Retratação: Saint Seiya e seus personagens não me pertencem. Eles são propriedade de Kurumada, Toei e Bandai.
Essa é uma fic yaoi, ou seja, que mostra relacionamento homossexual. Se não gosta, não leia.
A Razão do meu Amor
Capítulo 6 – Final
Abriu os braços. O vento sobrava leve. Suas lágrimas molhavam seu rosto. Fechou os olhos. E deixou-se levar pelo vento para o fundo daquele despenhadeiro...
De repente sentiu uma mão lhe tocando e puxando de volta. Olhou para trás e viu Milo. Com o puxão dele acabou por cair em seus braços. Milo o segurou pelos ombros e perguntou entre choros e gritos:
- O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO??
- Milo... eu não mereço você... você tem razão de não me perdoar... você merece alguém melhor... eu preciso sair da sua vida... mas o único jeito que sei é esse, porque eu não saberia viver sem você... eu prefiro morrer... ao menos vou te deixar em paz... por favor Milo...
- CALA A BOCA KAMUS!!! – Milo estava ofegante, o rosto molhado pelas lágrimas. Olhava Kamus nos olhos sem acreditar que ele estava sendo capaz de fazer aquilo. Kamus ia se matar! Como ele poderia fazer aquilo?
- Milo... vai ser melhor para você...
- COMO VOCÊ SABE O QUE É MELHOR PARA MIM? VOCÊ ACHA QUE VOCÊ MORRER É O MELHOR PARA MIM??
- Acho... eu só te fiz sofrer... eu te amo demais para...
- Como? O que você disse?
- ... Eu te amo, Milo. Eu sei que descobri isso tarde, mas ao menos eu descobri, não é? Eu te amo, Milo e é por esse amor que eu estou deixando você livre... – Milo não conseguia falar. Em todo aquele um ano de namoro, Kamus nunca havia falado aquelas palavras. Três palavras. Agora ele percebia... nesses trinta dias ele falou essa frase mais de uma vez! Estava escrito no papel! E ele não reparou. Kamus estava dizendo que o amava. Mas e o que aconteceu? Ele não podia esquecer tudo por conta de três palavras... podia? Ele amava Kamus, mas jurou que não o perdoaria. Mas ele amava Kamus e esse agora o amava. Droga ele nunca fora de pensar muito e porque tinha que fazer isso agora? Porque era a felicidade dele que estava em jogo. E com o que ele seria feliz? Com Kamus ou sem ele? Milo continuava olhando Kamus nos olhos. Este não entendia nada. Não sabia o que pensar. Mas não agüentava mais sofrer.
- Milo... eu não agüento mais sofrer... não pense que eu estou desistindo de você assim do nada... não é porque não quero mais lutar ou não tenho mais forças... na verdade eu não tenho mais condições de sofrer Milo... eu não agüento mais... e ter que ver você sem poder estar ao seu lado é muito sofrimento para mim... eu não agüento isso Milo... me deixe morrer... – falava enquanto chorava sem conseguir se controlar. Milo apenas o olhava. Precisava decidir. Não queria que ele morresse. Amava-o demais para vê-lo morrer. Amava-o ainda. Ele amava Kamus. Se Kamus morresse ele não saberia o que fazer. Ele seria feliz com Kamus. Apesar de tudo. Era Kamus e não com outro. Muito menos sozinho. Era ele. Apenas ele.
- Milo... – antes que Kamus começasse a falar novamente, Milo o segurou pela nuca e puxou-o para perto de si, colando seus lábios nos dele. No inicio Kamus se assustou, não esperava aquilo. Mas quando sentiu aqueles lábios nos seus... ah... a quanto tempo não sentia aqueles lábios macios... não resistiu e os entreabriu para que o outro pudesse aprofundar o beijo. Não sabia por que Milo estava fazendo aquilo, mas também não queria saber, só queria sentir aqueles lábios. Milo não se fez de rogado. Aprofundou o beijo fazendo questão de explorar toda aquela boca que tanto sentira falta. Como havia sentido falta daquele beijo, daquele gosto, daquele calor gostoso que se espalha pelo corpo. Contudo o beijo era tranqüilo, suave. Como se fosse a primeira vez. Como se quisessem conhecer cada lugarzinho, cada detalhe, tudo que a separação levou para o esquecimento. O tempo parecia ter parados para eles. Nada mais existia ao não ser eles. Quando não agüentaram mais apartaram o beijo, mas não se afastaram. Milo continuou mantendo Kamus com o rosto perto do seu. Respiravam o mesmo ar de tão próximos que estavam. Olhavam-se nos olhos. Kamus continuava confuso, mas não queria perguntar, tinha medo que o outro mudasse de idéia. Limitou-se apenas a ficar olhando-o. Milo pensou em dizer várias coisas, mas não conseguia falar. Não sabia o que era certo dizer. Então resolveu não dizer nada. Puxou novamente para perto e o beijou. Não foi um beijo tranqüilo como o anterior, mas um beijo urgente, carregado de luxúria, paixão e saudade. Os corpos agora estavam colados e as mãos passeavam pelos corpos, numa redescoberta mútua.
Novamente ficaram sem fôlego, sendo obrigados a apartarem o beijo, mas como antes, não se afastaram. Ao contrário, Milo passou a beijar o pescoço de Kamus. Todo o desejo que ficara adormecido durante a separação, voltava com força total naquele momento. Milo pensou em levar Kamus de volta para a casa, mas essa estava um pouco longe e ele não queria se separar de forma alguma do outro. Levou-o para perto de uma árvore, empurrando-o nela e voltando a beijá-lo na boca. Suas mãos passeavam por dentro da camisa de aquário, como sentira falta desse contato, desse corpo. Sentia as mãos dele rodeando sua cintura, puxando a camisa, também buscando um maior contato. Tirou a camisa dele, tirando a sua própria em seguida e voltou a beijá-lo. Sentiu um arrepio quando seu corpo tocou o dele. Como o desejava. Voltou a beijar o pescoço, alternando com leves mordidas. Uma mão segurava-o pelos cabelos, inclinando sua cabeça para o lado, forçando-o a dar espaço para suas investidas. A outra mão descia por suas costas apertando-lhe o bumbum. Kamus se perdia nas sensações provocadas pelo outro. Estava totalmente entregue. Sentiu Milo sair do seu pescoço e descer por seu peito, parando em um dos mamilos. Nossa! Desse jeito ia enlouquecer! Ele lambia, mordia, chupava. Kamus só conseguia gemer em resposta. Milo passou para o outro, dando o mesmo tratamento, enquanto apertava com os dedos o primeiro. Kamus não sabia como estava se mantendo em pé. Aliás, sabia. Estava se mantendo em pé porque Milo o estava segurando. Milo voltou a beijá-lo na boca enquanto a mão que segurava os cabelos de Kamus ia de encontro ao baixo-ventre apertando o volume entre suas pernas que já se encontrava bem aumentando. Aquário suspirou longamente. Milo não tava trégua, estava enlouquecendo Kamus, mas ele próprio também não estava agüentando. Foi escorregando com Kamus até eles deitarem no chão, Kamus de costas e Milo em cima dele. Milo voltou a beijar-lhe a boca, passando em seguida para o pescoço, descendo para o tórax novamente e parando no abdômen. Lambeu e beijou cada quadradinho daquele, demorando bem no umbigo, enquanto abria o zíper da calça e a tirava. Kamus realmente estava muito excitado. Milo olhou para Kamus. Este estava com os olhos semi-abertos, ofegante, as bochechas vermelhas, a boca entreaberta na tentativa de buscar mais ar... Escorpião estava adorando vê-lo daquele jeito, ele estava tão entregue. Aproximou-se do membro de Kamus e quando a boca estava bem perto, olhou para Aquário, este o olhava com os olhos nublados de desejo. Milo começou dando uma demorada lambida na cabeça, envolvendo-a depois com a boca, enquanto rodeava-a com a língua para depois chupar. Olhou para Kamus. Este estava com os olhos fechados, mordendo o lábio inferior. Milo então colocou todo o membro na boca, chupando, subindo e descendo. Kamus gemia coisas desconexas, estava se contorcendo de tanto prazer, não agüentava mais. Se Milo continuasse ia acabar gozando. Segurando Milo pelos cabelos, o puxou para cima, beijando-o. Milo entendeu o recado e começou a tirar sua própria calça, afinal ele também não estava mais agüentando. Kamus se apoiou nos cotovelos para ver aquela cena. Suspirou ao ver aquele corpo perfeito como o de um Deus em sua frente, nu. Então, um pensamento passou-lhe pela cabeça. Na verdade, era um desejo, uma fantasia. Tinha certo medo de tentar, mas precisava falar com ele. Não sabia o porquê Milo estava fazendo aquilo, se era só uma noite ou não, mas também não queria pensar nisso agora. Queria muito Milo, o desejava profundamente. Milo deitou em cima de Kamus fazendo todo o seu corpo tocar o do outro causando arrepios em ambos os cavaleiros.
- Milo... ah... espera... hummm.... preciso dizer algo...
- Agora não Kamus...
- Milo.... ahnn... eu quero você...
- Eu sei Kamus... eu sei...
- Eu... humm... quero você... ahh... em mim.... – ao ouvir o que Kamus disse, Milo parou de beijar-lhe e o olhou nos olhos tentando entender o que ele havia dito.
- Como? – a voz saiu um pouco rouca por conta do desejo.
- Eu quero ser seu Milo... por favor...
- Kamus... você tem certeza disso? Você nunca...
- Eu sei Milo... Mas eu quero me entregar a você... completamente...
Milo ficou olhando para Kamus sem dizer nada. Não tinha certeza se devia fazer aquilo, afinal Kamus nunca fora o passivo. Podia acabar machucando-o. Sem contar que ainda estava doente... mas aquela pedido era tão tentador... secretamente sempre desejou isso, mas nunca quis forçar Kamus a nada. E agora ele estava ali totalmente entregue... pedindo...
- Milo... eu estou bem... por favor... eu quero... –sua voz saiu baixa e quase chorosa. Estava muito excitado, precisava que Milo se decidisse logo. Este o ouvindo pedir daquele jeito não teve como negar. Então lhe respondeu apenas com um sorriso, voltando a beijá-lo. Colocou três dedos da mão em sua boca, os quais foram prontamente lambidos e chupados. Beijava-lhe novamente o pescoço enquanto a outra mão percorria por todo o corpo de Aquário, apertando, arranhando para então levá-la até seu baixo-ventre e começar a masturbá-lo lentamente. Tirou os dedos da boca de Kamus e levou-os até sua entrada, colocando primeiro um dedo. Kamus sentiu um certo desconforto que logo desapareceu assim que sentiu Milo aumentar o ritmo da mão. Sentiu outro dedo e um desconforto maior, mas esse também desapareceu aos poucos. Quando Milo colocou o terceiro dedo sentiu um pouco de dor, mas não quis reclamar, não queria que ele parasse. Além disso, os carinhos e toques de Milo faziam aos poucos a dor sumir. Quando Milo achou que Kamus já estava preparado, tirou os dedos se ajeitando entre suas pernas. Beijou Kamus novamente enquanto o penetrou devagar. Aquário apartou o beijo com uma expressão de dor no rosto. Milo parou de se mexer.
- Você... quer parar? – perguntou Milo preocupado com ele. Não queria machucá-lo.
- Não... continue – olhou para Milo tentando sorrir.
Milo, então, continuou. Sabia que doía no início, mas sabia que depois melhoraria. Quando já havia entrado todo em Kamus, parou para que este se acostumasse. Teve que se segurar para não terminar tudo ali naquele momento. Beijou sua boca e seu pescoço várias vezes tentando fazê-lo se acalmar. Sentiu Kamus mexer um pouco os quadris e então começou a se movimentar lentamente. Voltou a masturbá-lo no mesmo ritmo que se movia. Aos poucos a dor ia sumindo, dando lugar a um delicioso prazer. Os gemidos iam ficando cada vez mais altos e desconexos. Há quanto tempo não sentia aquela sensação? Há quanto tempo não sentia aquele cheiro, aquele corpo? Como era bom! E ainda mais daquela forma... se soubesse que era tão bom... não. Não fora isso que o fizera não se entregar antes. Foi orgulho. Seu raciocínio se perdeu completamente quando sentiu Milo lhe tocando em certo ponto. Não conseguia mais pensar em nada, só nas sensações que o outro lhe proporcionava. Demoraram mais um tempo naquela dança até que chegaram ao êxtase, quase na mesma hora.
Milo acabou por continuar em cima de Kamus, deitado em seu peito. Kamus estava com o rosto virado, os lábios entreabertos tentando normalizar a respiração. Milo levantou o rosto para olhá-lo. As bochechas coradas, os lábios vermelhos, a franja grudado no rosto por causa do suor, os olhos fechados. Ficou olhando por um bom tempo. Não podia viver sem ele. Era fato. Viu Kamus aos poucos abrir os olhos e encará-lo. Kamus tinha medo. Tinha medo de que o que acabara de ocorrer não tivesse passado de desejo. Depois de tudo quilo, não ia agüentar. Ficaram se olhando por um bom tempo, até que o próprio Kamus resolveu quebrar o silêncio.
- E agora? – perguntou baixo, quase sussurrando.
- O que você acha? – perguntou ainda o olhando nos olhos.
- Não sei... tenho medo de me enganar, Milo... de ter entendido tudo errado... – não conseguiu conter algumas lágrimas.
- Você acha mesmo que eu conseguiria viver sem você? Que eu suportaria ver você morrer? Você acha que eu agüentaria Kamus?
- Milo... – não conseguiu falar nada. Mais lágrimas caíram por seu rosto.
- Eu te amo Kamus. Eu te amo. Não sei viver sem você. Não conseguiria – falou enquanto limpava as lágrimas que escorriam do rosto de Kamus. Viu Kamus sorrir. Kamus estava sorrindo. E não era um sorriso qualquer. Era um sorriso sincero. Ficou olhando aquele sorriso e não teve como não sorrir também. Riram juntos. Abraçaram-se. Choraram juntos. E se beijaram.
- Milo, por favor, não me abandone mais, nunca mais.
- Não vou te abandonar, Kamus, nunca. Também não me abandone nunca. E nunca mais pense em se matar, por favor.
- Nunca mais, Milo, faço isso de novo, eu juro. Não vou te abandonar nunca.
- Acho bom... Ah, esqueci. Feliz aniversário de um ano de namoro.
- Você... você lembrou, Milo? – falou chorando outra vez.
- Claro meu amor.
- Milo...
- Kamus...
Mais beijos, sorrisos, abraços e lágrimas. Tinha muitas coisas ainda para dizer, mas o momento falava por si. Ficaram ali, juntinhos, ainda por um tempo, antes de se levantarem e irem para a casa. Já estava escuro e não era bom Kamus ficar no sereno. Tomaram um banho, jantaram e foram dormir. Kamus dormiu logo, mas Milo ainda ficou olhando-o dormir. Era lindo. Colocou a mão em sua testa. Não tinha mais febre. Riu levemente. A doença dele era na verdade a separação. Apenas isso. Ficou lembrando de tudo que ocorrera. Os dois sofreram. Muito. Mas de agora em diante ia ser diferente. Agora ele tinha certeza. Kamus o amava. Era correspondido. Sentiu o sono chegar. Ajeitou-se nos braços do outro e deixou o sono vir. Dormiu com a certeza de que seria feliz e nada mais ia separá-los. Nada nem ninguém.
Fim
Olááá!!!
Depois de um bom chá de espera (desculpe gente u.u') chega o último capítulo da fic. \o/ Estou muito feliz por tê-la terminado (no início tava achando que não ia conseguir... ¬¬').
Gostaria de agradecer a todo mundo que me mandou reviews e, principalmente, a Nyu-cha pelo apoio e por ter betado a fic (vlw amiga!!!).
Sei que algumas pessoas esperavam uma vingança e coisa e tal, mas quando comecei a escrevcer a fic, queria focar eles dois, os sentimentos e a relação deles. Queria fazer uma fic romântica (apesar de ter saído mais dramática). Na verdade, não imaginei que a armadilha feita contra Milo fosse repercutir tanto... O_O Mas, se servir de consolo, estou com planos de escrever uma segunda fic, uma espécie de continuação ou sidestory, com algumas explicações, revelações e etc... e com uma vingança. Bom, mandem reviews dizendo o que acham. Aceito também sugestões, reclamações, etc.. ^^
Espero que tenham gostado da fic!
Bjs e até!
Srta. Hanajima