Por mais que o tempo passe
Jacob pov
Problema é o seu único amigo e ele está de volta novamente
Deixa seu corpo mais velho do que realmente é
E ela diz que esta tarde, ela precisa ir
Não temos muito o quê dizer nesse momento
Problema é o único caminho é para a tristeza, tristeza, tristeza
Eu podia dizer depois de tudo que eu era um homem feliz. Eu e Nessie nos casamos numa cerimônia simples ao ar livre, num dia particularmente seco em La Push. Meus primos, Seth e Leah, fizeram questão de que fosse o mais próximo do que restava da família possível. Charlie estava lá, talvez um tanto contrariado por sempre ter pensado que seria Bella quem estaria no lugar de Nessie. Sam e Quil também estavam lá e o que havia restado de alegria para mim neste mundo estava se multiplicando.
Não dá nem pra dizer o quanto Nessie estava linda naquele vestido leve e com cachos caindo de um coque feito as pressas e enfeitado com lilases. Tudo na vida passa com o tempo, ou pelo menos ameniza e a distância as vezes é uma benção. Eu sentia que agora eu poderia finalmente me libertar. Nós trocamos alianças e dissemos sim um ao outro com toda verdade e sinceridade naquilo que sentíamos. Eu não tinha dúvidas quando ela estava por perto, porque eu a amava e precisava dela.
Nossa casa em Seatle era confortável e grande de mais pra um casal recém casado. Meu velho carro foi substituído por algo mais novo e Nessie adotou o habito de usar minha moto antiga para ir ao trabalho no hospital central. A casa continuava grande de mais, até mesmo pra mim, mas isso foi algo que resolvemos em dois tempos.
No ano seguinte veio o primeiro menino, Brian. Ele nasceu forte como um touro, com olhos castanhos exatamente iguais aos de Nessie e com o cabelo tão escuro que parecia feito de pena de corvo, que fazia cachos quando crescia de mais. O pestinha cresceu rápido e logo eu estava ganhando cabelos brancos pelo que ele estava sempre aprontando.
Depois dele veio Jeremy. De pele bem mais clara e cabelos com um peculiar tom de cobre, tão lisos que jamais paravam arrumados, era o perfeito aluado. Criativo, divertido e sempre interessado quando eu estava concertando o carro. E no fim das contas veio a nossa garotinha, nossa Letícia, ou Tish, como Nessie preferia chama-la. É, a casa já não estava tão vazia mais.
Os anos se passaram e com as crianças sobrava pouco tempo para remoer o passado. Com tudo, as vezes eu me pegava lembrando dela e dos nossos anos de faculdade, nossas horas de conversa e até das vezes que brigamos. As únicas notícias que eu tinha de Bella eram aquelas que eram publicadas em tablóides e colunas sociais. Lembro de ter ficado particularmente feliz em saber que o primeiro filho havia nascido e que todos estavam bem de saúde.
De Edward eu só recebia o pagamento pelos meus serviços jurídicos e a generosa quantia que ele ainda mandava anualmente para mim como garantia de que eu não voltaria a me aproximar da esposa dele. E este era todo contato que tínhamos, muito mais do que eu desejava.
Depois de dez anos construindo uma vida estruturada e muito mais feliz do que eu jamais esperei chegou o momento. Aquele maldito instante em que tudo o que você pensa ser é colocado à prova. Carlisle havia enviado o convite para o baile de gala do aniversário da Corporação e junto com ele uma carta sincera. O velho doutor Cullen queria me ver, aparentemente não estava bem de saúde e queria a minha presença e a da minha família. Eu estremeci, mas no fim das contas, Nessie disse que já estava passando da hora de eu encarar meus fantasmas de frente e que eu não tinha mais nada a temer. Ela estava certa.
As crianças vieram conosco, seria impossível controlar aqueles filhotes de monstrinha quando descobrissem que estávamos indo para Nova York. Tish estava particularmente animada, Jeremy parecia mais interessado nas mesinhas do avião e Brian estava desconfiado como sempre.
Não posso negar que tudo aquilo estava me deixando nervoso, mas até encarar aquela festa de gala, onde Bella e Edward estariam desfilando como casal em frente aos repórteres, valia a pena só pra ver Nessie usando aquele vestido longo e preto, com renda nos ombros, sorrindo pra mim como se eu fosse a coisa mais incompreensível e necessária do mundo. Acho que eu havia me tornado um adolescente bobo e apaixonado depois de dez anos de casamento.
Entramos de mãos dadas no salão, meio perdidos no meio de tanta gente importante e luzes. Reencontrei Carlisle e Esme, que estavam exatamente iguais, como se o tempo não tivesse passado para eles. Não vi nem Bella, nem Edward enquanto caminhava tentando encontrar um lugar para mim e minha esposa, mas acabei interceptando uma garotinha acidentalmente.
- Oi mocinha! – eu disse quando ela esbarrou nas minhas pernas – Se machucou? – ela riu para mim como se fosse um sino de prata.
- Não. – ela disse – Qual seu nome? – ela perguntou enquanto sorria. Os olhos dela eram de um verde intenso e os cabelos muito escuros.
- Jacob, e o seu? – eu perguntei de volta.
- Elizabeth Alice Cullen. – ela respondeu estufando o peito e eu estremeci – Mas me chamam de Lizzie e aqueles são os meus pais. – ela apontou para o centro da pista de dança, onde um casal dançava harmoniosamente. Imediatamente reconheci o par de olhos castanhos que me encarou. Algo no rosto dela havia mudado, maturidade eu diria. Usava jóias e o vestido era feito sob medida por algum estilista famoso. Em outras palavras, ela era a mulher mais elegante e sofisticada que eu já havia visto. Nem mesmo Esme era daquele jeito. Lizzie correu em direção ao casal quando eles pararam de dançar.
Edward pegou a menina no colo e a rodopiou no ar. Ela soltou uma risada divertida e logo um menino, um pouco mais velho veio até eles, esfregando os olhos com sono. Bella sorria e afagava as crianças indulgentemente para depois beijar Edward nos lábios com carinho. Era como ver um retrato animado de uma família feliz e perfeita. Uma família real, sem defeitos e distante de todos os meros mortais. Aquela mulher linda, aquela mãe cuidadosa, aquela esposa dedicada usando jóias, aquela não era Bella.
A dor de anos voltou ao meu peito, mais branda, mas não menos melancólica. Era um amor que havia durado anos, um romance que havia morrido e a minha adorada amiga que havia sido sepultada entre tanto luxo, dever e poder. Bella havia morrido de alguma maneira e eu sentia pesar por isso. Foi então que eu me virei para a minha mulher, a minha garota, a minha monstrinha e antes que ela dissesse qualquer coisa, eu a puxei para os meus braços e a beijei como se o mundo fosse acabar nos próximos segundos. Aquela era a verdadeira razão da minha vida, por mais que um amor frustrado seja eterno.
Tão forte como você era
Carrego você
Estou vendo que você respira
Pela última vez
Uma canção para seu coração
Mas quando ele está tranqüilo
Sei o que significa
Edward pov
Se ela tivesse asas ela voaria para longe
E algum outro dia Deus lhe dará
Problema é o único caminho para a tristeza, tristeza, tristeza
Tão forte como você era
Carrego você
Estou vendo que você respira
Pela última vez
Uma canção para seu coração
Mas quando ele está tranqüilo
Sei o que significa
Eu quase enlouqueci quando descobri que Bella havia saído escondida da mansão para encontrar Jacob no aeroporto. Ela ignorou o estado de saúde delicado dela, ignorou um contrato pré-nupcial, ignorou a minha reação, tudo por causa dele. Não nego, eu tive medo que ela aproveitasse a situação para fugir com ele, mas uma parte de mim dizia que ela não seria capaz. Eu cheguei ao saguão de embarque louco de raiva e vê-la se despedindo dele daquela maneira despertou todo meu ciúme.
No momento em que ele me enxergou ele se afastou dela e junto com a enfermeira ele seguiu para o embarque. Eu corri o mais rápido que eu pude, vendo Bella escorregar lentamente em direção ao chão. Eu a amparei antes que ela caísse, ouvindo-a chorar convulsivamente, sem poder fazer nada além de guardar meu silêncio. Aquilo era doloroso, como uma faca cravada no peito, descendo até o meu estomago. Por que ele merecia tanto desespero e angustia da parte dela? Por que ela sofria tanto por Jacob ao invés de se preocupar com a saúde do nosso filho, por exemplo? Algum dia ela seria tão dependente de mim quanto ela era dele?
Eu a levei para casa e a coloquei na cama. Palavras não foram gastas para discutir este momento e jamais seriam, a menos que ela quisesse. Um dia ela iria confiar em mim para isso, mas no momento era melhor que ela sentisse aquela dor até que seu coração se cansasse e então começaríamos a nossa vida. A única coisa que eu fiz, foi chamar o médico para me assegurar de que estava tudo bem com ela e o bebê.
O restante da gravidez foi tenso e estressante de várias maneiras. Bella parecia à criatura mais infeliz do mundo e até minha mãe chegou a questionar se aquele casamento era o melhor para nós, mas eu não a deixaria sozinha naquele mundo sombrio em que ela havia se trancado. Eu estaria do lado dela enquanto ela estivesse aos pedaços, eu estaria ao lado dela quando ela se reconstruísse.
Finalmente chegou o dia. Bella foi levada à maternidade em caráter de urgência quando as dores começaram. Eu fiquei a beira da loucura quando o médico disse que ela teria que fazer uma cesariana e eu não poderia entrar com ela. As horas se arrastaram enquanto eu estava na sala de espera, bebendo todo café que eu conseguia ingerir. Alice se manteve do meu lado silenciosa e leal, e Jasper, mesmo calado, parecia transmitir alguma paz para mim. Depois de um tempo incalculável para mim fui informado de que eu era pai de um menino saudável e que Bella passava bem.
Depois de tanto tempo contemplando Bella se afogar em sofrimento e desespero, eu a vi sorrir no momento em que segurou o bebê pela primeira vez. Anthony pareceu trazê-la de volta a vida e de volta para mim. Silenciosamente, os olhos dela me pediam perdão e eu nunca disse nada, mas concedi. De uma maneira meio tortuosa, nossas vidas começaram a entrar nos eixos.
Pouco a pouco ela ganhava vida nova. Havia sorrisos pela casa, choro de criança, agitação e uma felicidade contagiante ao redor do primeiro neto na família. Meu casamento parecia mais real, deixei de ser o vilão para ser o cúmplice dela na nossa história. Jacob havia partido e deixado ela para trás, quase incapaz de viver sem a presença dele, agora era o meu dever substituí-lo e cuidar da felicidade de Bella. Depois de dois anos de conciliação, nós estávamos esperando mais uma criança.
Somente quando Elizabeth nasceu eu entendi o que Bella queria dizer com "amar duas pessoas ao mesmo tempo". Bella era a mulher da minha vida, Lizzie era a garotinha dos meus sonhos. A pequena princesa Cullen.
Era a primeira vez que as crianças nos acompanhavam num evento social da empresa. No aniversário da Corporação eles estavam lá, assistindo de camarote a importância do nome Cullen, entendendo que eram filhos da nobreza. Bella me acompanhou a pista de dança, como fazíamos todos os anos numa celebração particular de nosso relacionamento. Eu a rodopiei entre meus braços, senti suas curvas com minhas mãos e entrelaçados nós dançamos como na primeira vez. Era como sentir o universo dentro de mim, eu tinha absolutamente tudo que um homem poderia desejar.
Foi quando eu vi de relance Lizzie conversando com um homem alto e moreno, de cabelos negros e lisos. Eu estremeci ao ver Jacob Black conversando com minha filha enquanto ela indicava o lugar onde eu e Bella estávamos. Ele nos encarou por alguns instantes e eu tinha certeza de que Bella já tinha notado a presença dele. Meu sangue congelou nas minhas veias e só voltei a mim quando Lizzie correu em minha direção. Eu a levantei no ar e rodei como sempre fazia dês de que ela era bebê. Quando Anthony veio até nós, Bella pareceu voltar para a nossa realidade. Ela foi amável com as crianças e leal a mim. Talvez todo meu medo fosse desnecessário e no fim de tudo ela era uma mulher que havia pedido por amor e encontrado. Talvez nosso amor fosse genuíno e suficiente o bastante para manter aquele casamento até que a morte nos separasse, mesmo que Jacob estivesse ali.
Eu vou levar você para casa
Eu vou levar você para casa
Bella pov
Todos querem ver a beleza das
Luzes da cidade de New York
E verões foram tirados do mundo da garotinha
Esta noite
Mas as estrelas e listras
É incrível como às vezes podemos desejar tanto a morte rápida e indolor. Quando Jacob me afastou e caminhou em direção ao portão de embarque, senti uma parte de mim ser arrancada brutalmente. Eu não conseguia respirar, minha cabeça latejava e eu não saberia nem mesmo dizer quem eu era. Se aquilo não era a morte, então eu não sabia o que era. Cada pedaço, cada parte do meu corpo doía e gritava tentando impedir que ele fosse, enquanto minhas lágrimas desciam copiosamente pelo meu rosto.
Senti meu corpo escorregar lentamente em direção ao chão, já que minhas pernas não respondiam mais ao meu comando. Tudo ao meu redor era borrado e confuso e a única coisa que eu senti naquele momento foi algo forte e rígido me amparando antes que eu caísse. Eu tinha a vaga consciência de que era Edward quem estava do meu lado, mas eu não conseguia captar mais nada. Sabia que mais tarde seria inevitável uma conversa sobre o comportamento vergonhoso que eu estava tendo. A nova senhora Cullen, grávida de quatro meses, chora histericamente no aeroporto vendo seu ex namorado e melhor amigo indo embora para buscar sua merecida felicidade. Os repórteres teriam um prato cheio com isso.
Mas a conversa não veio e eu me entreguei a dor por completo, sentindo a perda de uma parte vital em mim, sentindo como se eu estivesse morrendo aos poucos, ou me transformando em algo absolutamente estranho e desconhecido. Edward não dizia uma única palavra sobre minha apatia, mantinha-se vigilante e cuidadoso, sempre preocupado comigo e com o bebê que eu carregava. O tempo foi passando, a dor oscilava e eu apenas contemplava o vazio da minha vida sem a risada gutural de Jake.
Então veio mais uma dor, mas desta vez ela não era subjetiva e indefinida, ao contrario ela era bem física e vinha em espasmos na região do meu ventre. Meu filho estava a caminho e aquilo pareceu me puxar de volta ao mundo como uma rede de salvação. Agora eu precisava sair do limbo, eu não poderia ser egoísta ao ponto de ignorar que aquela criança dependia de mim.
Minha pressão descontrolada obrigou os médicos a optarem por uma cesariana e eu tive de ser sedada para não correr o risco de a pressão subir ainda mais. Eu fiquei inconsciente por um tempo indefinido e quando acordei uma das pessoas que estava ao meu redor colocou em meus braços um pacotinho bem enrolado. Eu segurei meu filho nos braços e o apertei forte contra o peito, deslumbrada com a idéia de que ao menos ele jamais seria tirado de mim. Contemplei a penugem castanha avermelhada que cobria a cabecinha dele, o desenho dos lábios pequenos e as mãozinhas que se fechavam ao redor do meu dedo mindinho enquanto ele dormia serenamente, ignorando a mãe abobalhada que o balançava no colo.
Anthony foi a minha salvação e se tornou motivo de orgulho para a família inteira. Raras às vezes em que vi Edward sorrir de uma maneira tão plena e satisfeita, quanto fazia quando estava com o filho no colo. Vendo meu marido agindo tão protetoramente com o nosso garoto eu comecei a amolecer e me aproximar do homem com quem eu havia me casado e mais uma vez voltei a me apaixonar.
Sim, eu amo Edward. Nunca será como aquilo que eu sinto por Jacob, mas era igualmente intenso e contagiante. Eu descobri como era bom voltar a sorrir, como era bom sentir a felicidade colorir a vida. Quando meu filho nasceu, Charlie veio nos visitar e contou que Jacob estava casado com Nessie. Mesmo sentindo uma pontada no peito, aquilo me deixou satisfeita e eu pude me concentrar totalmente no meu próprio casamento.
Depois de dois anos eu havia me transformado na perfeita senhora Cullen. Deixei de trabalhar na parte jurídica da Corporação e passei a administrar as ações sociais da Associação Cullen de Ajuda Humanitária. Para completar a história, eu e Edward tivemos uma filha. Elizabeth foi o maior dos presentes e a única criatura que conseguia roubar a atenção do meu marido de mim.
O tempo passou e eu nunca mais tive noticias de Jacob além daquelas que meu pai me transmitia. Eu me tornei uma mãe dedicada e uma esposa amorosa. E quanto à dor, ela nunca me deixou realmente, mas se tornou mais branda de modo que eu aprendi a conviver com ela.
No baile de gala em comemoração ao aniversário da empresa decidimos que as crianças deveriam ir conosco. Era a primeira vez que eles iam a um evento formal da Corporação e viam os pais dançando como dois namorados adolescentes no meio da pista de dança. Enquanto eu estava nos braços de Edward, sendo guiada por seus passos eu pude ver de relance a figura estranhamente familiar e imponente se erguendo depois de conversar com a minha filha.
Jake encarou a mim e ao meu marido por alguns instantes, talvez meio surpreso ou até mesmo chocado. Eu não o culpava, eu realmente já não me parecia em nada com a garota simples e boba que eu fui um dia. Eu era Bella Cullen agora e nada mais além disso.
Jacob olhou atentamente quando as crianças vieram até mim e Edward. Ele pegou Elizabeth no colo e rodopiou como sempre fazia, enquanto Anthony ia até a barra do meu vestido me chamando para ir embora porque estava com sono. Foi como observar as duas estradas na minha frente mais uma vez. Em uma delas havia Edward e nossos filhos tão lindos e carentes da minha atenção, enquanto no outro havia Jake e seu sorriso radiante como o sol, mas agora eu não tinha mais escolha. Eu pertencia ao mundo dos Cullen agora.
Então eu vi Jacob encarar a mulher ao lado dele. Era Nessie, com certeza, com o rosto um pouco mais maduro do que anos atrás, mas inegavelmente linda e radiante como sempre. Ele a olhava como devoção indescritível, com tamanha intimidade que eu me sentia constrangida apenas de olhar para os dois, como se a vida dele existisse em função da dela. Eu me perguntei se algum dia eu teria sido merecedora daquele olhar, ou do beijo apaixonado que eles trocaram. Eu desviei o rosto e encontrei Edward ao meu lado, igualmente inseguro pela presença de Jake.
Somente então eu percebi que Edward tinha exatamente o mesmo olhar que Jacob. A mesma expressão de devoção e ela estava dirigida a mim. Talvez fosse isso, no fim das contas ele era o homem destinado a mim, feito a minha medida, apenas esperando para ser amado em retorno. E eu o amava, por mais que a dor que eu sentia por Jake me acompanhar sempre, era Edward quem estava do meu lado, sempre cuidando para que eu não sucumbisse. Ele era o amor da minha vida e agora eu poderia seguir em frente junto com ele.
Minha mão entrelaçou a dele possessivamente e eu colei meu corpo ao dele insinuante. Ele me abraçou com apenas um dos braços e beijou meu pescoço, me fazendo arrepiar. Não havia lugar mais seguro que os braços dele.
- Você está bem? – ele perguntou bem perto do meu ouvido. – Nós podemos ir embora se você quiser.
- Eu não vou fugir de nada, Edward. – eu respondi enquanto afundava minha mão nos cabelos dele.
- Só estou querendo evitar que você se sinta mal. – ele disse – Não precisa me provar nada, Bella. – ele me abraçou mais forte.
- Não estou querendo provar nada. – respondi baixo – Só percebi que depois de dez anos a vida pode mudar muito uma pessoa. Eu não sou a Bella que ele conheceu quando era jovem, eu não sou mais a garota da vida dele.
- E quem você é agora? – ele me afastou apenas o bastante para me encarar nos olhos.
- Eu sou Bella Cullen, mãe de duas crianças lindas e adoráveis, e talvez a mulher mais satisfeita do mundo. – eu falei com convicção – Eu sou a sua Bella. – depois disso ele me beijo, apaixonada e desesperadamente, como se tivesse esperado a vida inteira para ouvir aquilo.
Tão forte como você era
Carrego você
Estou vendo que você respira
Pela última vez
Uma canção para seu coração
Mas quando ele está tranqüilo
Sei o que significa
E eu vou levar você para casa
Edward pov
Tão forte como você era
Carrego você
Estou vendo que você respira
Pela última vez
Uma canção para seu coração
Mas quando ele está tranqüilo
Sei o que significa
Há pessoas que deixam seus caminhos serem escolhidos por outros. Há pessoas que lutam eternamente por um objetivo, ou pela própria felicidade, se preferir. E há pessoas que ficam no inferno só porque sabem o nome das ruas.
Eu nunca fui a melhor pessoa do mundo, nem nunca tive a pretensão de ser. Talvez alguém pense que Jacob era realmente a melhor escolha, só porque ele tem mais caráter. Há também aqueles que dirão que eu era apenas o mais charmoso e convenientemente rico e só por isso fiquei com Bella. Há ainda quem pense que foi tudo por dinheiro. Talvez todos estejam realmente certos, mas quem pode julgar tudo com absoluta certeza?
Se vocês tiverem sorte, jamais viverão uma história como essa. Se tiverem mais sorte ainda, amarão uma pessoa para toda vida sem ter a constante dúvida de ser apenas a segunda opção. Nem todos têm tanta felicidade assim, mas eu dou graças por ter alguma alegria.
Eu continuo sendo Edward Anthony Masen Cullen, um homem que sabe e tem sempre o que quer. E pra quem duvidou disso vale lembrar que agora ela se chama Isabella Mary Swan Cullen, e ela é minha.
E eu vou levar você para casa
Eu vou levar você para casa
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Rain turns the sand into mud
Wind turns the trees into bone
Stars turning high up above
You turn me into somebody loved
Nights when the heat had gone out
We danced together alone
Cold turned our breath into clouds
We never said what we were dreaming of
But you turned me into somebody loved
Someday when we're old and worn
Like two softened shoes
I will wonder on how I was born
The night I first ran away from you
Now my feet turn the corner back home
Sun turns the evening to rose
Stars turning high up above
You turn me into somebody loved
*Somebody loved (da banda The Weepies)
Nota da autora: É pessoal, acabou. Mais uma vez agradeço a todos por terem lido e comentado esta história. Espero que tenham gostado e continuem de olho no meu profile porque eu posso postar algo novo a qualquer momento (eu sempre invento coisas e posto sem avisar).
Essa é uma fic que deu trabalho, mas foi incrivelmente prazerosa de escrever, mesmo que nos últimos capítulos eu tenha me sentido meio mal por ter tornado tudo tão denso. É, eu sei que está muito "corta pulso", mas eu gostei do mesmo jeito e espero ter agradado vocês.
Eu dedico esta fic a todas as garotas que têm comentado. A vocês o meu muito obrigada.
A música intercalada no capitulo é do James Blunt e se chama Carry You Home.
Comentários continuam sendo coisas adoráveis, mesmo quando a fic acaba. Então, CONTINUEM COMENTANDO!
Bjux
Lady Bee