Capítulo 2

She

A casa era enorme vista do lado de fora e, provavelmente, dentro também. Fiquei parado um certo tempo, enquanto admirava a mansão. Nem me importei se alguém estava passando por ali, pois ninguém poderia me ver na forma que eu estava agora.

Tecnicamente eu sou um shinigami. Para quem não sabe o que é isso, seria um Deus da morte ou um anjo da morte. E é justamente por isso que eu levo a sério essa parte do meu trabalho, pois eu odeio ter a vida das pessoas em minhas mãos. A parte do "tecnicamente" é que deveriam ter mais shinigamis por ai, mas eu nunca vi outro! A única pessoa que eu conheço desse inferno de trabalho é o Suigetsu! E ele não faz absolutamente nada. Só entrega os mandatos e vai embora. Insuportável, não?

Ignorando essa parte, geralmente quando a sentença é dada a alguém, essa pessoa passa a me ver e sempre dou a chance dela terminar de se despedir de algum ente querido. Só que dessa vez eu me meti em um problema. Em todos meus anos de trabalho, e olha que foram muitos, eu nunca estive envolvido com alguém que iria executar. Resumindo a situação:

"Não tem como eu matar aquele Teme!" – isso saiu da minha boca como um desabafo, mas o que eu não esperava era que fosse um tanto alto.

Como sempre acontece, o Bastardo já deveria me ver, por tanto me aprecei de passar pela parede de sua casa antes que ele fosse na janela e comentasse com a Sakura-chan que eu estava de fantasia gritando na frente da sua casa. Ela o mandaria direto para um hospício (não que ele fosse ter uma vida muito longa por lá).

"Ahnnn" - resmunguei – "Esse caso vai me deixar sem dormir durante uns três dias. Mais os que a Sakura precisará de meu apoio." – suspirei exausto.

Quando passei pela parede deparei-me com a cozinha. Ampla, reta, moderna e desconfortável. Tudo o que você via era de última geração, desde a geladeira ao microondas ou o lava-louças, dentre outros eletrodomésticos. Tinha uma decoração um tanto sem graça. Sim. Era a típica cozinha branca e prata dando um ar gelado ao recinto.

Desviei a atenção da cozinha e atravessei outra parede. Dessa vez parei dento de um... Armário? Não sabia ao certo, pois estava muito escuro e apertado. Bem, minha visão é melhor que a dos humanos e mesmo estando escuro eu via normalmente. Porém, só enxergo com a luz do sol ou da lua. Se tiver uma fresta insignificante de luz, já é o suficiente pra mim, acredite.

Bem, não ia perder meu tempo naquele lugar apertado e estranho. Vai que é ali onde o Teme esconde suas armas de tortura... Vou admitir, senti um calafrio depois dessa.

Finalmente achei a escada. Para falar a verdade saí em cima dela, literalmente. Pus-me a subir os degraus (melhor dizendo, flutuando sobre eles) e cheguei ao corredor do segundo andar.

Amplo. Muito amplo. A cima tinha um teto de vidro e, muito mais a frente, uma varanda igualmente de vidro dando continuidade ao teto e adequando-se ao chão. Dava para os fundos da casa, assim podia ver o reflexo da água da piscina batendo no vidro e seguindo até metade do corredor, que era onde acabava a transparência da casa.

Segui pela direita, atravessando mais uma interminável parede de concreto. Me diga, por que um bastardo que morava sozinho ( e, agora, incrivelmente mora com uma pessoa... Noiva dele) tinha uma casa enorme e quase sem nada? A não ser móveis? Contraditório, não?

Parei completamente ao notar onde eu estava. Tinha roupas femininas pelo quarto, maquiagem e outros acessórios desconhecidos no universo masculino. Deduzindo que a única mulher ali era sua noiva, aquele deveria ser o quarto da Sakura-chan.

Parei novamente.

Não era para os dois dividirem o mesmo quarto? Já que eram noivos e sabe como é, né? Mas não havia sinal do Teme ali. Era tudo feminino ou sentimental de mais para ele. Estranho.

Andei um pouco mais e atravessei a parede ao lado de uma porta.

E me deparei com a cena que eu jamais me esquecerei.

Não foi algo bom, fato. E muito menos confortável de se assistir sem poder ajudar a pessoa.

Sakura-chan estava sentada no chão frio e úmido, chorando rios de lágrimas com uma coisinha na mão direita. Tinha sua mão esquerda posicionada junto ao ventre com um olhar inexpressivo, mas que carregava grande tristeza. Era como se apenas seu corpo tivesse presente. Sua mente devia vagar longe... Muito além do que se poderia imaginar.

Por um momento achei que a Sakura-chan sentia dor. Física e não sentimental. Então olhei em volta em busca de algum medicamento que 'acidentalmente' caiu e veio parar perto dela. Então vi uma caixinha rosa, mas sem muitos detalhes, apenas foquei-me no título onde dizia com letras garrafais e negrito: TESTE DE GRAVIDEZ.


Havia mais ou menos 40min desde que achei o quarto do Sasuke e fiquei observando seu sono. Eu estava sentado em cima de uma cômoda branca e cheia de gavetas, enquanto a cena de uns minutos atrás repassava-se freneticamente e não saía de minha cabeça.

Desviei o olhar do moreno e apoiei minha cabeça junto ao joelho, olhando para direita. Postado à parede, tinha um espelho. Ele refletia a cômoda e a porta da varanda. Nesse estado, nem me esforçando eu refletiria, pois estando no meio espiritual, eu não posso ser refletido.

Nossos espíritos são constituídos por alma e matéria. A alma dá uma idéia de algo abstrato, ou seja, lhe dá a existência. A matéria dá idéia de algo concreto, que durará, ou seja, lhe dá a eternidade. Juntos, formam o espírito que habita um recipiente (corpo, como chamam os humanos) e lhe dá a vida. Como nossos recipientes têm data de validade, 'morremos' e retornamos em outro corpo. Dando o processo chamado de reencarnação. Os espíritos destinados ao inferno ou ao céu, os que são decididos como 'missões incompletas', retornam. Os outros irão para o paraíso ou a condenação eterna.

Eu só pareço em espelhos quando estou com meu recipiente e me esforço para refletir. Isso ocorre porque eu só tenho matéria e alguém que não existe, não pode ser refletido. Minha alma foi condenada pelo meu passado, tornando-me um espírito incompleto que vaga pela eternidade mundo à fora.

Meu recipiente permaneceu o mesmo. Nunca o troquei. Pois uma vez que seu espírito é afetado, e você não morre, a vida do seu corpo também o sente. Por isso desde meus 18 anos, não envelheço.

Permaneci imerso em pensamentos durante uma hora aproximadamente, quando fui brutalmente interrompido.

"Como um Dobe como você conseguiu entrar na minha casa sem despertar o alarme ou ser oprimido por seguranças escondidos?" – perguntou a voz exigente e rouca – "Outra coisa, porque você está com uma fantasia ridícula e sentado no meu móvel?"

Olhei para ele e memorizei algo que poucas pessoas haviam visto. Um Uchiha recém acordado. Não normalmente arrumado, mas mesmo assim era lindo. Sua pele parecia mais clara por causa da lua, seu cabelo parecia mais negro em contraste à pele e seus olhos pareciam duas perolas negras imitando as madeixas.

Por mais arrogante que fosse e mesmo que não se importasse com a Sakura-chan, a ponto de fazê-la dormir em outro quarto, eu não poderia matá-lo.

Não era por beleza (ajudava, fato), não era por ser hábil, bondoso (ahn, acho que nunca irei presenciar isso), gentil ou amigável.

Ele merecia uma chance.

Motivo? Só existe um. Ele nunca se arrependeu de nada do que fez até hoje. Nos shinigamis percebemos isso e mais algumas coisinhas. Mas o que torna isso importante é: ele ainda precisa viver. Nossas vidas são compostas de alegrias e arrependimentos.

Quem não se arrepende de nada feito na vida, é porque não viveu. Não aprendeu a viver.

E ele não vai voltar. Sei disso, pois execuções imediatas são como intervenções ao curso normal da vida. E... Posso lhe afirmar que não trabalho para o céu, sendo assim seu espírito estaria condenado ao inferno.

"Dobe, pare de me ignorar e responda." – disse impaciente.

Bebê.

De repente tive um sobressalto. Ser criado sem o pai?

Não.

A Sakura-chan sozinha cuidando de um filho:

Não.

NÃO!

"Não!" – ao mesmo tempo em que pus as mãos na cabeça, desequilibrei-me e fui ao chão.

"Naruto! Deixe de ser idiota! O que você acha que est..." – Deixei com que sua mão passasse através do meu espírito, me dando conta de que foi uma péssima coisa a se fazer.

Sasuke me olhou perplexo. Algo que nunca imaginei que ele faria em vida. Ou em morte. Que seja. Mas não foi algo sábio.

Agora eu teria que explicar o que diabos eu era.

"Shinigami. É isso o que eu sou." – respondi de imediato. – "Se acalme." – minha mão passou frustradamente pela vastidão de cabelos loiros e pousou suavemente na nuca, onde cocei com leve desconforto.

Ponderei um pouco mais enquanto olhava pro chão decidindo por fim encarar o moreno a minha frente. Sua expressão já tinha voltado à mascara indecifrável de sempre e seus olhos não abandonavam os meus.

Vi o brilho que continha seus orbes negros, vi sua impaciência na testa franzida e vi a força com que ele apertava os lábios para não pedir uma explicação imediata.

"Você não sabe o que é um, certo?" – dirigi-me a ele sem desviar o olhar.

Sasuke negou. – "Uma pessoa me contou uma história sobre vocês."

Olhei-o confuso – "História?" – nunca havia escutado uma. Achava que tinha nascido para isso e pronto.

Ele suspirou.

"Vou contar, mas depois você me explica o que diabos estava fazendo me observando."

Achei uma troca justa, então apenas assenti.


"Um homem tinha engravidado uma mulher, ela era muito jovem e isso fora antes do casamento. Seus pais nem sabiam de seu relacionamento com o jovem rapaz, então ela seria deserdada e expulsa do clã. Impudentemente, os dois resolveram 'tirar' a criança. Naquela época não haviam muito recursos e a medicina não tinha se desenvolvido muito. Uma mulher da região lhe deu um 'chá' que continha um veneno e o feto sairia sem causar danos a mãe." – Sasuke tomou um pouco de ar e continuou .

"Mas não foi o que aconteceu. Houve algum problema e a mãe teve uma hemorragia interna, causando-lhe a morte. Desesperado o homem não sabia o que fazer, levou o corpo à funerária onde trabalhava e a queimou nos fundos da pequena casa. Antes que visse o corpo inteiro queimar, ele correu até a ponte que ligava o feudo à saída sul e se jogou. Morreu afogado e foi encontrado á alguns metros de distância."

Olhei incrédulo para o moreno. Ele descrevia como se tivesse presenciado a cena. E se realmente tinham lhe contado a histária, ele tinha uma grande memória.

"Ambos tinha suas almas condenadas, por causa dos pecados que haviam cometido. O ponto em comum era a morte." – sua voz morreu e eu percebi o olhar furtivo que deu à minha asa.

"Quando chegaram ao inferno, lhe fizeram a seguinte sugestão, 'vocês gostariam de virar anjos e trabalhar pra nós ou desejam cair ainda mais fundo neste lugar? ' Logicamente escolheram a primeira opção. O que eles não contavam era que tipo de anjo eles seriam. Foi dado-lhes o cargo de anjos da morte. Viviam vidas normais e quando perguntavam o que faziam, respondiam: somos caçadores." – ele suspirou e passou a mão nos cabelos negros. Seus olhos subiram e encontraram o teto, como se houvesse algo muito interessante ali, se fixaram e o silêncio reinou por um momento.

Refleti um pouco sobe isso. Nunca haviam me perguntado se eu queria isso ou preferia ir para o inferno. Apenas lembro-me de Suigetsu chegando ao orfanato e falando que, a partir daquele momento, eu teria um trabalho a cumprir.

"Shinigami era o apelido do homem, por causa do seu trabalho quando humano." – acrescentou quebrando o silencio. – "Ele trabalhava em uma funerária."

Olhei-o de cima a baixo e ele apenas esperou, como se eu estivesse ali apenas para fazer uma visita e não para mata-lo. Ele não tinha feito nada de errado, pois se tivesse eu saberia o porque de sua morte. Dessa vez tinha certeza que o mandato era por questões pessoais de sei-lá-quem-mandava-as-execuções.

"Sasuke..." – murmurei quase inaudível – "Pegue todas suas roupas e tudo o que for importante. Pegue todos os medicamentos que tiver em casa e toda a comida. Fale para a Sakura-chan fazer o mesmo."

"Você está louco?" – perguntou sério.

"Não. Nó temos que sair de Tokyo o mais rápido que conseguirmos." – disse tomando-lhe a mão.

Ele estremeceu e pôde ver que agora sentia minha mão, pois havia me materializado um pouco para que isso ocorresse – embora ainda estivesse na minha forma espiritual.

"Vou para casa buscar umas roupas e arranjar um carro." – olhei em seus olhos, tentado mostrar que não havia outro jeito.

"Você ainda não me disse por que estava me observando enquanto dormia." – disse com sua voz fria e rouca.

Soltei sua mão, dei as costas e segui até a varanda. Quando atravessei a porta de vidro olhei para o chão e suspirei. Detestava dizer aquilo a todas as minhas vitímas.

"Sou um shinigami. Sou a morte." – disse lançando um olhar frio sobre o ombro – "Eu vim te matar." – com isso tirei a fina camada de matéria que tinha sobre meus pés e deixei que o piso me engolisse.

Gostei de não ter visto sua reação.

Gostei de ter lhe observado dormindo

Gostei ainda mais de ter mudado de ideia.

Só não acho que estava fazendo a coisa certa.


O sol estava nascendo quando chegávamos na saída norte de Tokyo.

Sakura-chan estava arrumada e dormindo no banco traseiro. Sasuke, ao meu lado, tinha o maxilar travado. E... Por algum motivo, havia uma quarta pessoa no carro – sem contar o bebê, lógico.

A moça que havia jantado com o Teme, estava no banco traseiro, segurando a cabeça da Sakura-chan no colo.

Havia discutido com o arrogante insensível sobre isso, afinal, a situação já é grave o suficiente e ele só está agravando ainda mais.

"Precisamos da Karin. Ela é boa no que faz e concordou em deixar tudo para trás e pôr sua vida em risco." – retrucou como se estivesse falando que o céu era azul... MAS É LÓGICO QUE QUALQUER BABACA FARIA ISSO POR UM UCHIHA!

Não que eu estivesse fazendo isso por ele. Vou deixar claro que é por causa do bebê. Acredite.

De qualquer forma, eu tive que me contatar com o babaca do Suigetsu. E como não poderíamos parar, só falei com ele quando a Sakura-chan tinha acordado, o que foi meio frustrante.

Sakura-chan não podia vê-lo, uma vez que não fora condenada e nem tinha poderes espirituais o suficiente para isso.

Karin por outro lado me surpreendeu. Ela não só viu Suigetsu sentado ao seu lado, como também pôde descrevê-lo.

Geralmente as pessoas com algum poder espiritual pode sentir a presença, ver um vulto ou na pior das ocasiões, ver uma aura da cor que o espírito reluza.

Mas ela não.

Ela podia ver e sentir, mesmo estando 100% viva e com o espírito completo.

"O que diabos esse moleque espaçoso está fazendo aqui do meu lado e me imprensando contra a senhorita Haruno?" – resmungou impaciente, enquanto empurrava Suigetsu.

Enquanto eu olhava estupefato pelo retrovisor, Karin empurrava Suigetsu com as duas mãos para que afastasse um pouco.

"Você é um Dobe mesmo... Garantiu-me que elas não poderiam ver essa forma de vocês, pelo menos por enquanto."

Sakura-chan olhou para nós três como se fossemos loucos. A questão é que ela não podia ver um babaca a mais, então aposto que sugeriu mentalmente que deveríamos ir para um hospício.

Quem respondeu foi o idiota, ainda impressionado com a reação de Karin.

"Mas ela não deveria. Pessoas normais não podem. Peguem Sakura como referência." – alisou uma mão no queixo enquanto ponderava a questão.

Sasuke parecia satisfeito com a análise do grisalho, mas não com o resultado da morena vendo-o.

"Enfim... Naruto, para que você me chamou?" – perguntou-me.

"Preciso saber a que altura da trilha fica a entrada para... A cidade espiritual que você me contou, sabe?" – eu realmente não lembrava o nome, só lembro-me dele comentando que sempre que tinha algum problema, sumia uns dias por lá e voltava ao seu trabalho.

"Olha... Não me envolva nisso, sim? Não estou disposto a sacrificar minha existência ou alguns anos no inferno por você, não mesmo. Mas enquanto puder, eu ajudarei." – deu um suspiro – " Vire a direita na próxima trilha. Após uns 100 metros vire a esquerda. A partir daí siga os símbolos. Esperarei onde abrirá o portal." – por fim, ele sumiu. Deixando uma Karin alegre, uma Sasuke indiferente, uma Sakura atordoada (achando que estava com loucos) e um 'eu' irritado.


Quando chegamos ao ponto desejado já eram quase meio dia. Karin reclamava de fome, Sakura tinha comentado sobre comer algo e Sasuke... Acho que ainda estava atordoado por ser um futuro papai. Gostaria de saber qual fora a reação dele quando viu o teste dando positivo.

Eu rolaria no chão de ri. Fato.

Enfim... Como o esperado, Suigetsu estava lá. Embaixo de uma árvore onde tinha um balanço.

Aquilo me trazia muitas memórias do orfanato. E Suigetsu deve ter percebido isso, pois me deu um sorriso com seus dentes pontudos e brilhantes a mostra.

Não tardei muito a sair do carro. Esticar as pernas seria muito bom após uma longa viagem. E espreguiçar também.

"Precisará da sua arma." – Zombou Suigetsu.

Como se eu não soubesse disso. Qualquer demente saberia.

Lancei-lhe um olha reprovador e fui recebido com um amigável sorriso sarcástico, Após isso, fechei os olhos e concentrei-me.

Primeiro precisava estar na forma espiritual. O que não demorou muito devido a usualidade. Assim que senti meus pés tocando o chão novamente concentrei-me na segunda parte. Precisava convocar minha alma, seu nome era Kyuubi.

Como de não termos alma, ela vira nosso instrumento de combate. Como se fosse uma parte da nossa 'existencia'. Nossa alma é a nossa arma. A minha era uma foice, na sua ponta havia uma corrente com um pingente de uma raposa na ponta. Pelo cabo subia o inicio de um corpo animal seguido pelo o que pareciam caldas e seguia até o topo. A parte fixa da lamina era envolto por um ferro onde tinham os detalhes finais das caldas contando-se nove pontas. A lâmina era incrivelmente afiada e fatal, era grande e curvada, parecendo garras de uma besta demoníaca. Como acabamento, haviam rubis nos olhos da raposa do pingente e na ponta superior do cabo.

Era uma arma linda e rara. Perigosa e mortal.

Peguei meu acessório e rasguei a arvore do balanço, concentrando-me na sua alma e não na matéria. Abriu-se então uma passagem, onde Sasuke entrou com o carro como havíamos combinado. Eu e Suigetsu seguimos andando logo atrás.

Assim que saíram do carro o automóvel se reduziu a pó, deixando os humanos – excluímos o Sasuke dessa classificação uma vez que sua alma estava condenada – alarmados.

"É o preço por entrar humanos aqui. Vocês têm muita matéria, então temos que trazer algo de maior porte para que quando elimine uma boa quantidade de matéria, não pegue a do corpo de vocês também." – explicou Suigetsu.

Sakura-chan olhou-o incrédula. Enxergando-o pela primeira vez.

"A propósito..." – ele olhou pra mim como se lembrasse de algo muito importante.

"Bem vindos a Konoha" – e sorriu.

TBC...


Não me matem por favor! Andei muito desanimada com fics por um bom tempo. A gora estou voltando a escrever. Pelo menos eu na exclui a conta e abandonei as historias(como eu tinha feito uma vez que eu desanimei tambem). Peço desculpas sinceras por ter abandonado o FF. Vou tentar não desanimar de ... me mantenha feliz e deixem uma review 8D

Ps: Não vou responder as reviews dessa vez, da proxima eu respondo, obrigada por todas as que vocês mandaram.