Disclaimer: Naruto pertence ao Kishimoto-sensei.

N/a: Novamente, POV é a abreviatura para 'Point of view', que traduzindo significa 'Ponto de vista' :D


Epílogo

Sasuke POV

- Mas é um absurdo, Sasuke-kun! Ele estava claramente dando em cima da nossa filha!

- Sak-

- Eu não vou deixá-lo se aproximar dela de novo! Já imaginou se ele a faz sofrer? Não, de jeito nenhum vou ver a minha querida filha chorando pelos cantos por ele ter machucado-a!

- Sakura, pare com o drama. – Rolei os olhos.

- Não é drama! Você viu como ele estava se aproximando dela com aquele sorrisinho idiota na cara!

- Quer dizer, quando ele engatinhou e se deu conta que ainda tem sete meses de vida? – Ergui a sobrancelha apesar do cenho franzido de Sakura que me desafiava. Mas era até difícil me importar com um nariz quebrado quando a paranóia da minha esposa começava a ficar divertida. – A menos que ele tenha achado uma boa idéia convencer os pais da sua futura noiva a deixá-los namorarem desde os sete meses.

Eu já esperava que ela fosse super proteger a Saya logo nos primeiros meses de vida dela, mas até eu não ligava para algum pirralho de sete meses que trocava sons incompreensíveis com a minha filha. Eu estava me guardando para os cinco anos dela para quebrar a cara do pirralho que se atrevesse a emprestar algum lápis a ela. Sakura, no entanto, continuava irritada com a cena no parque, e bufou diante da minha resposta, apressando os passos pela calçada, segurando uma Saya inocente nos braços que não fazia idéia dos parafusos a menos de sua mãe.

Tudo bem, se eu tive coragem de casar com essa mulher, Saya poderia facilmente dar um jeito de lidar com ela. Admito, eu não ligava para os parafusos a menos de Sakura que a faziam franzir o cenho desse jeito adorável enquanto tentava se irritar com o pirralho de sete meses e comigo agora.

- Ele ainda estava sorrindo daquele jeito malicioso horrível. – Ela resmungou, emburrada. – E eu sei muito bem o que sorrisos maliciosos podem fazer.

Juro, eu poderia tentar, mas jamais conseguiria esconder o sorriso maroto que apareceu em meus lábios diante do que ela havia dito.

- O que? Arrastar mulheres para a cama? – Provoquei.

- E se aproveitar delas e até convencê-las de que os dois se amam, destruindo todas as crenças da mulher independente que nem em casamento acredita e aqui está ela, casada, e tentando proteger a filha para que não tenha o mesmo destino terrível.

Sakura provavelmente não escutava mais o que dizia, mas até suas palavras desconexas estavam me divertindo nesse passeio, que, em primeiro lugar, achei que fosse ser entediante – Observar Saya na toalha em cima da grama engatinhando e Sakura agora perdendo a cabeça por um pirralho de sete meses que queria arrastar a nossa filha para a cama não me parecia nada entediante. Tudo bem, nem eu gostei da última parte. Esqueça isso.

Impedi Sakura de continuar a marchar pela calçada segurando seu braço e virando-a para mim, convencido a fazê-la esquecer o que disse sobre eu ser o culpado de estarmos casados agora e de ela ter se apaixonado por mim. Isso sempre me fazia erguer um dos cantos da boca, e foi o que fiz, observando com satisfação o cenho de Sakura franzir mais ainda e suas bochechas enrubescerem. Se ela tivesse quebrado o meu nariz, eu ainda não teria soltado-a e ainda capturaria seus lábios, como eu o fazia agora.

Com parafusos a menos ou não, eu ainda me casaria com ela quinhentas vezes se fosse para sentir o seu sabor na minha língua e ainda ter essas conversas absurdas com ela que me divertiam imensamente. Quase um ano havia se passado e Sakura ainda fazia de tudo para manter o orgulho e seu desprezo para com os homens – Exceto eu. Ela já havia dito que abria uma exceção para mim apenas porque tínhamos uma filha. É, certo. Eu tinha vontade de repetir para ela suas palavras quando ela dizia que me amava, e, sério, ela havia aprendido a dizer freqüentemente. E eu não estava reclamando.

Foi então que me dei conta que talvez toda essa impaciência com o pirralho estivesse relacionada com seu orgulho em não ser romântica. Explicava também sua irritação comigo.

- Isso tudo é por causa do buquê? – Perguntei assim que nos afastamos.

Seu cenho franziu.

- Peça desculpas por ele.

Sabia. Eu a conhecia bem demais para saber que era esse o grande problema. Mas quem estava franzindo o cenho agora era eu.

- Nenhum homem deveria pedir desculpas por um buquê, Sakura.

Por mais que o buquê tivesse sido para irritá-la.

- Certo, então ao menos quebre a cara do sem vergonha que deu em cima da sua filha.

- Eu vou, só me dê mais alguns anos pra que Saya me odeie por ter matado o futuro noivo dela.

- Nem brinque!

Lancei um olhar para Saya assim que Sakura recomeçou a caminhar, ligeiramente furiosa ainda, e encontrei os olhos verdes curiosos que tentavam desvendar qual era o problema de sua mãe e como seu pai foi corajoso ao se apaixonar por ela. Eu apostava que se Sakura parasse um segundo para admirar a bebê em seus braços sua raiva sumiria no mesmo instante – Como sempre acontecia. No entanto, ainda assim ela continuava resmungando coisas para si mesma, andando ao meu lado:

- Ela vai ter um bom gosto. E não vai cair por sorrisos maliciosos.

- Por mais que esteja em seu sangue? – Meu sorriso maroto alargou ainda mais quando notei o rubor na face de Sakura e seu cenho franzido, que queria mostrar a todos que esse problema não havia acontecido com ela e que nem foi por causa disso que ela estava carregando nossa filha nos braços agora.

- A sua sorte é que eu amo você. – Sakura falou, irritada.

- Isso nunca a impediu antes, Sakura. – O sorriso continuava em meus lábios.

- Eu sei, mas você também está com sorte de eu ter amado o passeio no parque, exceto o atrevido de sorriso cínico. – Ela franziu o nariz nesse instante, depois continuou. – E eu amei cada momento em que pareci mais do que nunca com uma mãe e você com um pai, mesmo que você não seja a favor de gestos fraternos ou coisas emotivas, e também estou amando agora que estamos andando com a nossa filha, como uma família, sabe? Eu só... Fiquei muito feliz.

Suas palavras haviam feito o sorriso sumir do meu rosto para que a serenidade tomasse conta de mim, enquanto eu absorvia tudo isso que me causava um efeito agradável a tal ponto de eu esquecer sua irritação de segundos atrás. Encarei seus olhos verdes assim que ela parou de andar e gostei mais ainda da maneira como eles sorriam, exatamente como seus lábios.

- Eu tenho estado muito feliz desde que estou com você, e acho que ninguém me faria sentir assim de novo, Sasuke-kun.

Perdi-me no tempo que fiquei admirando todos os detalhes em seu belo rosto que me mostravam sua genuína felicidade, que todas as vezes fazia um arrepio correr pelo meu corpo e instigava vozes incansáveis em meu cérebro a gritar que eu a amava e amava também seus ataques de cenhos franzidos, e principalmente esse sorriso carinhoso que me hipnotizava. Juro, se ela não tivesse ido à casa de campo um ano atrás, eu teria ido atrás dela até o inferno para estarmos aqui nessa calçada agora.

Saya me distraiu dos olhos verdes gentis assim que fez um som indignado e arrancou uma risada de Sakura, que logo a olhou, talvez sem ter a chance de ver o pequeno sorriso de canto em meu rosto.

- Tudo bem, é claro que não me esqueci de você, Saya-chan. Você também faz a mamãe muito feliz. – Sakura manteve os olhos sorridentes em Saya por mais alguns segundos antes de me encarar, com o mesmo sorriso, e não me contive em beijá-la nos lábios, suavemente dessa vez. O arrepio em minha nuca foi muito maior que todos os que já experimentei antes ao sentir a maciez desses lábios e o sabor deles, e a maneira perfeita com que se encaixavam.

A mesma maneira que havia me transformado nesse homem terrivelmente apaixonado por essa mulher impossível.

- Eu amo você. – Murmurei, de olhos fechados, ainda sentindo sua respiração em meu rosto após encerrarmos o beijo, e logo a encarei, adorando mais do que nunca o sorriso leve em seu rosto ligeiramente rubro. Em seguida, desviei minha atenção para Saya tão perto de mim e atenta na minha camisa. Seus olhos tão verdes curiosos correram para encontrar os meus, e sua pequena mão se ergueu no ar, segurando meu dedo, mas sempre me olhando.

Nunca me imaginei sendo pai de ninguém, muito menos dessa bebê tão delicada de olhos verdes brilhantes, então nunca pensei que o simples fato de observar a minha filha me daria essa sensação indescritível. Principalmente porque ela era a grande responsável por estarmos nós três aqui nessa calçada. E, verdade fosse dita, ela salvou a minha mãe de um suicídio – Por isso minha mãe não cansava de nos visitar para ficar grudada à Saya. Eu não podia culpá-la. Sakura fazia a mesma coisa.

- E obrigado por você vir na melhor hora, Saya. – Falei a ela, com um sorriso de canto, quase acreditando que ela havia entendido minhas palavras quando uma risada escapou de seus lábios. Céus, eu mataria por esse riso, ainda mais quando ela continuou brincando com o meu dedo.

- Sabe o que ela disse? – Sakura se pronunciou, pousando os olhos nos meus.

- O que?

- Que como recompensa, você tem que quebrar o nariz do atrevido que deu em cima dela hoje.

Revirei os olhos.

- Sakura, não comece.

- Sasuke-kun, é sério! Ele tinha aquele sorriso malicioso idiota! E não me venha com os seus agora, Uchiha!

Fim.


Surpresa?

Hahuahuhuauhahua! Aposto que por essa ninguém esperava xD

Bom, eu posso me explicar de mil formas, mas pra mim a mais convincente é que passou tanto tempo do último post que imaginei que vcs sequer lembrariam da história da fic pra que eu postasse o epílogo, maaaaas depois de conseguir escrevê-lo pensei que não me custaria nada colocar por aqui, e eu até devia esse epílogo pra vcs xD Mas também até pra sentir o gostinho de voltar pra esse site =D Nolstagia \o\

Obrigada por todas as reviews do capítulo XIX de dez anos atrás, e inclusive nesse meio tempo em que vcs continuaram mandando mensagens, estímulos, inspiração, muito obrigada mesmo! Se não fossem vcs eu nem sequer teria motivo pra ter postado esse epílogo tão curtinho, pra começar ;D Vocês são a minha inspiração, podem ter certeza! =DD

Espero poder escrever outras fics por aqui novamente e entrar em contato com todos vcs =D Aliás, pra ser bem sincera, tenho algumas histórias até bem adiantadas, mas não estou muito segura de postá-las; quem sabe? ;D

Kiyuii-chan