Nota da Tradutora:

Oi pessoal, eu sou a Fabianne Malfoy (agora Fabianne P. Xavier) e essa é a continuação da Tradução da fic We'll Always Have Paris, da Melissa D Malfoy. A partir do capítulo 12 eu que traduzi.

Essa Fic foi primeiramente traduzida pela Lya Malfoy e seus capítulos do 1 ao 11 se encontram aqui www . fanfiction . net /s/3061966/1/

A Lya, infelizmente, não pôde mais continuar a tradução e eu me ofereci para traduzir.

Eu sinto muito pela demora, foram meses eu sei, mas realmente estava (estou) com um problema muito sério com o tempo. (Tempo, tempo, tempo, tempo és um dos Deuses mais lindos...)

Nos Sempre Teremos Paris

Capítulo 12

I have a smile stretched from ear to earEu tenho um sorriso esticado de orelha a orelha

To see you walking down the road Para ver você descer a Estrada

We meet at the lights Nós nos encontramos nas luzes

We stare for a while Nós nos encaramos por um instante

The world around us disappears O mundo desaparece ao nosso redor

It's just you and me É apenas você e eu

On my island of hope Na minha ilha de esperança

Breath between us could be miles A respiração entre nós poderia ser milhas

Let me surround you Deixeme te envolver

My sea to your shore Meu mar em sua costa

Let me be the calm you seek Deixeme ser a tranqüilidade que você procura

But every time I'm close to you Mas toda vez que estou perto de você

There's too much I can't say Há tanta coisa que eu não posso dizer

And you just walk away E você apenas vai embora

And I forgot to tell you I love you E eu me esqueço de dizer que te amo

The night's too long and cold here without you A noite é tão longa e fria aqui sem você

I grieve in my condition Eu me angustio em minha condição

For I cannot find the words to say I need you so Por não conseguir achar as palavras pra dizer o quanto eu preciso de você.

"I Love You"de Sarah Maclachlan


Por alguns instantes, Rony experimentou uma completa alegria à medida que viu a forma de um Malfoy inconsciente esparramada no chão. Ele sentiu uma estranha sensação de justiça por todas as zombarias e todos os anos de tormento que ele tinha sofrido nas mãos daquele mesquinho, presunçoso e arrogante.

Na verdade, o feitiço não funcionou exatamente do jeito que ele esperava. Draco estava prestes a brotar ventosas nas pontas dos dedos e orelhas e a pele dele estava se tornando um marrom lamacento como o parasita sanguessuga que ele era, porém, havia algumas vantagens inesperadas, como as convulsões violentas e a baba.

Rony sorriu em triunfo. Mas então ele ouviu o retinir dos utensílios de seus professores um pouco antes de sentir a varinha voar de sua mão. Ele não teve tempo de se virar e ver quem a pegou porque Harry se atirou em cima dele, derrubando ambos no chão, fora do caminho de um jato de faíscas cor magenta, que passou sobre eles.

Assim que sua cabeça encontrou o chão frio, os gritos agitados e as exclamações de surpresa soaram em seus ouvidos, mas Harry, deitado mais acima, estava pressionando seu braço contra a garganta de Rony.

"Mais que diabos você pensa que está fazendo?" Harry gritou na cara dele.

Rony se contorceu, tentando se livrar, mas o domínio de Harry era muito firme; ele era mais forte do que seu corpo magro aparentava.

"Me solta Harry! Aquele idiota repugnante mereceu, se insinuando pra cima da Hermione como se ela fosse uma coisa qualquer que ele comprou na Dervixes & Bangüês." Ele tentou se levantar, mas Harry o empurrou de volta, tirando o ar de seu peito.

"Fique abaixado seu idiota." Harry ordenou. "Aquela Sonserina acabou de tentar te enfeitiçar. Eu devia tê-la deixado bater em você também. Depois de toda essa..."

Harry não chegou a terminar esta frase porque alguém tinha alcançado e arrastado eles brutalmente pelos pés.

"Sr. Weasley, como o senhor se atreve a atacar outro estudante?" Professor Snape olhou furiosamente pra Rony, seus olhos contraídos de raiva, e, em uma baixa e ameaçadora voz, ele rosnou.

"Eu não faria nenhum plano para o resto do feriado."

"Severus, nós precisamos de você aqui." A Professora McGonagall gritou. "Draco está ferido e Poppy saiu esta manhã. Ele vai precisar de algumas de suas poções de cura."

Ela olhou duramente para Harry e Rony.

"Sr. Potter, por favor, acompanhe o Sr. Weasley para seu salão Comunal. Eu tratarei dele logo, uma vez que consigamos levar o Sr. Malfoy com segurança pra ala hospitalar."

Rony pareceu ter entendido a severidade de suas ações e começou a suplicar.

"Mas Professora, eu..."

"Agora Sr. Potter!"

Assim que Rony se direcionou para a saída ele olhou para Hermione, ajoelhada ao lado de Draco no chão. Ele não conseguia se lembrar se já tinha visto aquele olhar direcionado a ele antes, apesar do numero de vezes que ele zangado ela ou chateado. Assim que ela segurou ternamente as mãos de Draco, ela olhou para Rony com uma mistura de confusão e despontamento.

"Essa é de longe a coisa mais baixa e vil que eu já vi você fazer Ronald Weasley."

Rony não disse nada em resposta, desviou seu olhar do dela, rapidamente desprovido de qualquer alegria ou satisfação que ele tinha sentido momentos antes.

"Sua varinha Sr. Weasley."

"A professora McGonagall agiu rapidamente para desarmar o senhor mais cedo." Disse uma voz bondosa a sua esquerda. Dumbledore estava olhando pra ele com um olhar de pena misturado com compreensão. Ele descansou sua mão no ombro de Rony com um pesado suspiro.

"Eu sinto muito Professor." Rony murmurou.

"Não é pra mim que o senhor precisa se desculpar." Ele disse, olhando diretamente para Draco e Hermione.

"Vamos Rony!" Harry disse puxando a manga das vestes de Rony. "A Professora McGonagall falou pra gente ir direto pro salão comunal."

Ele olhou cuidadosamente para Lissane enquanto ele falava, observando à medida que ela recuperava a varinha dela da Vice Diretora também.

A professora McGonagall anunciou o castigo pra Rony rapidamente e sem chances pra negociação: detenção todo sábado pelos próximos três meses, alternando entre Filch e Snape, sem visitas à Hogsmead pelo resto do ano letivo, e esfregar a sala de poções até que fique brilhando para estar pronta para o retorno dos alunos depois do feriado.

Harry pensou que Ron teve sorte. Quando eles passaram pela forma inconsciente do Malfoy, Harry pensou ter visto um pouco de sangue no chão. Harry imaginou que Malfoy devia ter batido forte a cabeça quando foi derrubado da mesa, o que explica porque ele tinha sido nocauteado. Então Rony tinha ferido o Malfoy fisicamente também, além de ter quebrado algumas regras de Hogwarts sobre brigas na área da escola. Embora uma parte de Harry invejasse o curto triunfo de Rony, ele também sabia que Rony só tinha feito uma delicada situação piorar.

"Pelo menos acabou." Rony murmurou miseravelmente depois que a McGonagall saiu. "Mas três meses por amaldiçoar o Malfoy? Eu acho que isso é um exagero, você não acha? Não é como se aquele bastardo não merecesse. Na verdade, é como se eu tivesse prestado um serviço a todos por dar uma surra nele."

"Ron, se eu fosse você, eu estaria me preparando para a reação da Hermione e não me congratulando por cumprir meus deveres civis. Se você achou que a McGonagall estava furiosa imagine a Hermione..."

Rony levantou as mãos com raiva.

"Eu não te entendo Harry. Nem um maldito pedaço. Primeiro você guarda esse segredo por ela e depois você apenas fica quieto e deixa o Malfoy roubar nossa melhor amiga?"

"Ele não pode roubá-la de nós. Nós não vamos deixar que isso aconteça." Ele parou por um breve momento e abaixou sua cabeça. "Apesar de que a sua proeza hoje a noite foi um excelente jeito de empurrá-la direto pros braços pegajosos dele. Você tem idéia de como aquilo foi idiota?"

"Como isso não aborrece você?" Rony perguntou em descrença. "Como sua pele não formiga sabendo que o Malfoy a beijou e tocou ela e Merlin sabe o que mais com ela?"

Bem agitado, Harry se levantou de repente.

"Cala a boca Rony! Apenas… cale essa boca. Você realmente acha que isso é fácil pra mim?"

Ele encarou seu melhor amigo, repentinamente acalmado pela sua explosão.

"Me deixa louco saber disso!" Mas Harry parou de falar. Como ele poderia explicar algo que ele ainda está lutando consigo mesmo? Como ele poderia explicar a Rony que discutir a o relacionamento de Hermione só fazia machucar mais? Ele se atreveria a admitir que tinha sentido falta de muito mais do que somente copiar as anotações de Hermione enquanto ela estava fora em Beauxbatons? Que ele tinha esperado ansiosamente por cada carta que ela tinha escrito pra ele, relendo-as até que ele pudesse recitá-las literalmente? Ele não se atreveria a dizer isso.

Mas ele nem precisou. Rony podia ler tudo isso no rosto de seu melhor amigo, em seus vivos e expressivos olhos. Aborrecido consigo mesmo por deixar que a sua raiva encobrisse o que estava diante de seu grande nariz, Rony encarou Harry, sua boca entreaberta.

"Pelas barbas de Merlin você gosta da Hermione! Eu quero dizer gosta realmente dela!"

Os esforços de Harry ao choque das insinuações de Rony foram fracos e lamentáveis.

"Não seja maluco. Claro que eu não gosto", ele balbuciou. "Eu gosto dela apenas como amiga", ele falou, mas seus olhos diziam outra coisa.

"Claro, uma amiga que você não se importaria em trocar carícias em um relacionamento", Rony concluiu. Ele sorriu estranhamente.

Harry mergulhou em sua cadeira e esfregou os olhos com os dedos. Ele suspirou ruidosamente, mas parou suas pobres tentativas de negar isto. Rony sentou na mesinha na frente da cadeira de Harry para encarar seu conflitante amigo.

"Há quanto tempo você se sente desse jeito parceiro? Por que você não disse nada?"

"Não há nada pra dizer, e mesmo se tivesse, não importaria, ela está com o Malfoy agora." Ele sorriu tristemente. "Afinal, é minha própria bendita culpa, eu queria esperar até a Hermione voltar para ver se meus sentimentos por ela tinham realmente mudado".

"Quando você teve certeza que eles mudaram?" Rony perguntou com uma leve hesitação, sabendo que estava ferindo Harry muito mais que estar falando sobre isto.

Sem perder o ritmo, Harry respondeu: "No estante que ela atravessou a porta da frente na noite que ela voltou da França. No momento que a vi, eu soube."

À medida que ele olhou no rosto de seu melhor amigo, Rony pôde ver o arrependimento e tormento ocultos.

Ambos viraram as cabeças rapidamente para a porta quando ouviram alguém lá fora gritar furiosamente "Férias alegres" o que, ironicamente, era a senha da Grifinória, e em seguida eles viram a porta abrir-se rapidamente.

"Eu sempre suspeitei que o Pirraça fosse mais maduro que você, e o seu comportamento hoje a noite confirmou isso, seu idiota. De todas as coisas imaturas e idiotas que você já fez."

Rony mudou facilmente de argumento para dar uma de vítima num piscar de olhos.

"Isto é um pouco como chamar o pote de caldeirão não é Hermione? Não era eu que estava às escondidas com o maldito do Malfoy para fazer Merlin sabe o que, por Merlin sabe quanto tempo."

"Nós não estávamos às escondidas, nós estávamos estudando", ela explicou por entre dentes rangidos.

Eles tinham preenchido a distância entre eles e estavam praticamente parados cara a cara, nenhum dos dois recuando. Ele inclinou a cabeça na direção do rosto de Hermione.

"Eles ensinam biologia e anatomia em escolas Trouxas, não em Hogwarts", ele zombou.

Ela apertou os punhos firmemente ao lado dela, espantada com sua força de vontade para não atacar e bater nele quando ele merecia tanto. Mas lá já tinha violência suficiente para uma noite, e ela tinha enfrentado Rony tantas vezes para tentar qualquer coisa. Se ela soltasse como ela realmente queria, ele iria acabar em uma cama ao lado da de Draco antes da noite acabar. Ela deu um passo pra trás, fechou os olhos, e respirou profundamente para dar a si mesma uns instantes para recuperar a razão.

"Não foi bem assim", ela protestou calmamente. "Quando nós estávamos em Beauxbatons, Draco e eu percebemos que estudamos melhor juntos, e ele precisou da minha ajuda com nossos termos de Aritimancia quando nós voltamos. Ele não é o mesmo garoto que ele costumava ser, e eu não iria negar ajuda a ele porque a nossa situação tinha mudado."

Incredulamente, Rony comentou:

"E o fato de você querer dar um bom amasso nele não tem nada a ver com isso? Tá, sei."

"Olhe, vocês não precisam se tornar os melhores amigos dele, mas no mínimo tentem respeitar minha decisão."

Ela deu um passo pra perto de seu amigo.

"Eu sei que vocês não gostam disso, mas é minha decisão a fazer, e eu espero que vocês possam perceber isso."

"Mas porque o Malfoy?" Ele choramingou. S"e você queria namorar alguém, porque não um belo Grifinório ou até mesmo um Corvinal?"

Ele olhou rapidamente pelos ombros dela para seu amigo moreno, o qual tinha ficado de pé.

"Eu conheço vários caras que adorariam uma chance com você. Todos eles seriam melhores do que o Malfoy. Pra dizer a verdade, o que você acha?"

Os olhos de Harry se arregalaram em choque pelo o que Rony estava prestes a revelar. Ficando atrás de Hermione para que ela não pudesse ver, ele fez um generoso gesto de corte sobre o pescoço com seu dedo como uma lâmina cortando sua garganta como que advertindo Rony a manter sua grande matraca fechada. Ele ficou aliviado quando Rony hesitou, obviamente entendendo o recado.

Mas Hermione não estava ouvindo nada disso de qualquer jeito.

"Se eles são tão bons então namore eles. Eu quero ficar com o Draco e ninguém mais."

"Mas ele é um... um..." a mente dele procurou por insultos e apareceu com o mais baixo que ele conseguiu pensar. "Ele é um Malfoy!"

"Sim, ele é, e eu ainda gosto dele." Ela respondeu com um ar determinado.

Ele observou Hermione, sua expressão decidida, sua postura inflexível e sabia que seus métodos atuais não estavam levando ele a nenhum lugar com ela. Quando Hermione ficava diante de um desafio ela se recusava a mudar de idéia, não importa o que os outros digam a ela, se ela sentisse que estava certa, o que era freqüente, ela fazia o que ela queria.

Ele decidiu mudar de estratégia. A hostilidade em sua voz foi substituída com uma grande preocupação.

"Ele é tão perigoso Hermione. Ele é das Artes das Trevas, a família inteira dele é. O que acontece se ele estiver apenas te usando para chegar até o Harry? Você poderia se machucar."

"Até aqui, ele é o único que tem estado na linha de fogo Rony, graças a você, então, se a segurança de alguém está em perigo é a de Draco."

Ela conhecia Rony bem o suficiente para perceber o que realmente estava aborrecendo ele.

"E nós estamos em Hogwarts Rony. Você sabe que nós estamos mais seguros aqui do que em qualquer outro lugar. Isto é sobre outra coisa. Me diga!"

"Rony olhou entre seus dois melhores amigos, as duas pessoas com as quais ele fazia tudo junto, as duas pessoas com quem ele dividia quase todos os momentos acordado." Com o Malfoy na jogada tudo aquilo iria mudar. Eles não seriam mais o mesmo trio. As palavras pareciam tão claras em sua cabeça, mas saiu como:

"Eu não quero perder você."

Ela pegou e segurou a mão dele e continuou firmemente.

"Ronald Weasley, não importa quais outras pessoas entrem em nossas vidas, nós sempre seremos melhores amigos. Nada jamais poderá mudar isso. Você me ouviu?" Ela manteve a outra mão aberta pra Harry e fez sinal para que ele se juntasse. "Nós três temos passado por tanta coisa juntos para deixar coisas como namorados e namoradas ficar entra a gente."

Ela olhou nos olhos dos dois garotos que ela adorava tão profundamente.

"Vocês dois significam tanto pra mim!" Ela levantou a mão de cada um dos garotos para seus lábios e as beijou.

Harry suspirou pesadamente e ela pode ver a incerteza espreitando por trás dos óculos dele.

"Hermione eu acho que o que o Rony está tentando dizer, e eu admito que isto diz respeito a mim também, é que nós não andamos nos mesmos círculos com o Malfoy e seus amigos. Com os seus horários e as obrigações de Monitora, nós dificilmente vemos você como está. E se mal vermos uns aos outros de vez? Nós não queremos que o Malfoy-"

"Me afaste de vocês?" Ela perguntou, a finalmente compreendendo.

Rony acenou com a cabeça á compreensão dela.

"Eu não descartaria a possibilidade de ele tentar e impedir você de passar tempo não só com a gente, mas também com o resto dos Grifinórios. E se ele tentar te convencer de que você não precisa mais da gente?"

Ela sorriu e apertou as mãos deles.

"Quando vocês já souberam que eu fui persuadida a fazer alguma coisa que eu não queria fazer?"

Os dois garotos sorriram astutamente.

"E eu sempre irei precisar de vocês dois, então você não vai ficar livre tão facilmente, Sr. Weasley. Vocês estão presos a mim então se acostumem a isso." Ela ficou nas pontas dos pés e deu a um beijo na bochecha cada.

"Bem, eu ainda não tenho certeza se eu quero que aquele maldito, convencido..."

"Rony!"

"Mas eu posso dizer, palavra, que eu tentarei, e, manterei a mente aberta por um tempo, de qualquer jeito."

"E..." Hermione o instigou.

"E, eu prometo não enfeitiçá-lo mais."

"Obrigada."

"A não ser que ele mereça e ele provavelmente irá amanhã."

Ela o cutucou forte nas costelas.

"Ai! Isso dói!"

"Sem feitiço." Ela ordenou em seu tom que significava que ela não estava brincando. "Eu estou falando sério."

"Nós estamos falando sério também Hermione", Harry falou em seu tom sereno e zeloso. "Nós sabemos que você é a mais inteligente do que a maioria, mas, apenas saiba que nós estamos na sua cola se você precisar da gente."

"Bem, não é exatamente a reação que eu estava esperando, mas é um começo, eu acho." Ela admitiu e sorriu.

"Você vai se preparar pra ir dormir agora?" Rony perguntou se afastando de um dos abraços apertados de Hermione.

"Não, o Professor Dumbledore prometeu que ele me avisaria quando Draco acordasse então eu poderia vê-lo."

"Ele ainda não acordou?"

Rony falou depressa, recebendo um olhar de advertência de Harry. Ele se acalmou, mas não conseguiu esconder um sorriso.

"Eu quero dizer, eu não acho que o acertei tão forte assim."

Harry colocou uma mão tranqüilizadora no braço de Hermione.

"Eu tenho certeza que Dumbledore e Snape vão dar um jeito nisso Hermione. Nós esperaremos com você se você quiser."

"Obrigada, eu adoraria."

Draco acordou, mas suas pálpebras estavam muito pesadas para abrir, então ele ficou deitado no escuro por alguns momentos. Sua cabeça estava martelando e seu peito doía como se ele tivesse derrubado um bigorna sobre ele, no entanto ele podia sentir uma suave pressão da mão de alguém descansando levemente em seu braço.

"Urgh", ele murmurou.

"Hermione o que aconteceu? Onde eu estou?"

"O senhor está na ala hospitalar Sr. Malfoy." O Diretor respondeu bondosamente... Os olhos de Draco abriram de repente ao som de uma voz inesperada, mas Dumbledore acariciou levemente o braço de seu estudante.

"A Srta. Granger insistiu em fazer companhia ao senhor aqui comigo, mas eu garanti a ela que o senhor não corria nenhum perigo real pelos seus ferimentos. Eu a convenci a ir para o dormitório dela sobre as explicitas instruções de que eu a avisaria assim que o senhor recuperasse a consciência."

Draco tentou sentar na cama, mas sua cabeça rodou instantaneamente e ele se deitou em seu travesseiro e fechou seus olhos. Ele se queixou:

"Eu sinto como se tivesse sido pisoteado por uma manada de Hipogrifos."

Dumbledore deu uma risadinha suave enquanto movia-se para a lareira para contatar Hermione.

"Sim, eu imagino que o senhor esteja. Eu apresento as minhas desculpas Sr. Malfoy, mas, com uma enfermeira tão capaz como Poppy Pomfrey em Hogwarts, eu confesso que tenho deixado minhas habilidades com primeiros socorros enferrujada nos últimos anos. Demorou um pouco mais que o normal para que Severus e eu pudéssemos encontrar a poção certa para curar o senhor desde que, em sua pressa, o feitiço do Sr. Weasley não funcionou corretamente."

Seus olhos se arregalaram.

"O Weasley me enfeitiçou?" Ele exclamou. "Na frente de todos os professores?" As lembranças do jantar e dos eventos que tinham se desenrolados vieram á tona.

Dumbledore acenou com a cabeça à medida que ele continuou e fez seu caminho até a lareira. Ele apontou sua varinha e falou claramente.

"Salão Comunal da Grifinória." O velho bruxo sorriu à medida que a jovem bruxa apareceu em sua vista.

"Srta. Granger, como eu prometi que faria, o Sr. Malfoy acabou de acordar e não está em más condições."

Draco revirou os olhos, pensando, "Que tal se eu desse sua cabeça ao Canino como brinquedo de mascar e depois você me diz que você não está em más condições?" Ele podia ouvir a voz de alivio de Hermione.

"Oh, Obrigada diretor. Eu já estou indo pra ai."

"Espere Senhorita Granger." Dumbledore continuou. "Eu gostaria de alguns momentos para falar em particular com o jovem Sr. Malfoy antes de passá-lo aos seus hábeis cuidados."

"Tudo bem então. Eu esperarei alguns minutos. Há alguma coisa que ele precisa?"

O coração de Draco se aqueceu com a preocupação dela com ele. Apenas isto o fez sentir-se levemente melhor. Assim que o Diretor olhou pra ele, Draco balançou sua cabeça.

Dumbledore sorriu calmamente antes de virar sua atenção de volta ao fogo. "Não agora, Srta. Granger, mas eu estou certo que ele está aguardando ansiosamente sua visita." Dumbledore hesitou antes de perguntar:

"Como estão às coisas na Torre da Grifinória?"

Draco pode sentir um pouco de alivio na voz dela quando ela respondeu.

"Bem. Nós estamos todos bem aqui."

"Bom. Fico feliz em ouvir isso. Eu vejo você em breve então." A chama se apagou e ele voltou-se para o jovem bruxo na cama.

"Você se sente bem o suficiente para se sentar, Draco? Eu gostaria de falar sobre o que aconteceu no jantar.

Imediatamente, Draco começou a se defender.

"O que? Você acha que a culpa foi minha? O Weasley quer fazer isso comigo desde o primeiro dia. Você estava lá. Ele me atacou!"

Dumbledore balançou as mãos apaziguadoramente.

"Eu seu Draco. Eu estava lá, e eu também sei que você foi tão surpreendido com o feitiço de Rony quanto qualquer outro na mesa. E ele será apropriadamente punido por suas ações."

Draco relaxou na cama, um tanto quanto satisfeito, mas atento a onde a conversa estava indo.

"Bom", ele disse bruscamente enquanto cruzava os braços em frente do peito. "O senhor deveria fazê-lo limpar o chão do Corujal com nada além da sua escova de dente." Encarando bem dentro dos penetrantes olhos azuis do velho bruxo, ele bufou indignado, "Honestamente, eu não estava fazendo nada para provocá-lo. Estava apenas sentado lá comendo meu jantar."

Observando sobre seus óculos de meia lua com um sinal de incredulidade, Dumbledore questionou:

"O senhor está certo de que não fez nada para provocar o Sr. Weasley? Eu estava observando o senhor e a Srta. Granger esta noite enquanto você observava a Srta. Granger com os dois amigos dela. Não foi difícil notar o seu desconforto com a familiaridade deles."

Seus olhos se deslocaram culposamente para o chão. Não tinha Draco utilizado tais demonstrações públicas de afeto para aborrecer o Potter e o Weasley? Não tinha ele estado com ciúmes dos outros garotos e queria mostrar a ele que ele podia se aproximar de Hermione de maneiras que eles não podiam? Mas nada do que ele fez merecia ser enfeitiçado como ele tinha sido.

"Aquilo ainda não o dava o direito de me colocar na ala hospitalar. Parece que ele não podia nem mesmo fazer um feitiço direito, aquela patética desculpa para um bruxo. Eu não sei nem mesmo como ele conseguiu uma carta de aceitação em Hogwarts. Eu pensei que o senhor tivesse alguns critérios de admissão aqui", Draco parou de repente seu discurso. Dumbledore podia não ser sua primeira escolha como diretor, mas ele ainda era o bruxo encarregado.

"Desculpe-me, Senhor", ele se desculpou. "Eu não pretendia soar tão..."

Dumbledore olhou atentamente dentro dos olhos emocionados de Draco.

"É uma resposta justa, Sr. Malfoy. O senhor esteve sob uma provação esta noite, e eu teria reagido da mesma forma se eu estivesse em seu lugar. Suas desculpas estão aceitas. Eu concordo com o senhor que ele não tinha nenhum direito de te enfeitiçar. Ataques a outros estudantes não é uma atividade que nós encorajamos em Hogwarts, mas o senhor deve entender algumas coisas Sr. Malfoy." Ele pausou, para se certificar de que o jovem bruxo estava prestando atenção.

"O Sr. Weasley e a Srta. Granger têm sido amigos desde o primeiro ano deles. Ele está preocupado com o bem estar e a segurança dela." Ele hesitou novamente, sabendo que tinha que seguir com muito cuidado.

"Acima de tudo, ele quer ter certeza que a relação dela com o senhor não a coloca em nenhum perigo."

"Perigo comigo?" Ele bradou de raiva, batendo as mãos na cama. "Mais alguns centímetros à esquerda e seria a Hermione que estaria deitada nesta cama. Ela tem sorte da pontaria dele ser melhor do que sua habilidade de executar um simples feitiço."

Se Dumbledore estava ficando irritado, ele não demonstrou isso. Ao invés disso, ele permaneceu calmo.

"Eu acho que o Sr. Weasley está preocupado em como sua família, especialmente seu pai, irão reagir ao descobrir que o senhor esta envolvido com uma bruxa nascida Trouxa." Ele olhou significativamente à manifestação de entendimento nos olhos cor de prata de Draco. "Lucius não é conhecido pela sua aprovação às pessoas com os ancestrais de Hermione."

Draco acenou com a cabeça enquanto ponderava o que o Diretor tinha dito, mas não comentou.

"De fato, eu suspeito que ambos Rony e Harry estão muito mais preocupados em como os aliados do seu pai reagirão ao ouvir sobre você e ela."

"Agora nós pegamos o problema real nas mãos." A conclusão não se perdeu em Draco e ele olhou sem piscar para o Diretor.

"Você quer dizer os amigos Bonzinhos do Ministério ou os amigos maus Comensais da Morte?" ele perguntou sarcasticamente. Draco sentiu uma onda de aborrecimento; Até Dumbledore acreditava que o pai dele era nada mais do que um lacaio de Você-Sabe-Quem. Ele tentou cobrir a magoa e a raiva de sua voz, mas suspeitou que o diretor poderia sentir de qualquer maneira.

"Não era isso que eu estava tentando dizer."

"Ele não é um Comensal da Morte," declarou abertamente, encarando sem piscar as profundas piscinas de azuis. "Eu não ligo para o que o Potter diz. Meu pai não estava em nenhum lugar perto daquele cemitério quando Você-Sabe-Quem ressurgiu."

Draco observou o jovem bruxo, defendendo seu pai firmemente mesmo se isto significa mentir pra si mesmo. Ele não culpou Draco por querer acreditar que seu pai era um monstro, mas Dumbledore tinha ouvido tantos rumores e visto tantas evidências contrárias para acreditar na negação de Draco. Dumbledore também sabia que, bem lá no fundo, Draco tinha um bom coração, o qual era o motivo pelo qual ele não era contra o surgimento de um romance entre um jovem Sonserino e uma Grifinória.

"Como você pode estar tão certo Draco? Seu pai nunca tentou esconder seu interesse com as Artes das Trevas, historicamente sua família tem sempre mantido certa fascinação com ela." Ele procedeu com cuidado.

"É tão inacreditável para alguém assumir que sua família esta em lealdade com Voldemort e seus seguidores."

Sem hesitar, Draco respondeu:

"Sim!" Ele se recostou na cama e puxou seus joelhos pra cima para descansar seus cotovelos neles. "Tente entender Professor. Meu pai pode ser um monte de coisas, mas ele não é um assassino. Ele não é tão frio e cruel quanto ele finge ser." Ele sabia que seu pai não aprovaria ele estar contando a Dumbledore nada disto, mas se isso significava lançar dúvida no que Dumbledore acreditava como fato, então Draco tinha que dizer alguma coisa. Ele continuou de novo e começou no mesmo ritmo, a dor na sua cabeça esquecida. Ele respirou fundo.

"É tudo uma atuação.

"O que é uma atuação?" Dumbledore perguntou sua voz sem revelar nada.

Respirando fundo novamente, Draco contou a Dumbledore sobre as respostas de Lucius para as perguntas dele depois da ascensão do Lorde das Trevas na noite do Torneio Tri-Bruxo. Sobre como seu pai ficou atordoado como todo mundo, como ele não queria realmente eliminar os Trouxas e os Sangues ruins da terra, porque estes grupos precisam existir a fim de demonstrar a superioridade dos Sangues puros. Draco também explicou como toda a postura de seu pai a cerca da necessidade de eliminar a escória do mundo bruxo era uma atuação que ele mantinha porque era esperado dele e da família Malfoy, e como ele mantinha o papel de aristocrata presunçoso porque isso fazia as pessoas temerem e respeitarem ele, dando-o controle sobre eles, e controle é a verdadeira fonte de poder.

Draco sabia que seu pai provavelmente não ficaria feliz que ele estava contando ao diretor de Hogwarts um segredo tão intimo de família, mas o jovem bruxo sentiu que era hora de saber onde a lealdade de Lucius realmente estava. Ele também sentia que a precária corda bamba entre atuar de Bom e Mau não podia ir muito longe sem escolher um lado definitivo. E assim que seu pai retornasse de sua viagem a negócios, Draco falará com ele a respeito da situação. Draco não era mais uma criança, ele era um jovem rapaz. Lucius iria respeitar mais sua opinião agora. E se Dumbledore soubesse que Lucius Malfoy era, de seu próprio jeito, um aliado, e não um inimigo, ele poderia facilitar as coisas para ele ficar com Hermione como também ajudar a proteger os Malfoys da reação que eles certamente sofreriam dos seguidores de Voldemort.

Afinal eles estavam do mesmo lado, quando a coisa desmoronasse, os Malfoys queriam tanto o reinado de Voldemort quanto os Weasleys queriam o Lorde das Trevas no poder. Eles apenas chegam às coisas de maneiras diferentes.

Quando Dumbledore finalmente respondeu, tudo o que disse foi:

"Eu entendo." E ele tinha uma estranha, quase triste, expressão nos olhos.

"Eu estou te contando a verdade, Diretor. Isto é o que ele me contou e ele não mentiria pra mim sobre uma coisa tão importante como esta. Ele não poderia."

"Eu não tenho dúvidas que ele explicou os motivos para você exatamente do jeito que você os explicou para mim." Ele assegurou a Draco.

Eles quedaram-se em silêncio por alguns minutos, até que Draco admitiu:

"Eu acho que ele pode ter sido um dos seguidores de Você-Sabe-Quem quando ele era mais jovem." Ele colocou as mãos no rosto, incapaz de olhar Dumbledore nos olhos.

"Quando eu era mais jovem, eu pensava que seria excitante seguir Você-Sabe-Quem. Todo o segredo e a magia proibida. Eu pensava que era intrigante que o meu pai podia ter sido um dos seus de seu círculo íntimo. Mas então eu cresci e aprendi sobre o que os seus seguidores faziam parta se entreter." Ele parou um instante, relembrando suas memórias, suas feições endurecidas de determinação.

"Mesmo se o meu pai tivesse participado dessas coisas anos atrás, agora ele não esta mais fazendo isso. Se ele estivesse, o Ministério teria descoberto há muito tempo."

"Eu espero que você esteja certo Draco." O velho senhor murmurou. Um leve sorriso se libertou.

"Você pode me fazer um favo? Da próxima vez que o senhor tiver o desejo de incitar o Sr. Potter e o Sr. Weasley, por favor, lembre-se que eles agem com a Hermione como eles agem porque eles se importam muito com ela."

"Bem, assim como eu." Ele admitiu firmemente. Ele levantou seu rosto e encarou o olhar do velho bruxo. "Muito mesmo."

Nas últimas oito semanas, Draco e Hermione ficaram mais próximos apesar do começo agitado deles no jantar da véspera de Natal. Eles não passaram todo o tempo juntos, apesar de que Draco não pensou que ele se importaria de passar o tempo com sua inteligente, perspicaz e engraçada Grifinória. Mas eles dois eram ambiciosos e aplicados demais para deixar o relacionamento deles interferir nos trabalhos da escola e nas obrigações de monitores. Contudo, apesar da agenda lotada deles e dos diferentes círculos de amizades, eles fizeram um tempo um para o outro.

Draco se recostou ma entrada por alguns instantes para admirar a vista. Hermione estava sentada em uma das confortáveis cadeiras na pequena sala de estudos da biblioteca dela. Seus trajes da escola jogados nas costas da cadeira, e os pés dela estavam cruzados nos calcanhares, escorados na mesa em frente a ela. Ela ainda estava vestindo sua saia do uniforme, mas estando absorta em sua leitura, ela não notou que sua saia mal estava cobrindo suas atraentes e torneadas coxas. Os olhos dela estavam colados no livro em frente a ela. Sua mente esquecida de todo o mundo fora das palavras impressas nas páginas. Ele observou enquanto ela, de um modo inconscientemente sexy, lambia seu dedo antes de virar a pagina, fazendo a temperatura dele subir instantaneamente. Assim que ela abaixou a mão para coçar uma pequena mancha sobre o joelho dela, sua saia deslizou mais ainda, e isto estimulou Draco à ação. Ele não poderia suportar por mais um instante estar tão perto dela e não estar tocando ela.

Silenciosamente ele moveu-se para dentro da sala, cuidadosamente para não alertá-la de sua presença. Ele a cercou para aproximar-se por trás da cadeira dela então ele poderia aparecer sobre o ombro dela. Sorrindo para si mesmo, ele se inclinou sobre a cadeira para ver o que tinha atraído a atenção dela desta vez. Runas Antigas, Transfiguração, Defesa Contra as Artes das Trevas? Surpreendentemente, parecia ser um livro trouxa e não um livro da escola.

"Ela era branca e ela seduzia um Negro. Ela fez algo que em nossa sociedade é inefável: ela beijou um homem negro. Não um Pai velho, mas um jovem, forte, homem negro. Nenhum código importou para ela antes dela quebrá-lo; mas isto desmoronou sobre ela posteriormente."

"Senhorita Granger, este não parece com nenhum livro da biblioteca de Hogwarts. Você está lendo contrabando Trouxa aqui?" Draco perguntou, eficazmente assustando sua namorada. Ela apertou o livro bem, firme no peito com ambas as mãos enquanto pulou em sua cadeira.

"Draco não chegue desse jeito pra cima de mim. Você quase me matou de susto." Ela estreitou os olhos pra ela, mas ela não conseguia ficar com raiva dele por muito tempo.

"Você é realmente mau!"

Draco sorriu maliciosamente para a linda Grifinória enquanto se movia para ficar em frente a ela.

"Eu sei que eu sou." À medida que ele observou a cor lentamente voltar às bochechas dela pelo susto que ela tomou. Ele tirou sua capa e a jogou no braço do sofá. Ele desapertou sua gravata listrada de verde e prata e a tirou do pescoço. Ainda sorrindo, ele descansou as mãos nos braços da poltrona e se inclinou para beijar a bochecha dela.

"Eu não pude evitar. Você estava tão irresistível sentada em sua poltrona, completamente envolvida em seu livro." Ele colocou sua mão na dela e a ajudou a se levantar da poltrona. Enquanto se dirigiam para o sofá, ela colocou o livro na quina da mesa na frente deles.

Ela aconchegou-se no lado dele enquanto ele colocava os braços ao redor dos ombros dela.

"Ainda assim foi mau, e você sabe disso." Ela disse, mas o tom dela não tinha nenhuma maldade ou desprezo. Um pequeno sorriso ameaçou se libertar então Draco o ajudou esfregando suas mãos gentilmente pela coxa dela.

Eles permaneceram confortavelmente deste jeito por alguns momentos antes de Draco acenar com a cabeça para o livro na mesa.

"O que você estava lendo mesmo? Não parece com o trabalho de transfiguração que eu pensei que você estaria colada para ter uma boa vantagem inicial."

"Um clássico trouxa: To Kill a Mockingbird"

"Por favor, Matem a Cotovia?" Ele perguntou com um horror fingido. "E todo este tempo eu pensei que você era uma defensora dos direitos animais. O que os seus amiguinhos idealistas pensariam se eles soubessem que você está lendo um livro sobre como matar pobres criaturas indefesas?"

Ela rolou os olhos e deu um sorrisinho de lado.

"Não é sobre matar pássaros. É sobre preconceito e os perigos dos estereótipos."

"Pra que você esta fazendo uma leitura como essa? Um pouco de leitura alegre? Parece bem divertido." Ele caçoou.

"É muito bom." Ela defendeu. "É extremamente bem escrito e tem tanto a dizer em tantos níveis." Ela se moveu para pegar ele da mesa. "Eu quero que você leia este discurso que Atticus Finch faça. É um dos mais eloqüentes na história literária."

Ele sorriu enquanto ela se esticou para pegar o livro. Ele tinha braços mais longos do que os dela e o pegou primeiro.

"Não obrigada."

"Draco me devolva," ela pediu, se esticando para pegar o livro da posse firme dele. "Não é meu. É da Gina. Ela precisou de ajuda com o teste dela nos Estudos Trouxas, então ela ficou aqui depois da última aula dela. Eu a ajudei um pouco, mas, quando ela saiu para ir jantar, eu fiquei pra trás pra ler um pouco mais." Ela corou um pouco. "Eu não pude evitar. É um dos meus livros favoritos." Ela se lançou pra frente, mas, falhou novamente.

Ambos estavam sorrindo enquanto brigavam pelo livro trouxa, apenas um pouco antes de Hermione tomá-lo da posse dele, Draco aproveitou a oportunidade para fazer cócegas, garantindo sua vitória. Hermione gritou:

"Argh! Isto não é justo."

"Quem foi que disse que eu jogo limpo?" Ele murmurou antes de se jogar no sofá e puxar Hermione com ele. Ele elevou o braço acima da cabeça, segurando o livro fora do alcance dela, e colocou a outra mão atrás da cabeça de Hermione enquanto empurrava o rosto dela para o dele. Ele sorriu uma vez mais antes de beijar os lábios cheios dela, começando lentamente, mas aprofundando o beijo deles quando ela correspondeu ansiosamente. As mãos dela agarraram, e ela colocou o rosto dele nas mãos e manobrou seu corpo para ficar mais confortável em cima dele. Em seguida ela moveu suas mãos no peito dele para abrir alguns botões de cima, retirando a gola para que ela pudesse deslizar seus beijos pelo pescoço dele. Como seu cabelo fez cócegas na garganta dele, ele se deslocou ainda mais pra o final do sofá, ficando mais confortável para outra secção de carícias delirantemente satisfatórias com Hermione.

Hermione o beijou profundamente, apreciando completamente as reações dele aos seus movimentos. Durante as ultimas oito semanas, eles passaram muitas noites envolvidos um com o outro desse mesmo jeito, às vezes por horas, e ela nunca cansou disso. Pelo contrário, ela queria mais. Mas primeiro ela precisava ensinar uma lição a ele. Quando ele esticou o braço para colocar o livro atrás dele, Hermione fez seu lance. Com um movimento repentino, ela se esticou, pegando o livro dele, e agilmente saindo de cima dele e do sofá com um movimento gracioso. Enquanto examinava um Draco confuso e desapontado, ela sorriu timidamente.

"Dois podem participar desse jogo." Ela gracejou com uma piscadela.

Compreendendo o que ele tinha passado, Draco gemeu e cobriu os olhos com as mãos.

"Argh! Sua traidora. Eu não acredito que você me beijou daquele jeito pra colocar as mãos em um livro qualquer." Ele se escorou nos cotovelos e fez beicinho.

"Eu me sinto tão traído."

Hermione rolou os olhos enquanto achava o lugar que ela tinha parado no livro e colocando um marcador nele.

"Ah, por favor. Você nunca se sentiu traído com nada. E não é apenas um livro qualquer. Eu te disse, é um clássico."

"Nenhum livro pode ser tão bom ao ponto de você perder bife e torta no jantar com torta de melaço por sobremesa." Ele moveu as pernas do sofá pra dar lugar a ela.

Hermione parecia desolada enquanto deixou-se cair pesadamente no sofá ao lado dele de novo.

"Caçamba, eu esqueci! São meus favoritos."

"Eu sei," ele sorriu e deu uma mordidinha suavemente no pescoço dela. "Por isso que eu fiquei surpreso por não ter visto você no jantar."

"Como você sabia que eu estava aqui? Eu pensei que você tivesse treino de Quadribol hoje à noite."

Ele apontou para o seu cabelo ainda úmido. "Você não viu? Nós tivemos um treino leve por causa do nosso jogo contra a Corvinal amanhã. Nós só treinamos algumas manobras." Ele explicou. "Eu vi a Weasley fêmea na volta pro castelo. Ela me disse que a ultima vez que a viu, você estava aqui e que você estava no 'Modo Hermione' e provavelmente esqueceu qualquer coisa que existia fora dos muros da biblioteca."

Ambos riram com a alfinetada dele.

"Onde você a viu? E ela tem nome, sabe."

"Eu sei, "ele riu. "É que eu gosto de te provocar." Ele deu uma beijoca e ela sorriu. "Gina..." Ele enfatizou o nome dela para provar que ele sabia, "estava voltando da cabana de Hagrid, eu acho. Provavelmente indo pra sua grande noite fora com as meninas.

"Não são só meninas, sabe. Harry, Rony e alguns outros garotos estão lá também.

Ele deu um sorrisinho de lado. "Eu sei. Eu considero todos eles parte 'das meninas'.

Hermione bateu cutucou ele com força nas costelas por insultar os amigos dela, ele gritou um pouco. "Eu vou contar a eles que você disse isso," ela brincou.

Em geral, eles costumam passar as noites de sexta com seus amigos e as noites de sábado juntos. No começo, Draco estava certo de que os amigos dela iriam usara noite para tentar virar ela contra ele, mas isso mostrou ser uma boa idéia no fim das contas. Tanto quanto isto o aborrecia, Hermione realmente gostava muito do Potter e do Weasley e seus outros amigos Grifinórios. Passar tempo com eles mantinha um nível de normalidade num complicado momento de ajustamento. Mostrou=se bom para Draco também. Como monitor, ele precisa ficar por dentro do que estava acontecendo em sua própria casa, e isto o livrava de problemas com alguns dos seus colegas de casa. No começo eles tentaram fazê-lo falar qual era o seu "plano", entretanto, ele abafou isso rapidamente explicando em termos que não deixavam dúvidas que ele e Hermione estavam realmente juntos. E que se eles quisessem testar a sinceridade dele, eles descobririam em primeira mão o que é sentir-se sendo uma doninha também.

"Eu provavelmente devia estar indo. Eles estão esperando por mim." Hermione pegou suas vestes de Hogwarts para vestir, mas antes que ela pudesse colocar seu braço dentro da manga ele agarrou a mão dela e a puxou para seu colo.

"Relaxe, nós temos um tempinho antes deles saírem às escondidas com você para a noite." "Ele colocou seus braços nas costas dela e começou a plantar beijos em seu pescoço similares aos tortuosos beijos que ela tinha dado mais cedo."

Ele continuou plantando mais beijos pelo decote dela, pausando para morder e mordiscar em cada pequeno beijo. "O que os Grifinórios fazem para se divertir? Sentam ao redor da lareira, de mãos dadas, cantando canções de elevação espiritual? Vocês provavelmente nem."

"Ah, cala a boca," Ela provocou. "Pelo menos e melhor do que tirar as pernas de uma aranha ou arrancar as asas de moscas."

"Hey, Isso me ofende. Sonserinos não fazem isso pra se divertir," ele defendeu firmemente. Embora tenha adicionado rapidamente. "Pelo menos não Sonserinos acima do terceiro ano."

"Então o que você e seus amigos estão planejando fazer essa noite?"

"Depois que eu sair daqui, eu vou encontrar Lissane para ajudá-la com Feitiços," ele respondeu casualmente.

Hermione olhou pra ele como se fosse uma piada.

"Você esta de brincadeira. Lissane precisa de ajuda com as aulas de Feitiço? Tá bom. Da próxima você vai me dizer que o Snape quer apadrinhar o Neville a ser o Professor de Poções quando ele se aposentar."

Depois da resposta sem graça de Harry no fracassado jantar na Véspera de Natal, parecia que a sedutora Sonserina tinha direcionado seu alvo mais uma vez pra cima do namorado de Hermione. Claro, Ela nunca tentou nenhum movimento evidente que Hermione pudesse apontar como prova que Lissane queria Draco. Mas dentro dela Hermione sabia isso.

Lissane nunca foi nada alem de perfeitamente educada e legal e francamente amigável, mas Hermione era uma garota inteligente; ela podia assegurar que Lissane estava tentando conseguir um lugar no coração de Draco. Ele estava tão acostumado com a situação, ainda pensando que os flertes de Lissanne eram nada mais do que uma quedinha inofensiva de uma aluna. Hermione tinha tentado chamar a atenção dele pra isso algumas vezes, mas ele não iria dar importância ou dizer algo como: "Lissane é uma pessoa muito dada. Você não a conhece como eu conheço. É apenas o jeito dela de ser. Você se acostuma com isso depois de um tempo." Embora Hermione duvidasse que ela alguma vez fosse "se acostumar com isso", ela não queria forçar a discussão aparentando ser ciumenta demais ou possessiva. Além disso, ela confiava em Draco e isto era o que realmente importava. Ele não tinha dado a ela nenhum motivo para duvidar de sua fidelidade e ela não poderia imaginar alguém colocando tanto esforço em um relacionamento se ele quisesse ver alguém às escondidas.

Ele fez beicinho e olhou quase severamente para ela.

"Eles estão aprendendo como enfeitiçar objetos feitiços para levitar, e ela esta tendo um belo problema com eles." Ele podia sentir uma observação vindo, por isso ele adicionou, "Para a sua informação, Liss não é a primeira Sonserina a ter dificuldades controlando estes tipos de feitiços. Nó tendemos a evitar objetos induzidos por felicidade, então eles não vêm tão fácil para nós como os..."

"os perversos, odiosos e maliciosos." Hermione terminou pra ele com um sorriso malicioso.

"Isto significa que eu posso ficar todo ressentido quando você ajuda o Potter, Defensor de tudo que é bom no mundo, com as aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas?" Ele perguntou para colocar as coisas em perspectiva.

Hermione sabia que ele estava tentando fazer e se opôs com, "É uma situação totalmente diferente. Harry e eu temos trabalhado juntos em todos os assuntos desde o primeiro ano e ele e eu nunca fomos nada além de bons amigos."

Ele clareou sua garganta e levantou suas sobrancelhas para ela. "Eu Preciso te lembrar caso de mais do que sentimentos de amizade que você tinha por aquele quatro-olhos há poucos meses atrás? Se alguém aqui tem direito de contestar esse alguém sou eu," ele concluiu, obviamente tendo considerado a precária situação anterior. "É àquela qualidade do Poter de não conseguir enxergar o obvio que eu sou grato, porque mais cedo ou mais tarde, ele iria descobrir que ele deixou a garota mais brilhantemente inteligente e absurdamente bonita escorregar entre seus dedos.

Ela corou com os elogios, ainda não acostumada a receber tais elogios dele, antes de se inclinar para beijá-lo devidamente. Depois de uma considerável porção de tempo, ela recuou e perguntou pra ele cautelosamente, "Falando do Harry, ele ou o Rony estava coma Gina? "Ela geralmente só vai à casa de Hagrid se um ou ambos estão com ela."

Ele acenou com a cabeça enquanto movia sua mão em pequenos círculos na base das costas dela.

"Sim, os gêmeos maravilha estavam lá." Ele moveu suas mãos em pequenos círculos na base das costas dela.

"E como foi?" Embora as coisas tenham estado mais tranqüilas nas oito semanas que se passaram entre Draco e seus amigos, ela nunca tomou por certo o "cessar fogo". Ela freqüentemente temia que a mais leve palavra ou movimento pudesse fazer tudo i9r pelos ares. Eles tem tido um pouco de calmamente bem sucedido sessões de estudo com o Draco e alguns dos Sonserinos assim como com alguns Grifinórios. A habitual troca de farpas e insultos bondosos foi negociada, mas todos eles parecem colocar demonstrar colocar um esforço para se dar bem... ou pelo menos para não derramar sangue. De qualquer jeito, Hermione não estava esperando por milagres. Ela estava simplesmente agradecida que não tinha havido viagens de volta a ala hospitalar.

"Ah você sabe, o de costume," Draco respondeu casualmente.

"Os feitiços de sempre, muitos palavrões, alguns murros aqui e ali. Aquele Wesley é uma pessoa que sangra com muita facilidade."

A expressão horrorizada de Hermione durou cerca de dois segundos, antes dela se lembrar que ele gostava de provocá-la.

"Você é realmente incorrigível, sabia disso?" Ela sorriu.

"Eu sei," ele respondeu, mas então seu tom tornou-se mais sério.

"Mas você gostaria que eu fosse diferente?" Embora Hermione nunca tenha insinuado que ela gostaria que Draco mudasse por ela desde que eles têm estado juntos, nem ela mudado por ele, era inconfundível que ele era diferente de qualquer um dos amigos ou colegas de casa dela. Ela tem até mesmo se distanciado de sua segura e aconchegante sala Comunal da Grifinória algumas vezes e entrado no covil das Serpentes a fim de ajudar alguns dos jogadores da Sonserina com os projetos de Transfiguração deles. É claro que eles deram na um tempo difícil a principio, mas Hermione não era nenhuma covarde; ela ajudou os colegas de time dele assim como ela ajudaria qualquer outro estudante que tivesse com dificuldades nas aulas de Hogwarts. Não era muito, mas era uma grande diferença das caras espantadas e dos silêncios constrangedores que ele encontrou no inicio, na sala comunal da Sonserina, quando os colegas de casa dele perceberam que o relacionamento dele com Hermione era de verdade e não parte de um plano para chegar ao Potter. Claro, alguns ainda o evitam – isto é, Pansy e seu grupo – mas Draco não está nem ai para a opinião dela. O fato dele ser o apanhador na casa deles tem ajudado; ele tem que passar horas com sues colegas de classe, praticando com eles e eles sempre têm compartilhado certo vinculo e amizade que outros membros de sua casa nunca poderão atrapalhar. Depois de seis anos ele tinha obtido certa quantidade de respeito e as pessoas sabiam que ele não era alguém de se alienar ligeiramente.

"Eu não mudaria nada de você Draco Malfoy... e eu nunca tentaria mudar," ela o assegurou sinceramente. Ela colocou o rosto dele em suas mãos.

"Eu gosto de você simplesmente do jeito que você é."

Ele descansou as mãos no joelho dela, levemente massageando a pele flexível com a mão. Lentamente ele começou a deslizar sua mão um pouco mais acima de sua perna por baixo da saia do uniforme dela. Draco a puxou para mais perto dele e se inclinou novamente, a levando consigo para se deitar ao lado dele no sofá. À medida que o beijo ficou mais intenso, ele estendeu a mão para tirar a gravata da Grifinória vermelha e dourada dela e deslizá-la pelo pescoço dela. Ele libertou a blusa da escola dela da saia enquanto suas mãos penetravam para acariciar a pele macia dela. Infalivelmente assim que seus dedos fizeram contato com a pela dela, ela estremeceria com a sensação, aumentando ainda mais o desejo de Draco. Ela afastou seus lábios dos dele.

"Draco, a porta não está trancada. E se alguém entrar?"

Ele a silenciou com um beijo divino.

"Hermione, é sexta-feira à noite. Ninguém além de você estaria na biblioteca em uma noite de sexta.

Satisfeita com a resposta – ou ainda não tem a força de vontade suficiente para afastar seu corpo do dele por nem mesmo alguns segundos para achar sua varinha e produzir um feitiço para fechar a porta – Hermione sentiu-se sobre o feitiço de Draco novamente. Mas ela não se importava. Todos esses sentimentos que ela tinha quando ela estava com o Draco eram tão libertadores quanto apavorantes. Em algum lugar do caminho, ela tinha desesperadamente se apaixonado por ele. Ela estava tão certa disso quanto ela estava do próprio nome. Mas ela ainda não tinha dito nada a ele sobre isso. Ela era tão nova para estar apaixonada, não era? Ele sentia o mesmo? Parecia que sim, mas e se ele fosse apenas os hormônios de um adolescente de dezesseis anos? E se ela dissesse a ele e ele sorrisse? Ela não queria espantá-lo. E se eles estivessem indo rápido demais?

Ela podia sentir as mãos dele movendo-se em suas costas para abrir seu sutiã. Quando suas mãos se moveram para frente para acariciá-la, ela sentiu um calor irradiando completamente seu corpo todo. Ele a tinha tocado desse jeito antes, mas cada vez parecia a primeira vez. Ele era tão gentil e paciente. Ela sabia que ele já tinha ido muito mais longe com outras garotas, mas ele nunca se aborrecia se ela pedia para parar, e isto a aterrorizava mais do que qualquer coisa. O que aconteceria se ela não quisesse que ele parasse?

Mas ela também sabia que era um longo caminho; ela não estava preparada para ir esse tanto longe ainda. Afinal de contas, ela tinha apenas dezesseis. Esse pensamento racional usualmente a traz de volta à realidade. Ela não queria ir rápido demais com ele e acabar arruinando o grande lance que estava acontecendo entre eles.

Era difícil manter tais pensamentos racionais quando ele a beijava daquele jeito... Como se ela fosse a única garota do planeta, como se os beijos dela sustentassem ele, como se ele verdadeiramente a amasse. Mas de alguma forma a ajuizada voz racional dela falaria mais alto e não permitiria que ela virasse um completo fantoche nas mãos dele.

Um tempo indeterminado depois, a mão de Draco moveu-se para a perna dela novamente, lentamente subindo a saia dela ainda mais no alto de suas coxas. Ele foi sem pressa, provando cada gosto e gemido e tremor como se fosse o ar que ele respirava. Eles já tinham chegado nesse ponto também, mas a pequena voz no fundo da cabeça de Hermione começaria a sussurrar, "Sossegue, haverá tempo para isso mais tarde. Vá com calma."

Ela silenciou a voz por um momento mais, deleitando-se com a sensação dos dedos longos dele tocando levemente sobre a pele dela. Mas quando eles se moveram, tocando o interior de suas coxas enquanto eles se moviam constantemente, quando ela conseguiu ouvir um gemido baixo que veio do fundo da garganta dele, quando ela sentiu o corpo dele balançando ritmicamente contra o dela, ela parou a mão dele com as dela. Quebrando o beijo, ela sussurrou em um suspiro sofrido, "Espera Draco. Nós devemos parar."

Quando ele olhou para ela com seus olhos cinza brilhantes cheios de desejo, dançando de excitação por causa do beijo, ela desejou por alguns segundos que ela não o tivesse parado. Mas ela sabia que não estava pronta para aquele contato físico ainda. O peito ofegando com sua respiração pesada, Draco lambeu os lábios e tirou o cabelo dela dos olhos dela.

"Você está certa. Nós devemos parar," ele soltou.

"Sério?" ela perguntou, desviando seus olhos dos dele, abaixando a cabeça.

"Sério." Ele declarou, assegurando-a e levantando o rosto dela para ele para depositar um beijo demorado em sua testa.

Ela enrugou o nariz.

"Mas eu estou te frustrando não é?" ela perguntou.

Ele deixou sair uma risada enquanto descansava a cabeça na almofada atrás dele.

"Agora essa é uma pergunta que eu nunca tinha escutado antes." Quando ele levantou a cabeça ela o estava examinando esperançosamente, seus grandes olhos castanhos sem piscar.

"Você vai me fazer responder isso não é?"

Ela acenou com cabeça quase imperceptivelmente para ele, mordendo o seu lábio inferior com nervosismo.

"Eu sei que você já namorou diversas garotas Draco, e que provavelmente você está acostumado a..."

Ele apoiou a cabeça nas mãos, respirou fundo e silenciou o receio dela com um beijo profundo.

"Eu não me importo com nada disso nem com nenhuma delas. Elas não significam nada pra mim." Ele deslizou sua mão para cima e para baixo pelo braço dela antes de esticar para acariciar sua bochecha. Ele olhou profundamente dentro de seus olhos, tentando introduzir tanta sinceridade e sentimento quanto ele sentia.

"Você é a única que importa pra mim Hermione."

Ela se inclinou mais pra frente pra beijá-lo novamente, fechando os olhos para se perder nele uma vez mais. , porque lá ela se sentia mais feliz do que em qualquer outro lugar. Mesmo no meio de toda a loucura de um Draco fingindo um cessar fogo com o Harry e o Rony, tentando enganar seus amigos, um Draco namorado e colega de trabalho, Hermione não podia se lembrar de já ter se sentido mais feliz do que ela está desde que Draco e ela dançaram no Baile de Inverno. Ela mal podia acreditar que foi há apenas oito semanas atrás. Tudo parecia tão diferente agora.

"Hermione você ainda esta lendo aquele livro? Eu pensei que o Draco tinha vindo encontrar você..." A voz de Gina falhou quando ela abriu a porta da pequena sala e deu uma olhada em Hermione e Draco enrolados firmemente um ao outro no sofá.

"Er, eu acho que ele te achou." Quando eles se separaram de repente, Gina cobriu seus olhos e pediu desculpas abundantemente, "Eu sinto taaaaaaaaanto Hermione. Eu pensei que ele tivesse dito que procuraria você mais tarde." Ela balbuciou.

"Eu deixarei vocês sozinhos."

Quando ela se virou para sair, Hermione a chamou, "Gina, espere!" Ela deslizou do sofá, abaixando a saia e lutando contra o rubor. Então ela se lembrou que Draco tinha aberto seu sutiã e corou em um tom mais profundo de vermelho. "Tarado!" Ela murmurou com embaraço enquanto ela procurava atrás das costas para fechá-lo. Depois de completa essa tarefa, ela se virou para sua amiga novamente.

"Deixe-me pegar minhas coisas e eu voltarei com você."

Draco ficou também, passando os dedos por seu graciosamente pro seu cabelo perfeito, completamente confortável em ficar na frente de Gina, sua camisa solta apenas metade abotoada. Ele foi para o alto do sofá para pegar suas vestes quando Gina virou lentamente para encará-los.

Algo em Hermione capturou a atenção de Draco, mas ele não teve tempo de alertá-la. Ele abriu sua boca, mas, Gina falou primeiro.

"Pelas barbas de Merlin Hermione," Gina ofegou. "Esse é o maior chupão que eu já vi."

Draco sorriu descaradamente enquanto o rosto de Hermione ficou diversos tons de rosa choca. Suas mãos agarraram seu pescoço enquanto ela foi até sua mochila para buscar um espelho compacto. Seu queixo caiu quando ela olhou o hematoma profundamente roxo em forma de Galeão em baixo de sua clavícula. Ao som das risadinhas de Draco ela virou para olhá-lo. Os braços dele estavam cruzados na frente, uma das mãos mal cobrindo seu grande sorriso. "Você acha que isso é engraçado?"

Ele retirou a mão e acenou. "Um tanto quanto."

Ela revirou os olhos. "É tudo que você sabe dizer?"

Ele foi até ela e deslizou seus braços ao redor da cintura dela. "Tudo bem, que tal: Você está certa Hermione. Nós deveríamos ter trancado a porta?"

Antes que ela pudesse dar uma resposta ele inclinou-se e selou seus lábios com os dela.

Ela o beijou de volta intensamente por alguns segundos antes de colocar suas mãos no peito dele e empurrá-lo gentilmente.

"Só um minuto Senhor Super-Sucção, o mínimo que você pode fazer é limpar sua marca do meu pescoço antes de tentar me marcar com outra."

"Limpá-la?" Ele perguntou fingindo estar ferido e magoado com o pedido dela. "Eu estou insultado, querendo apagar a marca Malfoy do seu corpo," ele reclamou. "Honestamente eu estou arrasado."

Ela o cercou e pegou a varinha dele da mesa. Enquanto ela a entregava ele, ela o olhou condescendentemente.

"Você pode fingir estar insultado e arrasado amanha a noite em vez de hoje?"

Ela deu-lhe um pequeno beijo no nariz. "Harry e Rony estão esperando por mim na Torre da Grifinória e você tem um encontro com uma Sonserina."

"Não é um encontro."

"Apenas certifique-se que ela entenda isso," ela informou, mas seu tom não estava duro nem autoritário. Então ela rolou os olhos pra ele. "Antes de te enviar de volta ao Covil das Serpentes, o mínimo que você poderia fazer é livrar se desta coisa."

Gina limpou a garganta incomodamente. "Er, Eu realmente vou deixar vocês sozinhos. Eu vejo você lá em cima Hermione."

Draco puxou Hermione mais perto para um ultimo beijo. "Espere Gina, a Srta Granger estará com você em um minuto."

Ele levantou sua varinha para tocá-la gentilmente no pescoço de Hermione. A ponta da varinha brilhou um azul intenso e o chupão sumiu, deixando uma pele macia e sem manchas.

Gina parou e sorriu embaraçada para sua amiga e para o surpreendentemente encantador Sonserino. Ela nunca tinha visto Hermione tão jovial e feliz quanto ela estava quando ela estava com Draco. Ainda que o Rony e o Harry – especialmente o Harry – repugnarem a idéia de Hermione e Draco serem bons um para o outro; eles eram verdadeiramente felizes juntos. Gina suspirou com o jeito que os olhos de Hermione dançavam quando ela falava de Draco e com certeza era o mágico e cuidadoso olhar somente expressado quando Hermione estava perto dele. Apesar da oposição inicial ao relacionamento deles, esses dois jovens apaixonados pareciam ter encontrado um jeito de fazer dar certo.

Hermione desamassou suas roupas e checou em seu espelho para certificar-se de que todos os vestígios da Marca Malfoy tinham sumido antes de vestir suas vestes.

"Bom trabalho Malfoy. Parece que você realmente prestou atenção nas aulas de Feitiços quando o Professor Flitwick revisou Feitiços Medbruxos básicos." Ela provocou.

"É um feitiço conveniente," Draco concordou enquanto colocava a gravata no pescoço. "E é um, eu espero, que terei interesse de praticar novamente."

"Mas não hoje à noite," Hermione disse com um sinal de desapontamento na voz enquanto ela entregava Por Favor, Matem a Cotovia de volta a Gina e atirou sua mochila sobre os ombros.

"Eu suponho que você está certa," ele admitiu. "Eu preciso conservar minhas energias para a partida de Quadribol amanha. Eu tenho que me certificar de não pegar o Pomo cedo demais, para que meus Artilheiros tenham tempo para marcar muitos pontos."

Gina tossiu para encobrir seu riso. "Er, Malfoy, depois da vitória espetacular da Grifinória contra a Lufa-Lufa duas semanas atrás, seu time precisaria marcar mais de quatrocentos pontos contra a Corvinal amanhã pra pelo menos chegar perto de jogar contra a gente. E o Apanhador da Corvinal não é relaxado."

Draco ralhou. "Não se preocupe com a gente Weasley menor. Nossa estratégia será muito mais efetiva do que o discurso do Potter Eu-Perdi-O-Pomo-No-Sol. È tão previsível."

Pulando automaticamente para defender a honra de sua casa, Gina replicou, "Harry realmente perdeu o Pomo no sol... e não foi culpa dele se o Pomo não se mostrou de novo por algumas horas." Além disso

Ela parou se perguntando se deveria continuar. "Além disso, os artilheiros da Corvinal manobram suas vassouras melhor e têm mãos mais rápidas e os passes deles são mais decisivos."

Draco olhou feio para a garota mais nova, mas Hermione estava insegura; ela sabia que Gina sabia mais do que ela sobre Quadribol. Ele colocou seu peso de um lado e ergueu uma sobrancelha para Gina.

"É verdade? E como você sabe tanto sobre estratégia de Quadribol?"

Gina o dispensou com um movimento pacificador. "Por favor... Eu tenho seis irmãos mais velhos. Sobre o que vocês pensam que eles falam no jantar? Eu aprendi a prestar atenção."

Hermione caminhou pra fora antes que isso degenerasse para uma ainda mais chata conversa sobre Quadribol com pessoas analisando tudo das vassouras dos jogadores até o vento cortante.

"Boa noite Draco", ela interrompeu e deu um beijo doce. "Boa sorte amanhã. Eu verei você depois do jogo."

Ele enroscou seus dedos nos dela e a abraçou depois que ela tirou seus lábios dos dele.

"Até amanhã depois do jogo então", ele concordou, sua voz baixa e rouca enviando um quente formigamento na ponta de seus dedos do pé. Com um ultimo aperto firme de sua mão, ela virou-se e saiu para passar algum tempo com seus amigos.

A partida de Quadribol aconteceu exatamente durante três horas. As observações de Gina, como se mostraram, tinham estado corretas; Corvinal jogou com todas as forças e deram aos Sonserinos uma dura competição. Os artilheiros da Corvinal eram muito bons, dando a seu time 280 a 270 de dianteira. A estratégia dos Sonserinos de elevar o placar e chegar acima dos 400 pontos que eles precisavam para se aproximar à liderança da Grifinória antes de pegar o Pomo não estava funcionando como deveria. Depois de pedir um intervalo, eles decidiram acabar o jogo enquanto eles ainda tinham uma chance de vencer, uma vez que Draco era o melhor apanhador no campo.

Quando o Pomo apareceu novamente, os batedores do Sonserino abriram o caminho para Draco e ele não perdeu tempo em capturar o prêmio alado. Quando Draco pairou sobre o chão, embriagado com sua vitória trabalhosa, cumprimentou seus companheiros de time com tapas nos ombros e aceitou seus gestos congratulatórios. Eles agora estavam equilibrados para assumir o comando contra a Grifinória, que ainda tem que enfrentar o vigoroso time da Corvinal enquanto os Sonserinos teriam somente a Lufa-Lufa na agenda. Mas, assim que ele desceu da vassoura, havia somente uma face sorridente que seus olhos buscaram. Quase instantaneamente, Draco viu Hermione entre a multidão de estudantes que esvaziava o campo. Enquanto ela corria ao encontro dele, seu rosto cheio de excitação por ele, o coração dele sentia como se tivesse pegado a vassoura e voado uma vez mais.

"Draco foi brilhante! Você jogou maravilhosamente," ela falou toda excitada enquanto ela jogou seus braços ao redor dele, dando beijos em suas bochechas suadas. Ela podia sentir os braços de Draco apertando instintivamente ao redor dela e abraçar forte. Antes dela saber o que estava acontecendo seus pés saíram do chão e Draco estava girando com ela. Ela foi tão apanhada pelo momento, que as palavras deslizaram tão natural como se ela as dissesse todo dia a ele e não apenas as sentisse.

"Eu te amo," ela disse abertamente, seus braços segurando forte ao redor do pescoço dele.

O giro parou.

Todo o som na quadra pareceu ser levado com as palavras de Hermione. Ela tinha acabado de dizer o que ele pensava que ela tinha dito?

Draco realmente esperava que ela tivesse dito. "O qu – O que você disse?" ele perguntou, duvidando de seus ouvidos.

Ela deslizou de seu abraço e olhou intensamente dentro de seus olhos. Ele podia ver o sobressalto de sua mente inteligente, se perguntando como responder. Ela respirou fracamente, mas não exalou. "Eu disse que eu te amo Draco."

Depois de ser criado durante dezesseis anos em uma casa onde a honra da família era situada acima do sentimentalismo, Draco pensou que ele tinha superado seu desejo profundamente enraizado de ouvir alguém dizer que o amava. Afinal, eram só palavras – palavras que ele ouvia todo dia em muitos contextos. Ele nunca imaginou que ouvir Hermione dizê-las para ele em uma frase o afetaria tão fundamentalmente.

Mas afetou.

Ele se inclinou e a beijou profundamente, esperando que ele pudesse introduzir cada sentimento de alegria que estava sentindo acerca disso. Primeiro ela o beijou de volta como tentativa, quase nervosamente, mas à medida que ele introduziu seus dedos no cabelo dela, mantendo seus lábios unidos, ela relaxou. O corpo dele ainda estava cheio de adrenalina por causa do jogo e depois pelas palavras de amor de Hermione, e ele deleitou-se em ver como ela se derretia com seu toque.

Ele se separou dela, ambos sem fôlego. Hermione desviou seus olhos dos dele nervosamente. Ela nunca pretendeu proferir seu amor por ele no meio da quadra de Quadribol, mas pareceu tão natural, tão certo. Ela não queria que ele dissesse de vota pra ela por obrigação; ela percebeu que isso foi um choque. Ela só esperava que não tivesse assustado muito ele. Sua mente racional sabia de tudo, mas seu coração emocional não podia se conter em um mar de ansiedade por ele ainda não ter dito nada. Sério, ela sentiu aquele beijo passando por todo o caminho de seus os joelhos tremendo ate seus pés inquietos, mas quando ela a olhou nos olhos, seu estômago revirou com incerteza.
Ele respirou fundo. "Hermione…" Ele começou, mas Hermione o interrompeu, interpretando sua hesitação como um sinal de desconforto.

"Draco, você não tem que dizer de volta; Eu só quero que você saiba como eu me sinto." Ela puxou algumas mechas de cabelo para trás da orelha, de repente se interessando pelo escudo da casa da Sonserina nas vestes de Quadribol dele.

Ele colocou sua mão gentilmente sobre o queixo dela, levantando o rosto dela. Ele sorriu timidamente para ela.

"Você poderia me deixar dizer uma coisa, Granger?" Ambos sorriram; Eles não se chamavam mais pelo sobrenome como uma forma de desprezo. Agora era um tipo de brincadeira. O sorriso dele se amaciou, "Hermione eu..." Algo vislumbrando na luz do sol capturou sua atenção sobre o ombro esquerdo dela, tirando seu olhar dela por um segundo.

Aquele segundo mudou tudo.

Hermione observou enquanto a expressão alegre sumia do rosto dele, seus olhos brilhantes substituídos por outros distantes e sem vida, seus músculos se contraindo em preocupação.

"O que há de errado?" ela perguntou, mas ele não parecia nem mesmo perceber que ela estava parada ali. Pelo contrário, ele apenas continuou olhando por sobre o ombro dela para alguma coisa atrás deles. Ela se virou, preocupada com a mudança na expressão dele.

Caminhando na direção deles, parecendo tão pomposo e presunçoso quanto ela se lembrava dele, estava Lucius Malfoy.


Nota da Tradutora: Pessoal, procurei ser o mais fiel ao texto original... algumas expressões foram substituídas por sua equivalente no português.

Nesse capítulo a Hermione faz uma referência a um livro chamado To Kill a Mocking Bird ("Mate a Cotovia" se traduzido ao pé da letra) Esse Livro teve três traduções no português:

1 Não Matem a Cotovia.

2 Por Favor, Matem a Cotovia

E a mais "fiel" ao título inglês: 3 O Sol é para todos.

O Draco faz uma piada com o titulo então o sorteado foi o título nº2. Eu fiz o download dele e quem quiser e só me pedir por email. É um livro fantástico e um clássico da literatura Inglesa.

Sinopse

Sucesso desde a sua publicação, em 1960, "O Sol É Para Todos", de Harper Lee, se mantém como um dos romances mais adorados em todo o mundo. Acompanhando três anos da vida dos jovens Jem e Scout Fincher numa terra de profundo preconceito racial, a história é pontuada pelo caso de um homem negro injustamente acusado do estupro de uma garota branca numa pequena cidade do Alabama. Retrato fiel do terreno sulista norte-americano no início dos anos 1930, foi eleito pelo americano Librarian Journal o melhor romance do século XX. Além disso, uma recente pesquisa com bibliotecários ingleses colocou a obra no primeiro lugar da lista dos livros mais importantes de todos os tempos - na frente, inclusive, da Bíblia e da trilogia O senhor dos anéis, de J.R.R. Tolkien.
Matar um pássaro mockingbird é um ato de covardia, já que eles não incomodam ninguém - seu canto é o mais bonito, não estragam jardins nem constróem ninhos em milharais. Em "O Sol É Para Todos" (To Kill a Mockingbird), Harper Lee fala sobre injustiça e covardia mas também sobre o heroísmo. Mais que um retrato de infância, o livro é uma reflexão profunda sobre o racismo e o preconceito.