A/N: Oi! Algumas pessoas leram as minhas outras duas histórias, e sabem que as duas são traduções. Essa história NÃO é uma tradução. É de minha autoria. A minha primeira tentativa de escrever uma fic Lily/James. Não preciso dizer o quanto estou nervosa, não é? Então por favor, deixem um review dizendo se gostaram ou não. Criticismo construtivo é muito bem aceito!

Em primeiro lugar, devo dizer que pretendo escrever essa fic até o ataque do Voldemort, em 31 de Julho, então muita coisa vai acontecer. Não quero escrever NADA muito clichê. Estou cansada das fics que a Lily fica gritando sem parar com o James, ou que o James chama ela para sair o tempo todo, ou que o James é um bobo apaixonado e cego que a Lily faz de gato e sapato. Estou tentando dar uma visão mais madura da história dos dois, e também sendo fiel ao Universo HP.

O primeiro capítulo é introdutório, então é mais curto e sem falas. Os próximos serão diferentes. Tem o ponto de vista tanto da Lily quanto do James. Espero que gostem! Ainda não sei se todos os capítulos vão ter o ponto de vista dos dois. O primeiro e o segundo tem sim. Gostaria de saber a opinião de vocês, quanto ao ponto de vista alternado.

Resumo da história: Lily Evans e James Potter voltam para casa, depois do sexto ano em Hogwarts. Ambos descobrem que vão ser monitores chefes, mas eles não fazem a mínima idéia do que os aguarda no último ano em Hogwarts.

Disclaimer: Não sou a JK Rowling.


Por Toda a Eternidade

Capítulo 1 – O Último Verão

"So all the memories fade

And the days go by

Forget the lonely yesterdays in mind

I know it's never gonna be the way you like

I know you don't wanna think about the endlessness you find

You wait forever blind"

"Days Go By" - Lifehouse

Lily POV

Mais uma féria de verão. Minha última féria de verão. Mais um verão em Spinner's End. Mais um verão com a minha irmã que não me suporta. Mais um verão alienada do mundo mágico, agindo como uma trouxa. Os meus pais se esforçam para entender o "outro lado" do meu mundo, mas mesmo assim é complicado. É muito difícil para mim, separar os dois mundos. De Setembro a Junho moro em Hogwarts, aperfeiçoando as minhas habilidades mágicas, convivendo com outros bruxos e bruxas. Porém, durante as férias de verão eu viro uma trouxa. Como que eu posso separar os dois mundos?

Até o quinto ano era mais fácil. Severus era meu amigo. Ninguém entendia a nossa amizade, um garoto da Sonserina (que todos acham que é puro sangue, mas eu sei a verdade) e uma garota da Grifinória. Uma amizade proibida. Essas duas casas não devem se relacionar. Isso é um fato para todos os alunos (e também alguns professores) de Hogwarts. Mas eu não me importava com nada disso. Severus era meu amigo, independente da casa dele, do sangue dele, das amizades dele. Infelizmente ele não pensou da mesma forma. No final do quinto ano, ele agiu como todos os outros Sonserinos e me ridicularizou por ser nascida trouxa. Geralmente eu sou uma pessoa muito compreensiva e complacente. Mas não tem como eu perdoar o que ele fez, como ele agiu. Ele até me procurou depois do "incidente do lago" para se desculpar. Mas o que ele fez é inaceitável.

E então tive a minha primeira féria de verão completamente isolada do mundo mágico e dos meus amigos. Provavelmente essas férias vão ser uma reprise das do ano passado. A única diferença é que agora eu sou maior de idade (somente no mundo bruxo). Teoricamente eu poderia fazer magia durante as férias. Porém, é proibido fazer magia na frente de trouxos. Então vou ter que ficar três meses sem magia. Três meses sem poder ser o que eu realmente sou, uma bruxa. Talvez eu procure um emprego de verão, para não ficar desligada do mundo bruxo e ainda ganhar alguns galeões em troca.

Por mais que possa ser complicado para uma nascida trouxa viver em Hogwarts, ainda considero o castelo como meu lar. Mesmo tendo os Sonserinos puro-sangue maníacos, que não perdem a oportunidade para me rebaixar. Mesmo tendo todas as tarefas de Monitora. Mesmo tendo que aturar as festas do Prof. Slughorn. Mesmo tendo que aturar os Marotos.

Ah, os Marotos. James Potter, Sirius Black, Remus Lupin e Peter Pettigrew. Sempre aprontando alguma. Desde que o grupo foi formado, no primeiro ano, esses quatro são inseparáveis. James Potter pode ser considerado o líder do grupo. Talvez seja o Sirius, não sei. Os dois estão sempre juntos, é difícil saber ao certo. Remus é o mais quieto do grupo, e também é um monitor. Mas o silêncio dele não me engana, ele com certeza arquitetou muitas das travessuras desse grupo. Sobre o Peter não sei muito, mas é muito óbvio para todos que ele é muito grato pela amizade dos outros três. Os quatro garotos que acham que reinam em Hogwarts. Que aprontam com os professores e com os outros alunos. Sempre fazendo travessuras. Não que eu leve isso a mal, todos precisamos rir. Ainda mais em épocas como as quais estamos vivendo. Mas de vez em quando eles vão além da conta. Como no quinto ano, no incidente do lago.

Mas no sexto ano alguma coisa mudou nesse grupo. Eles não estão mais azarando os outros alunos só por diversão. Claro que continuam a fazer travessuras, mas deixaram de fazer aquelas que ridicularizavam os outros alunos. No início, quando eles começaram a agir diferente, eu não acreditava. Passei boa parte do sexto ano achando que essa atitude deles não passava de um truque. Mas então percebi que os olhos deles mostram que eles não são mais aqueles garotos imaturos, sem preocupações, sem responsabilidades. Talvez eles tenham analisado as atitudes deles, e visto que algumas delas os comparavam ao Voldemort e seus seguidores maníacos, os Comensais da Morte, que azaram, torturam, matam, trouxas e nascidos trouxas, somente por diversão. Além do que, qual motivo eles teriam para fingir que amadureceram? Tenho vergonha em admitir que a princípio achei que o James tinha mudado por causa de mim, para tentar me impressionar. Mas por que ele faria isso? Realmente é muito egoísmo meu pensar dessa forma. Além do que, não foi somente ele quem mudou. É verdade que o Remus sempre foi o mais maduro do grupo, mas até mesmo o Sirius mudou. Não muito, afinal, ele sempre vai ser o Sirius Black, o alegre, brincalhão, etc. Mas ele também mudou. A guerra muda todas as pessoas, sem exceções.

Regularmente temos notícias que algum parente de algum aluno de Hogwarts foi atacado, obliviado, desapareceu, ou foi alvo de alguma das Maldições Imperdoáveis. Vários alunos abandonaram Hogwarts, preferiram escolher a segurança das suas próprias casas. Mas na verdade, os pais desses alunos preferem que eles fiquem por perto, embaixo das suas asas. Para mim isso não faz muito sentido, já que não existe lugar mais seguro do que Hogwarts. Afinal, o único bruxo que Voldemort teme é o diretor de Hogwarts, Albus Dumbledore. Mas esses pais tem medo do que pode acontecer com os filhos deles, quando estão longe das suas asas.

Acho que essa é a única vantagem de ter pais trouxas. Eles não tem noção da guerra no mundo bruxo. E eu não vou contar isso para eles. Você teme aquilo que não conhece, isso é um fato. E se eles ficarem sabendo da guerra, jamais me deixariam retornar a Hogwarts, já que o meu "tipo" é o alvo principal do Voldemort. Além do que, qual o problema deles viverem em uma ignorância feliz? Não tem motivos para Voldemort vir atrás de mim. Afinal, sou apenas mais uma aluna nascida trouxa, entre vários, em Hogwarts. Por que eu seria especial ao ponto de ser alvo dele e dos capangas dele? Não, meus pais não tem o que temer, e não vou colocar preocupações desnecessárias na cabeça deles. Além do que, eu não agüentaria ter que abandonar Hogwarts. Ter que dar adeus ao meu lar, o meu verdadeiro lar. Claro que terei que fazer isso no próximo ano, quando me formar. Mas então eu vou poder seguir alguma carreira bruxa, poder fazer alguma diferença nesse mundo, poder provar a todos que eu sou merecedora, que eu sou tão bruxa quanto todos os puro-sangues.

Quando o Expresso de Hogwarts finalmente chega a estação de King's Cross, eu respiro profundamente, me levanto e me preparo para mais um verão, o meu último verão.


James POV

Mais um ano letivo acabou. Mais um verão começa. Mal posso conter a minha felicidade. Mais um ano apenas e vou estar livre das paredes de Hogwarts. Vou estar livre para poder fazer uma diferença, para me tornar um Auror. Para poder lutar nessa guerra. Para poder exterminar os Comensais da Morte.

O número de seguidores do Voldemort aumenta a cada dia. Seja por medo de retaliação do Lorde das Trevas, ou por compartilhar as idéias dele. E o número de pessoas que luta contra eles só diminui. Ou já foram assassinados ou estão se escondendo. Poucas pessoas hoje em dia querem ser aurores. Poucas pessoas querem lutar contra esse maníaco. Mas eu não. Eu sou um Potter. Assim como o meu pai, eu vou ser um auror. Eu vou lutar, eu não vou me esconder. Antigamente os aurores tinham que treinar por anos, antes de irem para o campo de batalha. Agora, devido ao baixo número de aurores, o treinamento foi limitado a apenas seis meses. Isso só me deixa mais ávido para terminar o sétimo ano. Vou fazer somente as matérias que preciso para conseguir ser aceito: Defesa Contra as Artes das Trevas, Transfiguração, Feitiços, Herbologia e Poções. Como eu odeio poções... mas se essa matéria vai me levar ao posto de auror, eu tenho que agüentar encarar o Slughorn e todos aqueles Sonserinos malditos. Tenho que agüentar encarar o oleoso toda aula. Só espero que ele não seja Monitor Chefe, pois se ele já abusava do poder de monitor, imagina o que ele faria com o cargo de monitor chefe.

Já a escolha para Monitora Chefe é bem óbvia. Se o Dumbledore não escolher a Lily fica provado que o bom velhinho realmente tem uns parafusos soltos. Nenhuma outra garota merece ganhar esse posto tanto quanto ela. Mas não vai ser nada fácil para ela, principalmente porque é nascida trouxa. Muitos alunos não vão levá-la a sério, vão achar que ela é inferior a eles. Mas ela é uma bruxa bem capaz e vai conseguir resolver esses problemas. Há algum tempo eu tinha esperanças de chamar ela para sair, de conhecer a Lily melhor, mas eu já me conformei que nada jamais vai acontecer entre nós dois. Ela já deixou isso bem claro, no incidente do lago do quinto ano.

Pelo menos aquele incidente serviu para ela ver o caráter verdadeiro do Snivellus, e cortar qualquer tipo de relacionamento com ele. Se algo me dava ódio era ver os dois juntos, e o jeito como ele olhava para ela quando estavam juntos. Não que a forma dele olhar para ela tenha mudado desde então, mas agora ele a observa de longe. E isso me deixa extremamente irritado. Mas não é por ciúme, como meus amigos acham, e sim porque ela é uma nascida trouxa, e ele é um aprendiz de Comensal da Morte. Essa não é uma mistura favorável. Nenhum pouco favorável.

Os outros Marotos não deixaram de perceber o meu desprazer com essas atitudes do Snape, e um deles fez algo muito idiota. Muito idiota mesmo. O meu melhor amigo, o meu irmão, tentou pregar uma peça no Snape no sexto ano, para que ele aprendesse a não se intrometer em assuntos nos quais não interessam a ele. E essa peça quase custou a vida do Snape, a minha própria vida, a expulsão do Sirius, a liberdade do Remus, e a nossa amizade de anos e anos. Graças a Merlin que eu consegui chegar a tempo, salvar a inútil da vida do Snape, e a vida de todos nós no processo. Ainda não sei como que o Dumbledore não expulsou o Sirius. Mas felizmente ele não o expulsou.

Ainda não acredito em como que o Sirius pôde ter sido tão estúpido ao ponto de colocar todos nós em risco desse jeito. Por isso a nossa amizade foi quebrada por alguns meses. Eu simplesmente não conseguia entender o porquê. A irresponsabilidade do Sirius. Mas, com o tempo, e alguns pedidos de desculpas do Sirius (não muitos, porque ele é muito orgulhoso para ficar se desculpando toda hora), reatamos a nossa amizade. E como sempre, desde que o Sirius saiu da casa dos pais aos dezesseis anos, ele vai passar o verão comigo e com os meus pais.

O último verão de relaxamento, de partidas de Quadribol nos terrenos da mansão Potter, de acordar as duas da tarde. Mas esse vai ser um verão interessante. Agora todos somos maiores de idade, então podemos fazer magia. Podemos aparatar para onde quisermos. Podemos aproveitar o verão, antes que as responsabilidades do mundo e da vida adulta caiam nos nossos ombros.

Quando finalmente o Expresso de Hogwarts chega na estação de King's Cross, Remus guarda o baralho de Snap Explosivo, eu guardo o xadrez bruxo (depois de perder a para o Sirius pela milésima vez). Nós nos levantamos, ansiosos para começar o nosso último verão.


A/N: E então, o que acharam? O segundo capítulo já está pronto, e dependendo da resposta de vocês, eu o posto logo.

PS: Alguém gostaria de ser Beta dessa história? Como é a primeira que eu escrevo, acho que seria interessante ter um beta para dar dicas, fazer correções, etc. Quem se candidatar, por favor escreva no review ou me mande um PM ou um e-mail. Tenho o e-mail no perfil.