Prólogo
Eu não acredito. E isso não é muita novidade, levando em conta que eu nunca acredito nas confusão em que eu me meto por culpa daquele garoto. A definição garoto me parece, agora, até cordial demais depois do que ele aprontou. É óbvio que a culpa por estarmos em detenção antes mesmo de chegarmos à Hogwarts é inteiramente dele e não do meu temperamento instável, como aquele trasgo alegou agora pouco.
E como se não bastasse, eu ainda fiquei presa na mesma cabine que ele e seus amiguinhos. Sinceramente, será que nunca tentaram ensinar ao Pettigrew que se deve comer de boca fechada? Tenho quase certeza de que há migalhas de biscoito até no meu colo, e eu nem estou sentada ao lado dele. Nuca senti tanta pena do Lupin por ter que aturar criaturas tão insuportáveis.
E eu não estaria passando por esta provação - ou prova de fogo, se você preferir chamar assim - se minha coordenação motora fosse um pouco mais desenvolvida do que a de uma criança de quatro anos. Sério, vou perguntar a Sra. Evans o que ela andou aprontando durante a minha gravidez. Ou talvez seja um mal de família já que Petúnia também não nasceu muito normal, aliás, normal é o último adjetivo que se deve empregar para aquela dali.
Ainda consigo escutar daqui as gargalhadas da Alice. Só mesmo uma grande amiga fica rindo enquanto você passa pela maior vergonha que o mundo bruxo já viu. Porque foi isso que a minha linda amiga Alice fez quando eu caí em cima do Potter, ela riu. E se alguém está achando que ela tentou me ajudar a levantar do colo daquele diabrete, esta pessoa está muitíssimo enganada. Acho que talvez ela nem tivesse forças para me ajudar de tanto que ria.
Acho que eu devo deixar bastante explícito o fato de que eu apenas me desequilibrei quando o trem começou a andar e não me joguei em cima do Potter como ele insiste em repetir aqui do meu lado.
- Nossa, Lily, se queria sentar aqui era só me dizer. - foi o que ele disse assim que eu caí - Eu teria todo o prazer de lhe oferecer o meu colo, não precisava ter se jogado.
- Foi um acidente, Potter. - eu respondi quando consegui me levantar - E o seu colo é o último lugar do mundo onde eu me jogaria.
- Lily... - Potter começou a formular alguma de suas brincadeiras desagradáveis mas eu fui mais rápida e o interrompi.
- Me chame de Evans, Potter! - eu gritei.
- Me chame de Tiago, Lily! - Potter respondeu provocando gargalhadas de todos os presentes.
- Não tenho intimidade o suficiente com você para te chamar de Tiago, Potter. - eu expliquei friamente.
- Se intimidade é o problema... - Potter começou a se aproximar sorrindo maliciosamente - Podemos resolver isso agora mesmo.
E como sempre acontece quando se trata de Potter, eu me descontrolei. Quer dizer, parece que sempre que eu estou perto dessa criatura a minha racionalidade se torna inexistente e o meu corpo não obedece a sanidade. Então, se a minha pertubação mental não for a causa, qual pode ser o motivo para o que eu fiz?
Eu, Lílian Evans, monitora-chefe, azarei um maroto.
Uma pena a Profª McGonagall estar passando por ali naquele exato momento.
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Nota da autora: Não sei se alguém vai ter a coragem de ler isso aqui... Mas se lerem, por favor, mandem Reviews. Eu aceito críticas, adoro elogios, e fico muito grata com novas idéias.
Estou pensando em escrever essa fic, colocando um pouco do ponto de vista de cada personagem... Se vocês acharem que fica melhor apenas na opinião da Lily me digam por favor, ok? E como já deu pra perceber esta história vai ser mais uma cheia de brigas, rolos e intrigas desse par tão perfeito que é a Lílian e o Tiago.
O primeiro capítulo deve vir semana que vem, eu posto assim que receber Reviews...
Chantagista, eu? Talvez... Mas se essa é sua opinião não deixe de escrever um comentário me criticando por isso.
Beijos!