T/N – This fanfic was translated with author's permission by Aline (linelins) and Daniella (dannycullenbr).

The idea came from Aline who fell in love with the story and started the work and asked me to join her. So 'til chapter 5 all the credit is hers and after that we decided that each would take 2 chapters at time.

We'd like to congratule the author for the amazing story and for letting us bring this story to brazilians and other people who doesn't speak english. The story is beautiful and was really good to translate it as I'm sure will be good for you to read ;)

.

.

N/T - Essa fanfic foi traduzida com a autorização da autora Jayeliwood pelas tradutoras Aline (linelins) e Daniella (dannycullenbr).

A idéia da tradução surgiu com a Aline, que começou o trabalho e com alguns capítulos prontos me chamou para ajudar na tradução. Então a tradução foi feita, a partir do capítulo 6, alternada. Dois capítulo pra cada uma.

Gostaríamos de parabenizar a autora pela linda história e pela oportunidade de nos deixar levar a história aos brasileiros e outros povos que não falam inglês. A história é linda e vale a pena ler assim como valeu a pena traduzir.

Jay's Disclaimer for the whole thing: I don't own a thing. There, I said it.

Renúncia minha e da Lili: Bem, nem de longe Crepúsculo nos pertence. Muito menos esses personagens, eles são todinhos da J.

Se bem que a gente (mais a torcida do Fla e do Sport) morre de vontade de estar no lugar dessa Bella...

Sem mais...


Capítulo I

EPOV

O dia estava muito quente. O banco concreto no qual eu estava sentado estava ligeiramente quente e desconfortável. Não me sentia totalmente seguro ao andar por aqui ainda. Eu já tinha memorizado o meu trajeto, porém, era embaraçoso quando me perdia. Entretanto, sabia como chegar à minha próxima aula a partir deste lugar. Geralmente sento-me aqui até que chegue a hora da aula. É mais fácil desse jeito.

Não lembro nunca ser assim tão quente em minha cidade, Chicago, e me perguntava como as pessoas aqui na Louisiana agüentam tal calor. Era setembro ... Supostamente, era pra ser outono ou pelo menos algo parecido com isso!

Uma brisa soprava no ar, assanhando meu cabelo. Como se essa parte do meu corpo não fosse suficientemente bagunçada. Eu arrastava meus dedos pelos fios tentando inutilmente arrumá-los. Depois, era muito barulho em volta do campus. Eu podia ouvir as pessoas rindo, alguma música vinda dos carros que passavam. Parecia um lugar feliz. Eu gostei disso.

"Este lugar está ocupado?" - perguntou uma voz suave e feminina ao meu lado. Eu ouvi mais alguns passos até que eles pararam, eu achei que a pessoa seguira adiante, já que eu era geralmente ignorado.

"Não. Fique a vontade." - eu acenei com minha mão feito um convite. Ela aceitou.

Ouvi o amassar de suas roupas quando ela sentou. Mantive meu rosto pra frente com o intuito de não incomodá-la. Ela parecia jovem, talvez, na casa dos 20 anos, talvez até mais nova. Havia um doce aroma de morangos ao meu redor.

"É um dia lindo, não?" Ela perguntou em um tom de conversa.

"Eu acho que é sim", eu respondi. Perguntei-me se ela sabia. A maioria das pessoas parece descobrir logo. Será que ela era desatenta assim?

"O céu está tão lindo... tão azul", disse ela com um suspiro.

Sim, ela é bastante desatenta.

"Eu não sei", eu disse meu tom um tanto quanto azedo. Eu conseguia controlá-lo normalmente, mas hoje eu não queria.

"O que você quer dizer?"

"Eu sou cego." - afirmei rapidamente. Eu decidi que já estava hora de sair. Tenho certeza que ainda era cedo, mas, eu não queria mais ficar aqui esperando até que o professor estivesse pronto. Puxei a minha bengala que estava ao meu lado.

"Ah ... Oh! Me desculpe!" - eu ouvi ela falando logo atrás de mim, mas continuei andando. Tenho certeza que em algum ponto ela ia desistir e parar.

Não, ela não parou. Aparentemente além de desatenta ela era teimosa. Ótimo!

Ouvi o som dos sapatos dela batendo contra a calçada quando ela correu atrás de mim. Eu suspirei, e comecei a caminhar um pouco mais depressa.

"Me desculpe! Eu estou tão ... arrependida. Eu não quis lhe ofender."

"Está bem. Preciso chegar a aula. "

Meu tom se tornou mais amargo. Eu não sei o que deu em mim. Tive uma raiva tão profunda que fazia até meu peito doer. Cuidadosamente dei dois passos em direção ao prédio e procurei pela porta.

"Quer ajuda?" Eu ouvi a garota perguntar, sua voz bem ao meu lado.

"Escuta, eu tive já tive ajuda suficiente durante meus malditos 20 anos. Mesmo assim, obrigado." - eu disse numa voz baixa e muito ríspida. Finalmente encontrei a porcaria da maçaneta e empurrei a porta. Continuei meu caminho pelo interior do prédio, seguindo rente a parede. E não ouvi mais seus passos atrás de mim.

"Me perdoe" - ela disse finalmente, provavelmente há uns dez metros de distância. Ela ainda estava na porta. Sua voz parecia à beira das lágrimas.

Eu me senti horrível. Por que fui tão estúpido? Uma pessoa normal não sabe instantaneamente que alguém é cego. Eu estava usando óculos escuros. Ela provavelmente achava que eu estava descansando em um banco como qualquer pessoa normal. Respirei fundo e passei os dedos sobre a minha testa. Encostei-me contra a parede e soltei um profundo suspiro, arrependido por ter sido tão brusco sem nenhum motivo aparente.

BPOV

Esses primeiros dias aqui em Lousiana não poderiam ser melhores. Pra começar tinha o clima perfeito. Algo na cidade, mesmo sendo longe de Phoenix, me fazia sentir como se eu estivesse em casa. Prendi meus cabelos acima dos meus ombros num rabo-de-cavalo deixando a brisa fresca acariciar minha pele.

Eu não teria nenhum tipo de aula nos próximos 30 minutos, mas mesmo assim, eu não queria voltar para o meu apartamento. Assim que eu chegasse lá, teria que sair novamente. Eu atravessei o movimentado campus, olhando as pessoas em seus grupos conversando, praticando esportes, estudando, ou simplesmente aproveitando o sol como eu.

Eu comecei a procurar um lugar para sentar. A maioria dos locais estavam cheios de jovens barulhentos. Provavelmente alunos do Century College Shreveport. Certamente quase todos se conheciam entre si. Talvez já estivesse estudando juntos desde o colegial. Mas isso não fazia diferença pra mim... Eu nunca fui uma popular cheia de amigos.

Eu finalmente vi uma bancada com um apenas um ocupante. Ele era alto e magro, ligeiramente musculoso. Vi como o seu cabelo castanho avermelhado tremulava ao vento. Ele correu seus longos dedos através dos fios, empurrando-o para longe de seu rosto. Ele arrumou seus óculos no nariz perfeito. Ele parecia tão pálido e eu me perguntei se ele era daqui. Claro que não, se ele fosse provavelmente faria parte de algum grupo.

Não sei o que deu em mim, mas decidi que queria falar com este belo homem. O que ele poderia fazer de mal? Correr pra longe de mim?

"Este lugar está ocupado?" - eu perguntei, ao mesmo tempo em que travava uma luta interna contra a vontade de me virar e correr.

"Não, fique a vontade." - ele acenou com a mão na sua frente, me perguntei se ele queria que eu sentasse no colo dele. Eu ri, mas escondi rapidamente. Bem ele nem sequer olhou para mim, achei estranho.

Eu sentei, utilizando os braços pra me espreguiçar. Levantei meu rosto para o céu, deixando o sol bater na minha pele clara como marfim. "Lindo dia, não é?"

"Eu acho que é sim", disse ele um pouco vago. Ele ainda não olhava para mim, apenas para frente. Será que ele é era tímido?

Eu respirei fundo tentando abstrair o meu nervosismo. Como é que eu fui inventar de conversar com alguém, principalmente um cara bonito como ele?

"O céu está tão lindo... tão azul ", eu disse numa tentativa boba de ter alguma coisa a mais pra falar.

"Eu não sei." - todo o doce que estava em sua linda voz antes sumiu. Ele instantaneamente ficou rígido, como uma estátua. "Eu sou cego."

Demorou algum tempo para que meu cérebro lento armazenasse a informação, e mais alguns segundos para descobrir que eu realmente era uma idiota.

"Ah..." eu me levantei e corri atrás dele. "Me desculpe.... Eu estou tão arrependida. Eu não quis lhe ofender. "

"Está bem. Preciso chegar à aula.", ele quase gritou pra mim.

Por um momento, eu fiquei contente por ele não poder ver o quanto esquivei da sua voz. No mesmo instante senti mal por pensar dessa forma.

"Quer ajuda?" - eu perguntei, tentando pensar em uma maneira de não parecer tão, tão... idiota!!

Ele virou o rosto para a minha voz, a sua expressão bastante assustadora. "Escuta, eu tive já tive ajuda suficiente durante meus malditos 20 anos. Mesmo assim, obrigado." sua mão encontrou a maçaneta e empurrou a porta com uma violência desnecessária .

Eu parei de segui-lo nesse exato momento. Eu podia sentir ardor do meu rosto e as lágrimas nos meus olhos... Pra minha frustração e completa vergonha, o que eu sentia geralmente tinha ligação direta com meu canal lacrimal. Respirei fundo, tentando manter as lágrimas nos olhos. Mesmo que ele não enxergue, eu não queria fazer isso na frente dele.

"Me desculpe", eu repeti antes de sair rápido pelo corredor e entrar no minúsculo banheiro feminino. Eu arrisquei um último olhar antes de passar pela porta. Ele estava inclinado contra a parede. A mão no rosto segurando a ponte do nariz. Seus lábios estavam apertados numa linha reta.

Eu nunca me senti assim; culpada e rejeitada ao mesmo tempo. Entrei no banheiro e fechei a porta, ficando de frente ao espelho.

"Como você pode ser tão estúpida?" - perguntei ao meu reflexo. Finalmente as lágrimas foram fluindo e molhando meu rosto. Peguei um dessas terríveis e ásperas toalhas de papel e limpei o meu rosto.

Depois de ter conseguido me acalmar o suficiente pela besteira que acabei de fazer, olhei para o relogio; dez minutos. Tempo suficiente para chegar ao prédio onde teria minha próxima aula .

Foi um alívio estar sentada na aula de Literatura Inglesa. Sentia-me segura aqui rodeada pelos livros, pelos meus ídolos e devaneando com os romances do século XVIII. Nem demorou tanto para que o professor chegasse à classe. Permitir a mim mesma, me perder entre os poemas e versos recitados tão solenemente.

Até que o final do dia chegou sem mais nenhum incidente negativo. O que pra mim era um milagre já que eu era bem desastrada.

E tudo que eu queria fazer era rastejar para minha cama. Empurrei a porta do apartamento estudantil de um jeito cansado. Mas antes que eu pudesse ficar feliz pelo fim do dia, fui atacada pela minha companheira de quarto. Ela seria absolutamente perfeita, se não fosse tão louca.

"Oi amiga! Aí está você! Eu quero que você saiba que vamos ter uma reuniãozinha hoje a noite. Apenas um grupo pequenininho de amigos, não mais que 20 pessoas, eu acho. Não acha que é uma boa idéia?" - ela disse tudo isso tão rápido que eu demorei pra assimilar as tantas palavras ao mesmo tempo.

"Bem, aproveite a festa! Eu vou ficar no meu quarto," - eu disse bocejando e arrastando os pés pela sala.

"Ah! Qual é?! Você não precisa fazer nada, pelo menos fique fora do seu quarto! Vai ser divertido, Bella! Você ainda não conhece ninguém por aqui, seria uma oportunidade pra isso. Não ia ser legal?" - Alice me puxou de lado, dando-me um abraço.

Eu só conhecia essa pequena e hiperativa fadinha há uma semana, mas estou quase certa que ela achava que já éramos grandes amigas. Eu gostei de cara dela, não vou negar, apesar de achá-la um tanto patricinha.

"Ok. Eu vou participar, mas agora eu vou tirar um cochilo. Eu tive um péssimo dia hoje." - disse, seguindo para o meu quarto.

Agradeci mentalmente pela cama fofa e aconcheguei o travesseiro no meu peito.

"O que aconteceu?" - ela perguntou da porta. Eu notei que pelo jeito que ela falava, havia mais que simples educação. Como se ela estivesse realmente preocupada comigo.

"Ah, eu simplesmente falei uma merda para um cara realmente lindo hoje cedo" - murmurei sob o travesseiro macio.

"Ah isso sempre acontece! E com o tempo piora." - ela disse rindo antes de fechar a porta.

Pude ouvir seus pequenos pulinhos pelo corredor. "Hey Jazzy! Você pode ir pegar as bebidas, sim?"

EPOV

Eu encontrei fácil o meu caminho de volta para a república. Felizmente meu quarto era logo no piso inferior – sem escadas. Mesmo o local sendo pequeno, era organizado o que me agradava muito. Pra completar o meu novo companheiro de quarto respeitava-me o suficiente para não me considerar um pateta.

Sentei na minha cama e puxei o gravador da minha mochila. Comecei a rebobinar o aparelho para que eu pudesse escutar a palestra de hoje mais uma vez. Por enquanto, o assunto ainda era fácil, mas com certeza a coisa iria piorar em breve.

Logo o que aconteceu no início da tarde voltou a minha memória. A pobre garota estava somente tentando ser agradável comigo e eu fui completamente estúpido com ela. Uma maneira perfeita de começar o ano letivo.

A porta abriu, deixando o ar quente vir da sala pelo corredor. Fiquei rígido, mas não disse nada. Percebi rapidamente que era meu companheiro de quarto, já que agora eu já tinha me familiarizado com o ruído de seus passos no chão.

"E aí, Edward, eu tenho que de ir ao mercado pra comprar algumas coisas pra festa da minha namorada, Você quer ir comigo?"

Ele provavelmente estava recolocando suas chaves no bolso, Havia um som metálico, como se as chaves estivessem chocando uma contra o outras.

"Não, mas valeu pelo convite." - desliguei o gravador e coloquei-o de volta na mochila.

Ele deu um grande suspiro e continuou, "Olha, minha namorada é meio louca da vida e se eu não levar você ela vai fazer um puta de um drama. Agora, você pode por favor, quebrar esse galho pra mim e ir comigo, pra não eu ter que ouvir os lamentos de Alice pelo resto da noite? "

Eu tive que rir do texano. Pelo que eu ouvi falar, seu namoro já durava uns dois anos, e a tal da Alice era uma menina determinada e responsável. Mas, tinha um grande poder de persuasão e era um tanto excêntrica.

Ele era feliz com ela e eu estava feliz por ele, até com um pouco de inveja. Relacionamentos amorosos era algo que eu nunca iria ter.

"Tá legal, mas apenas porque não quero que você entre numa fria com sua namorada."

Coloquei cuidadosamente tudo que eu precisava no meu bolso. Carteira, celular e as chaves. Peguei a minha bengala, mais uma vez, pronto para caminhar.

"Ok, primeira parada, Kroger's. Em seguida, a casa da Alice." - ele parecia aliviado. Eu tive que gargalhar com essa, e deixei ele me guiasse pelo estacionamento.
.

Não demorou muito para conseguir o que precisávamos. Eu gostava do clima frio que esse tipo de lojas sempre tinham. Jasper manteve uma conversa fácil e confortável. Ele era uma das poucas pessoas que não parecia nervoso comigo.

"Então, o que exatamente esta cursando?" - eu perguntei quando ele me ajudou a subir em sua caminhonete.

"História e Educação. Eu quero ser professor."

"Pelo visto eu acho que você está planejando passar o resto de sua vida dentro de uma sala de aula", eu disse um tanto sarcástico. Ele riu e ligou o carro.

"Há coisas piores.", ele disse, revelando seu sotaque. Eu gostava de ouvir o tom arrastado que o pessoal do sul mantinha por aqui.

Fui cumprimentado pela agitada namorada com um abraço apertado. Ela cheirava a algo floral e doce. A propósito era um cheiro agradável. Ela parecia bastante pequena. "Olá, eu sou a Alice. Você deve ser Edward. Prazer em conhecê-lo."

"Obrigado", eu murmurei, me afastando de seu abraço. Ela pegou minha mão e me levou para um sofá. Outra pessoa que parecia confortável comigo.

Surpreendente. Normalmente, eu não gostava de estar em festa, ou aglomerações, mas, por enquanto não parecia tão desconfortável assim.

Meus pais sempre reclamavam que eu era demasiadamente independente. E odiaram a idéia de eu me mudar sozinho pra cá. Quando eu lhes disse que esta faculdade tinha o melhor programa musical e uma bolsa integral, eles assentiram. Dinheiro não era realmente um problema, mas, já que eu tinha ganhado esta oportunidade, estava disposto a ter meus próprios méritos quanto a isso.

Mais e mais pessoas chegavam, aumentando o nível de barulho. A música começou a tocar e risadas altas chegavam até meus ouvidos sensíveis.

Jasper me trouxe um coca, perguntando-me se eu estava bem. Eu simplesmente assenti, o que deve ter sido o suficiente para ele, porque ele desapareceu novamente.

As pessoas que se sentavam por um momento ao meu lado, logo saíam. Algumas pessoas disseram oi, já outras me ignoraram completamente. Eu nem me importava muito com isso.

Sinceramente, acho que até mereci esse tipo de tratamento depois do que eu fiz hoje à tarde. Inclinei minha cabeça para trás, ouvindo a música barulhenta e sem letra, coisa que realmente odeio.

Ouvi passos vindos em minha direção. Eram macios, provavelmente do sexo feminino. E um delicioso aroma de morangos ao meu redor...

"Será que eu seria muito chata, se eu pedisse desculpas mais uma vez?"