Stop Dropp and Roll
Sinopse: Bella Swan, estudante de literature inglesa, conhece Edward Masen, bombeiro, quando um incêndio destrói o seu apartamento. Ela logo é tragada para o seu passado assombrado. Bella poderá livrá-lo das recordações ou ele continuará repelindo a estudante? Todos humanos!!!!
Autora: Bronzehairedgirl620
Tradutora: Taty
Rating: T
Disclaimer: Nada aqui me pertence. Os personagens pertencem a Stephenie Meyer e esta história pertence à Bronze. Eu apenas a traduzo para vocês!
História traduzida com o conhecimento e consentimento da autora!
Link da história original: h t t p : / / w w w . f a n f I c t I o n . n e t / s / 4 4 1 3 8 0 2 / 1 / S t o p _ D r o p _ a n d _ R o l l
Brilhos Escuros
BPOV
Eu fiz uma careta enquanto checava meu relógio e saía do quarto. A chuva estava forte, me deixando encharcada e eu já podia ouvir o discurso de Alice sobre os meus 20 minutos de atraso. Um sino tilintou enquanto eu abria a porta, sacudindo as gotas que se acumularam em minha jaqueta.
Eu encontrei Alice em nossa mesa habitual próxima à janela, um fumegante café em sua frente, enquanto ela descansava o queixo em sua mão. Ela parecia estar olhando diretamente para Jasper que atendia um pedido, saindo, de repente, da linha de visão dela.
"Olha só o que o gato nos trouxe", ela disse. "Teve alguma dificuldade em encontrar o lugar?"
Eu rolei meus olhos e esfreguei meus braços, tentando me aquecer. "Eu sinto muito. O trânsito estava um horror", disse, balançando minha mão indiferentemente para cortar qualquer discussão que ela tivesse pensando em começar.
Pegando minha carteira, eu peguei algum dinheiro antes de me levantar. "Eu vou fazer o meu pedido. Você vai querer algo mais? perguntei, acenando com a cabeça para a sua bebida.
"Eu faço isso!" ela praticamente gritou, arrancando o dinheiro de minha mão e valsando até o caixa. Eu vi, com diversão ela passando a mão pelo cabelo e sorrindo timidamente para Jasper. Eu escutei quando ela fez o meu pedido habitual, enquanto ria de algum dos comentários feitos por Jasper, que indubitavelmente sorriu, lhe entregando o troco.
Embora Alice não fosse uma pessoa de se acomodar, seu último e mais longo interesse amoroso, era Jasper Whitlock, o barista que trabalhava durante a semana, das 3 às 6 da tarde. O mais surpreendente era o tempo que essa paixão vinha durando. Geralmente, ela o vigiaria por algumas semanas e depois se cansaria... mas com Jasper era diferente. Ela ia ao café duas vezes por semana, e normalmente me intimava a ir com ela.
Eu tirei meu caderno da bolsa, tentando matar o tempo até Alice voltar com o meu pedido; e gemi ao ver a lista de histórias iniciadas por mim nos últimos meses. De uma forma ou de outra, todas acabavam sendo uma história de amor. Não importa o tanto que eu tentei introduzir mistérios ou dramas, de alguma forma o amor entre os dois personagens principais, acabava se sobrepondo. A raiva nunca me deixou totalmente e toda vez que eu olhava aquela lista, eu sentia o desejo de algo. Uma necessidade de entender o que eu não sabia. O amor podia surgir de diversas formas, mas todas as vezes que eu me sentava para escrever, tentando passar as idéias da minha mente para a tela, elas saíam confusas e muito mais complicadas do que precisaria ser.
Alice estava com um mega sorriso quando voltou. Ela praticamente jogou minha xícara sobre a mesa, espalhando o líquido quente que me fez gemer de dor ao cair sobre a minha mão. Eu fiz uma careta enquanto tentava pegar o guardanapo que ela trazia na mão. Alice me deu um tapa na mão, empurrando o meu braço.
"Nem pense nisto." ela disse agitadamente, encarando o pedaço de papel com verdadeira adoração. Eu franzi minha sobrancelha, e depois de ter certeza de que eu não iria usar o seu precioso guardanapo, ela me entregou o pedaço de papel, onde rapidamente eu pude ver 10 dígitos escritos em caneta azul, com o nome 'Jasper' escrito abaixo.
"Olha!" Ela bateu no guardanapo. "O número dele!"
Apesar de eu geralmente alfinetá-la devido a essa paixão dela por Jasper, eu realmente estava orgulhosa dela. "Finalmente", eu disse, tomando um gole da minha bebida. "Como você conseguiu isto?"
Ela riu de modo trêmulo, agarrando o guardanapo e guardando-o no bolso de trás de sua calça. "Eu não sei o que aconteceu. Eu pedi o seu café de sempre e estava pagando quando ele começou a falar sobre a aula de fotografia. Nós temos um trabalho de grupo, mas eu ainda não tinha um parceiro."
Não me passou despercebido a forma como ela disse, no passado.
Ela respirou fundo antes de continuar falando. "E ele perguntou, como quem não quer nada, se eu queria ser a sua parceira nisso. Nós trocamos nossos números de telefone e ele disse que me liga na sexta-feira."
"Eu estou contente para você, Alice, de verdade", eu disse sorrindo, enquanto tomava outro gole da minha bebida. Nós ainda conversamos sobre algumas outras coisas e, meia hora depois, eu me despedi dela, alegando ter um trabalho para fazer. Ela arqueou uma sobrancelha diante da minha declaração mas me permitiu lhe dar um último abraço, depois de prometer que a veria em casa depois que eu voltasse da biblioteca.
Minha velha picape rugiu quando eu a liguei e bati com o pé no pedal, acelerando pela rua Elm.
Depois de várias horas de estudo em um pequeno cubículo, sendo que poucas foram realmente produtivas, eu pude considerar o trabalho terminado. Eu fechei meu laptop, guardando o restante dos meus pertences. A única coisa que eu desejava, era uma boa noite de sono. Meus músculos estavam tensionados e meus olhos estavam fechando de tanto cansaço. O pensamento de chegar em casa e me enfiar debaixo das cobertas foi a motivação que eu precisava para dirigir de volta para casa.
A chuva começou a caiu novamente enquanto eu descia pelas escadas molhadas do prédio, segurando minha bolsa em cima da cabeça em uma tentativa patética de me manter seca, enquanto eu corria até o meu carro, repentinamente grata por sua estabilidade e resistência em momentos como aquele. Ela parecia poder desabar se tentássemos ir além dos 50Km/h, mas era sólida como uma pedra.
Relâmpagos rasgavam o céu, raios prateados que brilhavam no céu escuro. Eu saltei para dentro da picape, tentando fazê-la se mover o mais rapidamente possível enquanto a chuva batia no pára-brisa, bloqueando a minha visão.
Os clarões se tornavam mais fortes a medida que eu me aproximava do apartamento que eu dividia com Alice, assim como os barulhos dos trovões, ainda mais fortes. Eu rapidamente estacionei ; as árvores envergavam com a intensidade do vento. Eu vi uma delas balançar perigosamente para o lado do prédio, mas me recusei a prestar maior atenção àquilo. A chuva perfurava os meus ossos, meus dentes batiam e eu entrei correndo pelo corredor, apertando o botão do elevador.
Uma vez dentro do apartamento, eu pendurei minha jaqueta no gancho próximo à porta e joguei a bolsa sobre o sofá, me dirigindo direto para a cozinha. Eu chequei a secretária eletrônica que continha duas mensagens: uma de Renée, perguntando por que eu não estava ligando para ela ultimamente e outra do irmão de Alice, Emmett, nos convidando para jantar algum dia da semana seguinte.
Depois de se formar na faculdade ele resolveu se tornar bombeiro e trabalhava em Portland. Sua namorada, Rosalie era amiga minha e de Alice.
Eu notei uma caixa de pizza, já aberta, no balcão, com um papel amassado, próximo dela. Eu peguei uma fatia da pizza, colocando em um prato descartável, para não ter que me preocupar com lavar louça depois enquanto pegava o papel, já tendo uma idéia do seu conteúdo.
Bella,
eu precisei dar uma saída rápida para comprar alguns materiais para a aula de fotografia. Tem pizza na caixa, se você tiver forme.
Até mais tarde.
Eu te amo!
Eu me sentei no sofá, apoiando minha cabeça enquanto assistia algo completamente desinteressante na televisão. Meus olhos continuavam "pescando", pedindo que eu fosse dormir. Puxei uma manta que estava ali, por cima de mim, sem forças para me dirigir para o quarto.
Eu devo ter cochilado eventualmente, mas quando acordei, minhas costas incomodavam pelo mal jeito no sofá. Fumaça invadia o apartamento por uma fonte desconhecida, espalhando-se por todo canto, tornando impossível a tarefa de respirar. Eu tentei prender minha respiração, enquanto levantava, checando o estado do apartamento.
Uma árvore carbonizada tinha quebrado a janela em cima da pia da cozinha e suas folhas mortas estavam esparramadas pelo chão. As chamas tinham invadido o cômodo, destruindo tudo o que havia por ali. O pânico me invadiu enquanto eu pensava no que fazer.
"Você não aprendeu nada sobre as medidas a serem adotadas em caso de incêndio, enquanto escoteira?" Eu gritei mentalmente. Eu não devia rastejar no chão, prender a respiração por causa da fumaça e... stop, dropp and roll?*
Eu escolhi a primeira opção, dobrando meus joelhos, ficando o mais próxima do chão, possível. Eu pensei brevemente em chamar o corpo de bombeiros, até me dar conta de que o telefone não estava funcionando e meu celular estava fora do meu alcance. Só me restava rezar para que alguém soubesse que eu estava aqui e ligasse para eles. Eu sentia as lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Eu retrocedi, tossindo e tentando re-cuspir a fumaça enquanto tentava achar a saída
Eu sentia como se estivesse em um forno, sem ter como escapar. O calor estava escaldante e a minha tentativa de escapar totalmente inútil. A porta da frente estava completamente bloqueada assim como a saída de emergência perto dos quartos. Eu pensei brevemente em saltar pela janela, mas parei ao me dar conta de que estava no terceiro andar. Mas como seria melhor morrer, tentando me salvar saltando pela janela ou queimada viva?
Eu sabia que não tinha muito tempo, este passava rapidamente enquanto eu me rastejava pelo chão, procurando uma saída. O calor parecia que estava derretendo a minha pele, meus pulmões gritavam em protesto pela fumaça. Eu chorava ainda mais, soluçando alto ao perceber que eu estava encurralada dentro do prédio.
Eu não sei por quanto tempo eu permaneci consciente, mas eu pude sentir a escuridão se aproximando, tentando me afundar. Eu já não respirava mais, os dedos afundados em meu cabelo, enquanto os joelhos estavam comprimidos perto do tórax. Eu só esperava que fosse uma morte rápida; eu não queria sofrer. Isso já era doloroso o suficiente.
Eu pensei em Alice. Ouvi gritos pelo lado de fora da janela e fiz um esforço para me levantar, mas eu não tinha energia para isso. Eu abri a boca para gritar, mas nenhum som saiu. Minha garganta parecia irritada, como se eu tivesse engolido caco de vidro, e os únicos som que eu conseguia produzir eram alguns murmúrios roucos e abafados.
Eu podia sentir o meu corpo cedendo, os meus olhos se fechando quando a janela atrás de mim dói quebrada, espalhando caco de vidro para todos os lugares. Uma escada de mão estava apoiada na parede e um bombeiro se içou pela pequena abertura. Eu vi, totalmente agoniada, ele colocando a máscara e varrendo o cômodo com os olhos. Eu tentei abrir minha boca e gritar, mas só consegui liberar um pequeno gemido. Minha cabeça estava girando e eu me apoiei n o sofá, confusa e desorientada.
"Me" ajude", eu sussurrei, lutando para manter os olhos abertos. Eu sabia que precisava chamar a atenção dele, mas eu sentia como se estivesse desconectada do meu corpo. Meus membros estavam entorpecidos e tensos e eu me enrolei em uma bola, tremendo. Eu só queria sair dali.
O bombeiro se virou, e seu olhar se fixou diretamente em mim. Eu quis colocar minhas mãos para cima, sacudi-las e gritar o mais alto possível... qualquer coisa, mas eu me sentia como se pesasse 100Kg. Meu corpo parecia morto. Ele correu até mim, mais rápido que eu pensei ser possível e cobriu minha boca e meu nariz, para evitar que eu inspirasse mais fumaça. Eu vi quando ele falou em uma espécie de rádio e, dentro de poucos segundos outros dois bombeiros entraram pela mesma janela. Eu tentei prestar atenção ao que estava acontecendo, mas era muito para mim. Eu podia sentir a neblina de fumaça em meu cérebro e eu apertei meus olhos fechados, pedindo para que tudo aquilo chegasse logo ao fim.
O bombeiro passou seus braços pelo meus joelhos e ao redor da minha cintura, me levantando até estar apoiada em seu tórax. Eu tossi debilmente, tremendo incontrolavelmente apesar do intenso calor enquanto ele gesticulou para o outro bombeiro. Devagar os outros dois foram me passando pela janela, me levando para uma superfície seca, estável!
Eu gemi, a dor nos meus pulmões estava ficando insuportável. Ele removeu sua mão de minha boca, me permitindo, pela primeira vez em não sei quanto tempo, respirar ar puro novamente. Eu inalei profundamente, me sentindo sufocada e ofegando. Eu olhei para ele, tentando me manter acordada, mas seus olhos estavam aflitos, tristes. Ele me deu um sorriso fraco, me segurando enquanto descíamos pela escada.
"Você vai ficar bem", ele sussurrou de maneira tranqüilizadora. "Não preocupe." E
Eu podia ouvir, fracamente, os gritos de Alice, chamando meu nome. Eu tentei responder, mas nenhuma palavra saiu. O homem fez uma careta enquanto movia-se mais rapidamente, me deixando atordoada.
Meu corpo parecia desconectado do meu cérebro quando eu inclinei minha cabeça para trás, dando uma última olhada nos fundos olhos verdes do bombeiro; meu corpo completamente esgotado, antes de deixar a escuridão me consumir.
EPOV
"Merda", Emmett exclamou, sacudindo a cabeça para Tyler. "Isso não pode ser verdade."
"" No amor como na guerra ", Tyler citou enquanto recolhia a pilha de notas no centro da mesa. Emmett sacudiu a cabeça, uma vez mais, irritado, mas sua atitude mudou quando o alarme soou, nos fazendo abandonar nossa acalorada partida de pôquer.
"Finalmente! Vamos lá", ele vibrou, sendo o primeiro a deslizar pelo poste que nos conduzia à garagem. Eu suspirei, passando a mão pelo cabelo, antes o seguir, colocando meu uniforme rapidamente. Eu coloquei o capacete, ajustei os suspensórios e calcei as botas antes de subir no caminhão de bombeiros e, em alguns minutos depois, todos nós estávamos prontos e Mike ligou a sirene, enquanto saíamos para a rua.
Eu via pelo pára-brisa os outros motoristas abrindo caminho ao ver o caminhão e sua luz vermelha piscando, enquanto seguíamos pelas ruas escuras de Portland. Eu cutuquei Emmett, curioso. "O que aconteceu?"
" Um poste de iluminação caiu sobre uma árvore, perto de um prédio" , ele explicou. Eu notei como sua voz saiu tremida, algo que eu nunca tinha visto antes, mas achei melhor não tocar no assunto. "Aparentemente, ela pegou fogo, e de acordo com testemunhas caíu no terceiro andar, espalhando as chamas em um dos apartamentos. A área está destruída. Os cômodos próximo ao local onde a árvore caiu estão totalmente acabados e parece que têm umas três pessoas lá dentro."
A voz dele estava distante e embora eu quisesse lhe perguntar o por que dele parecer tão abalado, eu decidi manter aquilo para mim.
Eu estremeci. Embora eu amasse o meu trabalho, eu ainda não podia evitar me sentir péssimo pelas vítimas, suas famílias e amigos do lado de fora. Eu sabia o que era ser o prisioneiro das chamas, esta era uma das razões pela qual eu havia escolhido este trabalho. O calor, a fumaça as recordações me bombardearam enquanto nós nos aproximamos do lugar e eu fechei os olhos, fazendo o meu melhor para enxotá-los de minha cabeça. Eu não podia pensar nisso; não agora.
"Chegamos ", Mike avisou, virando a esquerda e descendo a rua. Eu podia ver o edifício e a maioria dos moradores, parados, na rua, diante dele. Eles abriram espaço quando nos viram chegando. Mike parou o caminhão e nós posicionamos a escada de mão.
"Só dois no edifício ", nos informaram. Eu amarrei meu capacete o mais firme possível e fui na direção de Emmett que acenava para mim.
"Você sobe primeiro. A vítima é Isabella Swan, presa no terceiro andar. Ela está só." Eu vi a intensa culpa e a tristeza camufladas em sua expressão, sua voz quebrada enquanto me retransmitia as informações.
Eu acenei com a cabeça e o vi tentando acalmar uma pequena mulher que parecia ser a companheira de quarto de Isabella. Eu podia ouvir os gritos em alto e bom som, chamando por sua melhor amiga, enquanto eu escalava a escada, o mais depressa que eu podia, quebrando a janela e entrando no apartamento.
Eu inspecionei o estrago causado, rapidamente, notando que todas as portas estavam bloqueadas. Eu retransmiti esta informação ao caminhão, esperando por uma afirmação rápida antes de procurar a jovem menina.
Felizmente, ela não estava escondida debaixo dos escombros que haviam se acumulado onde o fogo começou. Eu a vi enrolada como uma bola contra o sofá, seu corpo tremendo severamente. Eu corri até ela, cobrindo seu nariz e sua boca com minha mão antes de pedir ajuda. Eu a encarei por um momento, chocado por sua intensa beleza, até mesmo coberta de fuligem e sujeira, mas fui trazido de volta à realidade quando Emmett e Tyler entraram pela mesma janela que eu. Eu ergui a menina, a segurando com firmeza contra meu tórax antes de dar as ordens diretas para Emmett e Tyler. Se eles pudessem salvar alguma coisa, ótimo, senão fora dali rápido.
Mike e Sean já tinham conectado a mangueira ao hidrante enquanto eu pulava para fora da janela, o jato de água atingindo os andares inferiores. Eu removi minha mão do rosto de Isabella, sabendo perfeitamente que seus pulmões estavam queimados pela fumaça que ela tinha inalado. De acordo com as declarações dos vizinhos, o fogo já estava ali hás uns bons dez minutos antes que ela fosse resgatada. As lágrimas corriam de seus olhos marrons, para a sua bochecha e tremiam como se ela estivesse lutando para se manter acordada. Eu sentia meu coração quebrando pela frágil menina em meus braços, esperando que os danos sofridos por ela não fossem muito graves. Os gritos de sua companheira de quarto ainda eram audíveis e já dava para perceber o quão próximas elas eram.
As recordações me invadiram, uma vez mais, enquanto eu fitava seus olhos. Eu gemi suavemente, percebendo o caos que se espalhava ao nosso redor.
Ela acabou não resistindo e seus olhos se fecharam, escondendo aquelas orbes profundas. Eu coloquei meu pé no outro degrau da escada, tomando um extremo cuidado para descê-la. Os paramédico a tomaram de mim, a colocando em uma maca e prendendo uma máscara de oxigênio em sue rosto. Os olhos dela permaneciam fechados, mas eu podia ver o seu peito subindo e descendo, sinal de que ela continuava viva.
Emmett e Tyler estavam ao lado, vendo a água cobrir as chamas.
"Mais um caso encerrado", Emmett disse quando a última chama laranja desapareceu. Sua face ainda estava tensa e eu observei os outros verificando se estava tudo em ordem, dentro e fora do edifício, e vindo falar algo para a multidão. O que, eu não estava bem certo.
"Sim." Eu disse distraidamente, meus pensamentos a mil por hora. Por que esta menina que eu encontrei sem poder nem mesmo se mover me atraía tanto? O que ela tinha?
Eu sacudi a cabeça, tentando tirar essas idéias dela. Eu nunca a veria novamente... ela era apenas mais uma pessoa que entrou e saiu da minha vida em uma fração de minutos, e nunca apareceria novamente.
Eu gemi, tirando o capacete de minha testa suada e o colocando debaixo do braço, indo até o caminhão. Nós guardamos o equipamento, e ficamos mais um tempo ali, preenchendo os relatórios e falando com a polícia e o síndico do prédio antes de subir mais uma vez no caminhão vermelho. Nós fomos informados que o dono, um tal de Sr. Brandon, não via necessidade de ter todo o dano inspecionada àquela noite, mas nós teríamos que voltar, na manhã seguinte, bem cedo. Eu quase gritei de alegria ao ouvir as notícias, mas ao mesmo tempo, eu só queria sair dali, dormir e nunca mais acordar.
A história da minha vida, eu pensei enquanto as luzes se apagavam. Eu tinha estado lá, salvado uma vida e nunca mais veria a menina novamente, não importando o quanto ela havia me afetado. Eu ri ao fim de piada contada por Emmett, sentando ao lado dele e me esforçando para manter meus pensamentos afastados daquela garota.
Nós seguimos rua abaixo como sempre fazíamos depois de tantos incêndios e salvamentos. Era como se nunca tivesse acontecido.
***
N/T: *Stop Dropp and Roll... Eu deixei esta frase em inglês, simplesmente porque não é traduzível. É uma instrução de segurança conhecida por todas as crianças americanas no caso de incêndio. Além de ser uma referência para o título, naturalmente.