Autor: Magalud
Título: Dia festivo
Classificação: PG-13
Personagens: Harry Potter, Severus Snape, Personagem Original.
Disclaimer: Essa história é baseada nos personagens e situações criadas pela J.K. Rowling, várias editoras e Warner Bros. Não há nenhum lucro, nem violação de direitos autorais ou marca registrada.
Resumo: Num dia festivo, Severus tem uma surpresa
Avisos: Nenhum. Meio cute, meio fluffy. Ops, a beta é a Chris, viu?
Dia festivo
— Joy quer falar com você.
Severus tirou os olhos da revista técnica sobre Poções e ergueu uma sobrancelha para seu marido. Harry deu de ombros.
— Ela quer lhe dar uma coisa.
A menina estava escondida atrás do pai. Num movimento rápido, ela se empoleirou no colo de Severus, com um embrulho nas mãos.
— Pra você.
— Para mim? É alguma ocasião especial.
— Claro que é! — Aos cinco anos, Joy era a mistura perfeita dos dois, a impetuosidade de Harry e a seriedade de Severus. — É Dia das Mães. Você me carregou na barriga, então você ganha o presente.
Severus abriu o embrulho, pensando cuidadosamente no que ia dizer.
— É lindo.
Olhou a camiseta com as impressões das mãozinhas de sua filha e decidiu que era lindo.
— Mas você sabe que não sou realmente sua mãe, não é?
— Claro que é! Você me carregou...
— ...na barriga, sim. Mas mãe é muito especial. Você tem dois papais. Pena que sua professora não saiba que homens bruxos também podem ficar grávidos. Já conversamos sobre isso.
Ela fez biquinho.
— Eu sei, mas...
Severus a interrompeu:
— Por isso é que para mim seu presente é ainda mais especial.
— Mas você vai usar? Você nunca usa camiseta...
Harry segurou o riso, mas o barulho fez Severus dirigir um olhar fulminante para ele, que disfarçou.
— Claro que vou usar, filha — assegurou. — Mas vou usar de maneira especial. Vou usar bem junto do meu coração. Escondido, porque é especial e só meu, não é?
— É. Obrigada, papai. — Ela o abraçou. — Eu amo você.
— Eu também amo você, filha. Obrigada pelo presente. Mas você precisa saber que você é o meu maior presente.
— Você não é minha mãe, mas é tão bom quanto uma.
— Obrigado, filha. Agora pode ir brincar.
A pimpolhinha lascou um beijo no pai e pulou para o chão, correndo para o jardim. Severus suspirou, os dedos massageando o osso do nariz.
— Não deveria ser surpresa — comentou Harry. — Ela é uma criança muito lógica.
— Espero que ela não tenha comentado isso com os coleguinhas ou a professora do jardim de infância. Muggles tendem a se espantar com gravidez masculina.
— Bom, o máximo que podem achar é que ela tem uma imaginação hiperativa. É comum em quem tem seis anos. Falando em imaginação, estou imaginando que ela poderia ganhar um irmãozinho.
Severus o encarou.
— Tem certeza?
— Você se importa? Se você quiser carregar...
— Não, claro que não. Você vai ver que é uma experiência única. Eu jamais poderia privá-lo dessa oportunidade.
— Então está certo. E podemos começar?
— Começar?
— A tentar, claro. Joy vai querer o irmãozinho o quanto antes. — A expressão nos olhos verdes dizia a Severus que Harry não pensava nos interesses de Joy. Quando Harry sentou-se a seu lado no sofá, Severus teve certeza do fato. O rapaz sorriu, tentando parecer inocente e falhando horrivelmente.— Não há motivo para adiar, não acha?
Severus pôs a revista de lado e apertou Harry contra si.
— Não. Nenhum motivo.
— Feliz Dia das Mães.
— Feliz dia, futura mamãe.