me machuquei. Brigada, mana, por tudo. Amo você princess s2

E, nesse clima de agradecimento, uma ultima vez em Good Girls Like Bad Boys, vamos responder as reviews:

Fipa-chan: COMASSIM? Comassim você e o botãozinho terminaram? Botão maldito que te traiu D: não perdoo ele! Hahaha perdão a demora, Fipa, mas eu espero que tenha gostado e quero agradecer por ter estado comigo desde sempre! Muito obrigada, flor *-*

Tsuki Moonlight: gente, me divirto com suas reviews, sério HEUHAUEHAU adorei saber que você divertiria com a Karin – achei que era só eu hahaha por falar nisso, gostou do fim dela? Fui misericordiosa ainda KKK agora, sobre o cavalo, você não acertou mas foi quase... eu cogitei Itachi, mas achei melhor usá-lo depois. E, bem, me desculpe pelo spoiler, mas, sim, Neji morreu no mangá (no anime ainda não, porque ainda não chegou lá) :'C bom, espero que me perdoe mais uma vez pela demora, e espero que tenha gostado do fim. Muito, muito obrigada mesmo por acompanhar a fic por todo esse tempo, e por ser sempre tão compreensiva e fofa *-* see ya (eu espero haha) super beijo, sweet ;*

Uchiha Ayu: pooooxa, sempre que leio essa sua review fico tipo: :'''') hahah muito obrigada, de verdade *-* e, de fato, demorei, mas espero que me perdoe (mais uma vez.. a ultima vez juro kkkkkk) espero que tenha gostado do fim e muitíssimo obrigada por todos os comentários durante os capítulos! Suuper beijo *-*

Pisck: -plop- te revivi *-* hahaha você teve que esperar muito né? :x descuuuuuuuulpa, vida corrida demais e tals :c mas espero que tenha gostado! Muito obrigada pela review, beijo beijo!

Rashomon: fala, graaaande adivinhador do cavalo (?) tudo bem? Okay, pode dar na minha cara porque eu demorei MUITO x.x pois é, então, entrei na faculdade (sim é UFMG) e foi aí que fudeu tudo HUEHUAUEHUAE mas, bem, você recebeu seu sneak peek, tá recebendo agora (mentalmente) o beijo na bunda ;9 e – como eu demorei pacas e eu sei que você vai me xingar, com razão – eu dediquei o capítulo a você yaaaay [sim, tudo pra voce não me abandonar, mesmo que a minha demora seja absurda] hahaha enfim, agora eu quero saber qual a sua área (e você também passou em uma federal, certo? Parabéeeeeens!) e, poxa, muuuuito obrigada espero que você tenha gostado do fim de GGLBB (dê-me sua opinião de macho sobre as lutas, porque, eu sei, ainda sou péssima nessa parte heuaheuah), e, cara, muito obrigada mesmo por sempre comentar e por não deixar de ler (e por me xingar, eu mereço KKK). Mega beijo fiote, see ya later (WB vai sair já já – assim espero haha) *-*

lovehyuga: hola, chica, ¿cómo estás? (falei certo? Sou péssima em espanhol, desculpa! :/ ) mas, tenho que dizer que seu português tá ótimo, de verdade! E bem, muuuuito obrigada por todas as reviews lindas e fofas *-* espero que tenha gostado deste capítulo também, e desculpe-me a demora! Muito obrigada, de verdade, pelos comentários! Besos, besos, fofa! ;*

Akemiy: ah, que isso! Não tem problema nenhum ter começado a acompanhar no fim hahah desculpa de verdade pela demora ;/ e muito, MUITO, obrigada pela review fofa do ultimo capítulo, sério *-* espero que voce tenha gostado do capítulo e que me desculpe pela demora! Muito obrigada, mais uma vez... Super beijo!

-suspirando-

Pois é... Então.

Cara, não quero terminar isso... Como faz? Hahah

Bem, vou pedir (de novo) que vocês comentem e me digam o que acharam... Mais do que nunca, é extremamente importante pra mim *-*

Muito obrigada a todos, mais uma vez. E espero vê-los nas outras fics [porque propaganda é a alma do negócio HEUAEUHA], em breve.

Desculpem qualquer erro, tá super tarde e minha beta linda e eu estamos mortas de sono, iuhul!

Vou-me já (falem isso rápido e riam comigo :P HUHEUAHUEU), porque tá super tarde [duas e quarenta e nove da manhã] e preciso dormir. Mas amanha vou me jogar num pote de Nutella pra comemorar/lamentar o fim de GGLBB.

Beijos, queijos, anexos, boas férias e love u guys s2

Kaah Hyuuga.


N/B: Ok, só pra começar: MAS O QUE MEU DEUS! Ou, como eu gosto de falar: Maquê Jesus. Fui a única que achou esse cap perfeito? Fui? Hã? Isso são "nãos" vindos da plateia? Acho que sim, porque é isso que eu to ouvindo. Awn, lindos.
CARALHO! Com o perdão dos palavrões, esse cap foi, simplesmente, FODA DEMAIS! E essa minha mana falando que não sabia escrever lutas. Affs, affs. E mais um affs, pq sim.
Cara, to sem palavras. Foi, tipo assim, perfeito. Apenas.
Dá uma sensação de felicidade, tipo, saber que tudo acabou bem. Que todos estão bem. Que tudo vai ficar bem com os personagens, mas é mto triste saber que acabou. Poxa, a fic acabou! T.T
Cara, isso é muito triste, muito mesmo. É sempre triste ver uma fic tão boa de uma escritora tão maravilhosa chegar ao fim, mas é, né? Fazer o quê?
Só posso agradecer a todo mundo que acompanhou e dizer que, mais uma vez, é uma honra betar uma história maravilhosa como essa que chega ao seu fim. Obrigada à nossa ilustre autora, por um momento tão delicioso de leitura.
Não tenho muito mais o que dizer, porque só poderia me repetir: Perfeitamente perfeito.
Beijos a todos e mais uma vez, obrigada! :D

Pah-Uchiha-chan