Nota: Ainda não sei quantos pequeninos capítulos vão ser, mas é uma história bonitinha e bobinha só para não deixar o natal passar em branco ;) Eu sei, ainda falta 13 dias para o natal, mas eu vou começar a postar hoje para dar tempo... Espero que dê tempo, pelo menos DUYASUYGDSAGYU. Espero que alguém goste :)

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A magia do natal.

Por: Juju ou Juh ou Juliana ou Kagome Juju Assis. Como preferirem :D

Os cabelos castanhos estavam esparramados pelo travesseiro, e mesmo sendo de forma desgrenhada, deixavam à face pálida de Bella ainda mais bonita, ali adormecida. Os olhos verdes dele observavam cada traço daquele rosto angelical, e passava os dedos levemente para não acorda-la e para decorar aquela face tão amada. Iria doer nele fazer o que ele iria fazer, mas ele não tinha outra escolha. Era aquilo, ou simplesmente magoá-la estando ali.

Ele a amava, não tinha dúvidas. Mas não sabia se poderia levar o relacionamento adiante, dar outro passo e pedi-la em casamento. Não depois do que passara com Tânia. Ele não queria ficar ali enquanto não pudesse se doar de coração por ela, e se prender à Bella, magoando-a com isso. Ele sabia que a cada dia que se passava, a cada ano que eles ficavam juntos, ele a magoava ainda mais quando fugia de assuntos relacionados a casamento. Foi lentamente dar um beijo de despedida na testa da garota, enquanto ela estava adormecida.

"Eu te amo..." Ele sussurrou encostando os lábios na testa dela. "Me espera."


Crônica de Natal.

Parte I.

Disclaimer: Todos os personagens são de autoria de Stephanie Meyer.


Eu encarava aquela mistura de cores tentando forçar meu corpo a não olhar. Mas ele era mais teimoso do que eu mesma, e com isso já dá para perceber que é uma causa perdida. Ver o rosa, o alaranjado, e os últimos vestígios da luz do sol sumindo no horizonte naquele crepúsculo me fazia lembrar de algo que eu definitivamente não queria lembrar. Cruzei os braços em frente ao peito, e suspirei irritada. Percebi que novamente meu suspiro virou 'fumaça', e escondi ainda mais minhas mãos com luvas de cashmere nos meus braços cobertos pelo casaco preto e quentinho da Versace. Troquei o peso para a outra perna, notando que aquela calça mais grossa da Diesel realmente estava me aquecendo. Senti uma brisa mais fria bater no meu rosto e continuei olhando para aquele momento do dia que eu sempre olhava talvez meio que inconscientemente para me lembrar dele, por mais que isso doesse profundamente em mim.

E colocando tudo desse jeito, me sinto uma masoquista.

Fechei meus olhos já percebendo que meu corpo não me impedia de não olhar, e me virei percebendo que ele também não mais queria ficar ali. E enquanto caminhava pela enorme varando da cobertura daquele prédio, indo até a portinha de vidro para poder entrar no meu apartamento quentinho por causa do aquecedor, eu ouvi o barulhinho do salto agulha da minha bota preta da Prada enquanto batia no chão. Era tudo tão silencioso para que eu escutasse aquele barulho singelo. Eu escutava o barulho do vento, o último canto dos passarinhos daquele dia que adoravam minhas plantinhas que estavam ao meu redor, o barulho da minha bota. Minha vida se tornara tão silenciosa que eu nem sabia como que não ficara louca.

Ou talvez eu tenha ficado.

Aceitar me casar com Jacob não seria uma decisão que eu faria se estivesse normal. Mas ele me amava, me queria, ele queria dar o próximo passo e não iria me rejeitar a nenhum momento. Ele não me abandonaria... Ele não era Edward.

Parei de caminhar no vão da porta, entre o frio do lado de fora e o quentinho do lado de dentro. Meu coração bateu muito acelerado de uma vez só, e minha mão voou até o local onde ele estava. Ele se acelerava mas não de alegria, batia forte e rápido demais, chegando a doer. Uma dor que meu psicológico ajudava para intensificar ainda mais. E isso sempre acontecia quando eu pensava no nome dele, e então eu simplesmente venho usando outros meios de falar dele. Não é uma dor agradável a que eu sinto só de pensar em seu nome. Senti algo apertando meu dedo dentro da luva, com a força que eu fazia apertando a minha roupa no local do meu coração. Lentamente comecei a retirar minha mão, afrouxando o aperto, e retirei a luva.

Meus olhos encararam o lindo anel com um diamante incrustado, que Jake me dera. A cada dia que passava se aproximava da data que marcamos, e a cada dia que passava eu ficava mais triste e irritada o possível. Eu tenho certeza que com Jacob irei criar uma linda família, teríamos filhos e mais filhos, compraríamos um apartamento maior que o meu (que já é consideravelmente grande, já que eu nunca mergulhei tanto em um trabalho que nem nesses três anos, os quais eu nem mesmo tirei férias e fui promovida duas vezes quadruplicando meu salário) e o dele juntos e eu viraria a mamãe trabalhadeira que não teria tanto tempo para ensinar as filhas que beijar só depois dos quinze (mesmo que elas não fossem seguir). Mas não era bem isso que eu tinha pensado para meu futuro. O casamento iria ser... Perfeitinho demais. Iríamos ser somente mais um casal no meio da multidão, com uma família feliz.

Não que eu não queria um família feliz, mas... Ele não era Edward.

Senti falta de ar e minha mão voou novamente até meu coração. A cada dia que passava minha reação ficava pior. Nos primeiros dias eu simplesmente agia indiferentemente, e só depois de um tempo, que a ficha caiu que eu havia sido rejeitada e abandonada, aí sim que a coisa começou a piorar.

Me joguei para dentro do apartamento deixando os últimos vestígios do crepúsculo para trás e fechei a porta com muito custo com a outra mão desocupada. Caminhei vacilante até meu quarto e me joguei na cama King size. Senti que o vazio que tinha dentro de mim parecia querer me sugar para dentro dele, como se fosse um buraco negro. Suspirei, cansada com tudo aquilo.

Ele me abandonara há três anos atrás, sem me deixar nenhum bilhete ou aviso. Eu simplesmente sonhara com ele me dizendo que me amava e me pedindo para esperá-lo, e quando acordei, ele havia ido.

Três malditos anos... Rejeitada.

oOo

Me olhei no espelho, vendo como que meus olhos pareciam sem um pouco de brilho. Mas também notando que minha pele agradecia profundamente por eu ter ido dormir tão cedo. Pisquei me virando para a ducha, e caminhei lentamente enquanto entrava no box. Deixei que a água caísse no meu corpo, me relaxando ainda mais depois de tantas horas de sono, e senti a água batendo no meu cabelo me deixando a sensação de 'limpeza-até-a-alma'. Usei o sabonete de lavanda costumeiro e usei meu shampoo preferido, o de morangos. Eu estava ficando ainda menos tensa a cada momento que o jato da ducha batia aquela água quente nos meus ombros, e até sorri com aquilo. Quanto melhor for meu humor nos meus dias de trabalho, mais chances de 'irei aumentar seu salário' ou 'você foi promovida!' acontecerem.

Saí me enrolando na toalha, e depois de me secar, arrumar meu cabelo que ficou liso até chegar às pontas com grandes e bonitos cachos, eu tentei escolher uma roupa. Depois de tudo o que aconteceu, meu gosto por roupas caras simplesmente aumentou. Peguei uma calça D&G e joguei-a na cama, peguei uma branca Ralph Lauren e joguei-a em cima da calça, e por fim, encarei o pequeno colete da Dior preto com os botões em prata. Sorri encarando-o, e adivinhem? Também o joguei na cama.

Vesti um conjunto íntimo da Victória Secrets, e me vesti. Me encarei ficando feliz com o que via, já que a roupa caíra muito bem em mim, me deixando com curvas que nem eu estava acostumada a ver. Por fim, coloquei uma sapatilha preta Manolo Blahnik. Coloquei por cima de tudo um casaco preto e grosso Prada que se prendia na altura do pescoço, e peguei uma maxi-bolsa da Gucci que cabia tudo o que eu poderia precisar na minha vida toda.

Caminhei para fora do apartamento, trancando-o e fui até o elevador. Mais um dia de trabalho. Mais um dia me afundando nos papéis daquela super-empresa e sendo muito competente e eficiente, e claro, sendo promovida novamente. Daqui a pouco eu vou ser é gerente se continuar nesse ritmo.

E eu não acho nada ruim.

Entrei no carro e ouvi o barulhinho do meu celular assim que eu saí do prédio, e quando olhei no visor, mal contive uma leve careta. Não que eu não gostasse de receber ligações de Jake, mas é que simplesmente... Eu não queria aquele futuro para mim. Mas eu tenho certeza que seria melhor aquilo do que qualquer outro. Era o melhor para mim, não era?

"Oi Jacob." Cumprimentei, assim que abri o aparelho.

"Bells." Ele cumprimentou de volta, alegre, como sempre. Eu sinceramente não sei como ele consegue ser alegre sempre, mas admito que adoro isso nele. Faz parecer tudo um pouquinho melhor do que realmente é. "Quer almoçar comigo hoje?"

"Acho que hoje não vai dar." Eu respondi, imaginando a papelada em cima da minha mesa. Ele suspirou desapontado.

"Tudo bem. As coisas perto do natal realmente são mais pesadas, não é?" Ele perguntou compreensivo. Eu suspirei, ele era compreensivo demais.

"É verdade, o natal está chegando." Comentei me lembrando desse fato. Eu não me lembrava mais com animação dessas datas festivas, não do mesmo jeito que antes.

"Pelo jeito nem comprou meu presente, ein?" Ele me perguntou rindo.

"Vou comprar." Respondi fazendo bico. Eu não tenho mais nenhuma animação para isso, e ele ainda me faz ficar sem graça.

"Ótimo." Ele disse com uma voz de zoação, e então, dizendo um simples 'tchau' ele desligou. Joguei o celular na bolsa e estacionei o carro na frente da empresa. Aiai, às vezes eu me pergunto por que eu irei me casar com Jake. E a única resposta que eu recebo de mim mesma é uma vontade irracional de nunca mais ser abandonada, de me sentir amada, não rejeitada. Não me sentir como eu me senti quando ele fora embora.

Suspirei e subi as escadinhas da empresa, entrando pela porta de vidro daquele enorme prédio.

Só saí na hora do crepúsculo, novamente. Saí totalmente esgotada, com uma única vontade que era ir para meu apartamento e cair na cama, dormir cedo que nem ontem. Depois que comecei a me dedicar inteiramente ao trabalho para preencher minha mente e não ficar pensando em coisas deprimentes, todo final de ano eu ficava mais do que desgastada. E por mais que eu ficasse terrivelmente cansada nessa época, eu não queria tirar férias.

Tanto é que em três anos eu nunca tive férias, uma coisa que começou a incomodar o meu chefe, porque antes disso, eu aproveitava todas elas para viajar.

Mas ele tem que admitir que não achava nada ruim ter alguém com tanta gana de trabalhar, aumentando o lucro em período de férias de vários funcionários.

O caso é: entrei no carro, dirigi até meu prédio, sempre observando o céu escurecendo. E quando cheguei ao dito cujo, depois de colocar o carro na garagem e entrar no elevador, esperei até chegar à cobertura.

O meu maior choque foi o que me esperava no corredor.

E não, não era um presente gigante de natal vindo de Jacob. Eu sinceramente adoraria se fosse, por mais que eu não saiba direito porque estou me direcionando em um futuro com ele, eu adoraria que fosse um mega-presente que ele costuma me dar. Acho que às vezes o que me faz não entrar em parafuso por causa dessa situação toda são todos os presentes que Jake me dá.

Me senti muito comprada nesse momento.

A primeira coisa que eu vi, foram as largas costas por debaixo do sobretudo preto. E como ele tampava todo o resto, meus olhos procuraram alguma coisa acima dos ombros.

E foi aí que eu vi cabelos cor de bronze, desalinhados.

Meu coração parou, faltou ar nos meus pulmões, e meus olhos só não se arregalaram porque meu organismo entrou em fase de hiperventilação – era muita coisa para fazer em um só segundo. E então, ele se virou. As mãos displicentemente nos bolsos do próprio sobretudo, o suéter de cashmere do estilo V-neck preto tampava seu corpo que eu me lembro ser perfeito, a calça jeans caía-lhe perfeitamente. E quando eu procurei pelos seus olhos verdes e vívidos, eu não sei o que eu senti. Eu estava tão confusa, tão em choque, tão... Sem chão.

O que Edward estava fazendo ali?


Vou tentar não demorar com a proxima parte :)

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