Oie! Sim, estou postando esse capítulo antes do da minha outra fic, mas é que os capítulos dessa são menores e eu queria uma atualização antes do Natal. Espero que gostem!
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The Spirits and I
Capítulo 5
A semana passou rapidamente. Todos estavam muito ocupados e entretidos com o trabalho que Tsunade encarregara-se de passar. Embora não tivesse que fazer nenhuma matéria em específico, Sakura era quem mais trabalhava. Vigiava constantemente o trabalho de todos e colaborava com idéias e dicas. Em alguns casos, escrevia metade da matéria. Todos estavam com aparência cansada, mas Sakura, apesar de todo o seu trabalho, procurava estar sempre bem disposta para passar energia e confiança aos seus colegas de trabalho. Mesmo assim, era possível ver algumas olheiras formarem-se em seus olhos.
Sakura passava a maior parte do tempo no escritório de Shikamaru que, mesmo sendo um dos mais eficientes, era o que mais necessitava da supervisão da Sakura, pois era o encarregado do novo designer do jornal e não podia fazer muita coisa que não fosse aprovada, senão teria que refazer tudo. Sakura aprovava quase tudo o que ele fazia, mudando apenas alguns pequenos detalhes.
A mais incomodada com essa situação era, sem dúvida, Temari. Ela estava louca de ciúmes pelo tempo que Shikamaru e Sakura passavam juntos. Qualquer um com olhos poderia ver que, sim, eles são muito amigos, mas esse tempo todo que passavam juntos era estritamente profissional. Qualquer um com olhos, mas não uma pessoa apaixonada. Temari tentava disfarçar, fingindo que estava sentindo-se excluída por não estar fazendo parte de todo esse trabalho. Tenten sempre aproveitava para espetá-la de alguma maneira.
Naruto voltara à redação e aproveitava a situação de Sakura para toda hora chamá-la e consultá-la sobre alguma coisa. Sakura ia de bom grado, pois adorava o que estava fazendo, pois sentia-se importante e gostava disso. Claro que o Naruto não precisava de tanta ajuda assim, mas não desperdiçaria nenhuma oportunidade de ficar com a Sakura. O uchiha é que não estava gostando nada disso. Todos na redação, menos Naruto e Temari, percebiam que estava começando a acontecer alguma coisa entre ele e Sakura. "Finalmente", como todos não cansavam de repetir.
Tenten e Hinata conseguiram avançar bastante com sua matéria, pois, por saberem que ela é a maior e mais trabalhosa, empenhavam-se mais do que os outros. Estava ficando realmente bom, como dizia Sakura. De fato, ambas se orgulhavam muito do que estavam conseguindo, embora Tenten não parasse de reclamar um segundo sequer e a pobre Hinata tivesse que ouvir tudo sem soltar um único murmúrio.
Sábado finalmente chegou e Tenten não via a hora de sair do trabalho e encontrar com Isao. Já fazia muito tempo que não o via ou falava com ele. Quando estava arrumando suas coisas para ir embora, algo toca o seu ombro, fazendo-a gritar bem alto. Esse "algo" chamava-se Hyuuga Neji.
-Que susto, Neji! Você não pode ficar fazendo isso! – Brigou Tenten. – A propósito, o que faz aqui?
-Não se lembra? Vamos ajudar Gai na academia – Tenten planejara fingir que esqueceu que Neji iria e deixá-lo em casa. Nunca pensaria que ele fosse vir sozinho e pegar um ônibus e o metrô e chegar até seu trabalho. "Com o meu dinheiro" pensava Tenten raivosa.
-Tenten? – ouviram a voz da Hinata bem perto da porta. Ambos arregalaram os olhos e procuraram um lugar para Neji esconder-se, o que era muito difícil, tendo em vista o tamanho do espaço que dispunham – Está tudo bem? Ouvi um grito – girou a maçaneta e encontrou Tenten com um sorriso forçado, apoiada na parede. – Tudo bem?
-Está tudo ótimo! É que eu... eu vi um rato! Menina! Um rato enorme! Mas ele fugiu! – Hinata sabia que era mentira. Tenten não costumava ter medo desses bichos e nem mesmo de insetos. Lembrava-se muito bem quando pedira para que ela a acompanhasse até a casa de um amigo seu, Shino, e ficara na maior naturalidade possível ao deparar-se com sua coleção de insetos – muito bem presos, pois Shino sabia que Hinata iria visitá-lo. Tenten chegou até mesmo a pôr a mão no vidro que continha as formigas e Hinata não duvidaria que ela colocasse também no das baratas. Mesmo sabendo disso, aceitou a desculpa e retirou-se.
-Ai! – exclamou Neji. Batera com a cabeça na mesa de Tenten. Sim, ele estava embaixo dela. Tenten puxou-o para fora dela. – Que mesa pequena!
-Isso aqui tudo é pequeno. Adoraria uma sala maior. Como é que eu vou te tirar daqui sem que a Hinata, de preferência ninguém, o veja?
-Ninguém me viu entrar...
-Hum... Isso é muito difícil. Está na hora da saída e todo mundo fica amontoado na porta. É isso! Quando todos estiverem amontoados na porta, nós saímos e vamos pela porta dos fundos – Neji deu de ombros e foi ajudar Tenten a arrumar suas coisas. – Pronto? Vamos!
Os dois esgueiraram-se pela redação tomando o máximo de precaução possível para que ninguém os visse. Como Tenten dissera, todas as pessoas estavam concentradas na porta da frente com poucas exceções. Shikamaru e Temari, por exemplo, pois Temari estava esperando Shikamaru acabar de arrumar suas coisas para que fossem embora juntos. Nesse momento, Tenten parou.
-O que está fazendo? – sussurrou Neji para ela. Tente fez sinal para ele calar a boca e o puxou para um canto da porta de modo que Temari e Shikamaru não os vissem, mas que eles pudessem ouvir tudo muito bem.
-Anda logo, bebê chorão! Vamos perder o cinema! – reclamava Temari com Shikamaru. Tenten colocou as mão em frente a boca para evitar que seu sorriso virasse uma gargalhada. Então seus amigos iriam sair. Finalmente!
-Fique calma, problemática. Eu já vou, mas eu tenho que terminar de salvar isso aqui, senão eu jogo meu dia no lixo.
-Shika...
-O que foi? – perguntou em um tom de voz mais brando por causa da forma como ela o chamou. Tenten sorriu mais uma vez, achando aquela simples cena a coisa mais fofa do mundo.
-É verdade mesmo que você e a Sakura são apenas amigos? Não sei... Vocês andam tão juntos ultimamente.
-A Temari bateu com a cabeça ou colocaram um robô em seu lugar? Por que ela está agindo assim? – perguntava-se Tenten. Dessa vez, Neji foi quem a mandara calar a boca. Ele estava começando a achar aquilo tudo muito interessante.
-Deixe de ser boba. Eu e a Sakura? Isso seria muito estranho, não acha?
-Por que seria estranho?
-Porque todos sabem que a Sakura gosta do Sasuke e que eu gosto... de outra pessoa.
-Quem? – perguntou Temari, com um brilho no olhar.
-Fala sério! Você não sabe mesmo?
-Talvez eu saiba, mas eu preferia que você dissesse.
-Acho que seria melhor que eu mostrasse – Shikamaru aproximou-se de Temari e estava prestes a beijá-la, quando a loira tomou a frente, puxou-o pela gola e tachou um beijo nele. Tenten controlou-se para não gritar, agarrou a cabeça do Neji e começou a apertá-la como se ele fosse um bichinho de pelúcia. Neji soltou-se dela e puxou sua mão para que continuasse o percurso.
Chegaram, enfim, à porta dos fundos e rumaram para a academia. Lee estava na porta, acenando freneticamente e reclamando do atraso deles, porque "a primavera da juventude não espera por ninguém". Cumprimentaram-se todos e, logo depois, chegou Gai com uma inabalável disposição e alegria. Neji ficou chocado ao ver a figura de Gai e sua semelhança com Lee. Também ficou chocado ao pensar na coragem – ou falta de senso – de um homem naquela idade usar uma roupa tão colada e justa.
-Cadê o Isao? – perguntou Tenten. Neji despertou de seu choque e passou a encarar Tenten furiosamente. – Ele está lá dentro? Eu vou entrar, tá bom? – Não esperou uma confirmação e já foi logo entrando. Neji começara a segui-la, mas foi impedido por dois pares de mãos.
-Espere um pouco, ilustre convidado! Que tipo de dono eu seria se não mostrasse a academia a uma pessoa tão caridosa que se ofereceu para ajudar sem ao menos conhecer-nos – disse Gai, totalmente apoiado pelo Lee, o que não era muita novidade.
-Juro que não precisa!
-É claro que precisa! – Foi a última coisa que Neji ouviu antes de ser arrastado por toda a academia por duas figuras não muito comuns.
...
Tenten entrou na academia, mas não achou Isao logo de cara. Foi ver se o achava na recepção, onde ele ficava às vezes, mas também não o viu. Resolveu tentar na sala de treino. Na maior. Tenten também não o encontrou lá, mas não pôde evitar o sorriso ao entrar no tatame. Aquele lugar lhe trazia muitas recordações. Não estava mais com a roupa do trabalho, mas com um short de lycra preto e uma blusa meio folgada sem mangas branca. Procurara na noite anterior, mas não conseguira achar sua antiga roupa de luta. Começou a chutar um pedaço de pau, revestido com borracha que havia na sala.
Ela não sabia como, nem por quê, mas toda vez que entrava naquele lugar, sentia-se mais feliz e era como se seus problemas sumissem. Parou de chutar o pau e deitou-se no tatame com um largo sorriso no rosto. Fechou os olhos por um momento, mas ao abri-los nada conseguia ver, já que uma mão os tapava.
-Adivinha quem é – disse uma voz.
-Isao! – gritou Tenten, levantando-se para abraça-lo. – Que saudades!
-Também estava saudoso, Panda-chan! – Isao tinha cabelos pretos e olhos azuis escuros muito expressivos. Trazia consigo um sorriso em seu rosto e uma alegria muito grande ao ver Tenten. Ela sempre foi uma grande amiga sua e gostava muito dela.
-Não me chama assim, seu cretino! – disse, chutando sua canela. Isao gemeu e Tenten começou a rir. Era um hábito muito comum que eles sempre tiveram de que toda a vez que Isao e Lee falassem alguma besteira, Tenten chutava a canela deles. E doía. Muito. – O que eu e o Neji teremos que fazer para ajudar?
-Neji?
-Você ainda não esteve com o Gai-sensei e o Lee, não? Neji é meu amigo! Ele está morando lá em casa desde que eu o ajudei a se salvar de um atropelamento, pois ele está num estado de amnésia e só lembra de algumas poucas coisas – Isao murmurou alguma coisa em desagrado, que Tenten não entendeu direito.
-E ele é bonito?
-Isao! – disse Tenten, tapando a boca com as mãos. – Não me diga que... você é gay!
-Claro que não, garota! – disse, dando um tapa na cabeça de Tenten. – Só responde a minha pergunta, ok?
-Tudo bem – respondeu, mal-humorada. – O Neji é bonito sim. Lindo, na verdade.
-Sério?! – perguntou, incrédulo. – Mais do que eu? – "Por que ele e o Neji vivem fazendo perguntas desse tipo?" pensou Tenten, irritada. Não iria dizer para o Isao que ele era bonito. Saiu da sala para procurar Lee, Neji e Gai. Isao a seguiu. Encontraram com eles no refeitório. Gai parecia estar no meio de um discurso emocionado. Neji avistou Tenten e pareceu agradecer por alguma coisa. Correu em sua direção, mas diminuiu o passo ao ver uma pessoa atrás dela.
-Você deve ser o Isao – disse, sério.
-E você, o Neji – disse, encarando-o da mesma forma. Olhou para Tenten e disse-lhe: - Não é grande coisa – Neji fez uma cara confusa e nada feliz.
-Já estamos todos reunidos, certo? Então vamos começar a limpar tudo! – ordenou Gai ao ver o clima pesado que se instalara entre Neji e Isao. Já Tenten pareceu entrar em estado de profunda desanimação ao ouvir a palavra "limpar".
Neji e Isao não se gostaram nem um pouco e pareciam querer competir toda a hora em qualquer coisa por mais insignificante que fosse. Lee louvava o ardente fogo da juventude que havia neles. Ele também disse que Neji possuía força e habilidade invejáveis e que era um rival em potencial. Tenten assistia a tudo com uma gota e revirar de olhos. Gai estava alheio a tudo aquilo, preocupado-se apenas em fazer o melhor possível, limpando cada canto com uma agilidade admirável.
De repente, todos sentiram um tremor de terra. Olharam-se assustados. Tenten, que havia sentido uma energia diferente, logo procurou o olhar de Neji. Este assentiu. Tenten levantou-se e entrou em uma das salas da academia. Neji estranhou a atitude dela, já que a saída era para o outro lado.
-Tenten, espera! Pode ser perigoso! – gritou Isao, tentando se levantar, mas outro tremor o fez cair.
-O que está acontecendo? É um terremoto? – perguntou Lee. – O que faremos, Gai-sensei?
-Fiquem todos calmos! Vamos para o porão, onde estaremos mais seguros – Tenten apareceu correndo com um arco e flecha em mãos. – O que está fazendo, Tenten? Vamos para o porão.
-Vão vocês. É mesmo o melhor a se fazer, mas eu tenho uma coisa para resolver primeiro. Neji, você vem? – ela e Neji correram para a saída rapidamente, cambaleando um pouco devido aos tremores. Isao fez menção de segui-los, mas Gai não deixou, puxando-o, juntamente com Lee, para o porão.
Do lado de fora da academia, havia um enorme monstro. Ele era maior do que o que Tenten vira quando encontrou com Neji. Ele tinha umas cores estranhas e possuía uma expressão assustadora. A jornalista perdeu um pouco a confiança quando o viu, achando que não seria tão fácil derrotá-lo quanto foi derrotar o outro. Neji franziu o cenho ao avistar aquele tipo de monstro. Quando vivo, deveria ter sido algum assassino cruel ou algo do tipo. O pior é que parecia que seu alvo estava na academia. Neji estava tentando descobrir de quem o "monstro" queria se vingar naquele lugar.
Tenten só conseguia pensar em salvar seus amigos, sem ligar muito para a parte mais técnica do serviço. Sacudiu a cabeça como para afastar o medo e concentrou uma grande carga de energia no arco e flecha. Estava melhor nessa coisa toda, pois, quando não estava trabalhando, pedia para Neji a ajudar com isso, "caso alguma coisa pudesse acontecer". Atirou-a no monstro. Tinha uma mira invejável, mas não era preciso de fato possuí-la para acertar um espírito daquele tamanho. Mirou onde deveria ter um coração, mas o espírito mexeu-se, fazendo com que a flecha pegasse em seu braço.
O espírito botou uma das mãos –que mais pareciam patas- no lugar atingido, soltando um horrível e ensurdecedor urro de dor. Avançou furiosa na direção deles, mas passou direto indo em direção à academia de Gai.
-O que ele está fazendo? – gritou Tenten para Neji.
-Eu já lhe expliquei que espíritos desse tipo procuram se vingar de alguém nesse mundo! – disse Neji. Ele não gritou, mas seu tom estava mais elevado. Ele estava visivelmente transtornado por não poder fazer nada. Essa sensação de invalidez sempre o afligira.
-Mas... quem...? – Tenten perguntava mais para si do que para Neji. – Não importa! São meus amigos e eu preciso ajuda-los. Tenho que fazer esse grandão prestar atenção em mim! – atirou mais uma flecha, dessa vez, mirando no umbigo do espírito, fazendo-o perder o equilíbrio e cair. Sorriu vitoriosa. O espírito voltou sua atenção para a menina e tentou acerta-la. Cuspiu uma espécie de líquido verde muito parecido com o que machucara Neji. Tenten correu e conseguiu desviar. Agora o espírito atacava com tudo.
Neji puxou Tenten para o chão, quando esta estava prestes a ser atingida por outro "cuspe". O espírito tentou pisar neles, mas eles rolaram para o lado bem a tempo, erguendo-se logo depois e pondo-se a correr. Ambos sabiam que uma hora o monstro iria cansar de segui-los e voltar a atenção para seu verdadeiro alvo. Tinham que pensar em alguma coisa.
-Alguma idéia, Neji?
-Acho que não. Mesmo você tendo um grande poder espiritual, esse espírito é muito grande. Precisaria de um poder maior que o seu para derrota-lo.
-Por que você não me ajuda? Já recuperou um pouco de seus poderes, não?
-Mas ainda não é o suficiente para isso – ainda estavam correndo, sentiam-se cansados e as frases saíam cortadas, em partes.
-E se juntarmos nossos poderes? – Neji parou e Tenten imitou-o. – Pode dar certo? – perguntou, esperançosa. O espírito ainda os seguia, mas, por seu tamanho, era lento e uma distância o separava dos outros dois.
-Podemos tentar – Neji segurou a flecha, transferindo seus poderes para esta. Tenten fez o mesmo. O objeto começou a emanar uma luz diferente da que emitia quando estava carregado apenas com o poder de Tenten. A luz de agora era mais harmoniosa, estável. Chegava a ser hipnotizante. Foi preciso mais um urro do espírito – agora muito perto – para que Neji e Tenten parassem de prestar atenção na luz e se concentrassem no que deveriam fazer. Ambos seguraram o arco e lançaram a flecha na direção do peito esquerdo da criatura. Acertaram em cheio. O urro que ela soltou após a flechada foi pior do que o primeiro. Tenten chegou a tapar os ouvido. As flechas que se encontravam dentro da sacola em suas costas voaram e caíram no chão, tamanha era a altura do urro. O espírito desapareceu na frente deles, fazendo-os soltarem um suspiro aliviado.
-Meu Deus... – Tenten deixou-se cair no chão. – Eu sei que isso não tem muita importância agora, mas eu queria muito saber de quem ele estava atrás.
-Eu também – disse Neji, estreitando os olhos e fitando a academia que estava um pouco longe deles.
...
-Pessoal! – gritou Lee. – Estão bem? O que aconteceu com você, Tenten? Está horrível! – Tenten estava completamente descabelada e arranhada.
-Obrigada, Lee... Você é um perfeito cavalheiro! – brigou Tenten.
"Não pode ser ele" ponderava Neji, olhando para Lee. "Ninguém poderia tentar se vingar dessa pessoa" completou, vendo Lee arrancar umas folhas do cabelo de Tenten e pedir desculpas pela falta de delicadeza dele. Gai e Isao aproximaram-se da menina. Gai ficou dizendo que ela fora descuidada e que corria o risco de sua chama da juventude apagar-se para sempre. "Ele pode ser assim agora, mas não faço idéia do que ele pode ter feito no passado". Isao aproximou-se com uma expressão séria, perguntando sobre o porquê dela e Neji terem corrido para fora da academia durante um terremoto. "Esse cara não inspira confiança e não deixa transparecer nada... Ainda me restam duas opções".
-Eu tenho meus motivos. Parem com isso, por favor. Tudo o que eu quero agora é uma banheira... – gemeu Tenten. Ela e Neji deram a sorte de todos terem se abrigado, achando que enfrentavam um terremoto e, por isso, não terem sido vistos por ninguém.
-Acho melhor vocês irem para casa. Depois conversamos – decretou Gai.
-Acho que é o melhor. Desculpe não ter podido ajudar mais...
-Ajudaram o bastante. Descansem.
-Você é demais, Gai-sensei! – agradeceu Tenten, abraçando-o. – Foi ótimo poder vê-los novamente. Visite-me mais vezes. Lee, minha casa está aberta para você e... você também Isao – disse, um pouco envergonhada.
-Claro que sim, querida flor!
-Sou grato por isso. Neji! Foi bom te conhecer! – declarou Isao. Neji arqueou uma sobrancelha.
-Hm. Eu... diria o mesmo.
-Diria?
-Não posso dizer ainda.
-Por quê? – indagou Isao. Tenten encarou-os, curiosa.
-Eu tenho meus motivos. Depois que tudo for esclarecido, talvez possamos conversar sem máscaras – Isao estreitou os olhos. – Vamos, Tenten. Bom falar com vocês. Espero vê-los em breve, Gai, Lee.
-O que foi aquilo, Neji? – perguntou Tenten, após terem se afastado um pouco.
-Você conhece mesmo esse Isao, Tenten?
-Mas é claro!
-Tem certeza? Sabe tudo sobre ele? Tudo mesmo?
-Conhecemo-nos quando éramos crianças e treinamos juntos por muito tempo. Apesar de não nos falarmos com a mesma freqüência de antes, continuamos grandes amigos. Qual é o propósito disso?
-Não tem ninguém por que ele sentisse algo ruim? Ou alguém que odiasse ele? Nenhum conflito?
-Pergunta por causa do monstro? Acha que ele estava querendo se vingar do Isao?
-Ou do Gai. Acho que dificilmente seria do Lee. Acontece que o Isao foi o que menos me pareceu boa pessoa – Tenten fez uma careta.
-Você está viajando, Neji! Além disso, por que ele teria que ser malvado? O monstro é quem queria se vingar dele!
-Só porque ele ficou daquele jeito quando morreu, não quer dizer que ele era mau quando vivo. Ele pode ter sido a vítima. Pense nisso, Tenten.
-Ou não. Você não sabe.
-Faz um ano e meio que morri, mas não me chamam de gênio à toa. Estudei muito os tipos de espíritos e minhas intuições raramente falham.
-E você acha que ele era a vítima da situação? – perguntou, com as mão no quadril.
-Não tenho certeza. Só posso dizer que eu já não vou fiar tão entediado quanto estava em sua casa. Arrumei o que fazer – Tenten ficou encarando as costas de Neji por um tempo, observando-o se afastar. Sentiu um leve aperto. Isao sempre fora o mais reservado, o mais misterioso, nunca falava abertamente sobre a sua vida e, agora que parara pra pensar, dava para contar nos dedos as coisas que sabia sobre ele. – Tenten! – chamou Neji, já longe. – Você não vem?
-Estou indo! – correu em direção a Neji. – Sabe? – ele olhou. – Você sabe quebrar minhas certezas facilmente.
-É, Tenten. Você precisava de alguém para deixar de ser tão cabeça-dura.
-Tem razão! Mesmo você sendo irritante, é bom te ter do meu lado – Neji sentiu suas bochechas avermelharem. Tenten percebeu e sorriu. – Acho que, desde que você morreu, nunca se sentiu tão vivo, não é mesmo? – perguntou, brincalhona.
-Louca! – exclamou Neji, virando o rosto.
...
Ownnn...
Não costumo comentar no final dos capítulos dessa fic, mas eu estou abrindo uma exceção para desejar a todos um Feliz Natal e um próspero Ano Novo. Que todos engordem bastante e ganhem muitos presentes. Como diz a música: Don't worry, be happy!
É isso que eu quero transmitir pra vocês nesse final de 2008, ano que passou batido. Depois de todo o estresse que pode ter havido no decorrer desse ano, está na hora de por as pernas para o alto e relaxar.
Como não podia faltar:
Reviews?