Frase com ponto final.
por Noah Black
Nós começamos assim, como amigos, e continuamos assim, como amigos. Não, a gente não sentou e conversou sobre, mas aceitamos, sem nos olharmos e nem estender as mãos. Acatamos essa decisão porque era o melhor.
Decidimos quando nos mudamos para o Grimmauld Place. Quando, mais uma vez, fomos três.
Nós éramos um tripé. E o seríamos sempre. E quando um faltou, nós dois nos desestabilizamos e ficamos fragilizados. Eu podia sentir que cairíamos mesmo antes de completar ou fazer algo – antes que o primeiro passo fosse de fato dado -, mas o que veio a acontecer me deixou feliz.
Me deixou triste.
Estávamos bem. Conseguimos segurar as pontas, e aquela que ficou solta foi dividida por nós dois. Ele fez o que pôde daquele lado e eu, deste outro. Suportamos o vazio, aquela angustiante ausência da presença física de um amigo.
Nenhum de nós ousaríamos pronunciar o quão covarde aquilo aparentou. Mas eu pensava e não concordava. Pensava, aquilo era tão idiossincrático a ele, mesmo, então, para quê encontrar razões nessa atitude?, e eu desistia disso quando olhava para os olhos verdes e não sentia nenhuma desaprovação.
Estávamos livres para partir quando bem quiséssemos; ele havia nos dito isso. Disse que entenderia perfeitamente se acordasse numa manhã e visse apenas a si ali. Porém, éramos três em sua perfeição e sempre o fomos desde que éramos mais imperfeitos – quando brigávamos, quando lutávamos, quando não acreditávamos que haveria a volta do lorde.
E ao voltar, nós nos prendemos mais ainda um ao outro, os três, sempre.
Nunca pensei que um dia eu quisesse que fôssemos apenas dois. Ele e eu, nos ajudando mutuamente, sem esperanças de retorno porque este simplesmente existiria. Conosco era assim, reprovávamos e aceitávamos as coisas pelo o que elas eram em si, fazendo, então, de nós sensatos e ponderados.
Assim nós nos completávamos.
Reciprocamente. Sem nada exigir, sem de fato querer fazê-lo. Mas fazíamos pela nossa amizade, pelas nossas vontades.
E negamos todas.
Renegamos. Desejamos.
E tudo era apenas inviável por ser a gente, por sermos quem éramos e viriamos a nos tornar. Tornamo-nos amigos. Irmãos. Ex-futuros-amantes.
Harry e eu.
Foi o nosso ponto final, o começo de nossa amizade.
E é assim que a gente inova um pouco .
Harmony é complexo demais para mim, mas eu ouso escrevê-los. Perdoem-me apoiadores do ship .
Reviews são sempre bem-vindas .D Beijos, Noáh Black.