***INEXPLICAVELMENTE AMOR***

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Título: Inexplicavelmente Amor

Autora: Sophie Queen

Shipper: Bella & Edward

Personagens: Humanos

Gênero: Romance/Angst

Classificação: M – maiores de idade

Sinopse: Eles pertencem a mundos diferentes. Uma atração voraz é o passaporte para autodescoberta; onde superar contratempos, situações complexas e evitar uma ruína pessoal são barreiras essenciais, para que possam viver o amor inexplicável ao qual são destinados.

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DISCLAIMER: infelizmente TWILIGHT não me pertence, mas essa fanfic sim, por favor, respeitem!


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Capítulo 1
Dartmouth

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Depois de um ensino médio sufocante em Phoenix, decidi que iria para uma universidade o mais longe possível, não suportava mais o olhar de minha mãe reprimindo a minha decisão, por mais feliz que estivesse. Afinal quem com condições financeiras precárias iria ser aceita em uma universidade do Ivy League e não iria? Definitivamente meus pais surtaram – no bom sentido – quando eu disse que fui aceita pela Dartmouth College e ainda por cima com o apoio financeiro. Era muita sorte para uma pessoa tão sem sorte como eu ter conseguido essa mudança repentina.

Aqui estava eu no aeroporto internacional de Phoenix, esperando um voo para Seattle, para de lá seguir para Forks, o lugar mais úmido e nublado que existia em todo o condado de Washington, nos Estados Unidos, mas infelizmente foi único acordo que consegui chegar com meus pais antes de ir para Hanover, New Hampshire, teria que passar uma semana com meu pai nesse fim de mundo.

De repente eu ouvi o sistema interno do aeroporto afirmando que meu voo já se encontrava no pátio. Caminhei lentamente pelo portão de embarque sem antes dar uma boa olhada em mim mesma, uma garota de estatura mediana, de dezessete anos, com os cabelos até o meio das costas na cor castanha meio avermelhado, os olhos cor de chocolate intenso e pele extremamente pálida, essas características tão comuns e tão sem graça; não eram nada comparada a minha falta de sorte, pois conseguia ser a pessoa mais desastrada que existe no mundo.

Isso sem nenhuma espécie de eufemismo ou exageros.

Essa era eu Isabella Marie Swan. Porém, este breve olhar, só me fez recordar que estava me sentindo a pessoa mais sortuda do mundo, pois eu iria para a Dartmouth College, a universidade que sempre sonhei em frequentar e nada iria me desanimar.

O voo até que passou bem rápido, e inesperadamente já me encontrava na viatura do chefe Swan, meu pai.

Charlie era uma pessoa quieta, que sofria em silêncio, tudo isso por conta do que a minha mãe Renée fez: o abandonando e me arrastando junto para Phoenix, no Arizona há mais de quinze anos. Charlie, inesperadamente me fez uma pergunta me acordando dos meus devaneios:

− Bells, é incrível que daqui uma semana você irá estar em uma universidade da Ivy League, estudando psicologia, isso me deixa tão orgulhoso. – virei para encará-lo e notei em seus olhos um brilho de felicidade genuína.

− Que é isso pai, está ficando tão sentimental assim só porque sua filha irá para a faculdade? – questionei brincando, não sabendo como me comportar diante da estrangeira afetuosidade de suas palavras.

− Você não tem noção por quantas noites eu sonhei com você na faculdade. – emendou comovido.

− Obrigada, pai. – disse emocionada por sua confissão, apesar dos malabarismos que ele e minha mãe estavam fazendo para que eu realizasse não só o meu sonho, como também o deles.

− Sabe quem ficou a semana toda ansioso a sua espera? – Charlie me perguntou de forma irônica, mudando a áurea afetuosa estranha que inundava o carro. Fiz uma cara de quem se esforça para pensar.

Jacob. – dissemos juntos em meio a gargalhadas.

− Ele deve ter me ligado umas vinte vezes só hoje, para saber se você iria vir mesmo. – ele disse com um leve humor.

Jacob era o meu amigo, a pessoa mais incrível que conhecia. Um amigo para todas as horas, apesar de saber que ele tinha uma paixão meio platônica por mim, que quase colocou a nossa amizade a prova no último ano quando a declarou para mim, mas fui logo apressando para dizer que nosso relacionamento era só amizade mesmo, esperava vê-lo chateado mais no dia seguinte a esse incidente, Leah Clearwater em uma brincadeira se declarou a Jacob que retribuiu seu interesse e passaram a namorar. Eu fiquei tão feliz que quase beijei Seth, irmão de Leah quando ele me contou, só fiquei triste porque não foram meus amigos Jacob e Leah que não me contaram.

− Jacob, é um pouco apressado, pai. – rimos abertamente desse meu comentário.

− Se é. – Charlie afirmou. – Se é...

Neste momento a viatura parou e consegui observar a casinha bege que se erguia junto ao bosque que a rodeava. Era uma casa aconchegante apesar de ser pequenininha e me lembrava dela com exatidão, a pequena salinha com um sofá verde coberto por uma manta marrom, uma poltrona de couro marrom, uma mesinha de centro com um lindo vaso com flores laranja artificiais e uma televisão de plasma − que Charlie e eu ganhamos no bingo de Natal −, quase que acoplada com a sala havia uma cozinha minúscula que tinha uma mesa de quatro lugares e os armários pintados de amarelo, uma herança de Renée que tentou trazer um pouco de sol para Forks, claramente, sem sucesso.

Charlie me ajudou com as malas, como iria para Dartmouth direto de Forks, havia muitas coisas, o que era no mínimo contraditório, pois nunca fui muito consumista na minha vida, ainda mais tendo um pai policial e uma mãe professora. Jacob, Leah e Seth me obrigaram a concordar com eles me levando até Hanover, New Hampshire no nordeste dos Estados Unidos – o outro extremo do país em relação à Forks. Todavia para ser bem sincera adorei a ideia, seria uma experiência divertida viajar quase quatro mil quilômetros no Rabbit de Jacob, apesar da ideia me assustar de maneiras épicas, pois não sabia se o carro aguentaria.

Sorri com este pensamento, seria inacreditável que aguentaríamos quatro dias de viajem juntos, sem um desentendimento ou alguma eventualidade.

Novamente Charlie me tirou dos meus devaneios.

− Bells, tem certeza que você irá estudar em Dartmouth?

− Pai! – exclamei em tom de repreensivo, quando vi ele sofrendo para retirar as minhas malas do carro. – Eu sou uma garota, preciso de variedade! – brinquei.

Charlie riu com meu comentário. Às vezes ainda acredito que meu pai ainda achava que eu era a garotinha de cinco anos de idade que nunca sairia de seu olhar, e agora custava a acreditar que era quase uma adulta.

Caminhei lentamente até a porta, pois uma pessoa com a minha sorte escorregar e bater a cabeça ou quebrar qualquer membro era tão comum, quanto chover em Forks todos os dias.

Quando abri a porta de casa meu queixo caiu, lá estavam Jacob, Leah, Seth, e mais todos os meus amigos da reserva Quielute me aguardando com uma enorme faixa que dizia "A garota de Dartmouth" em letras garrafais, sorri com a surpresa que eles me proporcionaram. Neste momento Jacob me pegou em um dos seus abraços de urso que sempre me sufocava.

− Bells, minha irmãzinha! – disse afetuosamente.

− Hey, Jake! Você não está me deixando respirar. – avisei rindo.

− Ops, desculpa. – ele disse afrouxando seu abraço.

− Bella, menina parece que você está ficando cada segundo mais sexy, e tenho certeza que isso é culpa dos veteranos de Ivy League que você irá conhecer em breve. – provocou a namorada do meu melhor amigo se aproximando de onde estávamos ainda abraçados.

− Claro Leah, em um mês já terei saído com todo o time de football e metade com o de basketball. – ela riu do meu comentário, dando-me um abraço carinhoso.

Todos me cumprimentaram e me deram parabéns. Logo começamos a saborear as tortas, pastéis e bolos que Sue, mãe de Leah e Seth havia preparado. Depois de horas comemorando a minha ida a faculdade meus amigos começaram a se dirigir para La Push onde moravam, combinamos uma ida ao dia seguinte a Port Angeles, aonde iríamos ao cinema.

Naquela noite tive um sonho estranho, onde conhecia uma garota miudinha, que vinha e me abraçava feliz porque eu estava namorando seu irmão. Mas como eu uma garota totalmente sem graça conseguiria namorar um cara super popular? Essa ideia era no mínimo absurdamente ridícula. Quando despertei, ri comigo mesma porque isso era impossível de se acontecer, somente em sonhos mesmos.

Aquela tarde passou-se tranquilamente, decidi que iria lavar algumas peças de roupa para levar para New Hampshire, e arrumar as roupas que não usaria em Forks. Às seis horas da tarde o carro de Jacob já buzinava freneticamente e frente de casa. Desci correndo as escadas, quase caindo, mas no último segundo me segurei no corrimão, torcendo meu pé. Sai de casa mancando fazendo Jacob, Leah e Seth chorarem de rir.

− Isso ri da desgraça alheia. – disse levemente irritada.

− Bella, se não fosse você quem iria nós trazer alegria? – Seth sibilou em meio às gargalhadas.

− Seth, quando você estiver distraído, sofrera com a minha revolta. – ameacei.

− Aguardarei ansioso este momento. – ele disse ironicamente para mim.

− Seth, para de atormentar a Bella, vai ter um dia que vou deixá-la fazer o que bem entender e você vai aparecer chorando no meu quarto, pedindo para que eu te proteja. – Leah disse de forma divertida.

− É você realmente não precisava ouvir essa. – Jacob disse rindo.

− Então, nós vamos ou não assistir esse filme? – disse, tentando mudar o foco da conversa.

− É verdade Bells, se demorarmos mais não iremos conseguir assistir ao filme. – Leah disse repreendendo os meninos.

O caminho até Port Angeles foi divertido como sempre, aquela seria uma pequena amostra do que aguardava nossa ida até Dartmouth. Seth e eu, fazendo piadinhas com os apelidos íntimos de Jake e Leah – lobinho e lobinha – poderiam ser mais ridículo? Principalmente quando se usa aquele tom de bebezinho. Todo o caminho foi leve desse jeito, pura brincadeira, Seth ficou mal quando perguntamos quando é que ele iria se declarar para a Kate que era claramente apaixonada por ele e ele por ela.

Jake e Leah ficaram vermelhos de vergonha, o que é extremamente difícil por conta da pele marrom avermelhada que tinham quando o assunto foi sexo, Jake abriu a janela do carro, com a desculpa de que precisava de ar, já Leah afirmou que queria ouvir música, reação extremamente desnecessária, mas quem sou eu para dizer alguma coisa, a virgem que tivera poucas experiências terríveis com simples beijos na boca.

O filme transcorreu de maneira tranquila, nos divertimos muito assistindo o filme mais tosco que havíamos visto na vida.

Quando o filme acabou Seth e Leah foram ao banheiro, me deixando a sós com Jake, que parecia ansioso para conversar comigo, sem a presença da namorada e do cunhado.

− Bells... hum... posso te perguntar uma coisa? – pediu apreensivo.

− Você já perguntou Jake. – falei rindo.

− Engraçadinha. - ele disse de maneira irônica – Queria conversar sobre eu e Leah.

− Sobre? – perguntei curiosa.

Sexo.

− Ow... tem certeza que você quer falar isso comigo? Esqueceu que eu sou a pessoa mais sem experiências da face da terra? – adverti soando divertida.

− Mas você é mulher, pode me ajudar com algumas... er... coisas. – ele disse corando tanto que achei que fosse desmaiar.

− Tudo bem, o que você quer saber sobre... o universo feminino e sexo?

− Depois. – ele disse quando observou Leah e Seth se aproximando depositando um beijo singelo nela.

Seguimos para uma pizzaria que havia próximo ao cinema. E assim que terminamos seguimos rumo a Forks, cantando umas músicas antigas que tocavam na rádio regional. Jake deixou Seth e Leah primeiro, dizendo para ela que precisava conversar comigo a sós, ela me encarou, sabendo que o assunto com certeza seria ela, e naquele olhar ficou bem subtendido que ela gostaria de saber tudo depois.

Eles se despediram de nós e Leah afirmou em meu ouvido o que já imaginava:

− Bella, depois eu vou querer saber tudo! – exigiu sem pestanejar.

− Pode deixar lobinha. – disse usando o apelido carinhoso dos dois. Ela sorriu timidamente, e retribui seu sorriso.

Jacob e eu tornamos a entrar no carro e caindo em silêncio constrangedor. Eu esperava que ele iniciasse o assunto e ele visivelmente procurava uma forma de iniciar o temido assunto, mas sem sucesso. Encarei aqueles olhos castanhos escuros de Jake, e vi uma coisa que nunca havia visto antes, seria medo?

− Jake, você está me assustando. – disse de supetão.

− Bells, eu não sei o que eu faço. Leah quer passar para o próximo passo da nossa relação. – ele me disse rapidamente.

− Ow... calma aí, deixa ver se eu entendi. – disse surpresa, pois não esperava aquilo. – Leah quer hum... dormir com você e você está hesitando?

− Não é hesitar Bella, é que sei lá... nós somos virgens e eu tenho muito medo de fazer alguma coisa errada, e ela não gostar, ou machucá-la. – disse sombrio.

− Então quer dizer que meu amigo é tão superdotado assim? – disse em meio a gargalhadas, corando ligeiramente. Jacob me lançou um olhando repressor, aumentando o tom rubro de minhas bochechas. – Desculpa foi mais forte do que eu.

− Tudo bem Bella, eu pedi isso. – disse baixinho. – Mas então ela acha que como iremos ficar três dias em New Hampshire, dividindo o mesmo quarto, poderíamos dar esse passo, mas sei lá... eu estou louco...

− Bem Jake, primeira pergunta: você a ama? – questionei, quando observei as dúvidas estampadas no rosto do meu melhor amigo.

− Sim. – ele me disse prontamente.

− Certo. Você a deseja?

− É... sim. – e pela primeira vez desde que conhecia Jacob o vi responder algo de maneira incerta.

− Jake, por que tanta insegurança assim? Você como homem deveria estar pulando de alegria, pois estaria perdendo... sua... – ri maliciosamente. – virtude com sua namorada.

− Eu estou pulando de alegria. – afirmou alto demais. – Só não sei se ela está fazendo isso porque está insegura ou porque me quer mesmo... putz, Bells me ajuda!

− Calma aí – disse finalmente entendendo tudo. –, tem algum motivo para que ela se sinta insegura?

− Bem, ela pegou uma mensagem no meu celular que o Quil mandou para a Claire, dizendo que estava fervendo por ela. – deu de ombros.

− Mas você não explicou para ela que era do Quil?

− Expliquei, e depois ela foi conversar com a Claire para ter certeza, aí ela disse tudo, mas quando voltou de uma tarde com Emily, Kim e Claire, veio com essa história que um ano e dois meses de namoro era hora de avançarmos na relação, e blá, blá, blá.

− Você está achando que ela quer fazer isso por causa das meninas?

− Sim e não. – respondeu rapidamente.

Como?

− Bells, nós já tínhamos conversado sobre hum... sexo antes dessa reunião de meninas – começou timidamente. – só que concordamos em deixar isso para quando ela estivesse preparada, por que não quero que ela se arrependa, quero que seja mágico.

− Jacob Ephraim Black. – eu disse como se explicasse para uma criança de cinco anos. – Ela te quer, mais do que você a quer, se duvidar – ele revirou os olhos com o que disse, mas o ignorei continuando o meu sermão cheio de psicologia. – só que ela quer que você tome a atitude, seja romântico, pois ela tem certeza que você amando como afirma seria suficiente para que fosse mágico.

Ele me encarou com um olhar encantado como se tivesse acabado de dizer que o Natal seria no dia seguinte.

Ele me deu um sorrisinho malandro e disse:

− Isabella Marie Swan, você dará uma psicóloga incrível. – rolei meus olhos.

− Jake só disse o que você no fundo já sabia. – assegurei, odiando receber elogios.

Nesse momento ele começou a rir freneticamente e não me restou mais nada do que seguir o seu exemplo. Demos gargalhadas tão gostosas que cheguei perder o fôlego. Nesse momento Jacob me olhou com toda a sua intensidade e disse:

− Bella, estou com um pressentimento que você irá conhecer a pessoa que irá virar seu mundo de ponta cabeça para baixoem Dartmouth, você será muito feliz. – profetizou.

− Espero Jake... espero. – disse saindo do carro e me dirigindo a minha casa. – Boa noite.

− Boa noite, Bells. Amanhã a gente se vê.

Entrei em casa pensando no que Jacob me disse sobre o amor misterioso isso fez com que eu sorrisse comigo mesma, por que no fundo também tinha essa sensação que New Hampshire iria dar uma volta de cento e oitenta graus em minha vida. Observei que Charlie havia ido se deitar, tomei um copo de água e caminhei ao meu quarto pensando nesse meu príncipe encantado sem rosto.

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Na manhã seguinte fui acordada por uma Leah curiosíssima, para saber o que Jacob me dissera e quando a disse que ele estava com medo de machucá-la e queria que a noite fosse mágica, ela me abraçou chorando dizendo que finalmente ela seria completa.

O resto da semana se passou em um piscar de olhos, parecia que o relógio estava trabalhando no triplo da velocidade e a manhã onde eu, Jake, Leah e Seth iríamos para New Hampshire chegou rapidamente, junto, obviamente com uma ansiedade da minha parte que me fazia ser mais desastrada do que normalmente já era. Quando depois de muito custo ter organizado todas as minhas coisas e ter descido com todas as malas, ouvi Jake estacionando na frente da minha casa, quando abri a porta me assustei.

Ele estava conduzindo uma linda caminhonete cabine dupla onde nós quatro ficaríamos mais que confortáveis, vi Jacob com seus lindo cabelos pretos caindo sobre os ombros e seu sorriso de dentes perfeitos e brancos com aqueles olhos castanhos que tanto conhecia me olhando como se eu fosse uma piada.

Tive que rir dessa situação.

Leah desceu do lugar do passageiro linda com sua pele marrom avermelhada radiante, seus cabelos pretos amarrados em um rabo de cavalo perfeito e aqueles olhos cinza brilhavam em expectativa.

Será que meus amigos estavam tão ansiosos assim para sua primeira noite de luxúria?

Tirei estes pensamentos da cabeça quando vi Seth ao meu lado com toda sua altura de quase dois metros pegando minhas coisas, seu cabelo negro estava curto e levemente bagunçado, mas igualmente charmoso como Jake e Leah. Nisso Jake também com seu corpo de dar inveja a qualquer modelo já que tinha a mesma altura de Seth, me fez uma cara de choque.

− Sorte que o pai do Jared me emprestou a caminhonete, por que se não o meu Rabbit iria só com as malas da Bella. – todos riram da piada, mas eu olhei seria para Jake e disse:

− Se eu vou encontrar o 'homem da minha vida' em Dartmouth, tenho que estar preparada. – todos riram da nossa piadinha particular.

Charlie por sua vez nos olhou repreendendo a situação, ele estava relutante com a ideia de irmos de carro até a outra costa, e o fato de que sua garotinha agora estava caminhando para ser tornar uma mulher também o assustava.

− Charlie para de ficar olhado para a Bella como se você nunca mais fosse vê-la, ela só está indo para a faculdade. – Jacob disse de uma maneira "adulta" muito parecida com a de seu pai Billy Black.

− Você tem razão Jake, estou com medo de perder minha garotinha. – ele disse corando, e eu segui seu instinto corando também, e em seguida abraçando o meu pai amavelmente.

− Sabe pai, eu também te amo. – murmurei apertando meus braços em torno dele.

− Eu também Bells. – ele disse me abraçando como se fosse à última vez que faria tal ato.

Nisso Jake pigarreou alto, um sinal claro para que deveríamos pegar a estrada logo. As minhas coisas já estavam todas na carroceria da caminhonete. Abracei mais uma vez meu pai, que foi seguido de Leah e Seth.

Quando Jacob iria tomar o lugar do motorista meu pai o chamou alto.

− Jacob, dirija com cuidado e pare assim que você estiver cansado, ok? E descanse bem durante a noite. – Charlie disse lançando um olhar significativo para Leah que corou tanto que para disfarçar entrou correndo na caminhonete, atitude que foi seguida por mim e por Seth, por precaução.

Jake por sua vez respondeu ao meu pai de forma brincalhona.

− Relaxa Charlie, nada irá me distrair. Charlie resmungou alguma coisa inaudível. E assim que Jacob assumiu seu lugar e deu partida meu pai debulhou-se em lágrimas, fiz menção de descer e abraçá-lo, mas ele me disse:

− Fica tranquila, filha, é só estranho ver você como adulta. – confessou em meio a soluços.

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Os quatro mil quilômetros que separa Forks de New Hampshire foram tranquilos, cheio de conversas sem pé e sem cabeça, outras seriíssimas, piadas, risadas, comidas ruins e motéis mais ruins ainda onde passávamos as noites.

Finalmente cinco dias – um dia a mais do que planejávamos – de uma viajem que me arrependi amargamente, apesar de ter sido divertida de fazer. Chegamos ao dormitório da Dartmouth.

Admirei aquela grandiosidade, orgulhosa comigo mesma por que finalmente faria algo que me completaria, foi quando um garoto me tirou dos meus devaneios, pelo tipo dele com certeza era aquele tipo super prestativo do grêmio estudantil, meio alto, calos pretos muito oleosos, olhos puxados, uma combinação de roupas, que meu Deus deveria ser crime, aquele era o perfeito nerd.

− Oi, meu nome é Eric Yorkie, sou presidente do grêmio estudantil – óbvio que era do grêmio estudantil. –, e responsável pelo comitê de boas-vindas, e você é?

− Isabella Swan. - eu disse contagiada com a animação de Eric.

− Hum... Isabella você sabe onde fica seu dormitório? – ele disse meio na dúvida, com certeza foi porque ao olhar Jake e Seth descendo da caminhonete com todo aquele tamanho deve ter acreditado que um dos dois fosse meu namorado, eu não iria corrigir esse pensamento me divertindo à custa do garoto.

− Prédio D, quarto 205. – disse, esperando que ele me ajudasse. E foi o que ele fez, indicando o prédio atrás de mim. Agradeci pela a ajuda e encaminhei junto com meus amigos e minhas coisas para o dormitório.

Ao chegar à porta do dormitório 205 reparei que havia uma placa com o meu nome e o nome de Mary Alice Cullen, achei estranho, pois as letras estavam bem distantes no alfabeto, respirando profundamente me adentrei no quarto.

Meu queixo caiu, meu coração deu um pulo. O quarto estava todo decorado na cor roxa e branca, as duas camas que havia naquele espaço estavam com colchas idênticas em tonalidades de roxo, lilás e branco, havia um tapete felpudo no tom de lilás e duas poltronas em couro branco com almofadas roxas e lilás, em um canto havia uma escrivaninha onde havia um notebook fechado e inúmeros livros, ao lado vi uma coisa surpreendente: um guarda-roupa lotado de roupas caras, era claro.

− É acho que sua vida em Dartmouth vai ser bem intensa. – Jake disse totalmente deslumbrado com aquele quarto também.

− Pode ter certeza. – Seth o acompanhou.

− Lobinho, por que você e o Seth não vão atrás de um hotel para nós enquanto ajudo a Bella a organizar as coisas? – Leah disse suavemente, me sobressaltando.

− É verdade lobinha. – ouvi Jake dizendo enquanto dava um beijo em Leah, e puxando meu cabelo.

− Obrigada Jake... Seth, e Leah por me ajudarem.

Os dois me deixaram com Leah admirando mais um pouco aquele quarto. Quando finalmente disse.

− Bells, acho que quero vir também para alguma faculdade em Ivy League, olha que luxo esse quarto! – exclamou.

Foi quando observei um bilhete em cima da cama, que pelo jeito seria minha, onde com uma caligrafia bem redondinha dizia:

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"Olá Isabella,

Eu sou Alice sua colega de quarto. Espero que você não se incomode minha mãe e eu resolvemos redecorar o quarto do nosso jeitinho, caso você não goste de alguma coisa não hesite em dizer, nós podemos mudar em um piscar de olhos.

Outra coisa, hoje vai haver uma festa de boas-vindas aos calouros oferecida pelos Hale, sim os fundadores da escola, mas não é uma festa de gala não, é só uma reunião que os herdeiros mais novos vão dar, espero você lá, pode levar quem quiser!

Beijos, Alice"

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Além do bilhete havia um mapa, com o endereço da casa dos Hale e um papel com o telefone de Alice onde insistia que deveria ligar para ela. Leah que havia lido o bilhete junto comigo soltou uma risada maravilhada.

− Bella isso é incrível, você tem uma colega de quarto rica, que parece ser super simpática que a convida para ir numa festa com os donos de Dartmouth.

− É Leah... inacreditável. – murmurei estupefata, ecoando as palavras de Leah assim que a ideia foi exteriorizada.

− E sabe o que isso significa Bells? – perguntou vendo o meu estado surpreso.

− Não, o quê? – respondi com cautela.

− Significa que depois de cinco dias dormido com você em hoteizinhos sem vergonha, vou poder passar uma noite inteira namorando meu lobinho, só eu e ele. – ela disse sorrindo. Eu apenas dei um sorriso para Leah, lembrando da promessa de Jacob em dar uma noite tórrida de amor a ela.

Eu e Leah organizamos as minhas coisas, rindo das futuras experiências que eu teria naquele lugar, e os homens que traria para aquela cama, tudo que eu achava isso totalmente inesperado, por que nunca isso iria acontecer, mas nunca se sabe, não é verdade?

Decidi depois de toda a organização tomar um banho para relaxar, entrei no banheiro meticulosamente decorado nas mesmas cores do quarto e tomei um banho revigorante, após uns 20 minutos sai do banho me assustando ao ouvir outra voz no quarto. Vesti meu roupão, destranquei a porta e encarei pela primeira vez quem supus ser Alice Cullen.

Ela era uma garota pequenina, com braços finos, cabelo curto todo espetado e pretos azulados, claramente tingidos para serem assim, a pele tão branca quanto a minha, mas o que mais me chamou a atenção não foram suas roupas de grife que usava, mas sim seus olhos incrivelmente verdes.

Alice era linda, com suas feições de bonequinha de porcelana me deixaram mal, pois eu era apenas comum. Mas o mais incrível é que eu tinha a impressão de que já a conhecia e que nós duas iríamos nos dar muito bem.

− Oi Bella, tudo bom? Eu sou Alice Cullen. – ela foi dizendo, com certeza Leah deve ter dito que eu preferia ser chamada de Bella e não de Isabella.

− Oi Alice, tudo bem comigo e com você? – eu disse, dando um passo hesitante ao perceber que ela vinha me abraçar.

− Bem também, sua amiga Leah, estava me dizendo que você irá à festa, mas que ela infelizmente não irá porque tem outro compromisso. – ela disse com um pesar na voz, voltando seu olhar de mim para Leah. – Que outro compromisso pode ser esse que não a festa dos Hale?

− Você nem imagina Alice que compromisso é esse, posso imaginar que é melhor que qualquer outra festa! – disse maliciosamente, os olhos de Alice brilharam.

− Ow... entendi... – ela com um sorriso torto. – Então Bella, você e o irmão da Leah vão comigo no meu carro, tudo bem?

− Hum... ok, Alice. – disse animada, completamente contagiada com a animação da pequena morena. – Mas o que eu devo vestir para ir? – inquiri mordiscando meu lábio inferior, ela me lançou um olhar significativo e deu uma risadinha, mas foi Leah que respondeu.

− Oras Bella, algo bem sensual, afinal essa é sua apresentação a Dartmouth. – falou dando uma piscadela na direção em que estava eu e Alice.

− Claro por que um deus grego virá dormir na minha cama essa noite. – exasperei irônica rolando meus olhos.

− Bella, nunca duvide do seu futuro, quando você menos esperar seu príncipe vai estar na sua cama. – Alice disse convicta.

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As horas passaram voando. Alice, Leah e eu, ficamos conversando contando de nossas vidas e coisas aleatórias. Fiquei sabendo que Alice tem dois irmãos um chamado Emmett, que cursa o segundo ano de engenharia civil e, o outro, gêmeo a ela, chamado Edward que iria começar a cursar medicina, e ela por sua vez iria começar a estudar moda.

Os pais de Alice moravam em Boston, seu pai Carlisle era um neurocirurgião renomado, e sua mãe Esme uma design de interiores. Alice namorava o filho mais novo dos Hale, Jasper; e Emmett namorava a irmã mais velha de Jasper, Rosalie Hale.

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Às sete horas da noite Alice conseguiu me convencer a deixar que ela me maquiasse e por fim me fazendo vestir um vestido azul curto que eu trouxera para ocasiões informais.

Às oito, Jacob veio buscar Leah para levá-la para um jantar romântico, deixando Seth que estava muito bem vestido com uma calça jeans escura e uma camisa amarela clara que realçava sua beleza. Ele e Alice se deram bem de cara, me fazendo ficar envergonhada com os comentários deles para mim, sem nenhuma censura sobre piadinhas sexuais.

Quando chegamos ao estacionamento, com Alice vestida lindamente em um vestido estilo princesa vermelho queimado que reluzia em sua pele clara, com uma lindíssima sandália preta, eu com o meu vestido azul, que marcava muito bem as minhas curvas quase inexistentes, junto com uma sapatilha preta – afinal com a minha sorte usar uma arma mortífera como saltos, era garantir uma passagem só de ida ou para o hospital ou para a terra dos pés juntos −, quando chegamos ao carro de Alice, Seth e eu nos entreolhamos não acreditando na suntuosidade do automóvel: um Porsche Turbo amarelo canário.

Parecia que os Cullen faziam todos os gostos da filha.

Fomos à residência dos Hale mantendo uma conversa agradável, contudo quando chegamos ao nosso destino tive que segurar o meu queixo diante da visão da casa. Está mais parecia um castelo com um enorme jardim cheio de esculturas. Descemos do carro de Alice quando um rapaz extremamente lindo vinha ao nosso encontro, seus cabelos loiros brilhavam a luz do luar, seu corpo era extremamente atlético, não tão alto como Jacob e Seth, mas alto suficiente, seus olhos eram de um azul tão intenso que me senti ofendida só de encará-los. Ele aproximou-se dando um beijo em Alice.

Pelo jeito esse era o Jasper Hale, Alice aproveitando nos apresentou:

− Jasper essa é Bella, minha colega de quarto – ela disse radiante. –, e Seth amigo de Bella que a acompanhou na mudança para o campus.

− Prazer em conhecê-la Bella. – ele disse com uma voz doce, mas firme. – Seth, prazer.

− Oi, beleza? – Seth disse apertando a mão de Jasper animado.

− Olá Jasper, o prazer é meu, Alice me disse muito sobre você. – disse ao loiro, este me lançou um sorriso torto, contudo completamente tímido. Alice rolou os olhos ignorando a vergonha do namorado

− Jazz, onde está Edward? – Alice perguntou de repente e impaciente.

− Foi até o dormitório dele e de Emmett, para se trocar. – Jasper disse entre os dentes.

Achei aquela situação cheia de subentendidos, mas fiquei na minha, afinal não conhecia aquelas pessoas, e se o tal do Edward estivesse usando ilícitos, bebendo ou transando eu não tinha nada a ver com isso.

Foi nesse instante que um cheiro de mel, lavanda e sol, invadiu as minhas narinas, nublando os meus sentidos. Como um atrativo exótico e erótico, virei o rosto e vi o cara mais lindo de todo o universo.

Ele era um pouco mais alto que Jasper, seu corpo também era atlético, mas não exageradamente. Ele era forte, sua camisa marcava de forma bem suave seus músculos, sua pele era tão branca quanta a minha, seus cabelos eram de um tom de bronze totalmente diferente, e seus olhos, ah... seus olhos, eram de um verde tão intenso, que pareciam duas esmeraldas recém lapidadas, que deixavam o de Alice opacos e até mesmo sem graça. Ele vestia uma calça preta e uma camisa cinza que claramente remetia a grandes marcas.

O deus grego se aproximou e eu senti uma leve tontura, de repente lembrei que precisava respirar, quando inspirei o ar, aquele cheio inebriante me invadiu mais uma vez, levando toda a minha capacidade de raciocinar.

− Alice você resolveu dar o ar da sua graça! – sua voz, era suave, linda, melodiosa, fazendo me arrepiar toda, nesse instante após ele cumprimentar Seth com um aceno de cabeça, encarou intensamente meus olhos, não conseguia me desvincular daquele olhar que parecia me despir, me deixar em um estado nunca conhecido por mim, tamanho era o seu poder.

Era intenso e, cheios de segundas, terceiras, quartas, quintas intenções. Uma vontade repentina de beijar aquela boca vermelha loucamente me tomou como um veneno poderosíssimo que me paralisava, neste instante seus lábios formaram um sorriso torto que me tirou o fôlego completamente.

Que sorriso era aquele? Vi a tontura voltando e lembrei novamente de respirar, sorri nervosa para o recém-chegado, seus olhos lampejaram na minha direção.

− Edward, essa é a Bella minha nova colega de quarto. – Alice disse, sorrindo de uma forma maliciosa.

− Edward Cullen. – disse com a sua voz que pingava sedução. − Prazer em conhecê-la Bella.

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N/A: Reviews?! Mesmo que a curiosidade para o próximo seja grande, ainda é importante deixar esse feedback! Desde já: obrigada por lerem!

Beijos, Carol.