Disclaimer: Naruto pertence ao Kishimoto e esta história é da angel-puppeteer , eu só traduzi.


How many times would you say I love you?

Uchiha 1001

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1.

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Ela era uma garota pequena de sete anos de idade quando ele a viu. Usando um vestido branco e curto e calçando tênis sujos, ela parecia pequena para a idade. Tão pequena, mas forte e cheia de vida. Ela tinha apenas começado sua pequena luta infantil (que envolveu crianças zoando sua incrível testa gigante...) com alguns cortes, uma bochecha vermelha, arranhões em todo o fino braço envolvido por uma manga rasgada.

Seu rosto estava sujo. Cabelo rosa cheio de galhos e folhas. Para uma menina com características delicadas, um rosto bonito, olhos extremamente verdes e pele da cor de pêssego, parecia incomum vê-la lamacenta e arranhada (sua outra face, a livre de uma contusão, teve longos arranhões).

No entanto, ele pensou que era um sonho. Uma boa miragem dos seus devaneios. Seu fascínio aumentou quando ela sorriu largamente.

"Ei, muito obrigado!" ela disse alegremente, saltando para ele. Ela ficou na ponta dos pés para atingir o seu queixo. "Uau, você é bonito!" Ela cochichou faceira.

Ele recordou corar. Muita gente disse a mesma coisa, mas nunca o fez corar. ... Agora, isso foi estranho.

Uma careta surgiu em sua face. "... você está suja."

Os olhos dela piscaram, "Hai ...." E ela riu.

Ouvindo aquela risada, mais uma vez, aumentou o seu fascínio. Ele nunca tinha ouvido risadas. Um riso que o fez feliz. Algo forte e novo floresceu dentro dele.

"Eu gosto da sua risada."

Ela olhou para ele, perplexa. "... Obrigado."

"Quero ouvi-la todos os dias."

Ela estava sem fala.

"Então", ele pausou, a sua careta se aprofundando. "Case comigo algum dia."

Os olhos dela se arregalaram.

Mas ela sorriu novamente. Desta vez, foi um sorriso solene.

"Eu vou esperar por esse dia, então."

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E naquele dia, ela começou a gostar dele.

Mas alguns dias mais tarde, o massacre Uchiha ocorreu. Seu coração morreu junto com sua família. Seus sonhos morreram. Nesse dia, o seu único objetivo mudou de algo simples para algo destrutivo.

"Vingança".

"Eu vou matar você. "

"Meu sonho é matar um certo homem ".

E ele limpou a memória da menina com quem prometera se casar um dia.

"Eu sou um vingador."

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Um dia após a sua família ser enterrada, ele a viu novamente. Ela correu para ele e disse, "Você está bem, Sas-"

"Vá embora." Ele disse friamente.

A dor atravessou o rosto dela, mas ela forçou um sorriso. "Eu tenho algo para você."

Lançou-lhe um olhar irritado. Antes que ele pudesse falar algo frio novamente, sentiu que ela pressionava algo em sua mão.

"Guarde." Ela disse.

Ele olhou para baixo desinteressado.

"Por favor".

Pausa.

Uma longa pausa.

"Eu não preciso disso."

"Eu sei".

Um olhar ameaçador.

"Mas só... guarde. Por favor".

Ele ficou tentado a esmagar o barco de papel ou jogar no chão na frente dela. Mas ele previu que se fizesse, ela iria chorar e isso seria muito irritante.

Para fazê-la parar de irritá-lo, ele guardou o barco de papel em seu bolso e a deixou.

Ele tinha doze anos quando recebeu seu sexagésimo oitavo barco de papel.

Ela estava sorrindo para ele brilhantemente, escondendo a dor. Só para fazê-la parar de incomodá-lo, ele pegou o barquinho da mão dela e enfiou no bolso. Ele sabia que ela tinha visto enfiá-lo como um pedaço de lixo, mas mesmo assim deu um sorriso e prosseguiu em sua jornada ao encontro de Naruto e o saudou com um estrondoso e barulhento "Bom dia".

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Nesse mesmo ano, como um presente de aniversário, ela deu-lhe cinco barcos de papel; muito ao contrário do que ela costumava dar: pelo menos, um barquinho por dia ou por semana.

"É seu aniversário, é por isso." Ela disse.

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Era dezembro quando ele recebeu seu septuagésimo sexto barco de papel. Ele estava indo para casa enquanto pensava sobre o motivo pelo qual Sakura lhe dava esses barcos. Era inútil. Insignificante. Basta um pedaço de papel dobrado para fazer um barco.

Como um Uchiha, ele sabia quais coisas deveria considerar especial. Definitivamente, um barco de papel não é algo de valor.

Mas ele se xingou mentalmente. Imbecil.

Se eles não eram algo de valor, então porque é que ele ainda se incomoda em guardá-los por todos estes anos? Desde o primeiro até o septuagésimo sexto. Ele se sentiu estúpido por isso, mas era estranho, ele apenas não podia jogá-los fora.

Por essa questão, ele se encontrou muitas vezes contando-os.

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Ele tinha treze, quando ela parou de lhe dar barcos de papel. Foi o ano em que ele escolheu fugir para o País do Som, faminto de poder, vingativo e estúpido.

Naquele ano, ele se tornou um missing-nin — um traidor. Ele percebeu vagamente que, um dia, Naruto e Sakura também ainda seriam ordenados a matá-lo.

Mate-o sem remorso. Mate-o sem hesitação.

Mas ele parou de pensar nisso.

Então o quê?

O seu único objetivo, acima de tudo, era matar certo homem. Um vingador. Um traidor. Um Missing-nin.

Nada mais importava. Exceto ver a cabeça de Itachi numa bandeja.

Deixou tudo para trás.

Mas trouxe junto de seu hitaiate e os 176 barcos.

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Dois anos se passaram.

Encontraram-se. Os três .

Ele olhou para baixo e viu rostos solenes, um bastante ilegível.

Os outros dois olhavam-no com paixão, com desejo de trazê-lo de volta.

"Sasuke-kun ..."

"..."

Ela tomou a frente.

"Por favor, volte com a gente! Sasuke-kun! "

Ele não respondeu, apenas olhou para baixo. Lágrimas começaram a escorrer de seus olhos.

"Sasuke-kun ... Por favor, por favor-"

"Suas lágrimas não vão me trazer de volta." Ele disse categoricamente.

Ela o encarou com os olhos marejados.

"Nada vai me parar."

"..."

"Ninguém vai ficar entre mim e a vingança."

Ele olhou diretamente para os olhos dela, insensível.

"Nem mesmo você".

Nem mesmo os barcos de papel que ele guardou durante dois anos.

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Outro dois anos.

Voltou a Vila da Folha, sua missão cumprida e Orochimaru enterrado dez metros abaixo da terra. As autoridades da vila estavam sobrecarregadas com seus atos. Dezessete anos, quase adulto e, ainda, foi capaz de erradicar os dois piores criminosos que ameaçam constantemente a segurança da Vila da Folha.

"Você está de volta."

...

"Que surpresa".

Tsunade estreitou os olhos.

"Por quê?"

Finalmente, ele conheceu o seu olhar.

"Por que não?" Ele rebateu.

Tsunade sorriu. Esperto, garoto esperto

"Você está apagado." Ela disse simplesmente.

Os ninjas e os anciãos olharam chocados com o seu anúncio.

"Tsunade-sama—"

"Certamente, você não—"

Ela silenciou os possíveis protestos com um olhar e, "Se você questionar a minha autoridade?"

Eles ficaram quietos.

Ela deu de ombros sem dar importância. "Afinal, eu sou A Hokage."

Naruto permaneceu em silêncio durante todo o processo. Seus olhares nunca se encontravam. Os cabelos escuros do Uchiha escondiam seus olhos. Suas mãos foram presas na frente dele, a sua roupa, surpreendentemente, arrumada. Mas o que surpreendeu a maioria deles foi que a sua mala não tinha qualquer aparato ninja como um conjunto de kunais sangrando (que era o que esperavam) ou Shurikens, mas barcos de papel.

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"Sasuke-kun!"

Ele parou de contemplar o tempo para virar-se e vê-la ou para fingir que era surdo e continuar seu caminho. Mas a ele não foi dada a oportunidade de refletir sobre o que fazer, porque ela já estava na frente dele.

Com dificuldade, ele colocou seus olhos sobre ela. "Sakura".

"Sasuke-kun... você está de volta."

Ele deu de ombros.

"Finalmente". Levou um segundo para estudar as feições dela. Mais bonita. Vividos olhos verdes, com longos cílios. Cabelo rosa amarrado em uma trança frouxa com franja desigual enquadrando o rosto. Só uma garota bonita.

Depois desse momento roubado, ele olhou para seu passado, sentindo falta do olhar de dor que atravessou o rosto dela. O silêncio reinou entre eles até que Sasuke o quebrou.

"O que você quer?" manteve o tom neutro. Distante e formal. Não amigável, mas educado.

"Eu..." ela mordeu o lábio e convocou sua Sakura interior, pedindo forças. Sentiu que ele ficava impaciente. "Aqui".

Ele se assustou com o ato dela. Uma caixa de papelão cheia de barcos de papel coloridos. Levantou uma sobrancelha, indicando que queria uma explicação.

"Sempre que eu tinha chance... eu dobrava esses barquinhos para passar o tempo." Ela disse calmamente, olhando para baixo, evitando o olhar dele. Quando ele não falava, ela empurrou a caixa nos braços dele. Como ela empurrou de repente, ele forçou a caixa em seus braços. Seu rosto estava branco enquanto ele olhava o conteúdo da caixa. E então, seu olhar voltou-se para a face dela.

Ela gaguejou, "Hum, se você não gosta deles... bem, você pode apenas jogar fora ou—"

"Obrigado."

Ela parou de balbuciar, sua expressão foi de surpresa. Seus olhos em completo deleite.

"De nada."

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Quando ele chegou à casa (em um apartamento cheiroso, o Bairro Uchiha era grande demais só para ele), ele lutou contra o desejo de contá-los.

Mas mesmo assim, ele contou.

386.

Mais 176.

562.

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Ele tinha dezoito, quando ela lhe deu o seu 698º barco de papel.

Nada mudou entre eles. Ele ainda era um cara frio. Ela ainda era uma garota alegre. Os opostos. Dizem que os opostos se atraem. Mas há sempre uma exceção à regra.

Naquele ano, ela estava namorando Naruto.

Desta vez, as pessoas diziam: foram feitos um para o outro.

Mesmas pessoas. Mesmos sentimentos. O futuro Rokudaime. A futura melhor medica-nin.

Ele lembrava zangado.

"Por que diabos você ainda me incomoda dando esses barcos estúpidos?" Ele rebateu.

Ela estava sem fala. Pensava que eram amigos. Amigos, não gritam uns com os outros. Mas, claro, há sempre uma exceção.

"Esqueça isso". Ele disse depois. "Eu não queria gritar. Estava bravo com alguma outra coisa."

"Está tudo bem... eu sou irritante, lembra?"

Ele abaixou a cabeça e pelo canto do olho um flash de loiro e preto. "Vá em frente. Ele está esperando por você."

Ela olhou para sua esquerda e viu Naruto. Ela sorriu para ele e sinalizou para que ele esperasse.

"Sasuke-kun"

Ele não olhou para ela.

"... você vai... ah, esquece. Tchau!" ela se afastou rapidamente e abraçou Naruto.

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Ela deu o 887º. Quando eles tinham 19. Era novembro. Então, ela não parou de dar os barcos de papel, embora já estivesse noiva de Naruto.

Ele perguntou-lhe por que.

"Sasuke-kun..." ela hesitou e mordeu o lábio inferior, "Você os guarda?"

Ele não pensou duas vezes quando respondeu.

"Não."

Era simplesmente mentira. Sakura é muito ingênua. Ela não vê através da mentira.

Bom.

Ela simplesmente o encarou. Ele encarou de volta.

Ela foi a primeira a quebrar o contato visual. "Claro." Seu tom era frágil. "Então... você jogou... tudo fora."

Ele não parou de encará-la. Seu olhar passou por seu cabelo, até os profundos olhos verdes desceu para os lábios rosa convidativos... Se ela pudesse ver a verdade por trás da mentira. Ele queria dizer a verdade. Mas ele não pode.

Ele não deveria.

Ela amava Naruto agora.

Não ele.

Não Uchiha Sasuke.

Ele era história agora. Parte do passado.

"Eu te vejo amanhã... eu acho." Acrescentou a última parte, com um encolher de ombros.

Ele foi sua primeira paixão.

Ela acenou e se afastou.

Naruto era seu primeiro amor.

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Três dias antes do casamento, ela deu-lhe o 985º.

"Tipo, por quanto tempo mais você vai me dar esses barcos hein?"

Ela deu de ombros. "Até que a mensagem seja entendida" ela respondeu vagamente.

"Ou até antes que você esteja casada."

Ela ficou tensa.

"…"

Os olhos verdes encontraram os escuros. "Você vai estar lá, certo?"

Houve uma repentina facada que envolveu seus pulmões, machucando. Sua garganta se recusou a trabalhar. Ele engoliu em seco, sua garganta fechada.

"Sim". Ele respondeu ausente de consciência e olhou para baixo, para o barco de papel azul. Ele não viu a expressão de Sakura. Quando olhou para cima, seu rosto estava alegre novamente.

"Vejo você então!"

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O dia antes do casamento, ele ganhou o seu 999º barco.

"Acho, que este é o último", disse num tom monótono.

Ela apenas sorriu.

"Será que ele sabe?"

"Que eu te dou barcos de papel?"

Ele balançou a cabeça.

"Não. Eu não tenho que dizer a ele, tenho? Isso não significa nada. "

"..."

"Dar a um amigo 999 barcos de papel é platônico."

Exatamente.

"-Sasuke-kun"

"Eu acho que você deveria parar de me chamar assim." Interrompeu,

enquanto guardava o origami.

Os olhos dela falaram outra frase, mas ele não compreendeu exatamente o significado de seu olhar.

Dez minutos se passaram antes que ela dissesse, "oh. Sasuke, certo, então? Somente Sasuke...".

Ele acenou e vestiu a máscara de soldado. A máscara tinha sido o suficiente para mantê-la longe, mas não desta vez. Emanava inimizade. Uma máscara que dizia "Pare, não chegue perto".

"Sasuke..." Soou estranho, já que ela o chamava de Sasuke-kun. "Você está vendo alguém?"

Ele congelou. De todas as perguntas a fazer, por que essa?

"Não."

"Por quê?"

Ele deu de ombros. Ela sorriu. "Você tem que começar a namorar alguém que você goste. Encontre alguém para casar e ressuscitar o seu clã".

"O casamento é sagrado." Sua declaração a impressionou. Uau. Ele realmente amadureceu.

Ela balançou a cabeça, concordando. "Eu concordo, é mesmo. Quando se casar, deve se casar com alguém que você ama."

Eles se olharam.

"Assim como você fez." Ele disse calmamente.

Ela não respondeu.

"Sakura-chaaaaan-"

Ela retirou o seu olhar para ver atrás de Sasuke. Um sorriso brilhante apareceu em seu rosto.

"Ei!" Ela acenou alegremente.

Ele continuou observando-a. Ao perceber que ele estava olhando, ele mudou sua expressão para aborrecimento à distância.

"Sasuke,"

Ele obrigou-se a olhar para ela.

"Vejo você amanhã."

Ele não deu qualquer indicação de que tinha ouvido. Ignorando sua indiferença, ela correu para encontrar Naruto.

Ele não moveu um pé para observar o casal. Mas ele ouviu aquela risada.

E, ele recordou a primeira vez que a viu.

Risos.

O riso que ele queria ouvir todos os dias.

Um aperto esmagando seu coração. Sua fraqueza e uma pressão parecida com dor consumiram-no.

Não.

Ela riu de novo por alguma coisa que Naruto tinha dito.

Naruto podia fazê-la feliz. Naruto podia fazê-la rir daquele jeito. Naruto se tornou tudo o que ela queria. E ele, nada do que ela queria.

"Você é um idiota!"

"Heeeey! Não é justo!"

"Oh, Naruto ..."

Ele ficou lá, ouvindo a conversa, seu riso, as declarações de amor para Naruto e outras conversas sobre enfeites, até que os noivos andaram para a outra direção.

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Olhos cobertos por longos cílios negros figuravam abertos. Eles viajaram do branco novo do teto à parede onde havia um calendário.

Seus olhos escuros permaneceram em branco, fixados na data de hoje. De acordo com a data, uma palavra estava escrita em um rabisco descuidado.

Casamento.

Uma palavra era suficiente para quebrar o coração de alguém.

Os olhos negros fecharam. Seu corpo deitado de lado, seus longos fios preto-azulados caindo sobre a testa pálida.

"Sakura." Ele murmurou inconscientemente.

"Eu gosto da sua risada."

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"Quero ouvi-la todos os dias."

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"Então, case comigo algum dia."

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"Desculpe".

Ele abriu os olhos e fitou a mesa do lado da sua cama.

"Eu ... eu quebrei minha promessa." Ele murmurou.

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Houve uma suave batida em sua porta.

Vestido numa simples camiseta azul marinho e calças do pijama, ele desceu as escadas para atender a porta. Ele abriu a porta e ficou confuso com o que viu.

"Sakura".

Ela estava linda em um vestido branco de mangas longas, comprido até o joelho. Seu cabelo rosado solto nos ombros e nas costas.

"Sasuke".

Ele olhou para baixo para ela.

"O que você esta fazendo aqui?" ele perguntou calmamente. "Você não deveria estar aqui."

"Eu sei".

"Então, por quê?"

"Eu…" Ela franziu o cenho e balançou a cabeça para depois contemplar. Ela segurava algo para ele. Franziu a testa ainda mais.

"Sakura—"

"... finalmente. "

Ele pegou o seu barco de papel branco da palma da mão dela.

Ela suspirou profundamente. "O último".

Ele olhou para ela ainda mais intensamente. "Você fez 1000 barcos."

Ela concordou. "Sim... Eu sei que deveria ter parado há muito tempo. Mas minhas mãos... " ela olhou para baixo para suas pequenas mãos . "Eu não pude parar de dobrar. Até que... chegasse a 1000. Barcos de papel são estúpidos. Triviais." Ela o encarou, seu olhar tão verde que ele pensava que seus olhos estavam brilhando.

"Especialmente pra uma pessoa como você, você não iria mesmo gostar deles."

"..."

"Mas agora, eu estou cheia de você."

Ele recuou, sua mandíbula estava tensa.

"Eu estou cheia dos 1000 barcos de papel. Eu estou cheia de você. Eu estou livre. Posso viver livremente agora".

Ele evitou o rosto dela e olhou para uma árvore atrás.

"Eu nunca pedi 1000 barcos de papel, Sakura." Seu tom era baixo e pleno.

"Eu sei".

Seu olhares se encontraram. "E você nunca me disse por que."

Ela sorriu fracamente. "É simplesmente ..."

Ele desejou uma boa razão. Alguma coisa. Por favor, diga que é por uma razão. Diga isso significa alguma coisa. Não diga -

"... Um hobby".

—É só um hobby.

Sua mão tremeu na tentativa de esmagar o origami.

Um hobby?

Bom.

O último barco de papel foi destruído diante de seus olhos .

Os olhos verdes ampliaram-se em choque. Um flash de dor atravessou seu rosto enquanto encarava seu punho fechando-se sobre o último barco de papel.

"Sasuke..."

" Não vai..." sua voz mudou ligeiramente. "... machucar. Afinal, como você disse, "

ela procurou seus olhos, mas sua longa franja os escondia. "... é só um hobby."

Ela corajosamente reteve as lágrimas.

A porta foi totalmente fechada na sua cara.

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Silêncio.

A porta reabriu.

"Sakura, Eu —"

"Não".

Ele suspirou fortemente.

"Não diga desculpe." Ela murmurou suavemente, olhando para baixo, a franja cobrindo seu olho esquerdo. "Você não precisa." Ela levantou o seu queixo para olhar no rosto dele.

"É só um hobby."

Sua mandíbula trincou, ainda mais.

"Adeus." Ela disse simples e pratica, virando-se e deixando-o.

Ele permaneceu de pé na porta, observando ela desaparecer, ela virou uma esquina. Sua mão procurando o barco de papel amassado. Por um longo minuto, ele ficou parado segurando-o.

...

Então, ele o desamassou, tentando alisar os vincos.

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Lágrimas escorriam constantemente sobre suas bochechas. Rapidamente, ela limpou todas com a manga de seu vestido. Na pressa, ela tropeçou em algo. Algo que respirava.

"Sakura".

Algo com cabelo prateado que desafiava as leis da gravidade.

Ela olhou para cima, lágrimas ainda fluindo livremente. "Kakashi-sensei—."

A frente da sua máscara se mexeu, o que indica que ele estava sorrindo.

"Noivas não devem chorar no dia do casamento."

"Eu sei." Ela disse enquanto limpava algumas lágrimas teimosas das bochechas.

"Onde você estava?"

Ela hesitou. "Com Sasuke."

Kakashi franziu a testa. "Por quê?"

"Eu ....dei algo a ele."

A testa de Kakashi franziu ainda mais. "O que você deu pra ele?"

"O milésimo barco de papel."

"Sakura ..." Kakashi suspirou, coçando a parte traseira de sua cabeça.

"Eu continuei dizendo pra mim que é estúpido continuar dando essas... coisas estúpidas que machucam minhas mãos. Estavam tremendo, mas elas continuavam trabalhando, dobrando... Toda a minha vida, desde que eu tinha sete anos, eu dei pra ele barcos de papel. Sou tão idiota !"

Kakashi mantinha-se calado. Ele estava ciente do hobby de Sakura. Ele até perguntou uma vez qual era o motivo por trás do hobby.

"Não é APENAS um hobby, sensei!" Ela cantarolou alegremente, agora tentando dobrar um papel rosado em um barco.

Ele levantou uma sobrancelha para ela. "Então, por quê?"

"É a minha forma de dizer a Sasuke-kun o quanto eu o amo!"

De repente, ele sentiu-se muito cansado. "Sakura-chan ..."

Ela conhecia esse tom. "Sensei ..."

"Você não mudou".

"Hein?"

"O casamento é sagrado. Você tem que casar com alguém que você ama de verdade" Ele a viu arregalar os olhos por horror ou coisa do tipo, ele não sabia.

"Eu amo Naruto". Ela disse por entre os dentes, as mãos fechadas, seus pequenos punhos. "E é por isso que eu vou casar com ele—"

"Alguma vez , você deu pro Naruto um simples barquinho?"

Ela arfou.

Não é APENAS um hobby, sensei!

Então, por quê?

É a minha forma de dizer a Sasuke-kun o quanto eu o amo

Uma mão voou em direção a seus lábios, abafando seus soluços. "Não ... não ... não." Ela gemeu. Lágrimas geladas desceram de seus olhos, encharcando suas bochechas, caindo no solo entre seus pés.

Kakashi suavizou o rosto por trás da máscara. Ele nunca gostou de ver Sakura chorar.

"Eu amo Naruto ... eu o amo. Ele me ama... Naruto me ama ... "abraçou a si mesma, curvando a cabeça .

"Calma ..."

"Eu vou casar com ele e vamos viver felizes para sempre ... Naruto me ama ... Isso torna Naruto diferente do Sasuke. NARUTO ME AMA." Soava como se ela estivesse tentando convencer a si mesma.

Ele apoiou a mão no ombro dela. No mesmo instante, a garota olhou para seu ex-sensei.

"Não é apenas um barco de papel, Sakura ..." os olhos dela se arregalaram do tamanho da bolas de praia após a afirmação. "Será?" Sua mão apertou a manga da blusa dele.

"Por favor", ela sussurrou. "Não diga a ele."

Kakashi relutou.

"Sensei", ela chamou, em pânico.

"Sim."

Ela sorriu, aliviada. "Obrigado." Ela limpou suas bochechas novamente antes de prosseguir.. "Nos vemos mais tarde, ok? Não se atrase! "

"OK". Ele garantiu. "Pela primeira vez na minha vida."

Ela concordou fracamente. Kakashi sorriu enquanto assistia à pressa da menina de volta para sua casa.

"Sakura-chan esqueceu que ela costumava me chamar de mentiroso."

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Sentou na grama sob a sombra de uma árvore grande das cerejeiras em flor. Na frente dele havia um lago, salpicado com pétalas rosas. Os raios de sol entravam pela água, cortavam o lago, criando um brilho etéreo.

Em volta do lago estavam as cerejeiras,velhas e largas, abençoadas com as maravilhosas pétalas rosa. Sua mãe chamava essas árvores de Cerejeiras Uchiha. Porque essas árvores eram do clã Uchiha ou mais precisamente, pertenciam a eles.Eram árvores especiais De acordo com sua mãe ,essas árvores não floresciam somente na primavera, porque as Cerejeiras Uchiha florescem para sempre.

E agora, esta propriedade era toda dele. Ele tinha o direito de fazer o que ele queria com ela. E ele fez.

Do outro lado do lago estavam os mil barcos de Sakura, flutuando, velejando...

Ele sorriu. Eram barcos de papel, certo? Eles supostamente não eram pra estar na água.

E, porque —

"É hora de deixar ir embora."

Ele levantou-se e deixou o lugar.

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Ele caminhava com as mãos no bolso. Estava apreciando sua paz de espírito quando alguém decidiu soltar uma bomba.

POOF

Ele franziu a testa irritadamente.

"Yo".

"Kakashi."

"Você vai para o casamento?"

Ele ignorou a pergunta.

"Você deve, você sabe. Assistir à troca de votos dos dois. Ouvir as promessas. Especialmente a noiva... " Kakashi disse astutamente.

Como esperado, o garoto o encarou friamente.

"Eu aposto que não iria doer escutá-la dizer que te ama."

"Vá embora." Ele rebateu e esbarrou no homem mais velho antes de tentar ir embora.

"Ei, Sasuke! Deixe-me contar o segredo dela. "

"Não estou interessado."

Kakashi o alcançou com passos rápidos

"Tem certeza?"

"Vá embora".

"Você perguntou a Sakura porque ela lhe deu um barco quase todos os dias da sua vida?"

Ele parou e encarou seu antigo professor. Kakashi vibrou mentalmente. Bingo.

"Eu perguntei." Ele respondeu enfático.

"E?"

"Ela disse que era um hobby." O garoto respondeu, aborrecido

Kakashi cruzou os braços. "Eu perguntei a ela uma vez." Ele foi olhado com interesse pelo Uchiha. "E ela me disse a resposta."

O Uchiha estreitou os olhos.

"Ela disse..."

É a minha forma de dizer a Sasuke-kun o quanto eu o amo .

Seus olhos escuros se arregalaram.

"Não é só um hobby. Acima de tudo, não é apenas um barco de papel... "

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Ele estava correndo. Voltar para o Bairro Uchiha , de volta ao lago rodeado por árvores das flor de cerejeira ... Franzindo o rosto, chegou até o lago ele agachou, e pegou o barco mais próximo papel.

"Merda ." Ele gritava internamente. Cuidado para não rasgar, pois ele já estava molhada no centro, ele desfez o origami.

Suas mãos tremendo.

"Não pode ser..."

Eu te amo, Sasuke-kun

"É uma carta de amor."


N/T: Lembrando que o costuma comer palavras, avisem se tiver algo incompreensivel!

Sem mais delongas já pro capitulo dois – final :3

e reviews por favor.