Disclaimer (o último): Harry Potter não me pertence.

Boa-Leitura, meus amores n-n.

PS: Recomendo escutar Flightless Bird, American Mouth, do Iron&Wine. Terminei a minha fanfic escutando-a, e acreditem, combinou MUITO com esse capitulo. Agradecimentos no final do fic!


Suco de Morango Com Bolinhas de Tutti Frutti.

Epílogo: Um Novo Começo.

2008

Luna terminou de escrever seu livro, e guardou todos os papéis numa pasta. Sentiu duas mãozinhas puxarem a barra de sua longa saia amarelo-canária.

– Oi, Lysander. – Ela falou, pegando a criança de quatro anos no colo.

Ela e Blaise se casaram, e um ano depois, tiveram Lorcan e Lysander Zabini, gêmeos idênticos. A loira se tornou uma bela escritora de contos, e havia terminado de escrever sua mais nova aventura para crianças, Suco de Morango com Bolinhas de Tutti Frutti. E ele havia se tornado advomago e era sócio de Draco nos negócios.

Descera as escadas, encontrando o marido carregando Lorcan. Achava engraçado como às vezes ele confundia os dois, e raramente ele os confundia.

– Querida, acho que o Lysander puxou o seu jeito. – Ele falou, meio brincalhão, para o garoto no colo da esposa.

– Não peguei não! – O garotinho no colo de Luna disse, bufando.

Sabia que ele havia pegado, pois por vezes via Lysander olhar para o céu com tamanha felicidade, e tentava pegar algo no ar. Só que era teimoso, chegando a lembrar ele mesmo quando era pequeno.

– Hei, vamos visitar Draco e Ginevra? – Luna sugere, sonhadoramente. – Tenho que contar as novidades.

Blaise aceitou, e por precaução, foram via Flú para lá, e a mulher loira levou a pasta nas vestes, depois de encolhê-la.


Nos jardins da mansão Malfoy, acontecia uma pequena festa, onde crianças corriam afoitas por ali.

– Hei! – Um garotinho loiro gritou, correndo atrás de uma garota de cabelos negros. – Volta aqui, Ellie!

– Não mesmo, Scorpius! – Ela falou, risonha.

Michele Potter era uma garota muito parecida com a mãe, Pansy Parkinson, mas tinha os expressivos olhos verdes de seu pai. Ria demais quando Scorpius Malfoy, filho de Draco e Ginevra, ficava todo vermelho quando corria atrás dela. Ele era bem parecido com o pai, tanto nos cabelos quanto no jeito, mas era pavio-curto como sua mãe.

– Ellie! – Uma garota ruiva, com os cabelos em cachos e de olhos castanhos chamou-a.

– Rose! – Ela falou, se escondendo atrás dela. – O Scorpius quer...

– Não quero não! – O loirinho se apressou em dizer. – Não acredite nela, Rose!

– Acreditar? Em quê? – A ruiva perguntou, desconfiada.

Na hora em que Michele ia responder, uma voz de mulher chamou-os, e Scorpius imediatamente reconheceu por ser a mãe de Rose, Hermione.

Logo as três crianças viram Hugo, irmão de Rose. Michele viu seu pai e sua mãe conversando amigavelmente, e foi até eles.

– Papai... – Chamou-o, e Harry carregou-a.

– Filha, o que há? – Pansy perguntou.

– Quando vou entrar pra Hogwarts? – Ellie fala, em dúvida.

– Daqui a dois anos, meu amor. – Harry responde, sereno. – Não se apresse, Ellie.

– Ah, mas tá chegando! – Ela falou, sem se conter. – Tô ansiosa!

– Querida, calma, ainda sua magia não se manifestou... – Pansy diz, pegando a filha do colo do marido. – Além do mais, eu sei que você vai entrar.

– E será uma bela grifinória. – O moreno termina, divertido. A morena fez um sorriso em desafio.

Michele riu com a atitude da mãe. Sabia bem como funcionava a escola, mas não tinha certeza se queria ir para a Sonserina ou para a Grifinória.

Harry se tornou chefe da seção de aurores no Ministério da Magia e Pansy seguiu um caminho bem incomum: tornou-se uma excelente estilista de moda e a mais conhecida da alta-roda bruxa.

Do outro lado, Scorpius se sentia inseguro. Dava algumas olhadas em Rose, e não evitava corar. Então a voz arrastada e grave de seu pai se fez presente atrás dele.

– Você gosta dela, não? – Draco perguntou, fazendo-o se virar para encará-lo.

– Não, pai! Ela é... – Parou, ao ver que o patriarca estreitou os olhos.

– Scorpius, por acaso você ia dizer sangue-ruim? – Ele questionou o filho, sereno, mas com os olhos azuis sérios. – Sabe que eu e sua mãe dissemos sobre esse preconceito?

– S-Sim. Desculpe. – Respondeu, envergonhado. – É que o quadro do vovô Lucio disse que...

– Ah! Sabia que tinha que me desfazer de alguma coisa – Draco falou, batendo de leve na testa. E voltando-se ao filho, continua. – Scorpius, não o ouça. Ele é totalmente antiquado e não sabe o que fala. Estamos entendidos?

– Sim! – O loirinho responde. Então ele se vira na direção da escada. – Mamãe!

O pai de Scorpius olhou para a mesma direção do filho, e viu sua esposa descer num lindo vestido florido que ia até os joelhos e sapatilhas vermelho-sangue, fazendo um degrade até o bordô. Os cabelos estavam presos por uma presilha prateada, e as pontas faziam ondulações.

Ginevra e Draco, depois que terminaram Hogwarts, entraram para a faculdade. Agora o loiro era presidente de uma empresa de advomagia, e a ruiva era medibruxa no Hospital St. Mungus. Casaram-se no último ano da faculdade, e quando ela descobriu estar grávida de Scorpius.

– Filho! – Ginny disse, abraçando-o, quando ele corre até ela. E a moça acaricia os cabelos sedosos dele.

– Oi ruiva! – Draco murmura, dando um longo selinho na esposa. – Demorou muito para se arrumar...

– Ah, impressão sua. – Ela fala, irônica e divertida.

Logo eles três viram Ron e Hermione conversando com Rose e Hugo. A castanha vestia uma bata rosa-bebê, que destacava a barriga proeminente, e o ruivo, uma blusa de gola alta bege-escuro, e calça jeans marrom-escura. Ginny sempre achou que o seu irmão e a amiga formavam um belo casal.

Ron trabalhava junto com Harry, e era um dos melhores aurores práticos do Ministério, e Hermione era chefe da Seção de Controle de Uso Indevido da Magia.

Então a lareira da sala, que crepitava suavemente, teve as chamas avivadas e esverdeadas, e saíram de lá um negro de social e jeans, e uma loira de cabelos bem compridos, que vestia uma blusa azul-celeste e a saia em amarelo-canária. Os dois carregavam dois meninos de pele bronzeada, cabelos escuros e com orbes em uns incríveis azul-escuros, que brilhavam feitas duas bolinhas de gude.

– Olá! – Luna cumprimenta-os, sonhadoramente, sendo retribuída.

Ela colocou seu filho no chão, e o marido fizera o mesmo. Lorcan e Lysander correram até Hugo, Rose, Scorpius e Michele, que se juntou a eles logo após Pansy pô-la no chão.

– Queridos, vão brincar lá fora, tudo bem? – Ginny diz, amável.

As crianças assentiram, e foram para os jardins, ficando apenas os oitos adultos na sala. Luna tirou das vestes a pasta encolhida, e fê-la voltar ao normal.

– Terminei o livro em homenagem à Mary! – A loira falou, sorridente. – Fred me contou o que aconteceu naquele dia que ela voltou depois, só precisei fazer as adaptações necessárias.

– O que... Aconteceu naquele dia? E que o Fred tem a ver com isso? – Ron pergunta.

– Só vão ver o que aconteceu ao lerem. Além do mais, vocês podem ler para os seus filhos! – Luna responde risonha. – Agora só temos que levar a editora, e todos conhecerão a história da Mary!

– Ou como ela diria... A nossa história, Loonie. – Ginny falou, sorrindo docemente.

A loira retribuiu o sorriso. Mary foi a melhor amiga das duas, e com certeza ia adorar essa homenagem.

– Hei, e como está o Fred? – Luna pergunta, curiosa.

E como se tivesse passado um flash em sua cabeça, Ginevra fez uma expressão de surpresa.

– Que foi, meu amor? – Draco pergunta, segurando delicadamente seus ombros.

– Hoje que vai ser o parto da Halley! – Respondeu, fazendo todos ficarem do mesmo jeito que ela. – A sorte é que tenho uma chave de Portal para lá.

– Mas e quem vai ficar com as crianças? – Harry perguntou.

– VINNY! – Gritou o loiro, e um elfo vestido com um avental florido veio correndo.

– S-Sim, mestre Malfoy? – Ele disse, fazendo uma reverência exagerada.

– Cuide de Scorpius e dos outros, sim? Temos que ir até o St. Mungus! – Ginny responde. – E pode me trazer a minha caneta vermelha?

– Vinny vai trazer! – Ele falou, e com um estalo ele sumiu no ar.

– Por que não usamos Flú? – Blaise pergunta, visivelmente pensativo.

– Não, é mais demorado. Com a minha chave de portal, nós podemos parar já na recepção. – A ruiva diz, vendo o elfo trazer uma pequena caneta.

Ao entregar o objeto, todos eles colocaram suas mãos, e sentiram a sala girar e girar. Soltaram dela, e no hall todo branco diferentes bruxos andando desesperados, e um balcão onde se encontravam as enfermeiras. Logo Ginny reconheceu os cabelos vermelho-fogo do irmão, que agora estava com os cabelos mais longos, mas não chegando aos de Bill.

– Fred! – Ela chamou-o, e ele levantou-se de supetão. Abraçaram-se.

– Não me deixaram entrar, Gin! Eu to desesperado! – O ruivo falou, e a irmã sentiu as mãos dele suadas.

– Calma, vai ficar tudo bem. – Ela entrelaçou as suas mãos com as mãos do irmão, acalmando-o.

Mas logo o nervosismo passou, tão logo a enfermeira, uma senhora baixinha e com os cabelos pretos presos num coque, anunciou o nome do ruivo.

– Fred Weasley? – A enfermeira questiona-o, e ele afirma com a cabeça. – Sou Ivy. Venha comigo.

– Podemos ir com ele? – Ginny pergunta. Ela meneia a cabeça, significando um sim.

– Cuidado para não perturbarem a mãe e o bebê. – Ivy fala, suavemente, abrindo a porta.

Harry, Ron, Ginny, Hermione, Draco, Blaise, Pansy e Luna entraram no quarto, que era todo rosa e tinha vários ursinhos e coisas de bebê no pequeno sofá bordado de rosas brancas. Halley Weasley estava olhando para o pequeno embrulho rosa, emocionada.

– Querida? – O ruivo chegou mais perto, beijando os cabelos castanhos da mulher.

– É uma menina. Olha... – Halley murmurou, cansada e feliz.

Fred até ficou inseguro quando a segurou pela primeira vez, e quando olhou a pequena garotinha dormindo, lágrimas brotaram de seus olhos azuis. Ela tinha um pouco de cabelo na cabeça, e o tom era em acaju.

– Ela é linda. – Falou, sorrindo bobo. – Eu tenho uma linda princesinha!

Os outros chegaram mais perto, e concordaram plenamente com o irmão de Ginny e Ronald. Realmente, o bebê tinha a pele alva de Halley e as poucas sardinhas do ruivo, e ela abriu os olhinhos para Fred, que se revelaram amendoados. Ela sorriu.

– Amor, nós... Não demos um nome para ela. – Halley murmurou, pegando a criança no colo.

– Hum... – O ruivo começou a pensar. – Que tal Janis?

– Não, não combina com ela... – A mulher respondeu. Então ela prestou mais atenção no pequeno ser, e ficou curiosa. – Fred...

– Sim? – Ele perguntou, temeroso.

– Os olhos dela... Estão azulados... – Halley diz, um pouco surpresa.

Ginny e Luna ficaram maravilhadas com isso.

– Azulados? – O ruivo falou, confuso. – Eu acabei de ver cor-de-amêndoa...!

– Olha, não querendo me intrometer... – A ruiva fala, atraindo a atenção dos dois.

– Mas nós temos o nome perfeito para ela. – Luna terminou, sorrindo sonhadoramente.


Dedicatória.

Na verdade, posso dizer e terminar aqui que simplesmente seguimos com nossas vidas. Na verdade, poderia dizer tanta coisa, mas o principal:

Nós não nos esquecemos dela.

Nossos filhos ouviram a nossa história, e ficaram impressionados como passamos tudo isso. E Mary nos dava motivos para continuar, mesmo sabendo seu fim. Assim, eles contariam para seus filhos, e a história dela, a nossa história, nunca ia se perder no Tempo.

No dia que terminou tudo, isto é, no dia em que Mary morreu, fechei os olhos com força, tentando não chorar. Blaise me abraçou, e apesar disso, fiquei feliz, apesar de não ter segurado as lágrimas.

Sabe por que eu fiquei? Porque ela fazia, isto é, fez isso por amor. Por amor a alguém que tinha a plena certeza de que ela ia voltar, e que poderia ensinar suas travessuras e artimanhas a ela.

E ela voltou.

Dedico este livro à Mariana Alexander Jacob.

Por que tudo começou com um copo de líquido vermelho com bolinhas rosa-chiclete na Sala Precisa. E sem esse começo, o nosso último ano não teria sido o mais importante de nossas vidas.

14/02/08


Mariana Isabelle Weasley nasceu às dezesseis horas e quinze minutos do dia quatorze (14) de Fevereiro de 2008.

Descobriu-se, logo depois, que ela era metamorfomaga, e que era muito parecida com Fred no jeito de falar e de lidar com as situações, sempre com muito bom humor. Adorava as artimanhas do pai, e tem até hoje, uma ligação muito forte com ele.

O livro de Luna, Suco de Morango com Bolinhas de Tutti Frutti, foi o segundo livro mais vendido da Grã-Bretanha, e o terceiro livro mais lido em toda a Europa e até Estados Unidos, chegando a ter mais de cinqüenta traduções.

E Astoria Greengrass?

Ela desapareceu em 2000, e nunca mais fora vista, ou sequer lembrada.

FIM.


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Nota: PUTAQUEOSPARIU! Eu terminei, e to chorando litros aqui... Mesmo

Sabe, eu confesso que essa idéia surgiu, literalmente, do nada, e até agora não consegui engolir o final. Mas era preciso T-T. Por que, sou sincera, não ia revivê-la mesmo, e nem dar uma de autora boa e revivê-la do nada... Eu a amei do começo ao fim, assim como "Sobre Frases e Cores". Foi a melhor DxG que eu já escrevi, porque... Bem, depois de um ano inteiro sem escrever... É preciso extravasar as novas idéias! E usar menos clichês! A Mariana foi o melhor PO que eu já planejei, e se não fosse por ela, a fic não teria um propósito (e nem o Drake e nem a Gineca iam ficar juntos, fikdik).

Agradecimentos:

Manu Black, Gabiih Malfoy, Drik Phelton, - jaque masen lovegood ., Denii Brandon Malfoy, Karla Kollynew, Julie M. Grint, camila townes, Miss Tr., LaraQueiroz, Lepi-chan e Kaitlin-B.

Ouuun! Obrigada, muito obrigada, meninas! Sem vocês, não sei se continuaria essa linda fanfic, mimimi *-*. Agradeço intensamente o apoio de vocês, e as reviews!

BEIJOS E MUITOS, MUITOS OVOS DE PÁSCOA PARA VOCÊS TODAS (E TODOS xD)!

Beeeeeeeeeijos! E até a próxima fanfic!

Hinata Weasley.