Projeto Revisoras

CAPITULO XI

— Você está com fome?

— Demais — disse Kagome.

— Que tal eu ir buscar alguma coisa para comermos? — ofereceu Inuyasha.

Kagome esticou-se por cima dele para olhar o relógio de cabeceira.

— Perdemos o jantar. Pena que não haja serviço de quarto.

— A cozinha ainda deve estar aberta — Inuyasha falou, levantando-se e procurando a calça. — Depois de tê-la salvo de um quase naufrágio, eu não posso permitir que morra de fome.

Ele demorou muito tempo, mas Kagome sabia que não voltaria de mãos vazias. Quando voltou, trazia uma bandeja com peixe grelhado, vegetais cozidos e fumegantes e duas cervejas geladas.

— Como você conseguiu isso tudo? — perguntou Kagome impressionada, enquanto ele colocava a bandeja na cama com uma mesura.

— Elvis é sobrinho do barman e de um dos cozinheiros — disse Inuyasha, imaginando se ela sabia como estava desejável.

— O menino contou que eu tinha ido com ele à polícia e agora, eles estão me tratando como herói, apesar de eu não ter feito nada. E quando perguntei se havia sobrado alguma coisa do jantar, me fizeram ficar bebendo no bar enquanto o tio de Elvis preparava tudo isso.

— O cheiro está ótimo — Kagome elogiou, recostando-se nos travesseiros, sorrindo.— Você é um herói, Inuyasha. Qualquer pessoa que consiga arrumar um jantar como esse a uma hora dessas é um herói para mim.

Comeram tudo sentados na cama, enquanto conversavam alegremente. Estavam bastante relaxados, pensou Kagome. Não parecia haver constrangimento pelo que tinham feito há pouco. Mais tarde, foram até a praia, sentaram-se nas sombras escuras das palmeiras e ficaram ouvindo o ruído das ondas batendo na praia. Quase não havia mais nuvens de chuva e a lua iluminava a água, deixando-a cinzenta.

— Há tanta paz aqui — disse Kagome, recostando-se nele.

— É difícil lembrar de como foi a noite passada, não?

Ele estava tentando não pensar em como a manhã chegaria rápido. Não conseguia afastar as mãos dela, era incapaz de parar de tocá-la e de imaginar que talvez fosse a última vez que fazia aquilo.

Na manhã seguinte, o aeroporto estava lotado e caótico.

Inuyasha cuidou da bagagem enquanto Kagome esperava. Era como se estivesse distante de tudo, ainda envolta no encantamento da noite anterior. Eles haviam se arrumado para partir em silêncio. Não havia nada a ser dito, pensara Kagome.

— Como está o seu pé?

Kagome virou-se e viu Kikyou com uma aparência preocupada e cansada.

— Está bem, obrigada — disse. Kikyou era a última pessoa com quem queria conversar naquela manhã. Mas, por Inuyasha, teria que ser educada. — Parece pior do que de fato é — continuou, apontando para o curativo. — E você? Como está?

— Sentindo que cometi um erro monstruoso — Kikyou respondeu francamente. — Haku e eu tivemos uma briga horrível quando voltamos. Aqueles momentos terríveis no barco e na ilha me fizeram ver que ele nem se compara a Inuyasha. Eu fui tão tola. — Ela suspirou. — Acho que me deixei iludir pela aparência e pelo status.

Ela mordeu o lábio.

— Não sei nem se ele me ama — confessou Kikyou. — Ele disse que amava e que ia se separar da mulher, mas eu não sei se é verdade. Eu teria ficado melhor com Inuyasha.

— Inuyasha merece mais do que ser a sua opção reserva — Kagome aparteou, friamente. — Ele não está a sua disposição.

O resto do encantamento da noite anterior se dissipou, deixando Kagome exposta à dura realidade. Kikyou queria Inuyasha de volta. E ela, Kagome, teria que deixá-lo escolher.

A viagem de volta pareceu muito mais longe que a ida a Kagome passou o tempo todo imaginando se havia jogado fora sua última chance de ser feliz com Inuyasha.

Chegaram bem tarde em Heathrow, depois de uma conexão atrasada em Paris. Kagome estava tão cansada pela tensão do vôo e seu pé doía tanto que ela estava à beira das lágrimas.

— Vamos pegar um táxi. — Inuyasha pegou a mala enorme dela e colocou-a num carrinho junto com a sua.

— Claro. Eu posso deixá-lo no caminho — disse ela, para que Inuyasha soubesse que ela não esperava que ele a acompanhasse.

— Ótimo — respondeu ele, seco.

No caminho para a alfândega, quase atropelaram Kikyou que olhava para as costas de Haku enquanto este se afastava.

— Ele foi embora e me deixou! — ela exclamou furiosa. — Está voltando para a mulher em Dorking. Aparentemente, ela o compreende de uma forma que eu nunca entenderei... O que eu vou fazer? Eu estava morando com ele no apartamento de Londres, mas ele nem me deixou uma chave para voltar hoje à noite.

— É melhor vir conosco. — Kagome tomou as rédeas da situação. — Você sempre pode ficar com Inuyasha... Não é, Inuyasha? As suas coisas ainda devem estar lá.

— É verdade — disse Kikyou, olhando esperançosa para Inuyasha. — Você se incomoda, Inuyasha?

O que ele poderia dizer? Kagome parecia decidida a jogar Kikyou em cima dele.

— É claro que você pode ficar. Suas coisas ainda estão onde você deixou. Vamos procurar um táxi.

— Eu lamento, Inuyasha — Kikyou falou, quando o táxi entrou no túnel após deixar o aeroporto. — Acho que estraguei o nosso contrato. Haku estava convencido de que a tempestade havia sido sua culpa e nós brigamos na noite passada. Eu devia ter tido mais cuidado, mas ele me irritou tanto! E agora eu temo que ele vete a nossa entrada na CBC.

— Ainda é cedo para se preocupar — Inuyasha comentou. — Vamos esperar para ver o que eles dizem.

— Eu entendo se você não quiser mais que eu fique na empresa. — Kikyou estava se sentindo péssima.

— É claro que eu quero que fique — disse ele. — Você tem feito um ótimo trabalho e estava certa sobre essa viagem. Eu fiz muitos contatos interessantes essa semana e mesmo que não ganhemos o contrato principal, acho que terá valido a pena.

O táxi ficou esperando enquanto Inuyasha e Kikyou descarregavam as malas de Kagome.

— Bem... até mais — Kagome despediu-se, animada.

— É... —- Inuyasha hesitou, como se quisesse dizer mais alguma coisa, mas desistiu e fechou a porta. — Até.

Quando o táxi saiu, Kagome ainda conseguiu vê-lo abrir a porta para Kikyou e segui-la sem nem olhar para trás.

Então era isso. Estava de volta à realidade.

Kagome entrou em sua casa vazia e fria.

Triste, ela foi mancando até a cozinha e acendeu todas as luzes que pôde. Sempre amara aquela casa, mas agora parecia triste, vazia e grande demais para só uma pessoa. Gostaria que Inuyasha estivesse ali. Mas ele não estava. Estava com Kikyou, pensou Kagome, torturando-se. Desanimada, Kagome arrastou-se para cima, deitou na cama e chorou.

Acordou na manhã seguinte sentindo-se péssima e com aparência cansada e abatida. Lembrou-se de que Sango e Rin haviam ligado avisando que viriam visitá-la para saber das novidades. Teria de fazer alguma coisa para melhorar a aparência.

Quando anoiteceu, os olhos de Kagome estavam menos inchados e, com o bronzeado, ela achou que enganaria as amigas. Enganou-se.

— Kagome, querida, o que aconteceu? — perguntou Rin ao vê-la. — Você está com uma aparência péssima!

— E — disse Sango. — O que houve? Kagome forçou um sorriso.

— Nada, a não ser o meu acidente — explicou Kagome, mostrando o pé enfaixado. — Eu não vou poder usar meus sapatos favoritos por um bom tempo. E por isso que estou desanimada.

— Ora, pare com isso — Rin interveio. — Conte-nos.

— Eu nem sei por onde começar — Kagome comentou, desanimada.

— Comece pelo mais importante — aconselhou Sango — Como está Inuyasha?

— Ele... ele... — Kagome sentiu um nó tão grande na garganta que não conseguiu prosseguir. Para seu horror, ela explodiu em lágrimas.

Sango preparou um chá e colocou uma xícara na frente de Kagome, que soluçava com a cabeça enfiada nas mãos.

— Vamos lá, Kagome — pediu ela, dando um tapinha nas costas da amiga. — Coragem. Tome um pouco de chá.

Em silêncio, Rin estendeu uma caixa de lenços de papel. Kagome pegou um e assoou o nariz.

— Desculpem — disse, enxugando o rosto.

— Todas nós já fizemos isso — Rin lembrou. — No meu caso, aqui mesmo, em cima dessa mesa.

— Eu lembro. — Uma sombra de sorriso brincou nos lábios de Kagome.

— Eu também chorei aqui por Miroku — Sango interveio. — Agora, conte-nos o que aconteceu.

— Uau! — exclamou Rin quando Kagome terminou a história.

— Não sei por que você está preocupada, Kagome. Mesmo que não o conhecêssemos, está na cara que é você que Inuyasha ama.

— Então, por que ele foi embora com Kikyou? — choramingou Kagome. — Ele nem ligou para saber se eu fiquei bem.

— Você poderia ligar para ele — sugeriu Sango.

— Não — gemeu ela. — Ele provavelmente ainda está na cama com Kikyou e mesmo que não esteja, eu não posso pressioná-lo por atenção. Eu disse que voltaríamos a ser amigos mas não sei se vou conseguir nem isso.

— É claro que vocês vão continuar amigos depois de todos esses anos — disse Rin.

— É que eu não sei se consigo se ele estiver com Kikyou — soluçou ela. — Só sei que sinto falta dele...

Sango abraçou a amiga e trocou um olhar com Rin, que sorriu.

— Eu não vejo Inuyasha voltando para Kikyou — interveio ela.

— Eles nunca foram muito convincentes como casal.

— Rin tem razão — Sango aparteou. — Você e Inuyasha foram feitos um para o outro e eu sei que ele também sabe disso.

— Então, por que ele não ligou?

— Talvez ele esteja com dificuldade em se livrar de Kikyou. Talvez precise esclarecer primeiro as coisas com ela para vir até aqui.

Mas Inuyasha não apareceu, não ligou e nem mandou e-mail. Kagome passou quatro dias verificando o telefone para ver se perdera alguma chamada.

— Você acha que ele pode estar doente? — perguntou ela a Sango na manhã de sexta-feira.

— Não — Sango falou, paciente. — Acho que ele está esperando um contato seu. Pelo que você me contou sobre o vôo de volta, acho que ele está se corroendo, achando que você não quer nem mais sua amizade.

— Ou está feliz demais com Kikyou para ao menos pensar em mim — disse Kagome, triste.

— Você não saberá até falar com ele, não é? Não seja boba, Kagome. Ligue para ele — aconselhou Sango.

No fim, Kagome mandou um e-mail que levou horas para escrever. Não queria que ele pensasse que estava sofrendo, mas precisava vê-lo. Assim, Kagome disse que tinha estado terrivelmente ocupada e pediu desculpas por não ter ligado antes. Como sabia perfeitamente bem que Inuyasha nem tentara falar com ela, ele não teria como saber.

"Que tal um drinque qualquer dia desses?", concluíra ela tentando parecer casual e torcendo para Inuyasha não perceber o tamanho do seu desespero. Depois de mandar, Kagome checou seu e-mail de cinco em cinco minutos para ver se já havia resposta e quando o nome dele finalmente apareceu, ela sentiu o coração disparar.

"Você vai fazer alguma coisa hoje?", escrevera ele.

"Nada especial", respondera Kagome o mais rápido possível. "Por que você não aparece? Podemos tomar um vinho e conversar. Será como nos velhos tempos!"

"Ok", a resposta de Inuyasha veio alguns minutos depois.

Antes de ele chegar naquela noite, Kagome ficou terrivelmente nervosa. Não sabia o que vestir, o que usar, nem como se comportar.

O ruído da campainha interrompeu seus pensamentos e Kagome sentiu o coração disparar novamente. Teve que respirar fundo várias vezes antes de abrir a porta e mesmo assim, quando o fez, pensou que fosse desmaiar.

— Você anda muito ocupado? — perguntou ela, enquanto procurava o saca-rolhas.

— Demais — Inuyasha admitiu, sentando-se em um sofá na sala.

— A CBC ligou um dia depois de chegarmos. Eles nos deram o contrato.

— É mesmo?! — perguntou Kagome surpresa. — Apesar de Haku?

— É que o homem que realmente decide na CBC também estava no barco — disse Inuyasha. — Ele era o baixinho que nos ajudou a deslocar o barco. De qualquer forma, ele achou que somos exatamente o que ele precisa.

— Inuyasha, mas que notícia boa! — Kagome estava realmente feliz por ele. Inuyasha havia fundado a empresa há uns dois anos e ela sabia como ele precisava de um contrato como aquele para decolar.

— Ele ficou muito impressionado com você — Inuyasha contou.

— Não parou de falar em como você era encantadora. Acho que você acabou fazendo muito mais que nós pela conquista do contrato.

— Isso não é verdade.

Kagome serviu o vinho, entregou uma taça a Inuyasha, sentou-se de pernas cruzadas na outra ponta, para que não houvesse a menor chance de tocá-lo e propôs um brinde.

— Muito obrigado — disse ele.

Houve uma pausa. Para um homem que acabara de assegurar a continuidade da empresa, Inuyasha parecia muito pouco animado.

— E como vai você? — perguntou ele algum tempo depois.

— Bem. E você?

— Bem.

— Eu não sabia se você viria sozinho ou não — disse ela, fingindo animação. — Onde está Kikyou?

— Kikyou? — perguntou Inuyasha, como se estivesse confuso. — Não faço a menor idéia.

As garras de aço que vinham apertando o coração de Kagome desde que deixara o aeroporto pareceram relaxar um pouco.

— Então, vocês não...

— Não o quê?

— Não estão juntos de novo?

— Não — ele respondeu, seco.

— Eu sinto muito. — Kagome temeu tê-lo magoado.

— Por quê?

— Ora, é natural que eu sinta e você está infeliz.

— Eu não estou infeliz — disparou Inuyasha, bebendo um gole de vinho. — Não por Kikyou — acrescentou.

Ele estava se comportando tão estranhamente que Kagome não sabia bem como reagir.

— Bem, se não é por Kikyou — disse, insegura — por que você está triste?

Inuyasha hesitou.

— Pode me dizer — insistiu Kagome. — É para isso que servem os amigos, não?

— É esse o problema... Eu acho que não posso mais ser seu amigo.

Ele disse aquilo com tanta seriedade que, por um momento, Kagome apenas olhou-o, sem querer acreditar no que havia escutado. Ele não podia estar falando sério.

— Não há como deixar de ser amigo, Inuyasha — ela falou com voz trêmula.

— Mas eu acho que seria mais fácil se não nos víssemos mais.

— Mas... por quê?

— Porque ser só seu amigo não é mais suficiente para mim. — Ele baixou a cabeça e escondeu-a entre as mãos. — Eu sinto, Kagome, mas não posso. A última coisa que quero é machucá-la, mas eu não agüento mais. Nós nunca devíamos ter dormido juntos. Aquilo estragou tudo — prosseguiu ele, sem olhar a reação dela. — E eu sabia. Eu sabia que não conseguiríamos voltar ao que éramos antes. Eu, pelo menos, não consigo. Sei que vou sentir muito a sua falta, mas estou apaixonado demais para ser seu amigo.

As palavras saíram num turbilhão. Kagome nunca vira o sensato Inuyasha soar tão incoerente e precisou de alguns momentos para perceber o que ele havia dito. Quando percebeu, engoliu em seco.

— Inuyasha...

Mas sua voz não passava de um sussurro e ele continuou falando. Agora que havia começado, parecia incapaz de parar,

— Eu não sabia o que fazer — disse ele, em desespero -Eu estava louco para vê-la mas sabia que ia querer beijá-la e isso não é bom. Sei que você quer continuar minha amiga, mas eu não consigo.

— Inuyasha... — tentou ela novamente.

— Desculpe-me. Não quero deixá-la constrangida. — Ele nem estava ouvindo. — Eu sei que isso é terrível, mas tenho de dizer que a amo. Eu amo você — repetiu, desesperado. — Acho que não consigo viver sem você, mas sei o que você sente por Kouga e...

— Inuyasha(senta XD)! — Kagome gritou e ele parou como se tivesse sido esbofeteado. — Você pode parar um pouco e me deixar falar?

— Posso — disse ele, desconfiado.

— Eu não estou apaixonada por Kouga — ela revelou, claramente. — Eu não quero ele. Quero você.

Foi a vez de Inuyasha encará-la, abrindo e fechando a boca como se não soubesse o que dizer.

— O quê?

— Eu só disse que estava apaixonada por Kouga porque você ficou noivo de Kikyou — explicou. — Achei que seria mais fácil você achar que eu estava sofrendo por causa de Kouga. Mas não era. Era por sua causa.

— Fácil?

— Bem, eu não sabia que você me amava — Kagome justificou, exasperada.

Eles se encararam quase com irritação, até Inuyasha compreender o significado das palavras dela.

— Você está apaixonada por mim? — perguntou, incrédulo. Kagome suspirou.

— Acho que sempre estive. Só que levei muito tempo para perceber e quando percebi, achei que era tarde demais.

— Você me ama? — Inuyasha ainda tinha dificuldades em assimilar.

— Sim — disse ela, simplesmente. — Amo.

— Kagome... — Sem deixar de olhá-la, ele começou a rir. — Kagome! — E puxou-a para si para beijá-la. — Sabe quantos anos eu esperei ouvi-la dizer isso? Quatorze!

— Você não quer que eu acredite que sempre me amou.

— Sempre — disse ele. — Eu me apaixonei por você à primeira vista.

— Por que você não me disse? — murmurou ela, baixinho.

— Porque você era demais para mim — disse ele, acariciando-a febrilmente. — Aí, optei pela sua amizade. Disse a mim mesmo que aquilo era melhor do que nada e tratei de lidar com o fato de que você acabaria com outro. Eu odiei quando você começou a sair com Kouga, mas você parecia tão apaixonada que não havia nada que eu pudesse fazer. Acho que foi por isso que me aproximei de Kikyou — prosseguiu ele. — Eu achei que ela poderia ser como você, mas ela não era você. Assim, foi um alívio quando ela rompeu o noivado. E você... — Inuyasha interrompeu-se, deitou-a no sofá e cobriu-a de beijos longos e desesperados. — Eu a amo, preciso de você e quero saber que você estará me esperando quando eu voltar para casa. E então? Será que podemos ser amantes além de amigos?

— Claro — disse Kagome, puxando-o novamente para si. — Podemos e seremos.

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— Quanto mistério! — Miroku reclamou quando Kagome abriu a porta. — Sango só me disse que nós havíamos sido convocados para jantar. O que vocês estão me escondendo?

— Eu lhe disse tudo o que sabia — protestou Sango. — Diga a ele, Kagome.

— É verdade. Ela sabe tanto quanto você. É uma surpresa para todos. — Kagome sorriu, radiante. — Venham... Rin e Sesshoumaru já chegaram.

— Ainda bem que você chegaram! — exclamou Rin, abraçando Sango e Miroku a caminho da sala. — Sesshoumaru e eu estamos morrendo de curiosidade, não é?

— Eu mal posso agüentar — confirmou ele.

— Vamos lá, Kagome. Qual é a grande surpresa? — pressionou Miroku.

Kagome olhou para Inuyasha, que sorriu e pegou a mão dela.

— Kagome e eu vamos nos casar — anunciou ele.

Houve um momento de silêncio e então os dois outros casais começaram a rir.

— Bem, disso nós sabíamos!

— Isso não é surpresa — reclamou Sango.

— Eu concordo — disse Rin. — Nós sabemos disso há anos. Eu disse a Sesshoumaru há algumas semanas que vocês finalmente iam se entender.

— Eu pensei que no mínimo você fosse anunciar que estava grávida — disse Sango.

— Bem, foi uma surpresa para nós — Kagome falou, fingindo ter se ofendido, mas Inuyasha também estava rindo.

— Não adianta — disse ele. — E nisso que dá ter bons amigos. Eles nos conhecem melhor do que nós mesmos.

— Mas estamos muito felizes por vocês terem finalmente se entendido. — Sango correu para abraçá-los.

— Não era sem tempo — acrescentou Rin. — Estávamos começando a achar que vocês nunca se entenderiam!

— É perfeito, não? — Miroku falou, quando a garrafa de champanhe foi aberta. — Três noivados de mentira, com três finais felizes!

Inuyasha passou o braço em torno de Kagome e beijou-a.

— Três começos felizes — disse.

Fim

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Bem gente acabou ç.ç!!!

Serio desculpem a demora, mas eu estava muito ocupada ^^!!

Essa foi uma adapitação de :

Melhores Amigos – Jessica Hart

Originalmente publicado em 2003 pela Silhouette Books,

divisão da Harlequin Enterprises Limited.

Todos os direitos reservados.

Todos os personagens desta obra são fictícios.

Qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas

terá sido mera coincidência.

Título original: A Whirlwind Engagement

Tradução: Juliana Geve

Nota: Todos os direitos reservados. Essa fic foi feita apenas para entreterimento sem fins lucrativos.

O hentai não faz parte da obra.

Bem espero que vocês tenho gostado dessa fic, e fico muito feliz com a quantidade de reviews que recebi (e ainda espero mais desse capitulo, e de futuros leitores que venha a ler a fi ^^). Agradeço a todas por terem lido a fic ate o fim, e por terem sido pacientes me esperarem postar cada capitulo dessa fic.

Obrigada!!!!

Projetos futuros: bem gente acho que algumas de vocês devem conhecer a Cauh Myth, mas talvez não, sendo assim recomendo que leiam as fics dela (Amor de um conto feudal (sesshy /rin \ A menina do escritório mir/san). Nós duas, assim que eu entrar de férias e ela acabar ,pelo menos, uma das fics dela, entraremos com uma fic Sesshoumaru/Rin. Espero que todas vocês acompanhem, pois vou escrever com todo amor e carinho ^^

Beijão para todas!!