Intragável Duas Vezes
Kiah chan
Disclaimer: Naruto pertence ao Masashi Kishimoto.
N.A: Sinto como se essa fosse minha primeira fanfic, depois de anos. Sejam bonzinhos comigo, tá? (:
Aviso: Sakura em primeira pessoa (POV), Universo alternativo, palavriado (pouco) educado.
Eu não sei muito bem como narrar os fatos. Sinceramente, eu estava refletindo agora a pouco sobre tudo o que aconteceu e, falando sério, vou parecer uma louca desvairada e extremamente criativa.
Mas, como dizia um antigo amigo, eu não me importo com pensamentos alheios.
Ainda bem que é inanimado, ainda bem.
E não.
Eu não sou revoltada... Talvez só um pouquinho. Acho que tenho espírito de artista...
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[on] Reflexões mentais da Sakura enquanto olha fixamente para a agenda-diário quase comida por seu cão, em cima da mesinha de centro da sala de sua casa. [on]
Qual o seu nome?
Todas as pessoas costumam iniciar uma conversa agradável (ou nem tanto) a partir dessa pergunta.
Uma simples resposta pode desencadear confissões desastrosas...
Como na vez em que eu comecei a falar para a minha vizinha extremamente simpática sobre quantas vezes eu já tinha beijado na boca.
Nenhuma vez, aliás. Mas quem conta um conto aumenta um ponto.
Logo, toda a vizinhança já sabia sobre as minhas frustrações amorosas e achava que eu estava grávida de um escocês mal amado que tinha um carro parecido com o do James Bond.
Meu pai não gostou nem um pouco da história e, mesmo eu alegando inocência, passei três anos longe de qualquer coisa de origem escocesa.
Nem me pergunte o porquê. Pais... Nunca vão nos entender.
Mas enfim...
Meu nome é Sakura Haruno.
Tenho vinte anos.
Meu cabelo é rosa. (Sim, ele é naturalmente rosa)
Eu detesto comida árabe.
Moro sozinha em um apartamento com o meu cachorro Uchi.
Trabalho em um Jornal no centro da cidade, quase 24 hs por dia.
E meus pais faleceram quando eu tinha uns dezessete anos.
Viu?
Perguntar o nome é mesmo uma tragédia.
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Tenho dois melhores amigos.
Aliás, eu tinha dois melhores amigos: Yamanaka Ino e Uzumaki Naruto.
Só porque a mãe da Ino a deixou colocar um piercing no umbigo, ela começou a achar que podia mandar nos outros.
Como a maioria dos seres humanos são pessoas masoquistas que gostam de ser dominados por criaturas loiras e com piercings até no pé, não foi um problema ela se tornar a mais nova Rainha Popular da escola no fundamental.
Por isso, ela achou que ter uma amiga com cabelos rosa e sem nenhuma passagem na polícia era totalmente desnecessário.
Ou seja, odeio ela.
Meu atual melhor amigo, Naruto, é bem engraçadinho.
Sabe quando a sua mãe chega para o seu amigo endiabrado e fala "Nossa! Como você é engraçadinho! Vou contar todas as suas palhaçadas para a sua mamãe, meu anjo."?
Então.
O Naruto é esse tipo de engraçadinho.
Gosta de arrumar encrencas idiotas, tem problemas sérios em se comportar em locais em que é necessário permanecer parado por mais de uma hora e coisas do gênero.
Ele também tem um melhor amigo.
Que deveria ser considerado fonte de toda a minha atual e catastrófica vida amorosa.
Uchiha Sasuke.
A presença dele me irrita profundamente, hoje em dia.
Antes, eu era capaz de lamber os lugares por onde ele passava, caso ele me fizesse o favor de direcionar alguns minutos de seu importantíssimo tempo.
Mas as pessoas costumam amadurecer... Inclusive aquelas que menstruaram com 17 anos.
Okay. Eu paro.
Vou tentar evitar um discurso deprimente sobre a minha adolescência frustrada, eu prometo.
O Sasuke pode ser fonte de todo o meu presente carma, mas esse fato não me impediu de dar um nome ridículo pro meu coitado companheiro de apartamento.
Uchi é o fim. Eu deveria estar bêbada ou drogada quando dei esse nome para o pobrezinho.
E agora, toda vez que eu o chamo para dar ração, eu me lembro do Sasuke. Vai ver, é alguma coincidência por causa das palavras "cachorro" e seus derivados...
Fazer o quê?
Agora eu vou te surpreender. (Mais ainda)
Eu tenho um namorado.
Sim.
Homem, hétero, bonito e com trabalho.
Uchiha Itachi.
Irmão mais novo do meu carma personificado.
Por isso que eu digo que minha vida amorosa é uma catástrofe...
Eu devo ter nascido com alguma coisa que atraia coisas ruins grudada em mim. Tipo um imã na mihna cabeça. Estou rindo aqui, imãs na minha cabeça me lembraram chifres.
Voltando, ele acha que o nome do meu cachorro foi em homenagem a ele... Coitado.
Você deve estar pensando que eu sou uma vadiazinha de quinta.
Namoro o irmão mais velho do cara por quem sou (ou era, que seja) apaixonada.
Mas não é bem assim.
O lance é que eu simplesmente não consigo terminar com o Itachi.
Ele sabe que eu gosto do irmãozinho dele...
Sabe também que eu o considero como amigo. (Inclusive, já faz dois meses que eu não dou nem um selinho no coitado)
Mas não ao ponto de aceitar um pedido de casamento!
Ou uma proposta tentadora de perder a minha virgindade em Bahamas.
Ele serviria como segundo melhor amigo. Isso é um fato para a minha mente insana.
Voltando ao fato de não conseguir terminar com ele...
Eu não consigo.
Já tentei de tudo...
Mas ele insiste em afirmar que eu sou muito jovem e estou confusa acerca dos meus sentimentos.
Não que o Itachi seja narcisista, longe disso, mas ele acha que eu gosto do Sasuke porque ele é uma versão mais nova de si próprio.
Oh, talvez ele seja narcisista.
Esse é um dos pontos da minha pequena perturbação pessoal.
O ponto principal é que, além de ter um homem formado grudado a minha pessoa (Ok, talvez eu me ache demais por causa disso, mas o Itachi é realmente bonito – Estou sendo extremamente torpe quanto ao adjetivo, mas é melhor deixar assim mesmo), eu ainda tenho que agüentar provocações nada sucintas do Sasuke.
Eu sei que ele não gosta de mim...
E sei também que ele tem a total noção de que eu sou apaixonada por ele.
Mas, caraca, será que ele TEM que andar sem camisa ou só de toalha pela casa quando estou por perto?
Ah, só para ressaltar: O Sasuke odeia o irmão dele.
Até hoje não sei por quê.
E nem quero saber...
Talvez seja por isso que ele me provoca tanto. Eu devo ser uma peça para que o Sasuke se vingue do Itachi.
Viu?
Eu acho que estou ficando seriamente doida com tudo isso.
Talvez seja alguma espécie de tensão sexual ou coisa do tipo.
Ou talvez eu esteja vendo filmes românticos demais...
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Minha psicóloga achou interessante que eu escrevesse meus pensamentos diários em um, pasmem, diário. Pleonasmo é pouco para isso aqui, mas de tão ridícula coincidência, não pude evitar. O triste mesmo é quando eu digo coisas pleonásticas em voz alta. SEMPRE acontece. Sempre. Estou atormentada, não estou?
Diários são tããão introspectivos. E não têm olhos. Por isso, não piscam. Preciso que alguém, pelo menos, pisque os olhos para mim. Sabe, para estabelecer uma interlocução, mesmo que a única que fale algo por mais de uma hora seja eu.
Estou me referindo à minha psicóloga. Não ao meu futuro diário.
Pois então, vou começar a escrever algo. Vou tentar ser verdadeira comigo mesma, não vou me omitir.
A quem eu estou tentando enganar? É óbvio que eu vou me omitir. Não teria utilidade nenhuma se eu descrevesse todas as minhas idiotices em uma folha de papel. "Isso não é uma forma de martírio, Sakura, não é uma forma de martírio!".
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Como começar um diário?
A pergunta certa seria: Como terminar um diário.
Resposta: Você nunca vai terminar um diário. Só se você morrer.
Okay, vou começar do jeito tradicional!
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[off] Faz dez minutos que estava parada, em frente à mesinha, decidindo-se se começava ou não o diário naquele dia. Resolveu começar logo quando notou que estava com fome e seu cachorro perseguidor estava se posicionando estrategicamente atrás da mesinha para abocanhar de vez a agenda-diário que custou seu almoço. [off]
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Sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014.
Estou em casa, assistindo 'P.S. Eu te Amo' pela milionésima vez. Amo clássicos! Destes então, nem se fala. Estou chorando agora, mas isso é um ótimo sinal! Devo ter lido em algum lugar qeu chorar faz bem para alguma parte do corpo. Tomara que seja para os músculos da barriga, assim me poupa de ir para a academia.
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Sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014, depois do filme.
Uchi está babando no meu colo agora. Não sei mesmo aonde foi que ele encontrou esse ossinho de plástico. Engraçado, acho que foi esse que eu comprei há uns anos atrás, e... AHHHH!
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Sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014, dez minutos depois.
Tinha uma comunidade de fungos naquele osso imundo. Meu cachorro esconde essas coisas em casa e só acha anos depois, incrível!
Itachi acabou de me ligar, disse que queria conversar comigo num restaurante árabe que abriu aqui perto.
Quando eu digo que esse meu namorado não deveria ser meu namorado, todos riem. Ainda bem que você não pisca, Diário, estou agradecida agora.
Sabe o que eu percebi também? Que vou virar uma viciada em trabalho. Estou agora, neste exato momento, redigindo uma matéria para o Jornal sobre moda-inverno, enquanto escrevo aqui. Eu sempre me surpreendo.
Ah, meu Deus! Será que o Itachi vai me pedir em noivado de novo?
Por que aquele demônio lindo e gostoso não come aquela vaca daquela secretária dele?
Deus, por que ele tem que ser tão bom pra mim?
Eu o odeio.
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Continua.
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