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Leben oder Tod
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Por: Demetria Blackwell
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Aquele lugar cheirava a adubo recém feito. Era horrível pisar com força no chão e sentir seus pés quase escorregarem por falta de firmeza. Mais ele não ligava. Jesse Owens não se importaria com algo tão banal. Ele continuava a correr - com seus cabelos da cor de limões esvoaçando - e sua pele - negra da cor de terra, da cor que ele fez questão de sujar - e sua roupa hitlerista - que nem mais parecia - e seus pensamentos. Voltados para a escola, a Hitler, aos Steiner's, a Rua Himmel, a Liesel.
Ao atravessar a linha de chegada imaginária, ele pode finalmente ofegar e puxar todo o oxigênio que tinha a sua volta. Sua respiração se normalizou, não seu coração. Estava pulsando forte, forte, muito forte, que se você prestasse mais atenção nele, poderia até ouvir o som de suas emoções.
Jesse Owens, Rudy Steiner. O vencedor da corrida imaginária contra seus medos.
Não queria arquibancada, palmas, gritos, prantos, pódio, troféu, prêmio.
Queria algo mais simples.
Um beijo de Liesel Meninger serviria muito bem.
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. PEQUENO AVISO .
SOBRE RUDY STEINER
Ele não merecia morrer como morreu.
(Página 217)
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- Que tal um beijo? - Ele sempre perguntava isso com aquele sorriso de quem pedia algo que lhe era negado, mais que ainda tinha esperanças - mesmo que remota - de ganhar.
Talvez, só talvez, nem ele estivesse preparado para aquele beijo. Talvez estivesse tão apaixonado por ela que nem ao menos conseguia enxergar que - ela o amava tanto quanto ele -.
Talvez, ela tivesse medo de decepcionar ele, e que ele perdesse o interesse nela, para-se de ficar perto dela. Talvez - só talvez - ela tinha medo de perder ele -.
Talvez.
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. OS DOZE SEGUNDOS SEGUINTES DA VIDA DE LIESEL MENINGER .
Ela girou os calcanhares e olhou mais longe
que pôde, naquele canal destroçado que
um dia foi a Rua Himmel.
Viu dois homens carregando um cadáver e os seguiu.
(Página 465)
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Suas lágrimas quentes e doloridas - que ele não sentia mais - molhavam os trapos que vestiam seu cadáver. Tentou encostar-se a ela, falar que estava bem, chama - lá de Saumensch, qualquer coisa que valha. Podia não sentir mais seu corpo mais doía - como doía - a ver chorando. Não sabia o que fazer, em muitos anos, ficou sem reação. Só pode sentar-se ao lado dela - mesmo que ela não mais o veja - e espera - lá parar de chorar.
Foi quando ele viu. Não só viu, como também sentiu. Ele não entendeu como pode sentir - afinal, já estava morto - deveria ser algo haver com a sintonia de ambos. Tinha gosto de canela. Sua boca ficou com gosto de canela. Não que já tivesse provado várias coisas de canela na vida, raras foram. Mais aquela boca - boca dela, junto com o cadáver dele - tinha esse gosto.
O gosto dos lábios de Liesel era de canela.
Talvez, tivesse sido muito tarde o beijo dela.
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O céu estava tão azul quanto os seus olhos um dia. Nunca entendeu direito como funcionavam essas coisas sobre o céu e o inferno, mais de uma coisa ele sabia: Não estava em nenhum dos dois. Nunca esteve. Não sabia o por que, mais ele ainda estava entre os vivos, acompanhando uma mulher de preto, Rosa e Hans Hubermann, e uma criança que tanto lembrava Liesel.
Quando a morte veio busca a alma dela, Rudy a encontrou sentada.
Não tinha a aparência de uma mulher de idade - como seu corpo morto aparentava - sua alma tinha os cabelos, o rosto, as feições, o corpo, as mãos, o sorriso. De criança. Assim como ele.
Não precisavam de palavras naquele momento.
Poderiam não terem ficados juntos quando vivos, mais seriam eternos enquanto mortos.
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N/a: Meus dedos doem, minhas pálpebras pesam, minha imaginação está dando piruetas e eu não consigo parar de chorar. Isso que dá ouvir Evanescence enquanto lê uma fanfic falando de seu personagem preferido. Essa fic que eu pari vai para a Miko Nina-chan, Nina-chan pro povo. Foi por causa dela que eu estou escrevendo que nem uma louca agora, culpe-na. Quero reviews, já.
Leben oder Tod - Vida ou Morte, em alemão. Made in Tradutor Yahoo.
(Essa fic não foi betada, fato.)