Disclaimer: Tudo pertence à Stephenie Meyer. Menos o Jake. Ele é meu.

Betagem: Jullie McCarty Cullen


I Tried

I - Impressão

Eu não tinha ideia do quanto ia acontecer a partir do momento que aceitei trocar de projeto com o Dwayne. A vida me reservava surpresas pelas quais eu nunca imaginaria passar.

Meu nome é Renesmee Cullen, tenho dezoito anos e estou no terceiro e ultimo ano da faculdade Columbia. Adiantada, eu sei. Mas meus pais sempre me estimularam e eu sempre fui meio precoce, mesmo. Minha família é meio tradicional, sabe? Todos os meus tios e avós moram em Manhattan e eu confesso quase não ter saído desse mundinho, exceto pela faculdade. Meu pai é médico, minha mãe jornalista... Eu fui pra humanas, faço Estudos Sociais porque eu gosto dessa coisa de pessoas, gente. Foi nesse curso que eu encontrei uma melhor amiga que não fosse da minha família – a Claire – e nesse curso que o maior desafio da minha vida aconteceu.

O Dwayne me implorou pra trocar de projeto com ele porque o negócio ia rolar no Brooklyn e ele morre de medo de lá. Eu nunca tinha ido, mas também nunca acreditei que era realmente tudo o que falam, afinal, o povo aumenta tudo o que diz. Sem contar que o projeto dele era maravilhoso. Eu estava louca por algo assim, renovador. E agradeci eternamente à Deus pela idéia genial que Ele colocou na cabeça do Dwayne de entregar o projeto dele pra mim. Até porque eu tinha achado o meu – com idosos, numa casa de repouso – bem sem-gracinha, eu já havia feito algo semelhante no terceiro período.

O projeto do Dwayne? Oh, um reformatório do Brooklyn, com garotos de 15 a 17 anos. Quase a minha idade, né? Eu estava curiosa, eu queria encontrá-los. O meu desenvolvimento de projeto era, com certeza, o mais elaborado de todos da minha turma e demoraria anos pra alguém me superar, isso eu garanto.

E lá estava eu, na frente da porta do reformatório. De verdade? Adorei aquele lugar – o Brooklyn em si – de primeira vista. Eles pareciam humanos e pessoais como não se via no centro. Respirei fundo e fui pra portaria entregar os meus dados. Eu já havia conversado com a diretoria e eles estavam cientes do meu trabalho.

Entrei e fui falar com o diretor. Ele me reexplicou como as coisas funcionavam e deu dicas de como eu deveria lidar com os garotos, depois foi comigo apresentar o local. Os garotos estavam por toda parte, mesmo que fosse hora do almoço. Ele me disse que os que estavam nos corredores eram os menores, que almoçavam mais cedo e eu não trabalharia com eles. Os garotos com quem eu devia me preocupar eram dezesseis que estavam agora no refeitório.

Ele me mostrou os alojamentos, quadras, enfermaria e o refeitório, deixando a salinha da assistência social por ultimo. Os próprios garotos eram responsáveis pela limpeza e manutenção do local – tinham até algumas aulas de mecânica e coisas do tipo – e alguns deles eram muito simpáticos, com enormes sorrisos nos rostos.

A assistente social me fez varias perguntas sobre o meu interesse no projeto e tudo mais e eu respondi de bom grado. Meu interesse naqueles garotos só aumentava a cada breve relato que a assistente dava sobre suas vidas.

O diretor estava abrindo a porta para nos deixar conversar em paz quando um segurança do reformatório entrou abruptamente, trazendo consigo um rapaz moreno e alto, que lutava contra as algemas e os braços do segurança. A assistente social suspirou cansada quando o garoto foi empurrado encima de sua mesa.

-O que foi dessa vez?

-Esse rapazinho estava arrumando confusão no refeitório.

-De novo, Jake?

-É tudo culpa daquele otário do Mike. Eu que levo a culpa! – ele esbravejou, olhando pela janela.

-Você devia parar de brigar, Jacob. Se continuar assim, não vai conseguir sair daqui antes dos dezoito e vai pra cadeia.

O garoto bufou e o segurança riu em deboche.

-Ih, dona... Esse aí não tem jeito.

O garoto se virou numa expressão de pura fúria. Senti meus olhos se prenderem nos dele pelos dois segundos mais longos da minha vida. Ele encarou o segurança e tudo saiu do slowmotion no momento em que ele cuspiu na farda do cara.

-Titulo de merda!

Ofeguei quando o segurança o segurou pelo queixo e prensou-o na parede, com certeza pra machucá-lo.

-TIRA ESSA PORRA DE MIM! EU NÃO SOU CRIMINOSO!

-Faz alguma coisa. – Murmurei quase que só pra mim e a assistente interferiu, mesmo que não pelo meu pedido.

-Rodrigues, solte-o! Tire as algemas.

A contragosto, o segurança parou de prensar o garoto na parede e soltou as algemas.

Ele – o tal Jacob – ficou encostado na parede, ao lado da janela, respirando com dificuldade. Tinha um roxo no canto da boca e seu rosto, assim como sua camisa, começava a molhar de suor. Ele levantou os olhos e, pela segunda vez, me prendi naquela íris negra e em todo o significado que ela guardava. O tempo que fiquei em seus olhos foi incontável e, se me perguntar a lembrança mais real que eu tenho daquele dia, só me vem à cabeça o seu olhar, antes da voz do diretor soar, me despertando.

-Bem vinda ao Brooklyn.


N/A: OH! Mais um dos meus surtos, yeah!

Oin gente! :D Espero que tenham gostado desse inicinho. Esse é o meu mais novo surto, mais um drama JakeNess, pra "substituir" a Rehab, que está no final :(

Vou aguardar o retorno de vocês, oks? Através de reviews, claro (h)
Cinco reviews pelo capitulo 2? Vocês podem fazer isso.
E eu posso esperar, dica.

Até a próxima, obrigada por comentarem.
BL