Primeiro capítulo: A rosa.

Naquele dia, eu zelosamente cuidava das flores daquele jardim, desabrochavam.

Procurava algo com o que me ocupar, até que me deparei com olhos negros cobiçadores que me observavam com curiosidade. Seus cabelos eram pretos iam até a nuca, eram finos e brilhantes, sua pele era branca, pálida. Era alto, amistoso, charmoso, elegante e estranhamente misterioso.

Uma abundancia de sentimentos tomava conta de mim, fiquei paralisado enquanto o dono daqueles olhos enroscava cuidadosamente seus dedos nelas, as flores. Com rapidez e leveza, retirou uma rosa vermelha de um vaso ao lado, caminhava vagarosamente até mim. Seus passos estavam no mesmo ritmo que as batidas do meu coração. Quando chegou até mim, levantou minha mão, pós aquela majestosa planta entre meus dedos e eu timidamente depositei contra o peito. Não sabia se o olhava ou se agradecia, mas ele foi o primeiro a dizer algo.

- Sua beleza é maravilhosa. – que voz encantadora, roca, grossa, sedutora, e que me transmitia uma segurança inigualável, pensei.- É um prazer. - soltou minha mão.

Senti alguém se aproximar, os passos quase impercebíveis.

- Conde. O senhor não chegara a tempo se continuar aqui. – disse o mordomo.

- Tudo bem. – passou ao meu lado, não disse mais nada, não precisava, tinha me conquistado tão fácil. Que raiva. Desapareceu pela primeira porta, junto ao outro.

Espere um segundo, ele era o Conde? Não pode ser!

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- Naruto, onde você estava?- pergunta minha mãe furiosa, enquanto arrumava um dos quartos principais da mansão.

- Eu estava na estufa, lá tem plantas e flores maravilhosas! Você tem que ver! – peguei um objeto estranho em cima da estante de madeira.

- Infelizmente eu não posso ver, e nem você. Lá é um local restrito da família Uchiha. Nenhum empregado tem a permissão de entrar lá. Você já devia saber disso. – desvia atenção para uma camisa no chão, abaixou-se para pagá-la. – não é só por que eu fui transferida para outra mansão, que você vai ficar perambulando por ai.

- Desculpe Mãe. – coloquei o objeto na estante. – Eu só queria conhecer o local.

- Naruto. – caminhou em minha direção e depositou suas mãos frias em meu rosto. – Você é um rapaz jovem e bonito, é magro, dedicado, sensível. Qualquer garota iria se apaixonar por você. Diferente de sua mãe você tem a oportunidade de ser alguém na vida, de ter alguém, então me prometa que não vai parar de estudar.

- Eu prometo mãe. – retiro suas mãos geladas do meu rosto. – Eu sou o melhor da classe, mas… é difícil quando você é motivo de chacota na escola.

- E por que é que você é motivo de chacota? – sua expressão entristece.

- Se você me observa-se, como disse, você saberia. – abaixei o olhar e sai daquele quarto abafado de luxuria. – Vou tomar um ar.

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A única coisa que eu queria aquela noite fria era ir para qualquer lugar onde eu poderia soltar meus pensamentos ao ar, libera-los, extravasa-los, talvez, esquecê-los. Queria fazer com que os meus problemas, evaporassem. Nem que seja por um segundo.

Fiquei vagando pela enorme mansão, oscilando sem rumo algum. Quando me deparei com aquela estufa, queria tanto me entreter em entrar. Queria ter a mesma visão que eu tive algumas horas atrás. Queria encontra-lo porta adentro.

Já não me importava se alguém da família me encontrasse ali, nada iria matar minha vontade de entrar no nosso primeiro ponto de encontro.

Abri aquela porta pesada e robusta. Aquele sentimento tomou conta do meu ser novamente, o vento sereno dominava aquele espaço, cheio de plantas e flores. Um lugar ideal pra quem aprecia a arte e a beleza natural. Eu e ele?

Peguei uma das rosas, aspirei.

- São lindas, não? – era aquela voz. Ele surgiu da escuridão envolvente.

Sim, elas eram maravilhosas.

Por que minha voz se tornou muda? Por que minha timidez não permitiu?

- Lembro-me de ter lhe presenteado uma, espero que tenha gostado. – se aproximava.

Aqueles passos. Aqueles olhos, por que ele tinha que me olhar desse jeito? O que será que ele quer causar em mim?Algum sentimento? Ele... Esta conseguindo?

- Diga-me, o que acha daqui! O que faz você pensar que pode entrar aqui sem minha permissão?- parou de andar, sua expressão séria determinava quem ali comandava.

- M-me desculpe. – gaguejei - Não quis incomodar. - minha voz retornou, em um momento desconfortável, provocando a minha insegurança. De repente à vontade de sair dali se tornou sufocante. Caminhei as presas até a porta. Quando senti algo me impedindo de prosseguir.

- Pretende me deixar sozinho e sem uma resposta. - era ele, segurando meu pulso, impedindo que dali fugisse.

-Eu gostei daqui. - fechei os olhos, não queria o ver brigando comigo por invadir aquele lugar privado. – Eu gostei muito, Senhor.

Ele me soltou, abri os olhos querendo saber se estava tudo bem.

- Qual é seu nome?- perguntou ele.

- É Naruto. - digo ainda surpreso.

- É tão fácil dizer, para que tanta timidez?- deu as costas, e sentou em uma cadeira próxima. - Sou tão assustador?

- Talvez... – abaixei o olhar e desviei para o lado. – permite me fazer um pergunta, senhor? – perguntei timidamente.

- Não sou velho, só tenho vinte anos, chama-me simplesmente de Conde. - ajeitou-se na cadeira e olhou fixamente em meus olhos. - Pode Perguntar!

- Bem... - aquela observação me deixava incomodado. – Por que o conde me deu uma rosa?

Ele suspirou.

- Porque você me lembrou uma. – se levantou da cadeira e se direcionou a mim. – É leve, afável, delicado, formoso... – tocou em meu rosto. Provocou meus olhos que procurar entender os dele. – Nem consigo imaginar como é beijar alguém como você. – disse ao meu ouvido, em um tom baixo e profundo. Não pude deixar de ter uma reação, causou-me leves arrepios nas extremidades.

Será que ele vai fazer o que estou pensando? Será que ele vai fazer-me dele? E eu... Vou deixar?

Sasuke envolveu seus longos braços em minha cintura, prendeu-me contra si e faz leves contatos com os lábios em meu pescoço, não pude evitar que leves gemidos saíssem pelos meus lábios. Como se quisesse descobrir o sabor da minha pele, seu toque me deixava frágil e arrepiado, queria conhecer meu corpo, queria conhece-lo melhor que eu. Subiu com os lábios até os meus. E olhou para mim, com aprovação. Tocou-os rapidamente com os deles, pôs sua mão em minha nuca, e preparou-me para sua ação principal. Deu um beijo quente e arrepiante, conseguiu dominar-me, conquistar-me sem enunciar muito, apenas agindo e tocando-me.

Meu coração implorava por algo, meu corpo implorava por algo, algo que eu nunca senti, algo que ninguém mais faria eu sentir, a não ser esse homem. Que me dominava facilmente. Ele parou para a minha decepção.

Fitava-me com aqueles olhos negros penetrantes. Queria saber o que eu sentia sem perguntar.

Em um ato surpreendente. Levantou-me e carregou-me escada a cima. Levou-me até onde viria ser seu quarto e me colocou em sua cama.

-Não acho uma boa idéia. – uma tentativa desesperada de não ir tão rápido. – Melhor pararmos por hoje. Eu não posso... - Fecho os meus olhos com as mãos para não encarar os deles, não queria ser dominado assim, ele nem me conhecia, nem me amava.

Não, eu não devo deixar que um desconhecido me domine.

O mesmo retirou minha mão da face, e a depositou em seu coração.

Tum-tum-tum.

Eu não posso resistir, não sou tão forte...

Ele me encanta e pode fazer o que quizer de mim.

- Não pode fugir de mim... Não mais. –retirou minha roupa rapidamente, deu-me o abraço mais caloroso que meu corpo já sentiu.

A noite foi turbulenta e romântica. Eu já não podia viver sem ele, e bastou apenas um dia para me apaixonar. Um dia. E na madrugada, levanto-me sentindo a ausência dele ao meu lado. Ponho apenas uma camiseta para cobrir meu corpo, quando me deparo com um rosa em cima da estante. Um sentimento de vazio toma conta de mim. Sinto a necessidade de encontra-lo. Peguei a rosa e sai correndo mansão adentro. Precisava vê-lo, ter certeza de que não era mentira. Assim que cheguei no térreo o vejo entrando em uma carroça, aquela visão me assustou, mas fui e frente queria traze-lo de volta. Corri o mais rápido que pude, mas não foi o suficiente para traze-lo para mim, eu tropecei na primeira pedra que encontrei no gramado. Eu caí, eu olhava para a carroça que nunca desejei ter visto antes. E esperava algo acontecer, quando para a minha aflição, eu vejo ele esticar o braço para fora da carroça e joga no gramado uma flor, a minha flor, a rosa.


CONTINUA...


Fim do primeiro capítulo.

Espero que tenham gostado.

^.^ Estou muito animada por finalmente poder postar essa Fic.

Eu fiz uma pequena adptação para o SasuNaru. E acho que ficou boa.

Comentários? Me fazem feliz...

Beijos.