Título: Taken From Me
Autora: Samantha Tiger Blackthorn
Beta: Ifurita
Casal: Aoi x Uruha
Tema Musical: Far Away - Nickelback
Classificação: NC-17
Gênero: Yaoi, Romance, Drama, Suspense, Ação.
Resumo: O aniversário de três anos de namoro seria em três dias, não fazia sentido esperar para comemorar tanta felicidade. A vida não espera e as provações só mostraram o que eles já sabiam desde o começo: Que só precisavam um do outro para serem felizes, nada mais.
Avisos: Essa é uma estória Yaoi, se não gosta não leia.
Disclaimer: Esses homens lindos e talentosos não me pertencem, o que é uma pena, apenas tomo a liberdade e o atrevimento de me divertir com eles.
Dedicatória: Primeiro Amigo Secreto do LJ do Secrets Place. Este é meu presente para Yume Vy, grande amiga que está sempre no meu coração. Querida, foi maravilhoso abrir o e-mail e ver seu nome lá! Fiquei muito feliz em poder retribuir o lindo presente do ano passado! Te amo!
TAKEN FROM ME
Capítulo 3 - Never let me go
19/NOVEMBRO
Segunda-Feira – 08:48 PM
Seqüestrado a 36:16 hs
Ele estava sozinho em sua sala, os vidros os cotovelos sobre a mesa, as mãos massageavam os ombros pescoço e nuca, doloridos pelo cansaço e preocupação. Ainda não tinha idéia de quem estava fazendo isso, nem por que, apenas que era uma mulher... O pior era o sensacionalismo que a mídia estava fazendo sobre o caso, isso poderia atrapalhar o andamento das investigações, pistas falsas e trotes estavam no topo da lista dos problemas e o pior, essa exposição do caso poderia precipitar o desfecho trágico. Ou... Poderia trazer pelo menos um benefício, alguém poderia fazer uma denúncia verdadeira e levar a uma pista decisiva para a solução do caso.
Estava tão absorto nos seus pensamentos e nos apontamentos diante se si, que sobressaltou quando o celular vibrou em seu bolso. Encostou-se no espaldar alto da cadeira giratória, retirando o celular do bolso da calça jeans. O visor piscava com o nome de seu parceiro, renovando as suas esperanças.
- Fale Sato... Alguma novidade? Descobriu algo que nos aponte uma solução?
- Por acaso... Sim! Talvez seja algo que nos ajude... Uma das irmãs se lembrou de um fato acontecido há dois anos, que causou um grande rebuliço aqui: um dos colegas de infância da vítima se matou...
- Não vejo uma correlação entre os fatos...
- A princípio também não vi, mas depois dos comentários de todos os membros da família, dizendo que havia sido uma tragédia medonha, meu instinto disse que eu devia investigar.
- E... – Masao aguardava ansioso.
- O rapaz suicidou-se com um tiro na cabeça... Falei com a vizinha do lado da casa, que chegou primeiro quando ouviu o tiro e os gritos. A irmã de dezesseis anos viu tudo, e entrou em colapso... Tiveram que interná-la numa clínica psiquiátrica, ela gritava que a culpa era 'dele' e que ia 'matá-lo'...
- Mas se o irmão se suicidou...
- Você não vai acreditar... A mulher disse que quando entrou no quarto, notou que as paredes estavam cobertas por fotos e posters de um rockeiro nascido na cidade, ela não lembrava o nome dele...
- E a família? Não falou com eles?
- O pai teve um enfarte durante o sono algumas semanas depois. A mãe entrou em depressão depois de perder o filho de maneira violenta e o marido repentinamente, definhou e morreu de tristeza, depois de alguns meses. A filha é a única sobrevivente. – Deu uma pausa para criar suspense. – Fui até a clínica e ela saiu faz seis meses... Disseram que ela estava calma, controlada, tomando os remédios direitinho, e que como não estava mais tendo alucinações deram alta para ela.
- Isso, com certeza, é relevante...
- O nome dela é... – Ouviu o barulhinho dele consultando as anotações. – Ayami, Fujimoto Ayami... A vizinha disse que a última vez que ela veio aqui foi há três meses. Não pode ser só coincidência. Vou mandar pelo e-mail uma foto dela que eu consegui na clínica, ela pode ter mudado a aparência, ou não.
- Até que enfim alguma coisa consistente... Estou preocupado, a seqüestradora ainda não pediu nada, e vem mandando mensagens cada vez mais mórbidas. A última foi doentia... Mandou uma fotografia macabra pelo celular. Já mandei a perícia analisar, para ver se descobrimos algo, ainda nada, mas assim que o e-mail chegar, irei fazer cópias da foto e mandarei começarem as buscas.
- Volto amanhã pela manhã, vou direto para a central. Sayonará
- A gente se vê. Sayonará.
oOo
20/NOVEMBRO
Terça-Feira – 06:00 AM
Seqüestrado a 45:28 hs
O telefone tocava insistentemente. Masao mexeu-se na cama, atordoado, a visão embaçada, percebendo que dormira por cima da colcha, totalmente vestido. Ficara trabalhando até tarde, junto à equipe que estava cuidando da fotografia, na esperança de descobrirem alguma coisa que desse uma pista mais consistente, esperando que a perícia fizesse uma ampliação... Mas nada.
Atravessou o apartamento, afastando o cabelo do rosto. Sentia-se quebrado, não afrouxara o nó da gravata, não desabotoara o colarinho, nem tirara o cinto da calça, caíra literalmente na cama. Levantou-se todo dolorido, mancando por que tinha dormido de mau jeito e a perna formigava e atendeu ao telefone mal humorado.
- Detetive Osaka Masao...
- Senhor... Estamos com uma garota na linha que diz ter informações sobre o seqüestro, mas só fala com o detetive do caso.
- Pode transferir para mim? – Sentou-se na cadeira ao lado do aparelho, suspirando cansado.
- Sim senhor, agora mesmo.
Alguns cliques na linha e de repente ouve a voz baixinha.
- Oi! É o detetive responsável pelo seqüestro? – A voz sussurrada de uma garota soou insegura na linha.
- Sim! Sou eu mesmo! Detetive Masao, pode falar...
- Então... Ontem eu fui na casa da minha amiga...
- Por que está sussurrando?
- É que não quero que meus pais acordem... Como eu estava dizendo... Ontem eu fui na casa da minha amiga, e vimos na televisão a notícia do Uruha... – Nesse momento a garota esquece que tinha que falar baixo, tomada pela paixão pelo seu ídolo. – Nyaaahhhh!!! A gente é super fã da banda, sabe? Eles são lindoooos! Mas o Uru... Aiai!!! O Uru é lindo demaisss!!! Aquelas coxas maravilhooosas! Coitadinho do Aoi, deve estar sofrendo tanto...
Todas aquelas frases desordenadas, exclamações, gritinhos e suspiros de fangirl estavam o deixando atordoado, mantinha o fone a meio metro de distância do ouvido e podia escutá-la como se ela estivesse ali a sua frente, falando pessoalmente.
- A senhorita não disse que tinha informações sobre o seqüestro?
- É... Eu tenho... A gente tava conversando e andando pelo bairro e... É que perto da casa dela tem uma casa vazia, e faz dois dias que mudou uma garota pra lá... Sozinha!!! Só que não chegou mudança nenhuma... E o carro dela parece com aquele que apareceu no noticiário, da câmera de segurança do prédio... A gente pensou que pudesse ser ela, e... Aaahhhh... Ele pode estar aliiii!!! Lindo, loiro, e... E...
- Carro? Que carro? – Tampa o bocal do telefone. – Mas que merda! Passou o vídeo de segurança? – Sussurra entre os dentes, enquanto ouve a garota surtar mais uma vez.
- ...Sendo maltratado e sabe-se mais o que... Aaahhh... Tadinhooo... Correndo perigo...
– Mas... – Iniciou um tanto incerto – Isso é tudo? – Sentia-se completamente desnorteado com a mudança de estado de espírito da garota, de feliz e pululante à triste e penalizada...
- Ahn... É... Mas... Mas a gente tem certeza de que...
- Ok, então me dê seu telefone... – Anotou o número dela no bloquinho de recados ao lado do telefone. – O pessoal da central vai ligar pra você e pegar o endereço da tal casa para averiguações... Muito Obrigado... – Desligou e foi direto para o banheiro tomar um banho... Ainda tinha que passar no apartamento onde os rapazes estavam.
oOo
20/NOVEMBRO
Terça-Feira – 07:30 AM
Seqüestrado a 46:58 hs
Masao entra no apartamento onde se encontram os GazettE, falando ao celular, decidindo os detalhes da campana no endereço fornecido pela adolescente. Apenas Aoi está na sala, com sua aparência desolada, enormes olheiras sob seus olhos, recostado no sofá, os olhos perdidos no vazio de quem não dorme há quase quarenta e oito horas, o celular agarrado firme na mão.
Os olhos negros se desviam e encaram o homem que entra e desliga o celular, sentando-se à sua frente. O olhar busca ansioso qualquer notícia que possa aliviá-lo da agonia que o consome. Sente que algo de diferente está acontecendo e espera que o detetive comece a falar.
- Uma adolescente ligou denunciando uma movimentação suspeita... Não é muita coisa, acho até que é alarme falso, mas mandei averiguar. Dois policiais à paisana já foram para lá.
- Ach-acharam?
- Não... Não foi isso que eu disse... – Tentou acalmá-lo. – É só uma suspeita. Mostraram a gravação da câmera de segurança no noticiário, e ela achou o carro dessa garota que está morando ali por perto parecido. Ela não ligou mais?
- Por enquanto não... A última vez que se comunicou, foi com a mensagem da fotografia. Fiquei a noite toda de olho no visor, esperando aparecer o nome dele...
- O nome de quem? – Kai entra na sala, quase tão cansado quanto o moreno.
- O nome do Kou, oras, fiquei esperando aquela louca ligar e...
- Mas ela vem ligando do celular 'dele'? Eu não sabia disso!
- Por quê? Qual a diferença dela ligar do dela ou do dele? – Reita perguntou intrigado com aquele tom do baterista.
- Toda diferença do mundo Akira. – Kai respondeu ao amigo suavemente, tomando cuidado para não perturbar Aoi, mais do que este já está. – O celular dele também tem GPS, aliás, todos os nossos celulares têm.
Todos os rostos o miraram, espantados.
- O celular tem GPS? – Masao quase saltou do sofá, vendo o baterista assentir com a cabeça. Levantou-se, empolgado com aquela notícia, que trazia esperanças novas para todos ali presentes.
- Desde quando os nossos celulares têm GPS? – Ruki perguntou tão curioso quanto os outros, abraçado ao namorado.
- Lembram-se de que quando compramos os novos aparelhos fomos todos juntos? – Três cabeças assentiram positivamente ao mesmo tempo. – Então, o atendente disse que as 'celebridades' têm colocado GPS nos aparelhos por segurança, para o caso de roubo, seqüestro, acidentes e perguntou se eu não queria colocar nos nossos. – Sorriu olhando as caras de espanto. – Mandei colocar em todos eles.
- Isso vai nos ajudar muito! – Exclamou o detetive já mais animado. – E o código?
- Está aqui, naquele dia que fui buscar o da moto, trouxe tudo que tinha lá, a pasta toda, para o caso de precisar de mais alguma coisa.
O detetive pegou o código e ligou para a central, fornecendo o número e dando as instruções pertinentes, pedindo que ligassem para o celular dele assim que soubessem a resposta da localização. Não se passaram nem dez minutos para que o celular dele tocasse e todos aguardassem aflitos pela resposta, lendo a expressão do detetive conforme os segundos se passavam.
- E estamos falando de uma precisão de... – Ouvia atento às informações. – Certo; isso bate com o endereço que a informante passou logo cedo. Contate o negociador, avise os policiais que estão de campana e mande o reforço. Diga que não usem a sirene, não sabemos com quantos criminosos estamos lidando. Estou indo para lá agora mesmo! – Encaminhou-se para a porta, estacando ao ouvir a voz do guitarrista.
- Eu vou também! – Aoi exclamou afobado, já saindo atrás do detetive, sendo seguido por Kai.
- Todos nós vamos! – Ruki ajuntou determinado, puxando o baixista pela mão,
- Mas é perigoso!
- Perigoso pro Uruha, nas mãos daquela louca! – Ruki se irrita, avançando para a porta e saindo no corredor.
- Não se preocupe, nós não vamos atrapalhar, dou minha palavra. – Reita apertou a mão do vocalista, como a pedir que se acalmasse.
oOo
I wanted, I wanted you to stay
Eu quis, eu quis que você ficasse
'Cause I needed, I need to hear you say
Porque eu precisava, porque eu preciso ouvir você dizer
That I love you
Que Eu te amo
That I have loved you all along
Que eu te amei o tempo todo
That I forgive you
Que eu perdôo você
For being away for far too long
Por ficar tão longe por tanto tempo"
So keep breathing
Então continue respirando
'Cause I'm not leaving you anymore
Por que eu não estou te deixando mais
Believe and hold onto me and never let me go
Acredite e segure-se em mim e nunca me solte. (2x)
oOo
20/NOVEMBRO
Terça-Feira – 09:00 AM
Seqüestrado a 48:28 hs
- Moshi moshi?
- Ayami-chan? Oi amiga!
- Hana! – Ainda estava na cama, tinha perdido a hora, levantava cedo para buscar as coisas quando o supermercado abria e estava vazio... Olhou o relógio, nove horas da manhã. – Alguma novidade?
- Aya... Aconteceu uma coisa muito estranha ontem à tarde. Um homem veio aqui, ficou um tempo na frente da sua casa, fez um monte de pergunta para sua vizinha. Um verdadeiro interrogatório, até parecia um policial! Aconteceu alguma coisa? Posso te ajudar?
- Não aconteceu nada Hana, tá tudo bem. – Seu rosto corou de raiva, mas manteve a voz calma. – A polícia! Devem estar atrás de mim por causa 'dele'. – Vai ver que ele quer comprar a casa... Semana que vem eu vou te visitar, tá? Tchau!
oOo
20/NOVEMBRO
Terça-Feira – 09:00 AM
Seqüestrado a 48:28 hs
Masao parou o carro na esquina, seguido pelo carro de Aoi e por duas viaturas que vieram escoltando logo atrás. Já estava começando a ajuntar gente em volta do cordão de isolamento. A casa já estava cercada, o negociador estava colocando o colete, atiradores de elite já estavam posicionados, os policiais de prontidão esperando pelo detetive. O burburinho cresceu quando os músicos chegaram, foram levados a uma distância segura e obrigados a colocar os coletes a prova de balas.
- Bom dia capitão...
- Detetive Masao... – O capitão de polícia aproximou-se o cumprimentando. – Está tudo pronto. Parece que não tem mais ninguém, só a moça aí dentro. Estávamos esperando só pelo senhor, o que quer fazer?
- Gostaria de saber sua opinião...
oOo
20/NOVEMBRO
Terça-Feira – 09:10 AM
Seqüestrado a 48:38 hs
Pulou da cama, pegando a camiseta, passando pela cabeça, procurando os sapatos com os pés, enfiando os braços rapidamente pelas mangas... Passou a mão pelos cabelos, afastando-os do rosto, achando o jeans e enfiando os pés pelas pernas da calça, pulando e correndo, enquanto abotoava e puxava o zíper... Pegando a arma sobre a cômoda ao lado da porta e atravessando o corredor, atravessando a sala, indo até a janela. Afastou a cortina perto do batente discretamente, com todo cuidado, espiando o que acontecia lá fora, vendo o movimento de homens à paisana e policiais, todos já tomando posições estratégicas...
Uruha acordou de seu cochilo, assustando-se com ela passando afobada diante dele com a arma na mão... Uma pequena chama de esperança se acendendo em seu peito. Ela se assustou com algo, afastando-se da janela de um pulo, como se tivesse se queimado, dando alguns passos para trás, os olhos arregalados, balbuciando alguma coisa, andando de um lado para o outro, batendo a arma engatilhada contra a coxa.
- Mas que droga... Eles... El-les não podem me pegar... Não podem... Não podem! – Ela andava como um bicho enjaulado, devaneando, com o olhar passeando pelo cômodo, sem prestar atenção em nada à sua volta, levantando a cabeça e olhando para a porta do corredor, os olhos arregalados, surpresos, como se encontrasse alguém ali. – A-Akio...? Eu sei... Eu sei que te prometi, mas... Eles... Eles descobriram! Descobriram e eu não...
Uruha se preocupava, temendo que a pistola sensível disparasse, encostando-se ainda mais à parede e levantando-se lentamente, tentando não chamar a atenção dela, mas... Bateu as correntes contra a parede, o tilintar despertando a atenção dela, que voltava o olhar para o vazio e gesticulava nervosamente apontando em sua direção com a pistola engatilhada.
- A culpa é dele... É dele Akio!!! Foi ele... Foi ele quem te traiu! – Ela arfava descontrolada. – Ele acabou com a sua vida, com a minha vida, é por causa dele que fiquei sozinha, que fui abandonada naquela clínica! – Ela alternava entre o sibilar cheio de ódio e os gritos histéricos. – É ELE QUEM DEVE MORRER!
Aproximou-se de Uruha, o olhar insano, agarrando os cabelos loiros com força, colocando a pistola sob o queixo dele, falando entre os dentes.
- Você matou meu irmão e agora... VOU FAZER COM VOCÊ... O QUE VOCÊ FEZ COM ELE! – O rosto retorcido pelo ódio, os dentes travados. – EU VOU MATAR VOCÊ! PUXAR O GATILHO E ESTOURAR SUA CABEÇA! E aí... – Riu baixinho, maldosa, deliciada. – Todos vão sofrer... Como nós sofremos...
Um enorme estrondo ecoou pela sala e a porta se abriu violentamente, batendo na parede. Um detetive na frente sobre um joelho, o outro em pé logo atrás, em posição de tiro, ladeado por dois policiais, todas as armas apontadas para ela.
- POLÍCIA DE TÓKIO! LARGUE A ARMA!
- NÃO! Eu... Eu... Prometi... Não posso! – Ela estava perturbada, não conseguia mais ouvir a voz de Akio... – Eu tenho que matá-lo! EU VOU MATÁ-LO!
O negociador passou entre os policiais que se mantinham em posição, tentando argumentar, dizer que ela não precisava fazer isso, que ela precisava de ajuda, que ela não estava sozinha... Mas essas palavras despertaram nova ira nela, que não largava os cabelos loiros puxando-os com ainda mais violência, apertando mais a pistola contra a pele dele, logo abaixo do queixo.
- Eu sou sozinha! Akio se foi! Meu pai e minha mãe também! Eu...
- Não... Não está sozinha...
Todos notaram quando ela virou o rosto para o outro lado, olhando além de Uruha, falando com alguém que não estava ali.
- Akio! Você... Voltou...
- Estou sempre com você... Solta o Kou, ele não tem fez nada...
- Mas foi culpa dele... – Ela reafirmava desesperada.
- Solte a arma moça... Prometo que iremos te ajudar... – O negociador falava mansamente, percebendo que a garota era perturbada.
Uruha viu quando atiradores de elite chegaram sorrateiramente pelo corredor... Sabia que iam atirar nela, mas ela estava doente... Olhava para os policiais, negando com a cabeça, pedindo mudamente que não interferissem.
- Não, não foi... Solte... Ele não teve culpa... – Sorriu para ela. – Foi um acidente, eu não queria me matar...
- Não... Eu vi... Vi tudo...
- Não faça isso... Eu te peço... – Afastou-se, acenando a ela. – Agora tenho que ir... Papai e mamãe estão chamando...
- NÃÃÃOOO! NÃO ME DEIXE SOZINHA! – por um momento ela gesticulou com a arma na mão, desviando o revolver dele.
Uruha viu os policiais engatilhando as armas, tinha medo, mas tinha pena dela... Sentia-se culpado de alguma forma... Era só uma garota doente...
- Não atirem nela, não... Não atirem! – Pediu desesperado.
- AKIOOOO!!! – Ela gritava desvairadamente. – Eu quero ir com você! Me leva juntoooo!!! – No seu desespero ela encostava a arma na face, os olhos fechados, gritando e chorando, soluços sentidos entremeando as palavras... – Quero ver... Ver o papai e a mamãe! Me leva...
- Calma moça... Nós vamos levar você até onde ele está... – O negociador tentava ganhar tempo.
- NÃO! AKIOOO! ESPERE, EU VOU COM VOCÊ!
Num rompante que pegou a todos desprevenidos, ela endireitou o corpo, decidida, colocou a arma contra o céu da boca e disparou.
Depois da explosão o silêncio. Por um segundo se ouviu o silêncio surpreso e opressivo e então o baque surdo de um corpo no chão. Uruha caiu de joelhos, em choque, as lágrimas caindo sem controle no rosto manchado de vermelho.
oOo
On my knees, I'll ask
De joelhos, eu pedirei
Last chance for one last dance
Uma última chance para uma última dança
'Cause with you, I'd withstand
Porque com você, eu resistiria
All of hell to hold your hand
A todo o inferno para segurar sua mão
I'd give it all
Eu daria tudo
I'd give for us
Eu daria tudo por nós
Give anything but I won't give up
Dou qualquer coisa, mas não desistirei
'Cause you know, you know, you know
Porque você sabe, você sabe, você sabe...
That I love you
Que eu te amo
That I have loved you all along
Que eu sempre te amei
That I miss you
Que eu sinto sua falta
Been far away for far too long
Estive afastado por muito tempo
I keep dreaming you'll be with me
Eu continuo sonhando que você estará comigo
And you'll never go
E você nunca irá embora
Stop breathing if I don't see you anymore
Paro de respirar se eu não te ver mais
oOo
20/NOVEMBRO
Terça-Feira – 09:23 AM
Seqüestrado a 48:51 hs
Aoi perdeu a cabeça ao ouvir o disparo. Saiu correndo pelo meio das pessoas ainda aturdidas, empurrando, se desvencilhando daqueles que tentavam segurá-lo, ouvindo os gritos desesperados de dentro da casa pedindo os paramédicos, esperando pelo pior. Corria cegamente, empurrando qualquer um que passasse na sua frente, desviando dos policiais armados e chegando à porta da sala.
- KOU! – Gritou perdido entre o medo, o alívio e a pena, ao ver a menina morta, avançando compulsivamente, se ajoelhando e abraçando o loiro que chorava convulsivamente. – Acabou amor! Acabou... – Falou entre os soluços, chorando por ele estar vivo, finalmente o estreitando em seus braços. – Estou aqui agora, vou cuidar de você!
oOo
So far away (So far away)
Tão longe
Been far away for far too long
Estive afastado por muito tempo
So far away (So far away)
Tão longe
Been far away for far too long
Estive afastado por muito tempo
But you know, you know, you know
Mas você sabe, você sabe, você sabe...
I wanted, I wanted you to stay
Eu quis, eu quis que você ficasse
'Cause I needed, I need to hear you say
Porque eu precisava, porque eu preciso ouvir você dizer
That I love you
Que Eu te amo
That I have loved you all along
Que eu te amei o tempo todo
That I forgive you
Que eu perdôo você
For being away for far too long
Por ficar tão longe por tanto tempo"
So keep breathing
Então continue respirando
'Cause I'm not leaving you anymore
Por que eu não estou te deixando mais
Believe and hold onto me and never let me go
Acredite e segure-se em mim e nunca me solte. (2x)
Keep breathing
Continue respirando
'Cause I'm not leaving you anymore
Por que eu não estou te deixando mais
Believe and hold onto me and never let me go
Acredite e segure-se em mim e nunca me solte.
Keep breathing hold onto me and never let me go
Continue respirando segure-se em mim e nunca me solte...
Keep breathing hold onto me and never let me go
Continue respirando segure-se em mim e nunca me solte...
GIFU – TAKAYAMA
TAKAYAMA GREEN HOTEL
24/NOVEMBRO
Sábado – 08:12 AM
Era a quarta vez que lia a mesma página do livro. Tantas coisas haviam acontecido durante aquela semana... Não conseguia se concentrar na leitura, se lembrava a todo instante dos últimos dias. O fim trágico do seqüestro, a moça morta, Kouyou em estado de choque. O encontro do namorado com a família, o abraço da mãe, do pai e das irmãs... O 'seu' encontro com a 'sogra', a troca de olhares entre eles, a sua promessa verbal de que nunca mais ia tirar os olhos dele.
Levantou o olhar do livro, observando a paisagem branca das montanhas cobertas de neve, um dos cartões postais mais lindos do Japão. Tinham chegado ali na véspera... Dois dias, fora esse o tempo de providenciar tudo para a viagem, malas, passagens, hotel, e de levar Kouyou para uma consulta com um psicólogo. Não fora fácil convencê-lo, isso só fora possível depois de muita paciência e conversa de Kai e ele mesmo com Kouyou.
Aoi olhou no relógio em seu pulso, era muito cedo ainda, talvez devesse ter ficado um pouco mais na cama, mas também não conseguia dormir. Fechou o livro, atraído pelos gemidos angustiados, sabia que ele estava sonhando de novo, que mais um pesadelo o atormentava. Respeitava a vontade dele de não falar sobre aquilo, mas isso não queria dizer que não estava preocupado. Queria muito ajudar, mas não podia enquanto ele não pedisse por sua ajuda.
Levantou-se do sofá, percorrendo em poucos passos a pequena distância entre a sala e o quarto da suíte, vendo o amado embolado com as cobertas e os travesseiros, se agitando na cama, gemendo e murmurando palavras indecifráveis. Chegou mais perto, sentando-se na beirada da cama. Levantou o edredom, se deitando ao lado dele e o puxando para junto do seu corpo, o abraçando.
Abriu os olhos, angustiado, estava ali de novo, os braços presos nas algemas, levantou o olhar, se deparando com a cena desesperadora... Aoi caído à sua frente, ferido, os dedos das mãos em carne viva, o rosto arroxeado, com um grande hematoma sob o olho, o lábio partido... E adiante, Ela! Aquele olhar insano, o sorriso de escárnio, levantando a mão armada e apontando para o moreno indefeso...
- Não... O Aoi não... – Um soluço dolorido cortou suas palavras. – Por favor... Não... Não faça...
A risada dela ecoava pela sala, aumentando ainda mais o seu medo.
- Aoi... Fala comigo... Fala...
- Acorda amor... É só um pesadelo... – Ouviu ao longe quando o moreno o sacudiu levemente pelo ombro.
As palavras doces penetraram em sua mente, gradualmente o tirando daquela cena macabra.
- Aoi... Fala comigo... Aoi...! – Gemeu em voz alta, uma lágrima escorrendo pelo canto do olho.
Uruha abriu os olhos, os resquícios do pesadelo presentes na expressão aflita, vendo o rosto amado sem marcas e preocupado, aparecendo diante de seus olhos ainda embaçados pelo sono. Levou a mão ao rosto do moreno, tateando cada pedacinho, a mão descendo pelo corpo junto de si, conferindo se estava realmente tudo bem, suspirando aliviado com a confirmação.
- Está tudo bem amor... Tudo bem foi só um pesadelo.
- Eu... Eu estava... Lá! De novo e você... Você... – A angústia ainda era forte no seu olhar. – Você estava ferido...!
- Ssshhhhh... – Colocou o dedo sobre os lábios dele. – Eu estou bem, está vendo? Não aconteceu nada comigo. – Beijou-lhe os lábios suavemente, vendo um pequeno sorriso surgir nos lábios tentadores. – Eu pedi o nosso café... Não quer levantar e tomar café comigo? – Levantou a sobrancelha, prevendo a reação às suas palavras. – Tem torta de chocolate...
- Hhhuuuummmm... Chocolate! – Espreguiçou-se, saindo do abraço e se sentando na cama, o sorriso ficando maior. – Falou a palavra mágica!
- Seu guloso! Então vem... – Levantou-se da cama o puxando pela mão, esperando que ele colocasse as pantufas. O quarto estava aquecido, mas já era inverno e pela manhã a temperatura ainda era muito baixa.
Uruha o enlaçou pela cintura, caminhando junto até a mesa na sala ampla, que estava posta para dois. Sentaram-se um de frente para o outro, Kouyou suspirando encantado e Aoi todo gentilezas, servindo o café para si e para ele, esperando que provasse o café, os pãezinhos e croissants, as bolachas amanteigadas e a torta que tanto gostava. Notava o moreno comendo um pouco de cada coisa sem deixar de olhar para si, o clima descontraído e carinhoso se instalando entre eles.
O silêncio era confortável, como sempre acontecia quando estavam juntos, falavam através dos pequenos toques e gentilezas, dos sorrisos e olhares trocados, dos carinhos e afagos nas mãos, dos petiscos colocados na boca um do outro, dos beijos leves no roçar dos lábios. E então, a mão longa e delicada esbarrou no copo cheio de água, derramando e escorrendo pela mesa, caindo sobre a calça do moreno, molhando toda a região do abdômen e coxas, provocando um pulo e uma exclamação surpresa por parte de Aoi, e o riso baixo e leve em Kouyou.
- Ops! Caiiiuuu... – Um sorriso arteiro se delineou nos lábios cheios, o brilho maroto presente no olhar chocolate. – Tadinho do meu amor... Tá muito fria?
- Kou... – O olhar negro se estreitou, ao perceber o ar de troça que envolvia o loiro.
- Sabe... Você fica sexy com essa roupa molhada, colada no corpo... – O som da cadeira se arrastando acompanhou o gemido suave, quase ronronado, do loiro que se levantava e olhava para o estrago que havia feito sem querer, se debruçando por sobre a mesa. – Huuummm... Sexy, lindo e gostoso!
Uruha gracejou, pulando para trás, escapando por um triz da mão que quase o agarrou. Afastando-se alguns passos rapidamente, já prevendo o que aconteceria.
- Você fez de propósito!!! Não acredito! – Jogou o guardanapo ao lado da xícara, quase indignado de ser pego no que achava ser outra das travessuras do namorado.
Aoi levantou num repente, derrubando a cadeira atrás de si, ouvindo a gargalhada do loiro que se afastou meio que correndo e desviando de suas mãos que queriam capturá-lo.
- Não fiz não! Juro! – Mordeu o lábio, rindo e meneando a cabeça, baixando o olhar para a calça molhada. – Mas que foi engraçado foi... – Riu mais alto, enquanto fugia com o moreno em seu encalço.
Aoi saiu correndo atrás dele, atravessando a suíte, entrando no banheiro e o cercando no box. Aproximou-se como um felino, olhando o loiro encostado na parede, uma presa deliciosamente acuada e ofegante, os olhos brilhantes, alegres e ansiosos. Chegou mais perto, quase se encostando a ele, as mãos o cercando, uma de cada lado da cabeça emoldurada pelos cabelos loiros desordenados, aproximando o rosto dos lábios sorridentes.
- Peguei você! – Falou baixinho, quase o beijando.
Um sorriso safado se abriu nos lábios de Kouyou, acompanhado do olhar arregalado e do grito de surpresa do moreno, quando a água quase fria o atingiu.
- Molhei você!!! – Enlaçou-o pela cintura, juntando o corpo dele ao seu, o beijando profundamente, colando seus lábios com urgência vital, as mãos subindo pela roupa molhada e envolvendo o pescoço, até o corpo pedir por um pouco de ar.
- Garoto travesso! Você... Você tá... – Sussurrou junto aos lábios dele, a respiração entrecortada, os braços o apertando fortemente na cintura. – Pedindo por um castigo... Isso sim! – As roupas foram sendo descartadas uma a uma... Gemidos e juras de amor entremeando as carícias, os beijos... – Hummm... É isso que quer...?
- Quero... Aaahhhmmm... Você! – Os olhos chocolates estavam repletos de amor e desejo. – Só... Só você...
Eles se beijaram de novo, a água molhando os dois, esquecidos do restante do mundo fora dali.
This time, this place,
Este tempo, este lugar
Misused, mistakes
Esses desperdícios , esses erros
Too long, too late
Tanto tempo, tão tarde
Who was I to make you wait?
Quem era eu para te fazer esperar?
Just one chance, just one breath
Apenas mais uma chance, apenas mais um suspiro
Just in case there's just one left
Caso reste apenas um
'Cause you know, you know, you know...
Porque você sabe, você sabe, você sabe...
That I love you
Que eu te amo
That I have loved you all along
Eu sempre te amei
That I miss you
E eu sinto sua falta
Been far away for far too long
Estive afastado por muito tempo
I keep dreaming you'll be with me
Eu continuo sonhando que você estará comigo
And you'll never go
E você nunca irá embora
Stop breathing if I don't see you anymore
Paro de respirar se eu não te ver mais
On my knees, I'll ask
De joelhos, eu pedirei
Last chance for one last dance
Uma última chance para uma última dança
'Cause with you, I'd withstand
Porque com você, eu resistiria
All of hell to hold your hand
A todo o inferno para segurar sua mão
I'd give it all
Eu daria tudo
I'd give for us
Eu daria tudo por nós
Give anything but I won't give up
Dou qualquer coisa, mas não desistirei
'Cause you know, you know, you know
Porque você sabe, você sabe, você sabe...
That I love you
Que eu te amo
That I have loved you all along
Que eu sempre te amei
That I miss you
Que eu sinto sua falta
Been far away for far too long
Estive afastado por muito tempo
I keep dreaming you'll be with me
Eu continuo sonhando que você estará comigo
And you'll never go
E você nunca irá embora
Stop breathing if I don't see you anymore
Paro de respirar se eu não te ver mais
So far away (So far away)
Tão longe
Been far away for far too long
Estive afastado por muito tempo
So far away (So far away)
Tão longe
Been far away for far too long
Estive afastado por muito tempo
But you know, you know, you know
Mas você sabe, você sabe, você sabe...
I wanted, I wanted you to stay
Eu quis, eu quis que você ficasse
'Cause I needed, I need to hear you say
Porque eu precisava, porque eu preciso ouvir você dizer
That I love you
Que Eu te amo
That I have loved you all along
Que eu te amei o tempo todo
That I forgive you
Que eu perdôo você
For being away for far too long
Por ficar tão longe por tanto tempo"
So keep breathing
Então continue respirando
'Cause I'm not leaving you anymore
Por que eu não estou te deixando mais
Believe and hold onto me and never let me go
Acredite e segure-se em mim e nunca me solte. (2x)
Keep breathing
Continue respirando
'Cause I'm not leaving you anymore
Por que eu não estou te deixando mais
Believe and hold onto me and never let me go
Acredite e segure-se em mim e nunca me solte.
Keep breathing hold onto me and never let me go
Continue respirando segure-se em mim e nunca me solte...
Keep breathing hold onto me and never let me go
Continue respirando segure-se em mim e nunca me solte...
Far Away - Nickelback
FIM
Então é isso. Yume, escrevi com todo meu carinho, procurei fazer tudo do seu gosto. Eu adorei escrever, espero que você tenha gostado. Agradeço mais uma vez à minha filha Laris Neal, que me ajudou demais, me deu consultoria no plot policial. À minha comadre Belle, à minha amigona Lady Anúbis (que sempre me atura) e à minha filhota e beta dessa fic Ifurita: ^^ Valeu Filhotaaaaaaaaaaaa! Valeu meninas! Beijos à todas.
Muito Obrigada a todos que além de ler deixaram reviews: Aluada Malfoy (Por que será que eu tinha certeza que você ia ler o terceiro capítulo no outro site? O suspense deixa a gente super ansiosa... rs É bom saber que você gostou da banda, se quiser te mando músicas deles pra você ouvir, e fotos deles pra você ver como eles são lindos! "escritora coruja").
Agradeço a todos que leram e por qualquer motivo não deixaram review, muito,muito obrigada.
Bem, esse foi o fim, espero que tenham gostado. Logo posto a próxima fic.
Samantha Tiger Blackthorn.