N/A: (1) – Harry Potter e seus personagens não me pertencem. E sim a J.K. Rowling.

(2) – Essa é uma história Slash (relacionamento Homem x Homem) e Mpreg (Gravidez masculina. Sim, eles são magos e podem aparecer de um lugar para o outro, andar por chaminés, transformar-se em outras pessoas através de poções, por que não engravidar quando possui magia forte o bastante para isso?). Se não gosta ou se sente ofendido é muito simples: Não leia.

(3)
Entre: - "..." - pensamentos e conversas mentais.
Entre: - ... – diálogos
Itálico: Parsel (língua das cobras).

(4) Aconselho ler Poison (a primeira temporada) antes.

Poison II - Né et Renaître.

Uma enorme festa acontecia no jardim da Mansão Riddle, mas ao contrário das habituais e aristocráticas festas que o ministro Tom Riddle costumava dar, aquela contava com dezenas de crianças correndo e brincando pelo verde gramado. Todas não economizavam energia para aproveitar os maravilhosos brinquedos que o Lord mandara trazer para transformar seu jardim num verdadeiro parque de diversões mágico que expunha desde montanhas-russas na velocidade do som até carrosséis com exóticos animais mágicos de verdade. Além disso, um maravilhoso Buffet montado pelos melhores "magos-chefs" do mundo mágico agradava a todos os paladares, pois oferecia desde salmão grelhado ao molho de ervas finas e vinho Proseco Italiano até hambúrgueres de filé com batatas fritas e sucos de frutas.

- Parabéns para você, nessa data querida! Muitas felicidades, muitos anos de vida!

Todas as crianças filhas dos aliados de Tom, dos parceiros políticos e dos amigos de Harry, pareciam extasiadas e emanavam felicidade por cada fibra de seus seres, mas nenhuma se comparava ao encantador menino que se encontrava no alto dos pequenos degraus de mármores, feitos com magia, para que alcançasse a enorme mesa onde estava o majestoso bolo em forma de serpente, com cinco velinhas agrupadas no centro e que capturava todas as atenções do lindo garotinho. Este batia palmas junto com todos, estando entre seus orgulhosos pais.

- Para o Eric nada! – sua "mamãe", o rapaz mais jovem de brilhantes olhos verdes que sorria encantadoramente, gritou.

- TUDO! – os outros responderam em coro.

- Então como é que é?

- É! É pique, é pique! É pique, é pique, é pique! É hora, é hora! É hora, é hora, é hora! Ra-Tim-Bum! ERIC! ERIC! ERIC!

Todos batiam palmas e sorriam, contemplando como o animado menino soprava as velinhas e após o aclamado momento de fazer os pedidos, Harry Potter, agora mais do que nunca, Harry Potter Riddle, abraça carinhosamente seu filho enquanto segurava na pequena mãozinha para "ajudá-lo" a partir o bolo. Sem duvida uma cena mais do que encantadora.

Harry agora contava com seus 21 anos, mas ainda conservava a doce e delicada aparência de um jovem entre 17 e 18 anos, simplesmente de tirar o fôlego de qualquer um. De qualquer um que se atrevesse a encarar o belíssimo esposo do temível Ministro da Magia, outrora Lord das Trevas. O corpo esbelto e de cintura fina, escondido por uma caríssima e preciosa túnica verde esmeralda, ainda mantinha a mesma estatura pequena que encantava a todos, os cabelos negros e bem cortados, agora na altura das orelhas, estavam mais revolvidos do que nunca, acentuando a marca registrada e extremamente sensual da família Potter. As feições finas, os lábios convidativos, aquele ar de anjo que fugira do paraíso... Harry com certeza continuava o mesmo encantador menino que há alguns anos fora parar nos braços do Lord, com a diferença de que agora uma aura maternal repleta de felicidade emanava de cada sorriso. E os exuberantes olhos verdes, Ah, aquelas preciosas jóias que faziam muitos suspirarem, mas que encaravam com verdadeiro amor apenas o herdeiro de Slytherin, pareciam mais brilhantes que nunca devido à alegria de compartilhar um momento tão especial como este com sua família.

"Família".

Que lindo isto soava para o jovem órfão que conheceu o amor nos braço do assassino de seus pais, mas que jamais se arrependeria disso. Tom era o homem de sua vida e mesmo depois de quase seis anos de convivência, a paixão, o amor e o desejo ficavam maiores a cada dia. A cada olhar. A cada toque. A cada beijo...

- Para quem é o primeiro pedaço do bolo, Eric? – uma conhecida voz grita ao fundo. Obviamente todos sabiam que se tratava de Sirius Black, o "avô" mais orgulhoso e coruja do mundo.

- Hummm... O primeiro pedaço é para... – sorria, olhando de um lado para o outro com o pratinho de cristal na pequena mãozinha. Mas antes que alguém pudesse perguntar novamente, o lindo menino já pegava um garfinho de prata e partia o delicioso bolo de chocolate branco e preto mesclados, em dois pedaços -... Para o papai e para a mamãe!

- Êêêêêeeee!!!

Os aplausos logo vieram, seguidos do estalado beijo de Harry na bochecha rosada de seu filho e do bagunçar de cabelos cortesia de seu orgulhoso, porém sempre imponente, pai.

Tom observava, divertido, a ligeira cor carmim que discretamente se apoderava das bochechas de Harry. Coisa que sempre acontecia quando Eric o chamava de "mamãe" na presença de todos, mas que o jovem Gryffindor desistira de tentar mudar. O Lord sorria internamente lembrando-se que seu esperto filho logo aprendera a chamar Harry de mamãe, fazendo jus às noites em que Tom repetia isso, várias e várias vezes, apontando para seu lindo esposo adormecido na cama enquanto sujeitava carinhosamente o pequeno bebê em seu colo. O astuto bebê logo associou as duas imagens, sua "mamãe" o amava, cuidava e protegia, mas seu "papai" o amava, cuidava e era o único que poderia proteger a ele e a sua mamãe. Harry, a princípio ficou da cor dos cabelos da família Weasley quando seu pequeno bebê o chamou assim pela primeira vez e logo tentou desfazer essa imagem:

"É papai, amor... – sorria com certo nervosismo – Papai Tom e papai Harry, ok? Ou papai Tom e papi Harry, você escolhe, mas mamãe não..."

"Mamãe!"

"Oh Merlin... Veja bem, querido, mamãe é para meninas e eu sou um menino igual a você.

"Mamãe!"

"Harry... – uma burlona voz interrompe o desespero de seu jovem esposo -... Deixe de bobagens, a palavra mãe não precisa ser aplicada só a mulheres.

"Você diz isso porque não é com você!" – responde com um lindo biquinho contrariado.

Tom, por sua vez, tentava conter os risos, mantendo-se o mais sério possível.

"A palavra mãe vem do latim e significa origem, Harry. Substantivo. Quem deu a luz a um ou mais filhos. Fonte. Origem da vida."

"Sério? – pisca várias vezes – Humm... Você memorizou algum dicionário por acaso?"

"Engraçadinho..."

O fato é que Harry teve que desistir de seus falhos intentos, pois seu lindo, esperto e cabeça-dura filho nunca mais tirou de sua mente os preciosos ensinamentos de seu papai Slytherin. Coisa que o pobre Gryffindor teve que aceitar e que de certa forma não o incomodava tanto assim, afinal, ele realmente dera origem ao encantador garotinho que roubava sorrisos por onde quer que passasse.

- Mamãe, já posso ir brincar?

- Hummm... – sorri ao ver aqueles conhecidos olhinhos de cachorrinho sem dono que sempre conseguiam qualquer coisa – Certo, mas cuidado para não se sujar.

- Êba! Você é o melhor, mamãe!

- Cof... Cof... – uma fingida tosse logo faz o menino correr para abraçar seu papai.

- E você também, papai!... Fui!

Aquela graciosa rajada de vento logo some em meio às outras crianças, provavelmente para organizar algum jogo ou brincadeira que caracterizavam o espírito de liderança e competitividade que sem duvida herdara de seu orgulhoso pai.

Tom Riddle, atualmente mais conhecido como "O Melhor Ministro da Magia de Todos os Tempos!" mostrava-se o mesmo atraente, charmoso e sedutor homem de trinta e poucos anos que Harry avistara pela primeira vez, rejuvenescido e maravilhoso daquela forma, na Casa dos Gritos há mais de seis anos. O corpo másculo de músculos firmes e bem trabalhos estava oculto baixo uma elegante túnica negra. O impecável cabelo negro emoldurava sua face varonil e aristocrática, com aqueles exuberantes olhos cor de fogo, frios como gelo, mas que sempre ardiam em chamas de paixão e desejo ao contemplar Harry. Sua figura imponente marcava presença e com um simples olhar exalava sensualidade onde quer que estivesse, arrancando vários suspiros que logo eram contidos pelas miradas assassinas de seu ciumento esposo. Um verdadeiro Lord de porte aristocrático, frio, imponente, superior e acima de tudo poderoso. Um poder e pura elegância que sempre encantou o pequeno Gryffindor.

- Acho que ele está se divertindo... – a rouca e sensual voz do Lord ecoou próxima ao pescoço alvo de Harry enquanto este era languidamente abraçado pela cintura.

- Tenho certeza – contém um suspiro, cerrando levemente os olhos – Você praticamente transformou o jardim na Disneylândia.

- Não compare meu precioso jardim com esses lugares Muggles – morde o pescoço do menino levemente, fazendo este estremecer em seus braços -... Afinal, Eric merece tudo do bom e do melhor.

- Claro... E com o pai coruja que ele tem...

- Pai, por sinal, que você adora – sorri com malicia para logo morder-lhe o lóbulo da orelha, local onde sabia que o Gryffindor não resistia.

- Ahh...

Mas antes que Harry pudesse replicar decentemente, ou do Lord continuar sua doce tortura, uma conhecida e descontente voz os interromperam:

- Hey! Há crianças aqui seu depravado! – dirigindo-se obviamente ao Slytherin.

- Cale a boca, Black. Ninguém pediu sua opinião.

- Não acredito que meu neto está crescendo nesse antro promíscuo!

- SIRIUS! – a face de Harry havia adquirido a cor dos olhos de seu marido.

- O que foi? – pergunta inocentemente – Esse aí deflorou sua inocência sem nenhuma consideração, Harry, como você não quer que eu me preocupe com o exemplo que estão dando para o meu neto!

- Pois o seu neto, Black, é o MEU filho – estreita os olhos, sentindo como Harry segurava firmemente sua mão para não ver o padrinho assassinado – e ninguém pode educá-lo melhor do que eu!

- Ah, claro... Mas voc.. Ai! – solta um pequeno grunhido ao sentir o doloroso beliscão que Lupin dava em seu braço.

- Deixe de ser mal educado, Sirius! – diz severamente, juntando-se a eles – Estamos aqui como convidados!

- Mas...

- Isso mesmo, Black, cale a boca.

- Ora seu...!

Harry, por sua vez, apenas balançava a cabeça negativamente sabendo que aqueles dois nunca teriam jeito, mas já era alguma coisa o fato de estarem no mesmo ambiente sem maldições pelo meio. É claro que logo deixou de pensar nos dois adultos quase se matando quando avistou seu filho brincando de Quadribol com a vassoura de ultima geração que ganhara de Tom e que garantia seu sucesso como apanhador – o que enchia Harry de orgulho – e obviamente como capitão do time, dando ordens a esmo – o que, sem duvida, fazia o Lord estufar o peito dizendo: "Puxou ao pai".

Eric...

Cujo nome Harry escolheu por significar: "Poderoso como uma águia". Animal este de grande astúcia e coragem, que sempre se mostra atencioso com a família, mas que não perdoa qualquer um que ouse ameaçar quem ama. Exatamente como o próprio menino.

Eric Thomas Riddle com certeza era o excelente resultado da união dos dois magos mais poderosos de todos os tempos. Um menino inteligente, poderoso, audacioso, de personalidade, astúcia, coragem e uma crescente curiosidade que o fazia acender ainda mais como mago e é claro, como pessoa. Eric também era extremamente carinhoso, doce e terno com seus pais, amigos e com quem amava, mas podia muito bem se mostrar arrogante e frio com qualquer um que o intimidasse ou que não tivesse sua confiança, mostrando que mesmo aos cinco anos de idade era filho de Tom Riddle, antigo Lord das Trevas, e que não perdoaria qualquer um que tentasse ameaçar sua família.

Os penetrantes olhos vermelhos do menino eram exatamente iguais aos de seu pai, porém não continha aquela frieza característica e não amedrontava qualquer um que se visse fitado por aquele par de jóias escarlates. Os brilhantes olhos de Eric emanavam, na verdade, calor e afeto a qualquer um que os contemplasse, mostrando que seu coração era o de uma pura e inocente criança de cinco anos que amava sua família mais do que tudo. Seu pequeno corpo era cortesia de Harry, fazendo com que aparentasse pouco mais de três anos, ao invés de cinco, mas isso servia apenas para acentuar sua aura angelical e encantadora. Esta ficava ainda mais aparente com a belíssima túnica pérola cravejada de rubis e diamantes que o menino usava. Simplesmente um anjo. Um anjo com penetrantes olhos cor de fogo e um cabelo que, sem dúvida alguma, era herança da família Potter, o que aguçava ainda mais aquele ar sapeca que o caracterizava. Mas para orgulho ainda maior de Tom, seu filho herdara fisicamente de Harry apenas a altura e o cabelo revolvido, pois de resto era uma cópia exata do Lord. Suas feições, jeito de andar, portar-se... Era como ver um Tom Riddle de cinco anos, porém menor e com lindos cabelos bagunçados. Simplesmente perfeito.

- Meu afilhado não é a coisa mais linda do mundo? – Rony perguntava com um exuberante sorriso no rosto, juntando-se aos outros com Hermione – Ele é tão bom apanhador quanto você, Harry! É incrível! Aposto que será profissional...

- Não diga bobagens, aposto que ele seguirá em algum ramo cientifico! Oh, é tão inteligente! – Hermione também sorria animada ao falar do afilhado.

- Hum! – O Lord, no entanto, revirava os olhos perguntando-se porque diabos deixara aquele idiota Weasley e a "sabe-tudo" serem padrinhos de seu filho.

- Eric ainda terá muito tempo para escolher – Harry sorria – Mas sem duvida é puro talento! E ele adorou o conjunto dos Chudley Cannons que vocês deram.

Ah, agora se lembrava...

Por "sutil" insistência de Harry, falando que se não fosse assim não dormiriam juntos até o próximo outono. Chantagem baixa e desconsiderada que ele não pôde evitar sucumbir, pois não queria dormir sem aquele agradável calor do pequeno corpo de Harry junto ao seu. E não saberia o que fazer ao ficar tanto tempo sem escutar a melodiosa voz de Harry gemendo o seu nome...

"Tom"

Mordendo aquele fino lábio rosado para tentar se conter, enquanto cerrava os olhos com deleite.

"Tom..."

Arranhando suas costas à medida que arqueava o corpo com cada toque, cada beijo, cada investida enquanto...

- TOM? – pela terceira vez o jovem Gryffindor o chama – Está tudo bem?

- Ãhn?... Sim, claro... – respira fundo, tentando afastar aquelas imagens de sua mente e não se concentrar tanto no fato de estar abraçando aquela fina e convidativa cintura que pedia para ser marcada com seus... Er... Enfim... – O que diziam?

Harry suspira.

Às vezes seu marido se distraia nos momentos mais impróprios.

Quisera ele saber o que se passava pela retorcida mente do Lord naquelas horas...

- Os produtores estão perguntando que horas é para soltar os fogos?

- Ah, certo – retoma seu característico ar imponente, voltando-se aos homens que contratara para organizar o majestoso evento – ao anoitecer. E não quero falhas.

- Sim senhor! – respondem prontamente para logo saírem às pressas e verificar tudo.

Harry não sabia se sorria ou se balançava a cabeça negativamente ao ver o ar de satisfação que seu marido exibia ao contemplar os pobres homens se afastando obviamente amedrontados. Mas era como Tom dizia:

"Uma vez Lord das Trevas, sempre Lord das Trevas".

Não tinha como não temerem àquela postura fria e imponente que desprendia poder e magnitude com um simples olhar. E Harry, por sua vez, sentia seu corpo estremecer inevitavelmente ao contemplar tamanho domínio e segurança em uma só pessoa. É claro que nessas horas o Gryffindor não podia deixar de sorrir embelezado ao lembrar-se de uma das poucas vezes em que o poderoso Lord perdeu o controle da situação e de seus sentimentos...

(Flash Back)

Harry estava acompanhando seu marido em uma importante reunião no ministério, pois há quase dois meses, quando retornaram da lua de mel, trabalhava como "Diplomata e Secretário de Estado", um cargo logo abaixo de Ministro da Magia idealizado pelo próprio Lord para estar à maior parte do tempo com seu jovem esposo, mas onde este se mostrava exemplarmente competente e acabara levando muitos benefícios à população. No entanto, mesmo após esses meses de reuniões e mais reuniões, Harry nunca presenciara um encontro tão insuportavelmente chato como este que estavam tendo com o Ministro da Magia da Romênia, até Tom parecia conter um bocejo enquanto o homem falava, falava, falava e falava incansavelmente sobre seus dragões.

Os quatro – ele, Tom, o chatíssimo Ministro e o assessor deste que parecia mais interessado em sua cicatriz do que em outra coisa – estavam na sala de reuniões principal. Tom sentava-se na cabeceira da enorme mesa retangular de mogno, em madeira escura, com Harry logo ao seu lado direito, o tedioso ministro ao lado esquerdo e o assessor ao lado do chefe.

- Era um dragão enorme! Quase tão grande quanto o que o senhor matou aquela vez no Torneio Tribruxo, senhor Harry! Oh, me lembro bem... Que vôo impressionante! Que mira! Que agilidade!

- Hehehe... – Harry dá um sorrisinho nervoso, perguntando-se por que deixara sua capa de invisibilidade em casa, pois não via à hora de sumir dali.

Afinal, já tinha quase uma semana que não se sentia muito bem. Tonturas logo cedo, sua pressão parecia sofrer uma queda livre e uma sonolência imprópria logo o invadia, isso sem contar que até o cheiro de seu apreciado waffle lhe embrulhava o estômago.

- "Acho que foi alguma coisa que eu comi... – pensava distraidamente – Alguma coisa que me atacou o fígado".

Para alívio do jovem Gryffindor, finalmente o Lord decidiu recuperar o tema da discussão inicial e puderam passar os restantes vinte minutos debatendo sobre o que realmente interessava, ou seja, comércio e alianças políticas. Dessa forma não demorou muito para Harry, por fim, despedir-se do inconveniente Ministro e de seu assessor, passando a acompanhar seu marido de volta ao gabinete deste. Porém o jovem mago não conseguia prestar muita atenção nos sarcásticos comentários que o mais velho fazia sobre a sanidade do outro Ministro, pois a estranha tontura voltava a assolá-lo, o forçando a sujeitar-se discretamente na parede do corredor para não cair.

- Você não acha, Harry?

-...

- Harry?

-...

- Harry? – ao contemplar seu esposo, o Lord arqueia uma sobrancelha numa expressão preocupada – Está tudo bem?

- Aham... – mente.

- Você está muito pálido, o que aconteceu?

- Não se preocupe, eu só estav... – porém a frase se perde nos trêmulos lábios de Harry, pois este acabara de desfalecer nos braços fortes de um incrédulo Lord.

Todos que transitavam por aquele corredor ficaram em choque e não demoraram mais do que dois segundos para ouvir o implacável e preocupado grito:

- TRAGAM UM MEDIMAGO, AGORA!!!

-x-

Foram necessários apenas 8 minutos e 32 segundos meticulosamente cronometrados por Tom para que Avery e Nott voltassem com um medimago. O desconcertado homem ao avistar o eterno "menino-que-sobreviveu" desmaiado no elegante sofá de couro negro do gabinete do Lord não pensou duas vezes e já se pôs a trabalhar sob o olhar de um preocupado Ministro. Após alguns rápidos movimentos de sua varinha, verificando a pressão, temperatura e sinais vitais, o gabaritado bruxo arqueou uma sobrancelha encarando fixamente o pequeno corpo desfalecido à sua frente.

- Então? – o Lord pergunta impaciente, não gostando nem um pouco do demorado olhar que era lançado ao seu esposo.

- Er... Ãhn?... – pisca várias vezes, voltando finalmente à realidade – Oh, sim, sim... Encontrei uma curiosa alteração mágica no organismo de seu esposo, senhor.

- E...?

A preocupação era evidente no olhar do Lord.

E se Harry estivesse doente?

E se não houvesse cura?

E se o perdesse?

Não! Não podia sequer cogitar essa possibilidade! Moveria céus e terras, iria ao inferno se fosse preciso, mas não ficaria sem Harry!

- Seria melhor levá-lo a St. Mungus, senhor, pois sem os exames completos não posso afirmar nada.

- Estamos esperando o que então?

- Eu não...

- RODOLPHUS!!!

Na mesma hora o aludido aparece, fazendo uma respeitosa reverência ao amo:

- Pois não, Mi Lord?

- Tome conta de tudo até segunda ordem – diz rapidamente e não espera nem o comensal confirmar para aparatar com Harry e o medimago em direção ao famoso hospital dos bruxos.

Ao chegarem, na mesma hora, o andar de emergência inteiro se vê mobilizado para cuidar de Harry. Os mais conceituados medimagos de diferentes setores logo estavam em volta da maca branca onde o menino se encontrava. Parecia até que se tratava de uma perigosa cirurgia onde os melhores especialistas trabalhavam em conjunto para garantir o sucesso, todos com suas máscaras, jalecos e varinhas fazendo mais e mais exames enquanto o angustiado Lord esperava do lado de fora. E foi em meio a esse cenário de "Plantão Médico" ou "ER" – famosa série de medicina muggle – que Harry acordou, olhando em volta sem entender nada.

- Er... Com licença, mas o que está acontecendo?

A melodiosa voz do Gryffindor logo fez todos se voltarem a ele.

Lá estava o "menino-que-sobreviveu", o marido do Ministro da Magia, aquele que levou a paz ao coração do temido Lord das Trevas, deitado na maca, com seus brilhantes olhos verdes cheios de confusão e curiosidade.

Harry James Potter Riddle.

Os encarando sem entender absolutamente nada.

- Então? – voltou a questionar com sua voz suave.

Na mesma hora umas dez ou doze vozes se misturaram tentando explicar o que faziam, perguntar coisas ou apenas expressar a alegria que era estar na presença do famoso menino.

Harry, por sua vez, sentia-se cada vez mais tonto com tamanha confusão e com a quantidade de jalecos brancos se mexendo de um lado para o outro, até que uma voz interrompeu o tumulto:

- SILÊNCIO! – uma furiosa medica de meia idade encarava seus colegas com desaprovação – Sumam todos daqui, ele já está bem!

Na mesma hora os demais desapareceram e Harry pôde notar pelo crachá que se tratava de "Helen Jones - Diretora Chefe – Clinica Geral e Medimaga Superintendente", ou seja, a responsável por todo hospital e a julgar pela expressão séria e pelos cabelos brancos envoltos em um rígido coque no alto da cabeça, Harry percebeu que ela se parecia bastante à intimidadora Madame Pomfrey que sempre o cuidara em Hogwarts.

- Olá, meu jovem – a Sra. Jones interrompe os pensamentos do Gryffindor com uma voz mais amável – sabe por que está aqui?

- Acho que sim...

- E por que é?

- Porque eu desmaiei? – era mais uma pergunta do que uma afirmação.

- Exato.

- Hum... – suspira.

- E sabe por que desmaiou?

- Não... – murmura apenado.

A medimaga sorri levemente e se aproxima dele, encarando o ventre plano escondido pela elegante túnica com atenção, para total desconcerto de Harry. A sábia mulher, por sua vez, tinha certeza que seus exames não podiam estar errados, mesmo tratando-se de um caso raro como este.

- Diga-me, Harry... Posso chamá-lo de Harry?

- Claro, fique à vontade.

- Bom, então me diga, Harry, andou sentindo alguns desconfortos estranhos ultimamente?

- Desconfortos?

- Sim, sensações que nunca aconteceram ou que não aconteciam com tanta freqüência antes. Como sonolências, enjôos...

- Ah, sim! Já tem quase uma semana, doutora, acho que é o meu fígado.. – suspira, fazendo uma graciosa careta – Mal posso sentir o cheiro de um waffle que já tenho que sair da mesa do café, e assim que acordo me dá uma tontura terrível...

- Fígado? Sei, sei... – sorri enigmaticamente – Bom, Harry, vou levá-lo à sala de um especialista que poderá ajudá-lo.

- Certo.

- E aproveitamos para dizer ao seu marido que você ainda está no mundo dos vivos, antes que ele coloque meu hospital abaixo.

Na mesma hora uma encantadora cor carmim toma conta das bochechas de Harry, envergonhado por dar todo esse espetáculo na presença de Tom. Porém, antes que o menino pudesse dizer algo, a medimaga já empurrava sua maca para fora da sala com um simples feitiço, levando-o ao encontro de um impaciente Lord.

- Por Salazar! – Tom exclama ao contemplar seu jovem esposo – Você está bem? O que aconteceu? É grave? Terá que operar? Você está...

- Acalme-se, por favor, Ministro – a médica pede gentilmente – não foi nada grave, garanto que seu esposo está ótimo.

- Mas por que...?

- Se fizer a gentileza de nos acompanhar... – ela o interrompe, mas o Lord estava tão preocupado que nem prestou atenção nesse fato -... Vou deixá-los com um conceituado medimago que é especialista nessa área e poderá ajudar mais do que eu.

- Qual área? – os dois perguntam ao mesmo tempo, mas a sorridente senhora já entrava com eles na ultima sala do corredor sem dizer absolutamente nada.

Dentro da habitual sala branca de médico encontrava-se o de praxe: Maca, biombo, balança, armários e uma mesa com duas cadeiras, onde atrás se encontrava o bruxo de 40 ou 50 anos, com grandes óculos, cabelos loiros com mechas grisalhas e uma expressão alegre no rosto. Phillipe Anderson, de acordo com a plaqueta em cima da mesa.

- Phill, trouxe o jovem Harry para que você examine, tenho certeza que não irá se arrepender.

Após essa confusa declaração a bruxa sai tranquilamente, deixando o casal mais famoso do mundo mágico na presença do emocionado medimago que na mesma hora foi ao encontro do Gryffindor e usando um feitiço de levitação o colocou delicadamente na outra maca, enquanto pedia para o Lord se sentar.

- O que está acontecendo afinal? – a fria voz de Tom não conseguia esconder toda sua preocupação e impaciência.

- Só um minuto senhor Ministro, primeiro preciso fazer os exames adequados...

Dizendo isso o medimago adota uma postura séria e começa a realizar diversos encantamentos apontando sua varinha para o corpo de um confuso Harry. Imediatamente Phill observa com puro assombro e admiração a luz branca que envolvia o Gryffindor, em seguia a mesma luz adere um intenso brilho dourado que logo se viu envolto por outro brilho, dessa vez prateado, então a magnífica luz se concentra em um só ponto... O que fez o Lord arquear uma sobrancelha elegantemente, sem entender nada, o medimago sorrir de orelha a orelha, emocionado, e Harry piscar varas vezes, alheio a tudo, mas com uma cálida sensação o envolvendo.

A extraordinária luz brilhava com mais força.

Emanava pura inocência e poder.

Rodeava o ventre de Harry...

- Impressionante! Absolutamente impressionante! Geralmente só aparece um brilhozinho fraco... – o extasiado médico falava consigo mesmo enquanto pegava o que parecia ser um frasco de vidro com uma poção incolor dentro.

- Vou ter que beber isso, doutor? – Harry fazia um encantador biquinho de desgosto, o que arrancou um riso divertido do médico.

- Não, não... Só preciso de uma pequena amostra do seu sangue e pronto, já poderei dar o resultado.

- Hehe... Certo... – sorri não muito seguro.

Mas ao contrário do martírio que Harry pensou que seria, sentiu apenas o rápido espetar de uma pequena agulha em seu dedo indicador e logo viu o medimago depositar algumas gotas de sangue na poção e agitá-la levemente. Harry, assim como Tom, não fazia idéia do que era aquilo e passou a entender ainda menos quando Phill soltou um gritinho emocionado ao ver a poção incolor aderir uma cor rosa intensa.

- Er... Desculpem, acabei me empolgando – sorri voltando a se sentar atrás de sua mesa – Senhor Potter...

- Riddle – o Lord corrige rispidamente.

- Claro, desculpe, senhor Riddle pode se sentar, por favor – diz educadamente, indicando a cadeira ao lado de Tom.

- Pode me chamar de Harry – o menino sorria encantadoramente, daquele jeito que só ele sabia fazer, acomodando-se por fim ao lado do seu impaciente marido.

- Muito bem... – respira fundo tentando conter sua própria animação – Harry, Ministro, o que pude verificar aqui hoje obviamente acontece, mas ainda é um pouco raro sem o auxilio de um árduo tratamento com poções, encantamentos e tudo mais, pois exige muito poder mágico e sincronia do casal.

- Por que o meu fígado teria que estar sincronizado com o meu marido, doutor? – pergunta inocentemente, fazendo o medimago sorrir.

- Veja bem, Harry, seu fígado está ótimo. O que está profundamente ligado com seu marido é a sua magia.

- Oh... Entendi.

- Então? – a voz gélida do Lord mostrava sua inquietação.

- Então meus parabéns, senhor ministro, o senhor será papai!

-...

Silêncio.

-...

A Terra parecia ter parado de girar.

-...

Choque.

-...

Eles pareciam imóveis no tempo e no espaço.

-...

Numa reação involuntária, Harry coloca as mãos sobre seu ventre plano. Seus olhos verdes piscavam de par em par, encarando com puro desconcerto o sorridente médico. Era impossível, uma vida estava crescendo dentro dele agora, naquele momento, um novo ser humano...

Um filho...

Um filho dele e de Tom...

Mas eles não haviam planejado nada, achavam que isso só acontecia com um tratamento adequado, sequer cogitavam a possibilidade de um bebê agora... Oh, Merlin! Tom odiava crianças, com certeza aquilo devia ter caído como uma bomba para ele!

Com esse pensamento rondando sua mente, Harry se volta, temeroso, ao marido.

Ao seu lado Tom permanecia imóvel, pálido, com a boca ligeiramente aberta e os olhos presos num ponto fixo da parede branca atrás do medimago.

- "Um filho... – era só o que sua mente conseguia articular – Um filho, um bebê crescendo no interior de Harry... Aquilo era..."

- Tom? – a trêmula mão do Gryffindor tocava-lhe o braço – Tom, por favor, eu...

- Como? – sua voz sai inevitavelmente áspera devido ao susto.

- Bom, senhor ministro, não é nenhum segredo que o senhor e seu esposo são extremamente poderosos. Foi como se a magia dos dois agisse por si só, algo que não acontece há mais de 600 anos.

Era até difícil acreditar.

Era praticamente impossível pensar que algo assim estava acontecendo com ele.

Sem duvida alguma, um choque.

- Isso... Como... Harry, como pôde?

As inevitáveis lágrimas já banhavam o belo rosto do menino:

- Eu... Eu juro que não sabia... – soluçava.

- Como pôde?

- Tom, por favor, eu...

- Como pôde me dar um presente maravilhoso desse? – pergunta com um sorriso que fez o medimago esfregar os olhos várias vezes para ver se não estava sonhando – Como pôde me tornar o homem mais feliz do universo, Harry?

- Eu... O que?...

Porém o pobre Gryffindor não teve nem tempo para formular uma pergunta, pois um forte e é claro, cuidadoso, puxão já o levava aos braços de seu radiante marido. Este na mesma hora reclamava os lábios do menino com pura paixão e ardor, levando todos os medos, duvidas e incertezas de Harry para longe e brindando-lhe a certeza de que viveriam a maior alegria de suas vidas:

Teriam uma família...

Uma família completa.

- Aiai... – o sorridente medimago suspira, saindo discretamente para deixá-los mais à vontade. Pois ele sabia que após o desconcertante momento da surpresa sempre vinha a melhor parte – L'amour...

(Fim do Flash Back)

Agora, cinco anos depois, estavam ali comemorando o aniversário do pequeno herdeiro do grandioso império Riddle. Este se divertia e brincava como a criança que Harry e Tom nunca foram, rodeado de amigos e pessoas que o amavam – ou pelo menos paparicavam por ser filho de quem é – cheio de vitalidade e energia, desfrutando de tudo aquilo que seus orgulhosos pais lhe ofereciam.

Em meio a tanta diversão e bagunça, por parte das crianças, e é claro muitas discussões políticas, conversas amenas e sorrisos orgulhosos por parte dos adultos, a noite logo se estendeu pelo maravilhoso céu que cobria a Mansão Riddle e com ela os magníficos fogos não demoraram a chegar, levando beleza e magia a todo o lugar. Tom abraçava seu jovem esposo enquanto este sujeitava seu filho carinhosamente no colo e juntos observavam o espetáculo que o Lord mandara fazer para o menino.

Todos os convidados da festa, crianças ou adultos, pareciam maravilhados com tamanha beleza iluminando o céu. Verde, vermelho, amarelo, azul, lilás, rosa, dourado, prateado, púrpura, turquesa... Todas as cores que conheciam formavam belas imagens, formas, letras, dizeres. Eram dragões, pássaros, unicórnios, serpentes... E com a mais bela letra, nas mais luminosas cores, finalizando o ultimo espetáculo da noite, estavam os dizeres:

"Feliz Aniversário Eric! Amamos você!"

- Uau! – o menino murmura, abraçando ainda mais o sorridente jovem que o apertava com carinho – Obrigado mamãe!

- Você merece querido.

- E obrigado papai!

De forma completamente inesperada a sorridente criança praticamente se joga do colo de Harry em direção aos braços de um surpreso Lord. Este inevitavelmente sorri e se permite esquecer que era o temido Dark Lord para abraçar com carinho seu filho, o encantador garotinho que junto com Harry sempre faziam sua máscara de frieza esvaecer e uma cálida sensação tomar conta do seu ser.

Afinal, eles eram o que mais amava no mundo.

E nada, jamais, mudaria isso.

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Após a grandiosa festa que de acordo com os fotógrafos e escassos repórteres que se encontravam no local seria lembrada através dos séculos novamente, como todas as festas da Mansão, Eric já se encontrava na cama para desfrutar de uma merecida noite de sono após tanto gasto de energia.

Sua habitação era, sem duvida, a segunda principal da Mansão e ocupava um andar inteiro junto com a de seus pais, que ficava no final do corredor. Era possível perceber que seu pai, Tom, ajudara bastante a escolher as cores, a julgar pelo fato do verde e do prata serem as que mais predominavam, porém que caíam como uma luva, com puro charme e elegância em todo o quarto. Ao centro estava uma enorme cama King Size, com lençóis de seda verde-escuro combinando com as luxuosas cortinas da mesma cor. Uma bela escrivaninha em mogno escuro, como o resto dos móveis, situava-se ao lado de uma grande estante de livros e do outro lado um confortável sofá negro combinava perfeitamente com o tapete persa da mesma cor. Porém os bonecos arrumados nas prateleiras; as miniaturas raras de vassouras que com apenas um toque voavam pelos ares; os bichinhos de pelúcia em forma de basiliscos, unicórnios, dragões e outros; o papel de parede negro com milhares de pomos-dourados que com um estalar de dedos pareciam voar por toda parede e os desenhos infantis pregados em um lindo mural em cima da escrivaninha, indicavam que aquele era o quarto de uma criança. Um belíssimo quarto que ainda contava com duas habitações anexadas. Uma era o encantador banheiro que conservava um estilo grego-clássico, priorizando as cores claras e o mármore. A ducha, separada por um boxe de cristal, estava mais ao fundo logo ao lado dos armários cheios de sais de banho, toalhas, shampoos, cremes etc. O sanitário ficava perto da pia e ambos também eram de mármore puro, assim como a belíssima banheira ao centro do local, esta não era tão grande para não correr o risco de Eric cair e se afogar, mas cabiam duas pessoas facilmente e estava separada do chão por cinco degraus de mármore também. A outra habitação era o closet do menino e contava com milhares de túnicas e roupas muggles que nem se ele usasse uma diferente por hora daria conta de desfilar com todas, isso fora os acessórios, sapatos, capas e outros, que mostravam o "pouquíssimo" exagero de seus pais.

Os mencionados pais, no momento, encontravam-se no quarto de Eric colocando-o para dormir. Harry cuidava de cobri-lo direitinho com a bela colcha enfeitada com desenhos de serpentes e Tom lançava um feitiço no teto para que milhares de constelações o enfeitasse e deixasse a habitação mais clara com o belíssimo brilho das estrelas. Eric simplesmente adorava esse feitiço.

- Então o meu pequeno filhote já vai se recolher no ninho? – uma conhecida voz adentrava no quarto.

- Nagini! – Eric sorri feliz, observando a majestosa serpente deslizar pela cama.

- Sim, já está mais do que na hora, esse mocinho pulou e brincou o dia inteiro.

- Não seja tão dura, mamãe – sem duvida a bela serpente se divertia com aquilo, ainda mais ganhando o olhar assassino de Harry.

O Lord, por sua vez, tentava conter o riso.

- Engraçadinha... – mas antes que Harry pudesse continuar, seu filho já o interrompia animado:

- E os presentes?

- Pela décima segunda vez, Eric, já estão todos guardados em sua brinquedoteca.

- As vassouras também, mamãe?

- Também.

- Os bonecos?

- Também.

- Os jogos de tabuleiro?

- Eric... – Harry o encara com advertência, fazendo o menino colocar aquela encantadora carinha de anjinho inocente.

- Você é o máximo, mamãe! – sorri, abraçando o pescoço de Harry. Este, por sua vez, também não conseguia evitar que um sorriso divertido brotasse em seus lábios.

- Aiai... – Nagini "suspira" – Meu pequenino é tão doce, só pode ter puxado você Harry.

- Hum, hum... – Tom arqueia uma sobrancelha – O que quer dizer com isso?

- Bom, convenhamos, né Tom? – o encara como se fosse obvio.

Eric e Harry não conseguem conter as risadas ao verem o olhar fatal do Lord.

- Certo, certo... Agora vamos porque amanhã será um longo dia.

- Boa noite, mamãe – Eric sorri, recebendo um gracioso beijo de Harry na bochecha:

- Boa noite, pequeno.

E logo recebe um carinho beijo do Lord na testa.

- Boa noite, papai.

- Durma bem, pequeno.

- Boa noite, Nagini! – abraça a serpente que logo passa sua ofídica língua na bochecha do menino e em seguida desliza para fora da cama.

- Até amanhã Eric.

Após Harry apagar as luzes, ficando apenas a magnífica réplica das galáxias iluminando o quarto, o casal e a bela serpente saem do local deixando o menino cair nos braços de Morpheu.

"Família"

Que doce isso soava...

Era o que Harry pensava ao acomodar-se em sua confortável cama, sentindo o carinhoso e possessivo abraço de seu marido em sua cintura. Porém, o jovem Gryffindor não podia deixar de sentir um ligeiro apertão em seu peito, como um estranho nó que de repente se formava em sua garganta indicando que algo ruim estava prestes a acontecer.

- "Hum! Mas que bobagem, estou parecendo a Trelawney com esses pressentimentos malucos..." – suspira mentalmente, decidindo lançar-se ao mundo de Morpheu também, enquanto aqueles fortes braços da pessoa que amava o estreitavam com carinho e proteção.

Continua...

Próximo Capítulo: Toooom... – a exageradamente melosa voz de Harry indicava que boas coisas não estavam por vir.

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Vocabulário:

Subtítulo "Né et Renaître" - Em francês, creio eu, significa "Nascer e Renascer".
Gryffindor – Grifinória.
Slytherin – Sonserina.
Aparatar – É o mesmo que desaparecer de um lugar e aparecer no outro, de acordo com Rowling.
Sibila Trelawney – Professora de adivinhação de Hogwarts.

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N/A: Olá galera! Aqui estou eu novamente com mais uma fic! Atendendo aos pedidos e ao meu desejo mais oculto (pouco exagero xD) trago a segunda temporada de Poison! – jogando confetes para o alto – Êba! Hehehe... Espero sinceramente que vocês desfrutem. E preço que me perdoem àqueles que me acompanharam durante a primeira temporada, mas que não gostam de Mpreg. Eu nunca tinha escrito uma fic assim, li várias e não pude resistir. Desculpem-me mesmo, de coração, mas é uma idéia que eu já conservava há um bom tempo... E àqueles que vão se aventurar a ler, espero que gostem! – olhinhos brilhando imensamente – Conto com suas Reviews para dizerem o que acharam! Se devo continuar... Se está boa... Hehe... Todo e qualquer comentário é muito importante para mim! – sorrindo – Obrigada mesmo, desde já, àqueles que me apoiaram e incentivaram e escrevê-la!

Nhaaaai... Conto com suas Reviews para poder postar o Próximo Capítulo! – sorriso esperançoso.

Qualquer comentário, críticas, elogios ou sugestões...
São sempre bem vindos!

Muito Obrigada!
Espero vê-los em "O Pequeno Lord" que será a próxima fic a ser atualizada...
Nhai, um GRANDE BEIJO! Até a próxima!